Spirit Bound escrita por MahBlyin


Capítulo 24
Então é isso?


Notas iniciais do capítulo

Converso mais no final do capítulo....
Os personagens não me pertencem....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/154156/chapter/24

# Pov Bella #

Jacob ficou na minha frente, Edward estava caído no chão, fora covardia só ele estar lutando contra quatro lobos.

- Isabella....Finalmente nos encontramos, depois de tanto tempo!

- Jacob....as coisas não precisam ser desse jeito!

Ele sorriu para mim, seus dentes brilhantemente brancos, que chegavam a dar medo, sua cabeça meio que virou ao me olhar e seus olhos eram irônicos.

- Tem razão, não precisam. Se você vier comigo....eu deixo seu vampirinho sobreviver.

- Isabella não! – escutei alguém gritar atrás de mim, poderia ser Emmet, mas eu não conseguia distinguir, tudo que conseguia ouvir era o tilintar da batalha ao meu redor, uivos e mais uivos. Alguns rugidos e o número de corpos no chão cada vez maiores.

Olhei para Edward, uma estaca estava enfiada em seu coração, e a única forma de saber que ele estava vivo, era por eu estar viva, se algo acontecesse a ele, aconteceria a mim também....então por que eu não conseguia sentir nada?

- Eu vou. Parem de lutar, recuem, e eu vou com vocês! – tomei a decisão, sentindo meu peito inflar.

Ele piscou para mim, de modo quase infantil e chamou uma mulher, que aproximou-se e olhou para mim.

- Bella, essa é Pérola, a bruxa que irá desfazer o laço que você tem com o sanguessuga.

- Bella não! Edward está fraco demais, se você desfizer o laço ele morre!

- Tarde demais para voltar atrás querida. – ele disse com um estranho sotaque.- Pérola faça agora!

- Não! – eu gritei, mas era tarde demais, com poucas palavras a mulher ateou fogo ao meu redor, eu estava presa e ela andava em círculos, dizendo palavras que eu não compreendia.

As chamas me consumiam, mas eu não conseguia sentir a dor, pelo menos não a física. Quando eu escutei o nome de Edward ser preferido, a dor cresceu do nada em mim e eu caí no chão. E então, tudo se tornou nada....

3 meses depois....

# Pov Narrador #

Centenas de pessoas andavam impacientemente ao seu redor, e ela estava perdida. Tentou pedir ajuda a alguém, mas ninguém parava para compreendê-la.

Olhou para o bilhete em suas mãos, agarrando-se a única coisa que fazia sentido para ela. Aquilo era um bilhete de avião, com destino a Seattle, a mulher não fazia a menor ideia de como conseguira aquele bilhete.

Para ser sincera, ela não conseguia lembrar de absolutamente nada em sua mente, e percebeu que não fazia ideia do porque estava ali, e quem era ela.

Será que bateu a cabeça em algum lugar? Era a única razão para sua perda de memória tão intensa. Meu Deus, não sabia sequer seu nome! Poderia ser Amy, Bruna, Vitória!

Certo, ela resolveu sentar em uma cadeira e juntar todas as informações que tinha, o que não era de muita ajuda.

Aparentemente, ela falava alemão, certo, isso já revela algo sobre sua nacionalidade. Poderia ser Alemã, Austríaca ou Suíça, algo mais? Huum, olhou para suas roupas e percebeu estar usando uma bota de couro preta, calças jeans, camiseta branca de gola alta e um sobretudo da mesma cor da bota. Nenhuma bolsa, nenhuma joia, nenhuma identificação.

Olhou novamente para o bilhete em suas mãos, voo para Seattle, partindo em 30 minutos – de acordo com a televisão com embarques do aeroporto. – Mas o que ela estava fazendo em um aeroporto? Como fora chegar ali?  Por que Seattle se ela nem sabia falar inglês? Poderia tentar o alemão, é claro, mas duvidava muito que alguém fosse ter paciência para compreendê-la, nem ali, em Berlim, falavam com ela!

Berlim, ela estava em Berlim, poderia ignorar o estranho bilhete em suas mãos e ir embora, talvez houvesse alguma informação sobre sua vida em Berlim, mas estranhamente, algo a levava a crer que as respostas estariam na América. A mulher não queria isso, mas se pegou andando até a sala de embarque.

Já na fila, ela percebeu que os funcionários além de pedirem o bilhete aéreo, pediam também a identidade do passageiro, e agora?

Deixou o nervosismo de lado e continuou andando, acabou indo com tanta pressa que tropeçou em uma mala na sua frente, morrendo de vergonha, a mulher levantou-se bem a tempo de ver uma identidade caída no chão. Ela teve que pegar e sentiu um misto de surpresa e confusão ao perceber que era ela na foto. Seu nome era Elizabeth Cisne, nascida em Hamburgo e cidadã alemã. De acordo com a identidade ela tinha 25 anos, pior ainda era saber que no lugar em que deveria estar o nome dos pais, aparecia a seguinte frase : não consta.

Seria ela uma órfã então? Alguém protegida pelo Estado? Mas se fosse, ela deveria saber, não deveria?

Finalmente chegou a sua vez, e a funcionária pediu educadamente seu bilhete aéreo e identidade, após uma checagem rápida, ela os devolveu e Elizabeth adentrou no corredor que levava ao avião. Ela já havia andando de avião antes? Não sabia, mas a sensação não lhe era estranha.

