Estava tudo escuro na Ala hospitalar, mesmo assim deveriam entrar, era assustador o lugar todo vazio.

Os fantasmas passavam por lá de vez em quando, a porta rangia quando o vento batia nela, as macas estavam arrumadas com lençóis brancos e tenebrosos. Ao ver aquilo, Ana queria voltar, mas teve de ficar lá. A professora foi procurar a enfermeira e Ana ficou na porta, ensaiando sua entrada, com medo de tudo piorar.

Resolvendo que não teria medo, entrou sem hesitar e foi andando até a última maca que havia lá. Era como se seu coração estivesse apertado e o frio castigava qualquer um em sua posse.

_Nossa... Vou congelar aqui. - diz A menina sentando-se na maca - Melhor eu não me mexer para ficar quente.

Ela começou a sentir arrepios pelo fato dos fantasmas estarem passando, que não a deixavam em paz.

No corredor, passos fortes estavam se aproximando. Não tinha o jeito de Harry, nem o perfume de Malfoy. Não existia aluno algum de Hogwarts que pisasse daquele jeito e com tanto ódio quanto os que vinham pelo corredor.

Os fantasmas pararam de passar e o frio aumentou rapidamente, as luzes que haviam se acendido do nada, começaram a piscar. Ana desceu da maca e começou, vagarosamente, a andar em direção a porta da enfermaria. Enquanto se aproximava com cuidado, aqueles passos também se aproximavam com a mesma intensidade.

A porta começou a se abrir sozinha e uma sombra embaixo da porta era diferente das outras. Um agouro de morte estava no local, um sentimento de alegria roubada era simplesmente avassaladora.

_Q-Quem está aí? - perguntou a menina esticando sua mão para abrir a porta - Diga, quem és!

As coisas de a Ala Hospitalar começaram a cair e ela se assustou mais do que antes. Ao olhar para a porta, uma luva preta, apareceu na mesma. Aquela mão forte e grossa, revestida por uma luva preta de couro, segurou a porta e parou.

Um silêncio ficou no local de cortar a alma. Mas por pouco tempo, pois aquela mão empurrou a porta com tudo e o que a bruxinha mais temia aconteceu.