Friends By Fate 3 - The Rescue Mission escrita por Mandy-Jam


Capítulo 25
Todos levam uma bela bronca


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é meio tenso.
Tenho duas notícias para vocês:
1) Friends By Fate 3 está acanbando.
2) Vai ter Friends By Fate 4, a última continuação da série.
Bem... Boa leitura.



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Afrodite ia perguntar alguma coisa, mas Zeus estendeu a mão para que ela não falasse. Os olhos dele pareciam ter faíscas quando disse...

- Sentem-se todos. – Anunciou ele. Ninguém quis falar nada. Todo sentaram-se em seus tronos, mas quando Ares, Atena, Apolo e Poseidon iam fazer o mesmo... – Vocês quatro não!

Os quatro prenderam a respiração e viraram para Zeus devagar.

- Ahm... – Poseidon abriu a boca, mas Zeus apontou para ele com raiva.

- Cala a boca. – Disse simplesmente. Poseidon coçou a nuca e ficou mudo.

A sala dos tronos estava com um ar extremamente tenso. Zeus olhou irritado para os quarto Deuses, e Atena tentou dizer algo.

- Como vocês quatro ousam quebrar as regras impostas por mim? – Perguntou em um tom forte e autoritário.

- Papai, eu sinto muito. – Disse Atena curvando-se de leve – Entendo que esteja com raiva, mas eu juro que tentei fazer o melhor.

- Papai, eu sinto muito. – Imitou Ares zombando dela – Puxa saco.

Atena deu uma cotovelada no irmão, que revidou puxando seu cabelo. A Deusa da sabedoria ia chutar Ares em suas partes baixas, mas Zeus fez algo antes.

- Quem é você para falar algo, seu irresponsável?! Será que não consegue fazer nada além de me trazer vergonhas?! – Exclamou Zeus e raios caíram pela sala – De todos nessa sala, eu tinha certeza de que só você pensaria em algo tão absurdo quanto uma intervenção direta!

- Mas não fui eu! – Exclamou Ares – Foi a Atena!                      

- Pare de culpar a sua irmã por todos os seus erros! – Berrou Zeus.

- Você não sabe que jogar a culpa para cima dos outros é feio? – Murmurou Atena, que estava comemorando por dentro. Ares trincou os dentes.

- Você vai me pagar muito caro por isso, sua sabichona. – Resmungou ele com raiva, mas logo depois olhou para Zeus – Olha... Não foi mesmo culpa minha. Eu poderia muito bem deixar eles lá e me poupar de tanta irritação, mas esses três me obrigaram á...!

- Te obrigaram?! Acha que eu tenho cara de idiota?! – Rugiu Zeus.

- Mas é verdade! Eles me obrigaram! – Exclamou Ares sendo sincero, e depois apontou para Poseidon – E ele apareceu de última hora tomando refrigerante!

- Eles te obrigaram a dançar aquela música estranha também?! – Perguntou Zeus cruzando os braços, furioso. Nina e Amanda prenderam o riso, e Rita começou a dançar novamente mesmo não tendo música no lugar.

- Bem...! Eu...! Ahm... Mais ou menos. – Respondeu ele com vergonha por estar notando que Hefesto ria da sua cara. Ares virou-se para ele – Eu vou quebrar a sua cara!

- Não antes de eu quebrar a sua! – Rugiu Zeus. Depois ele olhou para Apolo – E você também é outro irresponsável! Tinha que ter seguido eles, não é?!

- Ei! Eu sou uma vítima! – Exclamou Apolo chocado – Olha só para isso! – Ele balançou o cabelo jogando molho de tomate em quem estava por perto – Aqueles mortais malucos, e esses três jogaram comida em mim! E Bruna rosnou para mim também. Esse mundo está cheio de malucos. Eu preferia a Grécia. Lá eles não tinham molho de tomate.

 - Claro que eles tinham molho de tomate. – Disse Deméter franzindo o cenho.

- Não tinham não. – Negou Apolo sem entender – Eu não me lembro disso.

- Bem, é que eles não vendiam em embalagens e tudo mais, mas eles usavam em várias comidas. – Explicou ela – Talvez seja por isso que você não se lembra. Mas eles tinham sim.