Verificou seu lugar de assento e foi até o 4D, sentou-se e olhou pela janela. Elizabeth – esse era seu nome – parecia tão estranho para ela, aquela vida lhe parecia estranha e tudo ao seu redor beirava ao delírio.

Um homem robusto sentou ao seu lado e inclinou-se para pegar uma revista na frente, talvez ela devesse fazer o mesmo, e fez...pondo as mãos dentro do lugar onde ficava a revista, notou uma bolsa com tamanho mediano e rapidamente a puxou. Ela era preta, sem detalhes e sem marca. Cheia de curiosidade e perguntas em sua cabeça, ela abriu a bolsa e viu um passaporte, um guia para falar inglês e um papel com reservas para um hotel. Consultou o passaporte e viu que se tratava dela, e no documento da reserva de hotel, também constava seu nome.

Tudo bem, se antes ela estava achando aquilo estranho, agora muito mais. Havia uma bolsa para ela dentro do avião. Uma bolsa com passaporte, guia e reservas para um hotel. Elizabeth precisava de respostas, e agora sentia que teria que encontra-las em Seattle.

Algumas horas depois, ela aterrissou no aeroporto de Seattle e levou um susto ao ver seu reflexo numa porta espelhada. Logo em seguida corou, era ridículo o fato de ela nem saber como era sua aparência. Elizabeth era magra, de estatura mediana, seus cabelos caiam em cascatas e eram cor de mogno, seus olhos eram de um castanho chocolate sem graça e sua pele era pálida. Por um instante sentiu-se aliviada por pelo menos parecer comum, ela não queria que as pessoas percebessem seu estado de nervos. Era muito provável que a chamassem de louca, e talvez isso não fosse mentira...

Já na parte pública, um homem de terno a esperava com uma placa escrito seu nome. Ela gostaria de poder ir sozinha ao hotel, mas constatou que não tinha um pingo de dinheiro.

Um tanto inconformada, seguiu o homem que apenas falava inglês e depois de 20 minutos, pararam na frente do hotel. Ao sair do carro, Elizabeth tremeu, “como conseguiria pagar por uma estadia ali” ? Mas ao consultar o documento, viu que a reserva para 13 semanas já estava paga. 13 semanas? Como ela iria passar 13 semanas ali? E depois, como iria se virar?

Segurando o choro ela foi até a recepção e entregou o papel e a identidade á mulher, essa sorriu de modo afetado para ela e entregou um cartão, com as escritas QT. 890.

Elizabeth foi até o elevador e consultou em que andar ficava o quarto 890, décimo! Que ótimo.

Chegou até lá e se surpreendeu com o luxo do lugar. Era uma suíte enorme, com uma cama enorme e de dossel, com varanda e vista para toda a cidade, tinha uma geladeira, um minibar, um closet, um banheiro com hidromassagem, mas o que a surpreendeu mais ainda foi a mala preta e sem qualquer detalhe em cima da cama.

Olhou para a pequena bolsa que tinha encontrado no avião e notou certa semelhança. Elizabeth correu a abriu a mala, revelando dólares e mais dólares. Nada mais.

O que faria a seguir? Chorar!

Retirou toda a sua roupa e correu para o banheiro, ligou o chuveiro e se enfiou debaixo dele, e ali, passou as próximas horas chorando compulsivamente. Elizabeth Cisne não sabia quase nada da sua vida, não se lembrava de nada e queria achar a resposta para tantas perguntas. E agora estava sozinha em uma cidade grande no meio dos Estados Unidos, sem saber falar a língua e com milhares de dólares consigo.

O que estava acontecendo com ela?

O segundo passo foi...acordar!

Depois de horas trancada no banheiro, ela vestiu um roupão do hotel e foi até a cama, mais uma vez olhou para a mala e pensou no que faria dali pra frente. Olhando-se no espelho constatou que precisava de roupas! E de comida também, ela não aceitara a comida que lhe ofereceram no avião e agora aguentava os barulhos estranhos que seu estômago fazia.

Rapidamente vestiu a roupa que estava usando antes e pegou algumas poucas notas, guardando na bolsa pequena, penteou os cabelos ainda molhados e saiu do quarto, levando apenas sua coragem.

Algo muito grande estava acontecendo, e Elizabeth tinha a certeza que a envolvia. Ela precisava saber o que estava acontecendo e quem estava brincando com ela. Dentro dessas 13 semanas ela iria aprender o inglês, pesquisar sobre sua vida e pegar o máximo de informação possível. E se havia algo que ela aprendeu nessas ultimas horas, é que a vida brincava demais, e ela estava disposta a brincar também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Yep, eu SUMI! Mas eu vou explicar a razão, eu havia dedicado muito tempo escrevendo o ultimo capítulo e não consegui, continuei batendo cabeça e não me vinha nada que preste, eu já tinha uma ideia de como seria o final, mas ele não se encaixava no Word.
Finalmente eu percebi que era porque ainda faltava algumas pontas soltas que eu havia deixado na história, e quando parei de me preocupar tanto em ser o ultimo capítulo, eu comecei a escrever, escrever de verdade e foi isso que saiu!
De qualquer forma, peço ZILHOES de desculpas e gostaria que tentasse entender que não foi nem um pouco fácil para mim.
Sobre o capítulo, é, houve uma passagem no tempo. Acho que já sakarem quem "Elizabeth Cisne" é, certo?
Então, teorias?
Beijos niñas, e até a próxima (cujo tempo de demora vai depender das respostas de vocês)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Spirit Bound" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.