A Garota da Casa ao Lado escrita por changeantD-avis


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

PQP, demorei pra caramba né? Mil desculpas. Mas ando fazendo muita coisa...
Espero ter dado o meu melhor, e que vcs gostem. E se tiver algum erro de portugues, foi mal!



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PUCK’S POV

Eu já fiz muitas coisas que me arrependo na vida, coisas que infelizmente não posso voltar atrás, mas que me trouxeram muitas coisas boas em troca. Beth tinha sido uma benção e me feito virar um homem de verdade, um pai.

E quando as pessoas mexem com quem eu mais amo na vida, minha princesinha, minha mamma baby e minha irmãzinha judia, eu não deixo passar.

Minhas habilidades da escola ainda continuavam, e com facilidade, eu destravei a porta de entrada da casa dos Fabray. Eu só estava fazendo aquilo porque era realmente necessário. Na verdade, faz muito tempo que não saio fora da linha. Beth começou a crescer e meu relacionamento com Shelby não podia estar melhor. Eu sabia que não podia continuar agindo como um garoto irresponsável se quisesse manter as duas na minha vida pra sempre.

Nós moramos em Los Angeles por algum tempo, onde Shelby dava aulas em uma faculdade de música e eu comecei a trabalhar em vários lugares diferentes. Infelizmente, não consegui um emprego fixo e tivemos que voltar a morar em Lima. Eu decidi que faculdade seria sim uma coisa importante para meu futuro, para minha família e me inscrevi para algumas, e a UCLA havia me enviado a resposta há alguns dias atrás. Eu tinha sido aceito para o próximo ano.

Era tempo suficiente para eu conseguir dinheiro para me manter na cidade e quem sabe fazer um curso a mais fora do horário de aula.

Mas agora, voltando ao objetivo principal. Resgatar minha garotinha. Entrei na casa dos fabray e tudo parecia silencioso. Fui caminhando pela grande sala, cozinha, banheiro, não tinha ninguém por ali.

Subi as escadas devagar e não tinha ninguém nos quartos principais também. Foi só quando me aproximei do último quarto do corredor, o de hóspedes, que ouvi uma voz sussurrando. Encostei-me à porta para poder ouvir melhor, parecia que alguém cantava algo baixinho.

Sem pensar duas vezes, abri a porta com força. Puckssauro ainda era um badass que acabaria com quem se metesse com ele. Mesmo se essa pessoa fosse a mãe da minha mamma baby.

Franzi o rosto ao ver uma mulher que eu não reconhecia ninando Beth. – Quem é você? – Fiquei parado na defensiva do outro lado do quarto. – O que você está fazendo com Beth?

A mulher de cabelos loiros e compridos se virou, me encarando com grandes olhos azuis escuros. Ela se parecia muito com Quinn na época da escola. -- Eu que te pergunto isso, quem é você?

– Eu sou o pai de Beth e eu exijo que você me devolva ela agora. – Essa mulher não me era estranha. Parecia que já tinha a visto em algum lugar...

– A senhora Fabray que está responsável pela criança, então eu vou pedir com delicadeza que você saia dessa casa antes que eu chame a polícia! – Ela sorria sarcasticamente enquanto meus punhos se fechavam.

Tirei meu celular do bolso sem saber direito o que fazer. Tentei ligar algumas vezes para Quinn mas ela não atendeu. Tentei apenas uma vez no celular de Rachel e nada também. Ótimo.

Aquela mulher continuava me encarando com um olhar amedrontador. – Essa criança é minha, e o que Judy fez foi totalmente irresponsável. Eu não sei quem é você mas por favor, seja lá o que Judy falou pra você, me escute, ela... – O sorriso daquela mulher aumentou e eu estava começando a ficar com medo, Beth estava em seus braços, sabe-se lá o que passava na cabeça dela.

– Eu sei muito bem quem é Judy Fabray. Mãe de Quinn Fabray, que teve um filho com Puck, que eu imagino que seja você, e agora ela está em Nova York, com a minha Rachel. Judy me deixou encarregada de cuidar de Beth enquanto ela ia tentar separar as duas. Infelizmente ela me ligou hoje avisando que não conseguiu. É uma pena... - A mulher foi se aproximando, apertando mais ainda Beth, que dormia tranquilamente em seu colo. - Sabe, eu realmente amei Rachel.

