Capítulo 1 - Minha vida

Minha cabeça estava longe... bem longe... não exatamente onde deveria estar que seria no 3° período de aula – Cálculo!... Urgh – Mas sim em como minha vida havia mudado em um ano.

Tive que sair da Brooklin High School, minha antiga e amada escola para Tree Rivers High School, meu inferno pessoal.

Um ano atrás minha mãe nunca teria tido condições de pagar por um ensino como o da escola Three Rivers High Institution, em Nova York, afinal há um ano atrás Renné - minha mãe – não estava casada com Phil, que queria muito que eu e o Nikolas – meu irmão mais velho – estudássemos numa escola com educação de ponta. Minha mãe proibiu o Phil de desembolsar qualquer tostão. Ela alegava que era o dever dela, por fim, nos inscreveu em vários programas de bolsas sendo a Three Rivers uma das que aceitou abrir concessões de bolsas – claro que com uma mãozinha muito hábil como a de Phil e sem que minha mãe soubesse!! depois de alguns trancos e ameaças de minha mãe, passei no teste de admissão.

Bom, quanto ao Nikolas, ele encontrou uma forma de burlar a prova e ser expulso antes mesmo de entrar (não me perguntem como... traidor!).

Fiquei decepcionada... Como iria agüentar esse inferno cheio de patricinhas e playboys? Passando um por cima do outro para ver quem chama mais atenção? Como sempre, Nikolas me fez uma promessa.

– Eu vou arranjar um jeito de tirar de lá. – seus olhos brilhando de excitação, ao imaginar um plano infalível.

Fiz cara de corajosa e disse que queria ficar lá. Reené havia se sacrificado tanto por nós e era a hora de retribuir, afinal nunca fui a princesinha da mamãe.

– Pela mamãe, Bella? – ele ergueu as sobrancelhas.

– Não por mim... – eu disse.

– Você sabe que aquele lugar não tem nada a ver com você e eu sei que você não quer ficar lá. Não consigo te imaginar no meio daquelas patricinhas.

– Vai cuidar da sua vida e me deixa em paz! – tentei esconder o rubor, tendia a ficar rubra quando me irritava.

– Como uma pessoa tão pequena pode ser tão teimosa? – reclamou Nikolas.

– Vá a merda!! – respondi gritando – meu pavil sempre foi muito curto, principalmente quando comentam sobre minha estatura - E olha aqui! Pequena é a sua... – ele ignorou meus xingamentos me dando as costas.

Apesar de nossas brigas, eu e o Nikolas estávamos sempre em sintonia, éramos inseparáveis; participávamos de uma banda – a “Twilight" – com nossos camaradas Ryan, Tyson e Scoott e estávamos muito entusiasmados, porque as gravadoras começavam a prestar atenção na nossa barulhada Nikolas havia vindo me buscar na escola.

– Duende... Tenho uma notícia maravilhosa!!!

– Duende é a sua vó! – eu estava ficando vermelha – Tenho estatura mediana e não tenho culpa se você é uma anomalia g...

– Você quer ouvir ou não??!! Nossa garota você tem um gênio. – reclamou – Bom... lembra daquele produtor que deixou o contato com a gente? Ele me ligou e disse que hoje a noite vai ir ver a nossa apresentação com o pessoal da gravadora... Não é demais????

Travei!

– Bella...!!! Será que se eu te der um tapa, você sente? – brincou.

– Meu Deus do Céu!!! A gente conseguiu!!! É demais!!!! – estava ficando histérica.

– Calma, Bellinha. Essa noite a gente tem que estourar a boca do balão!!!

– Tenho uma idéia, que tal usarmos aquela música que eu tava escrevendo? A Decode.

– Com certeza!! Essa noite é nossa!! Eu vou te deixar em casa e passo pra te buscar ás 4h pro ensaio.

– Vai sair com alguma tiete??? – mandei aquele olhar 171. (n/A: oksoakoaskoask Adorei Bells oksoaosaoaskoask)

– Hey! Você é muito nova pra saber dessas coisas!!

– Eu tenho 17 anos e não sou tão boba assim! – mostrei a língua.

– Por quê? Tem alguém atrás de você?? Eu falei pro o Scott que você ia sair com ele só quando fizesse 30 anos.

– Prefiro não comentar – fiz cara de safada.

– Bella??!!!

Nikolas riu, os olhos ficando pequenininhos com as rugas envolta deles por causa da risada. Os lábios finos numa curva para cima, divertido. Meu irmão era quase um deus grego de tão lindo! Os cabelos loiros e os olhos azuis deixavam as menininhas malucas por ele. Também, com aquele ar de bad boy, quem não cairia no charme dele?

Desci do carro assim que ele parou na porta do edifício, se hoje morávamos na frente do Central Park, há algum tempo atrás era no Brooklyn. Eu nunca liguei pra essas coisas, mas sabia que faltava algo pra minha mãe, ela nunca havia se apaixonado por ninguém depois de Charlie, meu pai. Quando ela conheceu o Phil, tudo mudou, ela tinha um novo brilho.