- Ah! Eu lembro de uma comida que levava tomate! – Exclamou Apolo se lembrando, mas depois franziu o cenho – Espera... Ou era tangerina? Uhm...

- Basta de falar sobre tomates! – Rugiu Zeus. Ele fez um gesto com as mãos e os quatro entenderam que era para eles irem sentar – Vou cuidar de vocês mais tarde, esperem. Mas por ora eu tenho um ponto mais importante para analisar.

Os 12 meio-sangues olharam para Zeus. Alguns ainda estavam um tanto afetados pela flor de Lótus, de modo que suas mentes estavam confusas, mas entenderam muito bem que estavam á beira da morte novamente.

- Eu reúno o Conselho Olimpiano para discutir uma nova questão. – Anunciou Zeus – Exijo uma votação.

- Votação? – Repetiu Hades franzindo o cenho – Para que isso agora?

- Uma votação para substituirmos os 12 da profecia. – Terminou Zeus. Todos os 12 arregalaram os olhos. Nina deixou seu queixo cair.

- O que?! – Perguntou ela sem entender – Como assim você vai substituir a gente?! Nós somos os 12. Não tem mais ninguém...!

- Eu decido quem são os 12! – Exclamou Zeus com raiva – E quero uma substituição.

- Isso não é justo! – Protestou Mariana – Não pode nos substituir! Nenhum dos meus irmãos é tão bom quanto eu! Vocês precisam de mim!

- De todos nós, Mariana. – Corrigiu Natália revirando os olhos.

- Não vejo nada de tão insubstituível em vocês. – Falou Zeus, e aquilo foi como se uma faca atingisse o peito deles. Nina trincou os dentes.

Antes de Zeus abrir a boca novamente, ela jogou as mãos para baixo com raiva, e dois raios caíram no canto da sala. O senhor dos Deuses não estava tão surpreso, mas fixou seu olhar em Nina.

- Não vê nada de tão insubstituível em nós?! Ah, jura?! Então porque você não disse isso para nós quando a nossa vida virou um inferno na nossa primeira missão?! – Exclamou Nina com raiva – É impossível que pense assim!

- Eu realmente não vejo nada de tão insubstituível em um bando de heróis que não conseguem nem mesmo reconhecer o perigo quando ele dá de cara com eles! – Rugiu Zeus – Heróis que precisam que os pais façam alguma coisa para salvá-los! As últimas esperanças do Olimpo não podem ser depositadas em crianças desse tipo!

- Como nós íamos saber que aquele lugar era perigoso?! – Rebateu Nina com raiva.

- Como?! – Repetiu Zeus se levantando. Seus olhos faiscavam ainda mais, enquanto ele dava passos na direção deles – Estranhos abrem as portas de um Cassino para um bando de desnorteados oferecendo cartões de ouro e tudo de graça, e você achou que estava tudo bem?!

- Eu...! – A voz dela falhou. Ela respirou fundo pensando que não podia perder aquela discussão – Estava desnorteada. Como acha que eu ia adivinhar?

- Você não tem tempo para estar desnorteada! Você não tem tempo para jogar duas semanas fora em um Cassino e esperar que o mundo pare para você! O tempo está contra todos nós! – Berrou Zeus – Cronos não vai esperar você se recompor para atacar! Ele não vai dar trégua!

Nina engoliu em seco, pois sabia que grande parte daquilo era verdade. Zeus parou de falar e olhou-a furioso, mas ela podia notar que tinha um fundo de tristeza e desapontamento naquele olhar.

- Precisamos de heróis, e não de amadores. Acho que vocês não devem mesmo ser os doze da profecia. Pelo menos... Não mais. – Concluiu Zeus se sentando – Vamos escolher novos heróis agora mesmo, e depois vocês estão livres.

- Não. – Murmurou Apolo sem querer. Zeus olhou para ele.

- É uma ordem.

- Você não manda nas profecias. Ninguém manda nas profecias. – Falou Apolo achando a idéia ridícula – Não pode escolher quem vão ser os heróis. Os heróis de verdade são eles! E mesmo se não fossem, não seria você que os escolheria.

- Já chega das suas opiniões! Não perguntei se você concordava. Mandei escolher um outro semideus! – Exigiu ele. Apolo cruzou os braços.