– Olha, solta a minha filha, nós podemos conversar! Deve ter alguma coisa que você queira, qualquer coisa! – Me aproximei mais e ela deu um passo para o outro lado.

– Sim, eu quero que Quinn suma! Que ela desapareça do mundo, que deixe Rachel em paz! É tudo culpa dela, eu não posso ter minha garota de volta por causa daquela loira. E o mais justo a se fazer quanto te tiram alguém muito importante, é tirar alguém importante para a pessoa também.

Meus olhos se arregalaram ao ouvir aquilo. Ela estava insinuando que...? Não, ela não seria capaz. Observei seus olhos totalmente perdidos e minha boca ficou seca. Como agilidade, e contra todos meus princípios de encostar a mão em uma mulher, empurrei-a com força, puxando Beth de seus braços.

Minha baixinha acordou assustada e começou a chorar. – Calma amor, sou eu.

– Papai? – Beth levou as mãozinhas para o rosto, limpando as lágrimas.

A mulher estava jogada no chão, nos observando. Vi quando seu rosto caiu em uma expressão triste.

– Sim filha, seu pai. – Beijei a testa dela.

– Papai! Senti sua falta – Ela abraçou meu pescoço com força, parando de chorar aos poucos.

– Eu sinto muito! – Os olhos azuis daquela mulher passavam de mim para Beth – Eu não sei o que está acontecendo comigo. – ela colocou as duas mãos na cabeça, apertando e puxando os próprios cabelos. – Eu não acredito que quase fui capaz de fazer algo desse tipo. Me desculpe, me desculpe – ela agora tinha começado a chorar e se encolhia no canto do quarto.

O que exatamente eu faria agora? Não podia sair dali, precisava descobrir quem era ela, o que ela queria, e porque ela falava daquele jeito sobre Quinn e Rachel. Tranquei a porta do quarto. Ninguém sairia dali até eu entender o que tinha acabado de acontecer.

FIM PUCK’S POV


Nova York – Casa de Quinn – 10:30 A.M

RACHEL’S POV

Eu passava os dedos pela silhueta completamente nua de Quinn, meu sorriso mal cabia no rosto. Era como se tudo estivesse voltando a se encaixar novamente, como se nós estivéssemos voltando para o início do relacionamento, onde as duas se entendiam e se amavam, sem preocupações e sem grandes desastres.

Fui escorregando minha mão para a barriga de Quinn e ela grunhiu. Dei um sorrisinho enquanto observava aqueles fios loiros espalhados para todos os lados. Comecei a passar meus dedos em sua barriga e ela se revirou.

– Rach, você está me fazendo cosquinha. – ela tentava se livrar da minha mão, empurrando o corpo pra frente.

– Eu to fazendo o que Quinn? – dei uma risada com a maneira fofa de ela falar.

– Cosquinha. – Quinn afundou o rosto no travesseiro, ainda sem abrir os olhos. Me aproximei mais, sentindo aquela corrente elétrica bem familiar quando nossos corpos se encostaram. Ela gemeu mas não tirou o rosto do travesseiro.

– Quinn, olha pra mim. – rocei meu corpo nas costas dela.

– uhn uhn.

– Quinn!

– tocomsono – Não entendi nada que ela tinha falado e puxei seu corpo para que ela virasse pra frente.

Ela virou o corpo para o meu lado, ainda relutante, e continuou com os olhos fechados. Sorri e repousei minhas mãos em seu quadril.

– Bom dia meu amor – a beijei suavemente.

– Rach, eu to com sono. – ela disse manhosa.

– É quase onze horas amor, deixa de ser manhosa e olha pra mim!

Ela abriu os olhos e logo depois os revirou. – Você é impossível quando quer alguma coisa, sabia? O que tanto você quer? – ela apoiou o rosto no meu ombro, se encolhendo nos meus braços.

– Eu estava te observando e pensando em uma coisa.

– O que? – ela sussurrou perto do meu ouvido.

– Que eu acho que faz um bom tempo que não te falo o quanto você é linda.

Quinn afundou o rosto no meu pescoço – Racheeeeel.

– Que foi? – soltei uma risada, mexendo meu ombro pra que ela levantasse o rosto.

Ela se remexeu um pouco, entrelaçando nossas pernas. – Por que isso do nada?

