Primeiro Capitulo – Fifteen.

Ponto de Vista – Isabella Swan.               

                                                                           Washington, Forks.

- Tchau filha. Comporte-se em? – disse meu pai, me abraçando.

- Papai, sabe que não precisa pedir isso. – rolei os olhos.

- É, sei sim. Mas, sabe como é. Escola nova, alunos novos, garotos novos e mais bonitos, qualquer pai fica preocupado.

- Pai, não se preocupe, já tenho 15 anos. Tchau. Eu te amo.

- Também te amo querida.

        Depois do pequeno discurso de meu pai, sai do carro, e fui em direção ao meu novo inferno particular. Estava frio, então me abracei para ver se esquentava mais. Era uma nova escola. Na verdade, nova cidade. Meu pai foi transferido para um hospital desta cidade, e como o salário seria três vezes mais alto do que o hospital em que ele trabalhava em Phoenix, ele resolveu comprar uma casa aqui. Se minha mãe estivesse aqui ainda, aposto que não iria deixar ele fazer isso de jeito algum. É, se ela estivesse. Morreu atropelada por um louco bêbado no ano novo de 1999. Eu era muito pequena, por isso passei minha vida inteira apenas com meu pai. Já me acostumei com a morte de minha mãe. Se Deus quis levar ela, então está bom. E aqui estou eu, em Forks High School. Fui a secretaria, e fiz tudo que uma novata tinha que fazer. Entrei bem no meio do semestre, que ótimo.

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        Andava distraída para o intervalo. Infelizmente, não havia feito nenhuma amizade. Fui para a fila da comida, e comprei apenas uma soda, e fui me sentar em uma mesa afastada. Puxei a cadeira e sentei. Era horrível ter apenas 15 anos. Ser dependente dos pais. Como eu queria ter 18 anos...

- Olá. Posso me sentar? – ouvi uma voz de menino.

          Olhei para cima e tive certeza que vi o menino mais lindo do mundo.

                                  Mine - Taylor Swift

- Claro. – disse. Não sei como não gaguejei.

        Sentou-se na cadeira do outro lado da pequena mesa, com sua comida a sua frente. Diferente de mim, lá havia um x-búrguer, batatas fritas, uma fatia de pizza e uma soda.

- Sou Edward Cullen. – estendeu a mão. Apertei-a.

- Sou Isa... Bella Swan.

- Hã?

- Bella. Só Bella. – sorri amarelo.

- Ah. – sorriu torto e perdi o fôlego. – Novata?

- Oh, sim. Vim de Phoenix.

- Nossa você é tão... Branca. Não deveria ser mais bronzeada?

- Todos me dizem isso. Acho que é por isso que me expulsaram de lá.

- Você é engraçada. – ele riu. Não teve como não rir junto. – E parece que não tem muita fome. – mordeu o hambúrguer.

- É que, eu não sou acostumada a comer comida na escola.

- Bom, acostume-se. A comida daqui é ótima. Experimente a batata.

- Com licença. – corei e peguei uma de suas batatas. Mordi. – Hmmm, que delícia. Crocante... Do jeito que gosto. – sorri.

- Sabia que ia gostar. – olhei em seu rosto e comecei a gargalhar. – O que foi?

- Tem queijo cheddar no seu nariz. – apontei. Eu ria tanto que minha barriga estava doendo.

- Muito engraçado Swan. – revirou os olhos. Pegou o guardanapo e limpou o nariz.

- Sabe. Acho que esse é o início de uma grande amizade.

- Também acho. – sorriu.

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- Qual sua próxima aula? – perguntou.

- Hm... – olhei para o papel – Biologia e a sua?

- Biologia. – sorriu. Devolvi o sorriso. – Vamos.

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- Olá pessoal. – chegou o professor. – Vi que temos alunas novas. – olhou para mim e pra uma garota loira de olhos azuis da carteira do lado.

