Em Busca da Musa Perdida escrita por lpersonal
Notas iniciais do capítulo
Enjoy!
Então, basicamente, eu agora sabia quem era meu pai. Mas deixa eu explicar direito como aconteceu.
Flashback on
Eu cheguei à enfermaria para ver como o garoto estava, e vi sua irmã sentada ao lado dele e chorando.
- Ei, por que você está chorando? Tá tudo bem?
- É o meu irmão, ele tá machucado!
- Ah, não se preocupe, ele só torceu o tornozelo! Olha só... Ai meus deuses! – exclamei quando vi que o menino estava ficando verde. – Qual é o seu nome, querida? – perguntei para a garotinha que não devia ter mias de 10 anos.
- Sophia – ela respondeu, fungando.
- Ok Sophia, eu preciso que você faça uma coisa pra ajudar o seu irmão, certo? Quero que você vá até onde ficam os chalés e procure por um filho de Apolo – ela me olhou confusa. – Eles vão saber o que é, e depois você também vai, mas agora você tem que ir.
Ela saiu correndo e eu me virei para conferir o garoto. E ele não parecia melhor em nada.
Comecei a ficar nervosa e andar de um lado para o outro, esperando que alguém que pudesse ajudar chegasse, mas nada, nenhuma alma viva entrou por aquela porta.
- Ok, acho que posso fazer alguma coisa.
Olhei para a perna dele tentando ver o ferimento, mas não havia nada ali, nem sequer estava vermelho. Achei um cantil de néctar em uma mesinha de cabeceira ali perto e derramei uma gota ou duas na boca dele. Seu rosto começou a voltar à cor normal, o que me fez respirar aliviada por um instante, mas sua perna agora estava com uma aparência terrível. Pelo menos agora eu podia ver o lugar exato que o espinho se encontrava. E então eu comecei a cantar. Aí você se pergunta "o menino estava quase morrendo e você começou a cantar?!" Não dá pra explicar realmente, foi meio surreal. Quer dizer, não era uma música que eu me lembrava de ter ouvido em algum lugar, mas eu sabia exatamente o que fazer.
O ferimento se abriu, expeliu um líquido esverdeado, e se fechou e novo. Simples assim. E então eu estava exausta. Não como se eu tivesse corrido muitos quilômetros, mas como se a minha força vital tivesse sido gasta.
O garoto recobrou a consciência e me olhou espantado.
- Você está bem agora. Só descanse um pouco. Eu mesma preciso descansar agora. Vou achar alguém que possa ficar de olho em você – falei e saí da enfermaria, sem nem mesmo achar esquisito o fato de o lugar não ter ninguém além de nós dois. Quando olhei pra fora encontrei um grupo considerável de campistas parados ali, como se esperassem que eu gritasse "é uma menina!".
- Michael! Por que ninguém veio quando eu chamei? Aquele garoto poderia ter morrido ali dentro! – eu falei indignada.
- Mas ele não morreu, não é? Você o salvou! Quíron tinha razão! Seja bem vinda ao chalé de Apolo, Katherine Anderson – olhei pra cima e ainda pude ver uma pequena lira dourada que pairava acima da minha cabeça.
Flashback off
Meus pertences foram levados ao chalé 7, e quando eu cheguei lá, cercada pelos meus irmãos, parei e fiquei olhando a construção. Acho que nunca tinha parado pra admirar nenhuma delas.
Parecia ser feito de ouro sólido, e brilhava tanto durante o dia que chega a machucar os olhos. As paredes eram talhadas com milhares de notas musicais, com a clave de sol em destaque. Era realmente muito bonita.
- Espera – falei, me virando para Michael – ainda não entendi a parte que você não mandou ajuda quando eu precisava.
- Bom, Quíron estava por perto quando a Sophia chegou pra nos avisar, e ele disse pra não termos pressa, porque você daria conta. Ele sentiu que você era uma de nós, e estava certo.
- Mas e se ele não estivesse? – ele riu.
- Com o tempo você aprende que o Quíron só fala alguma coisa quando tem certeza. Ele tem observado você, sabe – e com essa frase de efeito, foi embora.