Puxei seu rosto para cima, e acariciei suas bochechas. – Por nada. Você parece um anjo e eu te amo.

Quinn ficou com as bochechas vermelhas e deu um beijo na minha testa. – Eu também te amo, muito.

– Que tal agora a gente levantar? Eu sei que tudo parece maravilhoso, mas nós precisamos resolver aquele assunto sobre Beth... – O rosto de Quinn mudou totalmente, sua expressão alegre e um pouco envergonhada mudou para uma triste. - Amor, nós vamos resolver isso, eu prometo. Você me disse que Puck iria até sua casa em Lima, certo? Nós temos que ligar pra ele... Vem, levanta. – entrelacei nossos dedos e levantei, a puxando comigo.

– Espera amor, eu esqueci de te dar os parabéns! – Ela me olhou com aqueles grandes olhos verdes e o cabelo extremamente bagunçado, com vários fios caindo no rosto. Sorri.

– Parabéns pelo que? – ergui as sobrancelhas ainda de mãos dadas com ela.

– Como assim pelo que?!!? Você ganhou todos os prêmios que estava concorrendo ontem e ganhou de Meryl Streep! Você é a atriz mais talentosa e incrível do mundo – Ela se inclinou e me deu um selinho. Abaixei o rosto, um pouco envergonhada enquanto ela o acariciava.

– Obrigada Q, mas eu não acho que fui muito justo eu ganhar até dela. Ela é tipo, a melhor atriz da nossa geração!

– Você é a melhor atriz da nossa geração. Mereceu ganhar, e eu tenho certeza que esse é só o começo. Rachel, quem diria hun? Você se imaginava tendo essa vida a alguns anos atrás? Imaginava que seria tão famosa a ponto de ser chamada para trabalhar no cinema? Amor, você fez o impossível para chegar até aqui. Você nunca desistiu, e sabe pelo que mais eu fiquei feliz quando minha memória voltou?

Continuei com o rosto abaixado, morrendo de vergonha. Quinn era tão adorável quando ela queria. Balancei a cabeça, fazendo que não.

– Quando nos encontramos, você tinha perdido o brilho nos olhos, aquela coisa sonhadora sabe? Mas agora eu estou vendo esse brilho ai de novo. E eu quero ser o motivo dele continuar ai pra sempre. – Ela se inclinou de novo, mas dessa vez me abraçou. Pelada. Céus. Ela não deveria fazer isso. Mordi seu ombro e uma lágrima escorreu.

– Obrigada Q, por isso, e por tudo. Agora vem, vamos tomar café. – A puxei pelo pulso.

– Espera Rach, deixa eu por uma roupa. – A olhei incrédula.

– Não! Eu quero ficar assim o dia inteiro. – continuei a puxando para o andar de baixo.

– Pelada Berry, mesmo? – ela ergueu uma sobrancelha.

– Sim, assim eu vou poder me aproveitar de você quando eu quiser. – Sorri maliciosamente e pisquei na direção dela.

Entramos na cozinha e eu comecei a procurar alguma coisa para comer.

– Pera ai, vou ligar pra Sant rapidinho e dizer que deu tudo certo! - Quinn saiu da cozinha e eu fiquei observando seu corpo. Meu deus, que corpo. Péssima ideia não ter deixado ela colocar uma roupa. Péssima ideia.

Alguns minutos depois ela voltou, observando o celular com a testa franzida.

– O que foi querida?

– Que estranho... Puck me ligou várias vezes.

– Será que ele conseguiu achar a Beth? Será que aconteceu alguma coisa? Ele está bem? Beth está bem? – Praticamente derrubei todo o cereal da minha boca. Graças a deus eu tinha passado um tempo vindo aqui enquanto Quinn estava no hospital. Algo me dizia que passaria fome se dependesse do gosto de Quinn para comida. – SERÁ QUE ALGUMA COISA ACONTECEU? Quinn, liga pra ele! Vai, liga! – Levantei da cadeira e comecei a cutucar seu braço, ela me olhou erguendo as sobrancelhas. – Liga logo!

– Meu deus, eu estou namorando uma maluca. – Quinn sorriu torto e eu revirei os olhos. Ela discou o número e colocou o telefone no ouvido. Me aproximei para tentar ouvir também.

– Graças a deus você finalmente deu sinal de vida! – Puck disse do outro lado da linha.