- Esse é o professor Joseph. – sussurrou Edward, que estava sentado na cadeira ao meu lado.

- Hmm. – murmurei.

- Bom, crianças, hoje vamos começar a aprender um pouco mais sobre as células musculares. – começou o professor.

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        Na hora da saída, eu e Edward ficamos esperando nossos pais. Nisso, nos conhecemos melhor. Contei que minha mãe havia morrido, e por coincidência, ele só tinha a mãe dele, pois seu pai havia ido embora de casa quando ele tinha cinco anos. Estava tão distraída que me assustei com o barulho da buzina de meu pai.

- Aquele é meu pai. – apontei.

- Nossa você é parecida com ele.

- Acho que é pelo fato de eu ter passado a minha vida inteira com ele. – falei ironicamente. Ele rolou os olhos.

- Der. – ele riu. – E aquela é minha mãe. – apontou.

        Olhei para a mulher que ele apontava. Rosto num formato de coração, cachos brilhosos e uma boca vermelha e carnuda. Muito parecida com Edward. Linda.

- Nossa, sua mãe é linda Edward. – assim como você. Pensei.

- Sim é sim. Tchau Bella.

- Tchau Edward. – disse, e para minha surpresa, me abraçou.

- Me liga. – piscou e foi encontrar sua mãe.

        Corri para o carro de meu pai e fechei a porta.

- Olá querida. Como foi a escola? – perguntou papai.

- Ótima. – falei, com a voz um pouco lenta por eu estar um pouco anestesiada com a piscadela que recebi de Edward.

- Fez amigos?

- Sim. Ângela e Edward.

- Que bom. – sorriu. – Porque não os chama para dormirem em casa hoje? Afinal, amanhã é sábado e como vou pescar e passar o dia inteiro fora, Mary pode cuidar de vocês.

- Claro. Boa ideia. Posso chamar Justin também? – Justin é meu primo que mora um quarteirão depois da minha casa.

- Claro querida.

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- Alô? – escutei a voz aveludada do outro lado do telefone.

- Edward? – perguntei. Claro que é ele sua burra. – É Bella.

- Ah, oi Bella. Nossa você é rápida. Quando disse pra me ligar esperava que ligasse só mais tarde. Afinal, nos vemos há... Meia hora atrás! Sim, sou importante.

- Idiota. – ele riu e o acompanhei. – Liguei pra saber se você vai sair nessa tarde.

- Não vou não.

- Oh. Então... Posso saber se você gostaria de dormir aqui em casa hoje? Amanhã é sábado e... Ângela e meu primo vão vir também.

- Ah... não sei...

- Ah, vem! Vai ser divertido! Por favooor...!

- Está bem. Só um minuto, vou pedir pra minha mãe.

- Ok.

- MÃE! – escutei ele gritar. Depois de 5 minutos. – Bella?

- Sim... – disse mordendo o lábio inferior e cruzando os dedos.

- Ela deixou.

- AH! QUE LEGAL! – gritei. – Ops, quer dizer... Nossa, que legal. Erm... – me atrapalhei e ele riu.

- Ok então. – escutei seu riso. – Que horas eu tenho que estar ai?

- Umas... 14m30h ou 15m00h. Lembre-se da troca de roupa, escova, etc.

- Ta bem. Tchau, até 15m00h.

- Até. – desliguei o celular. – AAAH! Eu não acredito!

- Nossa, por que está tão feliz Bella? – perguntou Mary, nossa velha empregada, que cuidou de mim dês de que nasci.

- Erm... – corei. – É que meus amigos e o Justin vão vir dormir aqui.

- Que legal. O que quer que eu prepare?

- Bom, vamos á cozinha. Acho que temos tudo para fazer um fondue de chocolate. – pisquei.

- Sim, temos. – sorriu.

- EBA! – a abracei. – Você é a melhor.

- É eu sei. – ela riu. – Agora me deixe ir fazer as coisas para vocês.