- Eu não escolho ninguém. Nenhum dos meus filhos ou filhas. Só a Flávia. – Respondeu Apolo de birra. Zeus abriu a boca para reclamar, quando uma música soou pela Sala dos Tronos.

Flávia tateou os bolsos e tirou de lá um celular. Todos os Deuses olharam para ela, mas Flávia não notou. Ela olhou quem era, atendeu e sorriu.

- Oi, mamãe. Tudo bem? Quanto tempo! – Disse ela feliz por falar com a mãe. Flávia franziu o cenho e tentou dizer algumas coisas, mas foi interrompida. A filha de Apolo assentiu calmamente, e olhou para seu pai – Pai, a mamãe quer falar com você.

Apolo franziu o cenho sem entender, mas encolheu os ombros e pegou o celular.

- Olá, Denise. – Disse ele, mas então teve que afastar o celular pois vários gritos revoltados foram ouvidos do outro lado de linha. Apolo tomou coragem e colocou o celular de volta no ouvido – Eu...! Ah. Sim. Aham. É... Claro. Claro que sim, você tem razão. É. Não, não mesmo. Isso... Eu vou falar. Um minutinho.

O Deus do Sol abafou o celular contra o peito e olhou para Flávia.

- Flávia... A sua querida mãe não está muito feliz com você. – Comentou Apolo. Zeus cruzou os braços por estar sendo interrompido por um telefonema mortal, mas resolveu não dizer nada.

- Por quê? – Flávia fez uma cara triste.

- Parece que ela viu você e os seus amigos na CNN. – Disse ele.

- Eu apareci na TV?! – Sorriu Flávia sem lembrar.

- É. Participando de um ataque terrorista. E você sabe que a sua mãe não gosta que você faça ataques terroristas. – Repreendeu Apolo – E muito menos que peça aquelas balas gelatinosas.

- O que?! Mamãe viu eu pedindo balas gelatinosas?! – Exclamou Flávia chocada – Mas...! Ela vai brigar comigo! Ela não me deixa comer isso, porque faz mal!

- Você sabe muito bem que não é para comer isso. Agora pegue o celular e diga para a mamãe que o papai não tem nada a ver com essa história toda, porque ele é um cara muito inocente. – Disse ele esticando o celular para ela – E diga também que isso não tem nada a ver com uma invasão do exército de Cronos, e sobre o possível fim do mundo. Caso ela pergunte, é claro.

- Tá bom... – Murmurou Flávia pegando o celular de volta e falando com a mãe.

- Vocês...?! – Zeus foi interrompido.

- Espera um minuto. – Disse Hermes– Eu tenho uma pergunta muito importante, e tenho que fazê-la.

Todos olharam para eles, e Hermes apontou para Mateus.

- Por que você está só de cueca, garoto? – Perguntou o Deus das corridas. Mateus olhou para ele, e depois para a cueca. Ele coçou o queixo, e encolheu os ombros.

- Cara... Eu nem lembro. – Disse ele.

Zeus ia falar algo novamente, mas outro som tocou. Amanda pegou seu celular e olhou para o visor. Ela fez um careta tensa, e atendeu calmamente.

- Ahm... Necrotério? – Perguntou com uma voz falsa.

- Amanda Freitas! – Gritou a voz do outro lado da linha – Ataque terrorista?! Era para você estar na escola! O que você pensa...?!

- Oi, mãe! Deixa eu passar para o papai, ok? – Disse ela jogando o celular par a Hermes. O Deus tentou rebater, mas acabou segurando o aparelho. Ele fez a mesma careta que Amanda, e colocou o celular no ouvido.

- Ahm... Necrotério? – Disse a mesma coisa que Amanda disfarçando a voz, mas não havia como enganá-la. Hermes teve que ouvir a ligação com uma certa distância para não ficar surdo, mas enquanto isso...

- Oi? – Perguntou Mariana atendendo o celular. Ele revirou os olhos – Oh, paaaaai! Mamãe disse que quer quebrar o seu pescoço.

- É, é. Fala que eu amo ela também. – Comentou Ares em sarcasmo.

- O que? É mãe, ele disse que te ama. – Contou Mariana, e depois olhou para o pai novamente – Ela falou que se você estacionar a sua moto e ela passar perto, vai furar os pneus e arranhar ela inteira.