– O que aconteceu Puck? Você encontrou minha filha?

– Eu entrei na sua casa e como eu imaginava, Beth estava aqui. Mas uma coisa estranha aconteceu... Por isso te liguei tantas vezes.

– O que aconteceu? – Quinn mordia o lábio

– Fala logo puckermann! – Gritei perto do telefone e Quinn me empurrou, mandando eu ficar quieta. Ow Ow, ninguém manda Rachel Berry ficar quieta!

– Tinha uma mulher aqui... Que dizer, TEM uma mulher aqui. Ela começou a falar algo sobre amar Rachel, e como você estragou tudo...

– Espera ai... – Os olhos de Quinn se arregalaram. – Como essa mulher é?

– O que? O que? – Meu deus, alguém me explique o que está acontecendo!

– Loira, olhos azuis, bem bonita... O puckssauro adoraria dormir com ela se não fosse comprometido.

– Puck! Eca! Sem gracinhas! Beth está bem? Calma... você está falando da Susan?

Susan?

– Susan? – Puck encarou a mulher, ainda sentada em sua frente.

– Tracy? – Arregalei os olhos.

– Tracy? – Quinn me olhou, fazendo que sim com a cabeça.

– Eu não sei o nome dela, ela está sentada aqui no chão me encarando a uns 40 minutos, não sei o que fazer mamma baby.

– Puck, não chama minha namorada assim, eca!

– Rachel, fica quieta um minuto! – Quinn me olhava brava.

– Para de me mandar ficar quieta! Eu não gosto de ficar quieta, eu não vou ficar quieta.

– Wow, minha princesinha judia parece estar brava.

– Puck, não chama minha namorada assim! – Quinn repetiu a mesma frase eu coloquei a mão na cintura, a observando e ela apenas sussurrou um “o que?” para mim.

– Ok, olha, eu amo vocês duas. Mas será que podem me explicar o que está acontecendo? Eu preciso de uma ajuda aqui, essa tal de Susan/Tracy não me parece nem um pouco confiável, ela ameaçou Beth!

– Ela NÃO é confiável! Não deixe ela sair daí Puck, nós e a policia a estamos procurando a meses! – Eu disse, retirando o celular da mão de Quinn. – Nós vamos pegar o primeiro avião até Lima. Não se mexa. – E desliguei, entregando o celular para Quinn que me encarava perplexa.

– Você é tão inconveniente quando quer sabia? – Ela empurrou meu ombro.

– Nós temos uma missão para cumprir Fabray, para de drama.

– HA-HA. Adoro suas piadinhas amor, adoro.

Revirei os olhos e a puxei para o andar de cima para colocarmos uma roupa e chegar a Lima o mais rápido possível. Ligaria para Samantha e faria ela colocar nós duas no primeiro avião que desse. Rachel Berry era uma ótima investigadora, se a polícia não iria até a Tracy, ela levaria Tracy até a polícia.

FIM RACHEL’S POV

–-x--

– Alguém me explica por que a sua namorada ta vestida que nem uma pateta?

– Eu não estou vestida como uma pateta! Eu sou uma detetive Santana, detetive!

– Shiu Rachel, você vai estragar o seu disfarce! – Brittany sussurrou. – Sant, deixa a Rachel em paz, eu gosto de detetives. Rach, posso ser sua assistente?

Rachel bateu palmas animadamente, e enlaçou seu braço com o de Brittany.

– Alguém me explica porque NOSSAS namoradas são duas patetas? – Quinn ergueu a sobrancelha.

– Ei, cuidado com o que você fala Fabray. Minha namorada é extremamente inteligente, a sua que é uma completa idiota.

– Santana! - Quinn revirou os olhos. - Vamos, gente, todas vocês, vamos logo. – Quinn saiu na frente. Será que nenhuma delas levava alguma coisa a sério por dois segundos? Sua filha tinha sido praticamente sequestrada, e as três ficavam andando pelos corredores do aeroporto brincando de detetive.

As quatro entraram num taxi a caminho da casa dos Fabray.

–-x--

– O que nós temos que fazer em uma cena de crime? – Brittany encarava Rachel seriamente. – Tentar abrir a porta ou tocar a campainha?

– Brittany! Nunca se encosta em maçanetas quando você está desvendando um crime. Você vai deixar suas digitais e acabar sendo incriminada pelo verdadeiro ladrão.

