Spirit Bound escrita por MahBlyin


Capítulo 30
O Começo


Notas iniciais do capítulo

Báh, falei que não demoraria. Vamos conversar mais lá embaixo...
Boa leitura :P



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Ele estava na cama, sentado e passando a mão em seus cabelos repetidamente, ela poderia dizer por causa da confusão. Mas ele parou quando a viu, e a encarou intensamente.

Aquela troca de olhares pareceu durar horas, anos, quiçá milênios. Os corações batiam no mesmo ritmo e Bella percebeu que o mundo ao seu redor ficou mais lento, deixando de importar. Ela deu um passo a frente e parou novamente, olhando para o homem que era dono de seu coração.

- Dizer “olá” simplesmente não parece certo. – ela admitiu sem jeito, dando de ombros.

- Não chega nem perto de ser certo. – ele respondeu, sua voz suave e musical enchendo seus ouvidos. Como ela conseguiu ficar tanto tempo sem ele? Como isso era sequer possível?

Ela somente assentiu, de repente sentindo-se estranha. Não sabia o que fazer suas mãos que estavam inquietas, seus pés começaram a balançar e mordia seus lábios o tempo todo. Ela realmente havia dito a si mesma que já era adulta?

- O que aconteceu com você? – Bella sussurrou, sentindo-se impotente ao vê-lo naquela cama, parecendo tão distante do Edward de antes. Só agora ela se deu conta de que talvez não foi a única a passar por mudanças.

- Você foi embora, isso aconteceu. – ele respondeu simplesmente, não deixando de olhá-la em momento algum.

- Eu não fui embora. – retrucou, sentindo sua garganta apertar. – Não foi como se eu tivesse escolhido te deixar.

- Você deliberadamente quebrou nossa ligação. – suas palavras soaram como uma acusação e ela fechou os olhos, para que ele não visse o quanto estava doendo.

- Para salvar você! Para salvar todos! Eu não iria conseguir viver sabendo que você...Jacob havia prometido que...

- Como se a palavra dele valesse de alguma coisa! – Edward retrucou. – Talvez você simplesmente tivesse quebrado nossa ligação porque então quando Jacob me matasse você não correria nenhum risco.

Se ele tivesse lhe dado um tapa teria doido menos. A vontade de correr dali foi enorme e ela sentiu essa ânsia crescer dentro dela, mas não permitiu que aquilo fosse adiante, não iria ser covarde. Ao invés disso, Isabella abriu seus olhos e aproximou-se ainda mais da cama, a cada passo lhe dando mais coragem.

- Eu morreria por você, Edward; se soubesse que isso lhe garantiria segurança. Eu posso ter sido insegura, posso ter visto as coisas sob um ângulo diferente e posso ter sido egoísta na maioria das vezes, mas nunca duvide de que eu morreria por você.

Edward apenas a observou por alguns momentos, não proferiu nenhuma palavra e nem se permitiu demonstrar qualquer emoção. Bem ali, na sua frente, estava a mulher que quebrara seu coração e que mesmo assim, fazia com que se sentisse vivo de forma que não se sentia em meses. A determinação nos olhos castanhos lhe deu a força que precisava para levantar da cama, atravessar o pouco espaço que os separava e parar bem a sua frente, a poucos centímetros dela. Não pode evitar tocar seu rosto, seu cabelo, passar a mão pelos seus braços, apenas certificando-se de que, ela de fato estava ali.

- Onde você estava? – perguntou, sua mão esquerda segurando seu rosto, não permitindo que ela virasse o olhar.

- Seattle.

A revelação fez Edward franzir o cenho.

- Você nunca gostou dos Estados Unidos.

- Não foi escolhia minha, só para variar. – ela comentou irônica, não lhe passou despercebido a nota de amargura em sua voz. – Mas por que...por que você estava de cama?

- Eu estava machucado da batalha, nossa ligação tinha se quebrado e isso me enfraqueceu mais ainda, então meu filho nasceu e eu tive que lhe doar sangue. Alice simplesmente disse que eu saísse desse quarto ela me arrastaria de volta e amarrado à prata. Eu não poderia contraria-la.

- Ah...seu filho...ele nasceu cedo.

- Tanya morreu. – ele disse indiferente. – Carlisle conseguiu o milagre de fazê-lo nascer com vida, mas devido a prematuridade...eu tive que doar meu sangue para dar-lhe alguma chance de sobrevivência.

- Tanya está morta?

- Jacob descobriu sobre a gravidez, ele simplesmente achou que um herdeiro meu, mesmo que bastardo, ofereceria alguma ameaça, então a matou achando que ele morreria também.