Estava em um lugar completamente branco, do chão ao teto, e algumas colunas gregas sustentavam o lugar. Me virei e vi um homem ali parado, e ele sorria pra mim.
- Pai? – perguntei, e a pergunta ecoou na sala, enquanto ele sorria mais largamente.
- Você fez um bom trabalho hoje. Me deixou orgulhoso.
- Hã... obrigada.
- Mas eu também fico preocupado, consigo sentir um grande perigo pela frente, querida. Infelizmente não posso falar o que é, isso estragaria a surpresa. Além de eu não poder interferir diretamente, claro.
- Tudo bem, não sei se queria saber, de qualquer jeito. Eu poderia ficar apavorada e nunca mais sair de debaixo do cobertor.
- É, talvez. Mas eu tenho algo que pode ajudar você.
Ele fez um movimento com a mão e uma aljava dourada repleta de flechas vermelhas com pontas de bronze celestial e um arco também dourado apareceram em cima de uma cadeira.
- Soube que você é boa de verdade. Mas estas belezinhas aqui são mágicas. Você sempre vai acertar o seu alvo, e a aljava nunca ficará vazia.
- Uau, obrigada! Eu...
- Bom, eu realmente tenho que ir agora, está quase na minha hora. Aproveite seu presente – ele piscou pra mim e sumiu. E então eu abri os olhos e ainda me encontrava no meu beliche. E encostados nele, meu arco e minhas flechas novinhos em folha.
- Estou falando sério, elas nunca erram! Quer ver? – me virei e chamei alguém que eu sabia que poderia comprovar isso. – Percy! – ele chegou até mim e eu entreguei o arco na mão dele. – Acerte essa flecha naquele alvo ali.
- Eu não acho que seja uma boa idéia... – disse ele.
- É, eu concordo com ele. Todo o mundo sabe que ele poderia acertar o próprio pé agora – replicou Michael.
- Ei! – protestou Percy.
- Desculpe cara, só estou querendo fazer ela entender.
- Tudo bem.
- Só acreditem em mim, ok? Percy, se concentre em acertar no alvo, só isso. Michael, pode se afastar se quiser, só por segurança. – então nós demos um passo para trás, e Percy atirou a flecha, que acertou exatamente o centro do alvo.
- Impressionante! Onde você as conseguiu?
- Meu pai me deu, ontem à noite, em um sonho. Ele disse que eu precisaria daqui pra frente, e que um grande perigo se aproximava.
- Ei, Anderson – ouvi alguém me chamar, então me virei e vi um garoto do chalé de Ares, que eu não sabia o nome. – Ouvi dizer que você ganhou um presente. É bom de verdade?
- Acho que as notícias se espalham rápido por aqui, não é?
- Mais rápido que fogo grego, pode apostar – ele respondeu.
- Desculpa, mas eu não sei o seu nome.
- John. John Clark. Então, o que você tem aí?
E então começamos a falar sobre arcos, flechas, e todo tipo de armas, que eram a especialidade dele, eu nem me dei conta de que Michael e Percy tinham saído de perto.
- Então Kate, John Clark, hein? – perguntou Ellie, com um sorriso sugestivo no rosto. – Você está indo muito bem pra quem acabou de chegar. Uau, eu vi vocês dois conversando mais cedo. E o papo devia estar mesmo interessante, ele quase não saía de perto de você!
- Estava tão chato que o Michael e o Percy saíram de perto...
- O quê? Saíram de perto nada, Yew saiu arrastando o Jackson como se ele fosse uma criança birrenta! Nossa, um filho de Ares! Já notou como eles são musculosos?
- Você tá viajando, Ellie, na boa.
- Viajando, eu? Querida, minha mãe é a deusa do amor, e eu sei quando tem algo mais acontecendo... – e aí eu deixei ela falar, sei que ela não ia parar se eu pedisse mesmo.
E comecei a pensar em cosias que realmente eram importantes: o fato de o meu pai ter aparecido em um sonho e ter me deixado um presente. Por que ele achou que eu precisaria? Que tipo de perigo me aguardava? E será que o Clark realmente tinha me olhado “diferente”, como a Ellie disse?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Nunca imaginei que ficaria tão óbvio quem era o pai da Kate haoaihaoiaha