Brittany pareceu pensar um pouco. – Uau, você realmente é muito boa nisso! Então o que fazemos? – Aquelas órbitas azuis encaravam Rachel ansiosamente.

– Uh, eu não sei muito bem... – Rachel fez uma cara pensativa.

– Berry, pelo amor de deus, só abre a porra dessa porta antes que eu faça isso!

– San, sem palavrões! – Brittany a repreendeu e Santana se inclinou para beijar a bochecha da loira, pedindo desculpas.

Assim que voltou para trás, Quinn fingiu amarrar uma coleira em seu pescoço e Santana mostrou o dedo do meio.

– Sem gestos feios também Sant! – Brittany nem olhou para trás e Santana se encolheu, fazendo Quinn rir.

– Ok Ok, chega dessa espera. Eu vou abrir. –Rachel finalmente decidiu fazer alguma coisa. Ela abriu a porta, estava aberta. A cena perfeita para um crime, ela pensou. As três seguiram a morena mais baixa para dentro da casa.

– Isso é ridículo, porque estamos nos esgueirando pela casa, só entra logo e vamos direto para o andar de cima! – A voz da Santana ecoou por toda a casa.

– Santana! Não grita, você vai estragar tudo. – Rachel a repreendeu.

Elas olharam todos os cômodos do andar de baixo e ao constatar que não tinha nada lá, elas subiram.

– Onde fica o quarto de hóspedes? – Rachel se virou para Quinn.

– É o último. – Quinn passou na frente, indo até o final do corredor e abrindo a porta. Ela encontrou Puck sentado em uma poltrona, com Beth em seus braços, e Tracy sentada no chão, encolhida. – Filha! – A loira correu e agarrou sua garotinha, beijando todo o seu rosto. – Mamãe sentiu tanto a sua falta.

– Mamãe! – Beth se revirou no colo de Puck para se levantar, ela ergueu o corpo e esticou os braços na direção de Quinn. – Por que você nunca mais me visitou? Eu estava com saudades! Eu te amo. – Ela abraçou a loira, que tinha lágrimas nos olhos.

– Meu deus Beth, você está tão grande! Eu sinto muito, mamãe estava doente, e não pode te visitar todo esse tempo. Mas agora eu to aqui filha, eu nunca mais vou te deixar! – Quinn abraçou a filha. Todos estavam emocionados, inclusive Santana, que secou uma lágrima que estava prestes a cair dos olhos.

– Eu vi isso – Rachel sussurrou na direção da latina.

– Por que você não vai fazer alguma coisa de útil da sua vida Berry?

– San! – Brittany a repreendeu.

– O que? Ela que começou! – A latina cruzou os braços.

Rachel revirou os olhos e deixou as duas para trás para poder se aproximar de Quinn, ela colocou um braço na cintura da namorada e com a outra mão fez carinho nos cabelos de Beth.

– Mamãe! – Beth sorriu – Você também nunca mais veio me visitar! Eu senti sua falta também. Você ainda é minha mamãe?

– Sim Beth, pra sempre – Quinn respondeu pela morena. A mais baixa concordou com a cabeça e sorriu, dando um beijo na bochecha de Quinn.

– Quinn, será que você pode me deixar sozinha com Tracy por uns minutos?

Quinn a olhou sem acreditar no que tinha ouvido – O que? Você está louca Rachel? Essa mulher quase matou minha filha! Eu não vou te deixar aqui com ela.

– Quinn, por favor. Eu prometo que se ela tentar encostar em mim, eu grito. – Rachel a olhou, passando segurança. Quinn ficou a encarando, sem depositar um pingo de confiança em Tracy. – Por favor? – a morena fez um bico.

– Ta, ta. Mas se ela encostar num fio de cabelo seu, eu juro... Eu juro que mato ela Rachel.

– Isso não vai ser preciso Q. – Rachel fez um sinal para Puck, que ainda estava quieto e olhando em volta sem entender muito bem.

Rachel esperou todos saírem e baterem a porta, para finalmente voltar sua atenção para Tracy.

– Tracy. – Ela sussurrou, olhando diretamente nos olhos azuis da mulher. – Tracy – Ela falou mais alto. A loira finalmente pareceu sair de seu transe e devolveu o olhar na direção de Rachel. A morena estendeu a mão para que ela se levantasse do chão e Tracy aceitou, ficando parada de frente para a mais baixa.