- Você não me parece triste com a morte dela.

- Tanya era uma oportunista, é claro que eu nunca desejei sua morte, mas não é como se realmente me importasse. – ele deu de ombros.

Bella ponderou rapidamente se isso era uma atitude comum dele, olhando para trás ela não conseguia definir.

Ele ainda não havia percebido sua gravidez, o que era estranho. Mas se ela falasse, agora, ele diria o mesmo sobre ela? Que era uma oportunista? Não duvidava de mais nada depois de ouvir-lhe dizer que ela apenas quebrou a ligação para se safar da morte. Ela não mentiu quando disse que morreria por ele.

- Se você estava tão fraco... – começou, - poderia conseguir outra sgiah, se tornar um zarir novamente. Não era difícil, qualquer mulher morreria para ser sua. – Isso nunca foi tão verdadeiro...

Aquele comentário arrancou uma gargalhada debochada de Edward, e ela não sabia se seu coração resistiria por muito tempo, era para doer tanto assim?

- Como se eu pudesse ter qualquer outra depois de você.

- Edward...

- Realmente, Bella, você pensa assim tão pouco de mim?

- Não fui eu que te acusei de quebrar a ligação apenas para se safar! – ela gritou, percebendo que aos poucos perdia sua estranha calmaria. – Aquela decisão foi uma das mais difíceis que eu já tomei na minha vida. Eu havia passado os últimos meses tentando encontrar formas de me vingar de você pelo fato de ter matado meus pais, ou de apenas me livrar de nossa ligação e quando eu estava começando a mudar de ideia, eu sou confrontada daquele jeito. A única garantia que eu tinha era a palavra de Jacob, e eu tive que confiar, pela ultima vez que aquilo daria certo. Aquela decisão rasgou meu peito e eu podia sentir como se meu coração quisesse sair de dentro de mim. Mas foi necessário, porque eu acreditava que iria te mandar vivo e aos outros também. E adivinha só, Edward? Eu acertei. Aqui está você, vivíssimo e me acusando de ter pensado apenas em mim. Então, não, eu não penso tão pouco de você, já o contrário...

- Tudo bem, talvez eu disse isso para te machucar, porque eu estou machucado. Você simplesmente achou que seria fácil? Que eu seguiria em frente e arranjaria outra mulher no próximo instante?

- Edward, você mesmo admitiu estar machucado e fraco, encontrar outra sgiah era a solução mais...lógica.

- Bom, adivinha só, eu não me senti nada lógico quando você me deixou. No começo eu ainda tinha esperanças que você aparecesse e...

- E o quê?

Mas Edward apenas balançou a cabeça, fechando seus olhos por alguns segundos.

- Alice nunca deixou de acreditar que você estava viva. – sussurrou, tocando-a novamente como se ainda duvidasse de que ela estava na sua frente.

- Eu não escolhi ir embora, acredita em mim. – Bella suplicou, sua mão tocando no braço dele, - Eu fui parar em Seattle e não sabia quem eu era. Foi desesperador. August apareceu e me trouxe de volta e, eu lembrei de tudo. Edward, eu nunca tive a intenção de te deixar, mesmo quando quebrei nossa ligação.

E qual a melhor maneira de responder isso além de um beijo? Edward não sabia a resposta, apenas inclinou-se e tomou-lhe os lábios. No começo o mais leve roçar e apenas para demonstrar que sim, acreditava nela; mas então, quando seu corpo e coração decidiram tomar controle da situação, já estava com um braço ao redor de sua cintura e a beijava com vontade.

Bella não conseguia lembrar ao certo da ultima vez que havia beijado-o desse jeito, era praticamente a primeira vez que o beijava sem sentir os efeitos que a ligação exercia entre eles, e comprovou que, era tão intenso quanto. Estava aí a prova de que, uma ligação de almas não fora a responsável pelo amor e a paixão que sentia, era algo simplesmente deles. Bella agarrou-lhe mais forte, aferrando-se nele e correspondendo o beijo a altura. Estava sedenta, cada vez querendo mais, mal aguentando-se em pé, uma vez que todo o resto do seu corpo sentia-se fraco.

- Eu amo você. – ambos sussurraram quando brevemente interromperam o beijo. Sorriram cumplices e voltaram a se beijar.

Ainda não entendiam como uma discussão de acusações falsas tornara-se num beijo que prometia-lhes muito mais, assim como Bella não entendia como fora parar na cama, já sem roupa, ainda beijando ele.

Se antes o mundo ao seu redor deixara de ser importante, agora então nem existia mais. O tempo parou e aquele quarto, fora testemunha de algo que poucos sabiam descrever.