- Que bom que ela me ama também. – Assentiu Ares em sarcasmo novamente.

De pouco em pouco todos os pais mortais conseguiram ligar para seus filhos. Eles diziam, depois de ouvirem vários gritos, que estavam no Olimpo. Aí passavam os celulares para os Deuses, que não ficavam nem um pouco contentes em atender.

Mas foi com a última pessoa que uma enorme briga foi encadeada.

- Alô? – Perguntou Nina, e ao ver que era sua mãe, sorriu – Olá, mãe! Você ligou sobre o ataque terrorista? Ah, eu imaginei. Não, não foi um ataque terrorista. Não eu não tinha uma bomba, mãe. Sabe o que aconteceu? Nós todos estávamos lutando contra uns monstro. Fiz isso sozinha. Sem a ajuda de Zeus. Não. Ele não quis ajudar. Mas acho que eu tenho que desligar, porque ele está ocupado falando que nós somos fracassados.

Todos pararam um pouco de falar só para olhar a cena. Zeus pareceu um pouco incomodado, mas Nina sorriu para ele.

- A minha mãe quer falar com você. – Disse ela entregando o celular com um sorriso doce no rosto.

- Por que? Porque eu não quebrei as regras por causa de vocês? – Perguntou Zeus irritado.

- Não. Porque está sendo um pai ruim. – Rebateu ela entregando o celular. Zeus tomou das mãos de Nina, enquanto Hera fuzilava o Senhor dos Deuses com um olhar de raiva.

- Ah, isso sim vai ser divertido. – Disse Apolo sorrindo. Ele fez um movimento com os dedos e a ligação ficou no vivo á voz.

- Você me paga. – Sussurrou Zeus com raiva, mas depois olhou para o celular – Alô?

- Nina merece uma boa surra. – Disse a mãe dela pelo celular. Nina fez uma cara de susto, e Zeus assentiu concordando – Mas você merece em dobro.

- Ah, quem diria que eu ia concordar com a mãe dela. – Comentou Hera com ódio profundo de Zeus.

- Como você ousa falar de modo comigo? – Perguntou Zeus.

- Como você ousa colocar nossa filha em perigo?! – Rebateu ela com raiva – Eu não sei no que você estava pensando, mas não quero ela correndo risco desse jeito, ouviu?!

- Ah, e o que você tem em mente? – Perguntou Zeus já sabendo a resposta.

- Quero que a Nina volte para a escola e fique bem longe dessa confusão toda. – Concluiu ela. Nina quis se matar. Esperava que Zeus levasse uma bela bronca, mas foi ela que acabou se dando mal.

- Seu pedido é uma ordem. – Zeus encerrou a ligação, e jogou o celular para Nina – Você e seus amigos têm somente duas opções. Voltem para o Acampamento Meio-Sangue e ajudem a enfrentar os monstros que o estão invandindo, ou voltem para a escola de vocês. De qualquer modo... Não fazem mais parte da profecia.

- Não pode fazer isso! – Protestou Natália – Apolo mesmo disse isso! Você não manda nas profecias!

- Apolo também disse que na Grécia Antiga não existia molho de tomate. – Retrucou Zeus encolhendo os ombros.

- Mas...! – Amanda tentou protestar, mas então pensou em um argumento convincente – Você não disse que ia ser uma votação?

- Não, não disse. – Negou Zeus.

- Disse sim. Acho que... Os outros Deuses também tem direito de dar a opinião deles. Afinal... Estamos em um país democrático. – Falou a filha de Hermes.

- Eles não tem direito nenhum. – Falou Zeus. Nesse momento todos os Deuses olharam para ele nada satisfeitos em ouvir aquilo.

- Nós vamos votar, sim. – Confirmou Afrodite – Cada um de nós. Acho justo, não?

Ao notar que todos estavam contra ele, Zeus acabou se rendendo.

- Certo, certo! Vamos debater o assunto... – Resmungou ele.


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Notas finais do capítulo

Nós... Substituídos. Nem acredito nisso...
Ok, vamos fazer uma votação. Quem quer que a gente fique?! Por favor, levantem a mão! D:
Espero que tenham gostado.
Acho que daqui para a frente só tem mais 2 ou 3 capítulos. Espero por reviews!