Subi pelo elevador até 3º andar e abri a porta do apartamento 35.

– Filhinha, é você?

Passei pela nossa sala de estar toda decorada com lembranças de nossas viagens e fotos da família e fui para cozinha de onde vinha um delicioso cheiro de biscoitos, e lá estava Renné, minha mãe.

Éramos muito parecidas exceto pelo seu cabelo curto e olhos azuis cristalinos sendo os meus castanhos – queria tanto ter herdado os seus olhos azuis. Já Nikolas tinha os olhos de minha mãe, mas nem parecia da mesma família, era alto, louro e com um sorriso – que eu chamo de “perdição feminina” – lindo, mas ele tinha o jeito de Renné. Carinhoso, infantil e muitas vezes irresponsável, vai ver por isso arrasava corações.

– Como foi a aula bebê? – minha mãe perguntou com o mesmo sorriso de Nikolas.

– Insignificante de tão normal.

– Cadê o seu irmão? Achei que ele iria te buscar ou ele foi pra escola?

– Até parece. Nikolas e a escola seguem direções opostas; ele foi se enroscar com algum rabo de saia – deixei transparecer meu ciúmes – Eu vou dormir um pouco, me chama quando o Nik chegar.

– Meu amor, ás vezes acho que você foi geneticamente programada pra comer e dormir. Peraí, não é hoje que é o grande show?

– Você vai mamãe? – perguntei desconfiada sabendo que minha mãe não gostava de música barulhenta.

– Claro que sim!! Vocês são meus filhos e o Phil adora uma bagunça.

– E eu aqui pensando que ele era um nerd!!!

– Depois a mamãe vai ter arrumar, quero você uma princesinha... Ué, cadê os biscoitos?

Fingi que não ouvi essa última parte, odiava quando ela tentava me fazer parecer uma dessas patricinhas. Meu estilo é único.

Entrei no meu quarto. Ele tinha as paredes roxas com os meus desenhos pregados e pôsteres de minhas bandas preferidas. Realmente não tinha vocação para lady, havia pilhas de roupas espalhadas pelo chão e minhas coleções de CD jogadas pela cama. Há dias que eu não dormia na cama devido aos trabalhos escolares.

Liguei o computador, peguei um dos meus antigos LP’s e coloquei para tocar. Tirei meu uniforme, que me deixava parecida com animes, e fui tomar um banho bem quente. Saí do banho com minha calça de pijama favorita, a camiseta da Muse, minha banda preferida e a samba canção velha do meu irmão por baixo das calças. Ao som de Janis Japlin, fui terminar a melodia da música que iríamos tocar, eu a batizei de “Decode”.

É até engraçado para não dizer pra lá de misterioso de onde veio a inspiração para essa música. Há dias venho tendo o mesmo sonho. Um homem pra lá de lindo – que só poderia existir em meus sonhos – com a pele branca, cabelos e olhos dourados... tão perfeito... um verdadeiro anjo.

Em meus sonhos ele sempre me olha como se gostasse do que vê e às vezes parece que tem algo a me dizer, mas nada diz, é como se temesse a minha reação. Sempre me sinto hipnotizada por ele e se ele me oferecesse a mão, a pegaria sem medo.

Dessa vez eu estava numa sala escura, não conseguia enxergar nada, mas senti algo me perseguindo então comecei a correr em volta da sala e a gritar, apavorada.

– Alguém, por favor, me ajude!!! Nikolas, cadê você???

Então, finalmente, ouvi a voz do Nikolas.

– Maninha, vem comigo eu te tiro daqui!

Quando senti sua mão na minha, algo o puxou, tentei agarrá-lo mas foi tarde demais. Então uma luz forte veio em minha direção, e despenquei, parecia cair de um penhasco.

De repente ele estava ali, meu anjo com seus cabelos bronze amparando a minha queda, e parecendo magia, ouvi sua voz pela primeira vez sussurrada ao meu ouvido.

– Agora você vai precisar ser forte, mas não se preocupe estarei sempre aqui. – era voz mais bonita que eu já ouvira, ela própria era uma melodia.

Eu chorei e o anjo chorou também, enquanto letra e melodia ecoavam em minha mente.

Good night my angel - Robert Pattinson

Godd night my angel time to close your eyes

And save these questions for another day

I think I know what you've been asking me

I think you know what I've trying to say

I promissed I would never leave you

And you should always know

Where ever you may go

No matter where you are

I never will be far away

Godd night my angel now

It's time to sleep

And still soo many things

I want to say

Remenber all the songs you sang for me

When we went sailing on an emerald bay

Do do do do

Good night my angel now it's to dream

And dream how wonderful your life will be

Someday your child will cry and if you sing this lullaby

Then in your heart there will always be part of me

Someday we'll all be gone

But lullabies go on and on

They never die how you and

I will be