Capítulo Três: Rumo a Phoenix

A sala empoeirada e repleta de livros do Tio Bobby estava em completo silêncio.

― Conseguimos capturá-las por um tempo, mas essas foram as únicas informações que conseguimos até que elas conseguiram fugir. - Castiel explicou. - “Viemos de um tempo distante em ordem de proteger o mundo e aqueles que amamos”

― E é para proteger vocês de qualquer demônio espertinho ou anjo rebelde, que estamos aqui. - Dean apontou para o irmão e a si próprio.

Tio Bobby disse que tínhamos muito o que processar e nos deixou em paz por um tempo, mas que partir nessa jornada não era uma opção, era uma forma de nos proteger e a nossas filhas que viriam a nascer.

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Amanheceu outro dia e eu ainda estava em Sioux Falls, na cozinha estavam Sam e Dean, olhei na direção do Dean, mas não via nada de verdade, estava pensando no que descobri ontem, anjos, demônios e uma filha! Ainda estava tudo muito confuso.

― Quer uma foto? – Dean disse quando percebeu que eu o ‘olhava’.

Ri alto com o comentário e a expressão de ‘O que foi’ na cara dele.

― Estou mesmo precisando espantar uns mosquitos, está cheio deles no quarto de visitas. – Falei marota, Sam prendeu o riso e eu sorri de lado.

― Engraçadinha. – Ele disse sério.

― E aí, já decidiram se vão com a gente? – Sam perguntou assim que as outras meninas entraram na cozinha.

― Não sei de nada sobre combater o sobrenatural, não quero atrapalhar, melhor ficar aqui com Tio Bobby. – Lhe disse, odeio atrapalhar os outros.

― Nós ensinaremos a vocês, ou tá com medo do fantasminha, Charlie? – Dean sobrecarregou meu novo apelidinho de sarcasmo.

Se é assim que ele quer jogar, é assim que vai ser.

― Não Deanny, só não quero atrapalhar, mas já que quer tanto minha companhia eu vou a caçada com vocês. – respondi e retribui o apelido.

― Deanny? -Sam perguntou.

Dean olhou feio para ele e Sam deu os ombros.

― Bem, se a Charlotte aceitou, eu posso ir também. – Elena disse.

― Então acho que sou a única a voltar para casa. – Alissa falou fazendo drama.

― Que pena, Castiel terá de investigar certas coisas sozinho então. – Sam fez questão de sublinhar o nome do anjo.

― Que dia partimos? – Alissa perguntou em uma animação quase palpável.

― Logo, logo. É muito bom saber que estão animadas para ir. –Tio Bobby entrou na sala.

― Onde esteve? – Dean perguntou.

― Procurando pistas sobre as filhas das meninas. – O Tio respondeu.

― E achou alguma coisa? – Elena parecia estar animada com a ideia de encontrar um filho do futuro.

― Na verdade sim, elas foram vistas em Phoenix, agora com licença preciso fazer umas pesquisas. – Tio Bobby foi em direção a mesa coberta por livros.

― Legal! Quando vamos? – Alissa perguntou super animada.

― Não sei, ainda temos que ensiná-las algumas coisas e mesmo se sairmos agora até chegarmos lá elas já devem ter ido embora. – Sam explicou.

― Mas o que elas estariam fazendo ali? Talvez se fôssemos lá, mesmo que elas já tenham ido, nós podemos achar uma pista de o que elas procuram. – Eu disse empolgada.

― É verdade, elas já poderiam ter ido embora se quisessem. – Elena me apoiou.

― Vai ver elas não sabem voltar. – Dean falou.

― Duvido muito, se elas sabem como vir, elas sabem como voltar, acho que as meninas estão certas, devemos ir. – A opinião de Sam ajudou muito. Dean parecia ter perdido esta briga.

― Viu, Deanny? Somos quatro contra um, você é minoria! – Disse rindo.

― Ok, ok! Podemos ir. – Ele disse em tom de derrota.