Um silêncio desconfortável tomou conta do quarto. Não se sabe quantos minutos se passaram, mas quando Rachel abriu a boca para falar novamente, Tracy começou a soluçar de tanto chorar.

– Me desc-desculpa Rachel, por favor. Eu te imploro. Eu nunca quis que as coisas saíssem fora do controle desse jeito. Eu – Eu juro – a mulher estava em prantos. – Eu sei que nada do que eu te dizer vai fazer você me perdoar, mas eu me arrependo de tudo. Uma coisa foi levando a outra e eu não consegui mais parar.

– Isso não justifica as coisas que você fez Tracy.

– Eu sei Rachel, eu sei. Me desculpa, eu não sei o que aconteceu comigo. Eu estou totalmente perdida, é como se eu tivesse criado uma nova personalidade e não fosse eu agindo sabe? Eu nunca quis te machucar Rachel, eu não sei por que machuquei Quinn, e quase machuquei uma CRIANÇA – Ela soluçou de novo, as lágrimas escorreriam sem parar.

– Tracy... – Rachel continuava com uma expressão dura, mesmo seu coração se apertando ao ver aquilo. Tracy estava doente, era óbvio.

Tracy deu um passo para frente e Rachel arregalou os olhos – Eu não vou fazer nada Rach, eu nunca te machucaria. Eu – Eu realmente te amei Rachel.

– Você espera que eu acredite nisso?

– Eu não espero nada, mas eu quero me redimir. Eu sei que te causei muito dano emocional. Mas quando nós estávamos namorando, eu realmente te amei. Você foi a primeira pessoa na minha vida pela qual eu me apaixonei Rach. E eu só não quero que você duvide disso. Eu peço desculpa por tudo, por todos os problemas. Depois de hoje... Do que eu qua-quase fiz... Eu percebi que preciso de ajuda. E eu estou disposta a me entregar.

Rachel arregalou os olhos. Uau, aquilo realmente estava acontecendo? – Você está falando sério Tracy? Porque se isso for mais um de seus planos, eu v...

– Eu estou falando sério Rachel. Eu juro. – Ela tentava controlar as lágrimas.

Mais uma vez o silêncio tomou conta do quarto. Rachel finalmente se pronunciou:

– Eu te perdoo. – Ela disse, firme, olhando nos olhos azuis de Tracy.

– O que? – Tracy, que já tinha se recuperado um pouco, a encarou.

– Eu te perdoo Tracy. Por tudo. – Tracy começou a chorar de novo, afundando o rosto nas próprias mãos. Rachel se aproximou, erguendo o rosto de Tracy. – Mas isso não quer dizer que você não tenha que pagar por tudo que fez. Eu vou te deixar nas mãos da justiça, você está doente Tracy, e precisa de um tratamento. – Tracy balançava a cabeça, concordando com tudo. – Agora vem, vamos embora daqui. – Rachel colocou uma mão nas costas da loira, a empurrando para fora.

Assim que elas abriram a porta, encontraram Quinn parada na frente, com os olhos arregalados e atentos a qualquer movimento. Antes que elas pudessem fazer qualquer coisa, a mão de Quinn atingiu o rosto de Tracy com força, fazendo a garota cambalear para trás.

– QUINN! – a boca de Rachel se escancarou, enquanto Santana e Puck batiam um high five.

– Isso é por tudo que você causou. Eu sei que Rachel pode ser ingênua de vez em quando. Mas eu nunca, NUNCA, vou te perdoar Tracy. Eu confiei em você, eu te contei toda a minha vida! E você destruiu a vida da pessoa mais importante para mim!

– Quinn, chega! – Rachel puxou a garota para trás. Quinn tinha os olhos vidrados na direção de Tracy.

Puck finalmente parou de fazer piadinhas com Santana e se intrometeu. – Vamos, precisamos levar ela para Nova York o mais rápido possível.

– Mamãe, porque aquela moça está chorando? – Beth, que estava concentrada em um brinquedo no canto do corredor, olhou de rosto em rosto, até chegar em Tracy.

– Nada filha, tudo vai ficar bem, vamos.


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Notas finais do capítulo

bom, reviews por favor?
Próximo capitulo é especial Brittana e acredito que o penultimo da fic :)
bj bj