Não havia um sexo louco e desvairado, e sim um amor, a consumação de um sentimento tão grande, que estendia-se acima deles, a frente, ao lado e para todo canto. Que atravessava suas almas e era capaz de compreender o mundo. Os corpos que se uniram, apenas provando e tirando mais e mais de cada um. Os gemidos e palavras sussurradas, pedidos mudos de desculpas, sem realmente haver a necessidade de perdão. Eles se amavam, mais que isso, aquilo que os apoderava era muito pequeno para ser apenas amor, talvez fosse uma ligação, uma ligação que nenhum era capaz de criar ou controlar. Algo que já existia, desde que o mundo era mundo, algo maior que qualquer coisa. Os beijos e toques de reconhecimento tornaram-se famintos, ao mesmo tempo lentos e sensuais, Bella sentia-se virgem novamente. Tentando lembrar sobre a última vez que esteve assim com ele, mas sua mente só conseguia se focar no agora, no homem que a possuía de um modo que nenhum outro jamais imaginaria conseguir.

Quando o prazer explodiu em ambos e apenas o quarto foi testemunha dos sons emitidos, Edward e Bella não se soltaram, em instante algum, permaneceram juntos, conectados, respirando com a dificuldade de um corredor de maratona após terminar a corrida. Naquele momento, ela já não tinha duvidas do que ocorreria. Seria dele, já era dele, e continuaria sendo, porque não havia mais vida para ela sem Edward Cullen. E agora tinha a certeza que com ele não era muito diferente.

- O que faremos? – sussurrou após algum tempo, já mais calma e relaxada.

- Viveremos. – ele respondeu, um braço ao seu redor, enquanto a outra mão acariciava-lhe os cabelos.

Bella levantou seu tronco para olhá-lo melhor, quase perdendo-se naqueles olhos verdes que pareciam enxergar sua alma, talvez eles realmente o fizessem.

- Eu te amo.

O vampiro sorriu, um sorriso genuíno e repleto de felicidade que não dava há meses.

- Não mais do que eu.

- Então...nós simplesmente não vamos mais brigar?

- Mas que pergunta, Bella! É claro que vamos brigar, você não achou interessante a nossa reconciliação?

Isso lhe arrancou uma risada, que transformou-se em beijo e que logo em seguida levou-os para o prazer novamente...

[...]

Algumas horas se passaram até que ambos estavam vestidos novamente e aptos a uma nova conversa, Edward sentado numa poltrona com Bella em seu colo, sentindo que finalmente, sua vida estava de volta aos eixos.

- Bella...- murmurou, dando pequenos beijos na orelha da morena.

- Diga.

- Eu...não zombe de mim, mas você está um pouco diferente, digo... o seu corpo. – comentou de modo receoso.

Isabella olhou para o vampiro com um sorriso no rosto.

- Por falar nisso...eu acho que precisamos nos casar.


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Notas finais do capítulo

Erros de português? Sabe o que é pressa em postar para saciar a curiosidade de vocês? Pois é, assim que a fic estiver concluída, irei revisá-la todinha.
E é, este foi o último capítulo, não coloquei o "fim" aí embaixo, porquê, como vocês perceberam, tem algumas "muitas" coisas faltando e isso tudo virá no Epílogo, que é provável que eu divida em umas três partes para que dê tudo certo. (O que ocorrerá com Jacob e o bando de lobos - Como ficará o relacionamento de Bella e Edward - E o futuro de todos os nossos personagens favoritos). Logo, é no Epílogo que eu porei o "fim".

Irei poupar aqueles comentários melancólicos de finalização de fanfic....por enquanto, mas preparem-se porque o epílogo terá uma nota final enooooooooooooooooooooooooooooorme.

Eu demorei pra postar esse ultimo capítulo, mas eu espero que tenha valido a pena para vocês. Essas duas partes vieram todas em um sonho que tive, por isso tive que reescrever, uma vez que já tinha algumas coisas escritas. Ser escritora não é fácil, acreditem! Nós temos surtos de criatividade, e então bloqueios. Ás vezes (quase sempre), eu escrevo cerca de vinte páginas, apenas para decidir que não está do meu agrado e reescrever tudo novamente e dá um trabalho danado.
Mas saber que vocês estão acompanhando, gostando e comentando é a maior gratificação que eu poderia receber e isso é o que me anima a continuar essa vida louca.

Por isso, estou indo antes que me empolgue e acabe escrevendo mais, mais e mais. Até a primeira parte do Epílogo.
Beijões!



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