- Ok. E eu arrumar a sala de cinema.

        Bem, minha casa é... Vamos dizer que quase uma mansão. Ainda não me acostumei muito com isso. Minha antiga casa em Phoenix tinha 3 quartos, 2 banheiros, 1 cozinha, 1 sala de estar, 1 sala de jantar, 1 sala de estudos, e logo em frente o quintal e mais pra lá já dava pra ver a praia. Era simples, mas luxuosa. Só que agora... Essa mansão! 5 quartos, todos com suítes e varandas. 2 piscinas, 1 cozinha enorme, 1 jardim enorme cheio de bancos, 1 gigante sala de jantar, a sala de cinema, e mais algumas coisas.

        Entrei na sala de cinema e acendi todas as luzes. Fui para a salinha onde havia todo tipo de guloseimas que alguém poderia querer comer no cinema. Pipoca, chocolates, balinhas, chicletes... Coloquei as pipocas para fazer e saí de lá. Fui para a sala de filmes. Programei o filme que iríamos assistir e sai de lá, indo para a sala. Olhei no relógio. 14:30! O.O Peguei o telefone e liguei para Ângela.

- Oi Bella! Já estou chegando ai.

- Oi Ang. Que bom, estou precisando da sua ajuda.

- Estou ai em 5 minutos. – desligou o celular.

        Escutei a campainha. Deveria ser meu primo. Abri a porta e pulei em seu colo.

- Primo! – fazia tempo que eu não via ele. Bom, faz apenas 3 dias que me mudei.

- Prima! – me abraçou apertado. Ele tinha 16 anos, e ia fazer 17. Era bonito e cantava super bem.

- Bella? – escutei a voz de Ângela. Sai dos braços do meu primo. Olhei para Ângela, que olhava fixamente para meu primo.

- Oi Ângela. – eu disse, mas ela não respondeu, continuou olhando para meu primo.

        Então meu primo se virou, e arregalou os olhos. Os dois ficaram se olhando por uns 5 minutos. Meu Deus, mas o que estava acontecendo ali?

- HEY! PESSOAL! VAMOS ENTRAR?! – gritei. Ângela deu um pulo e me olhou corando.

- Desculpa Bella. Vamos entrar. – ela puxou minha mão e fomos para dentro. Meu primo nada disse. Apenas nos seguiu. Que coisa mais... Tensa.

- Justin! Meu querido! Á quanto tempo! – apareceu Mary, apertando as bochechas fofas do meu primo. Ele era como um filho para a Mary também.

- Mary! Minha cozinheira preferida? – ele a abraçou. – E ai? Me diz que você fez aqueles biscoitos de chocolate? – perguntou com os olhos brilhando.

- Acabei de tirar do forno. – piscou.

- Oba! Meninas, sei que vou fazer falta, mas... Eu não resisto aos biscoitos da Mary – piscou pra Ângela, e saiu.

- Idiota. – ri e me virei para Ang. – Bem, vamos para a... Ang?

- O que? – ela estava parada suspirando e olhando para a porta da cozinha, onde Justin havia acabado de passar. Olhou pra mim.

- Ângela Weber! – gritei.

- O que foi?! – ela se assustou com o meu tom. Olhos brilhando, suspiros idiotas... Não! Não podia ser!

- Ang! – choraminguei. – Não me diga que está gamada no meu primo!

- EU?! HAHAHAHAHAHA! EU GAMADA NO SEU PRIMO! HAHAHAHA – ela gritava e ria falsamente. Eu mereço. Fui até ela e chacoalhei seus ombros.

- Ang. Vamos esquecer isso. – rolei os olhos. – Venha, me ajude a arrumar meu quarto e o quarto em que os meninos irão dormir.

- Ok.

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- Essa é a sala de cinema. – mostrei.

- Nossa! Que legal! – ela disse e foi entrando.

- É... – dizia, quando escutei a campainha. Ele chegou. E a festa vai começar.