Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 7
7 - Simple


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo, quero me desculpar com todas pela demora imensa. Mais de 20 dias sem postar, eu realmente me sinto mal por isso :(
Espero que ainda estejam aí, fieis como sempre. Prometo recompensá-las dessa vez.
Boa leitura!



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Capítulo 7

But it could be so simple

Mas podia ser tão simples

Life should be that simple

A vida devia ser simples assim

I wish it were just so simple

Queria que fosse só tão simples

But the point's been missed

Mas os pontos já foram perdidos

You've made a mess

Você fez uma bagunça

Who would have guessed

Quem teria adivinhado

That it's as simple as it seems

Que é tão simples quanto parece?

Simple – Katy Perry

Infelizmente eu sabia que tudo que é bom dura pouco, então, menos de dez minutos de sossego depois, ouvi o som característico de salto alto tilintando no chão do hospital. Apesar de tal tipo de calçado ser plenamente comum entre algumas médicas, eu tinha certeza que não era esse o caso.

Gemi inconscientemente, me afundando ainda mais no peito largo de Emmett. Ele beijou meu cabelo.

-O que foi?

-A mulher que está chegando... Como ela é? – ignorei sua pergunta com outro questionamento.

Ainda sem levantar a cabeça, senti quando Emmett se virou um pouco para me responder.

-Cabelo escuro na altura do ombro... Meio baixinha... – ele descreveu. – Não parece nada simpática.

Levantei o rosto e antecipei o inevitável. Com certeza era quem eu estava pensando.

-Grace! – fingi um sorriso autêntico e abracei a mulher que já estava em minha frente. – Como vai?

-Rosalie? – ela tirou os óculos e sorriu para mim. – Como você está bonita!

-Obrigada. – agradeci e então percebi o olhar interrogativo dela para Emmett. – Grace, esse é Emmett, meu namorado. Emm, esta é a mãe de Alice.

-É um prazer conhecê-la, senhora. – os dois apertaram as mãos e Grace fingiu indignação com o modo como ele a tinha tratado.

-Por favor, me chame de Grace. – ela pediu. – Detesto formalidades.

Emmett sorriu em resposta.

-O traste do meu ex-marido está aqui? – a mãe de Alice perguntou a mim, e então começou a varrer cada canto com os olhos, como se George fosse aparecer a qualquer momento.

-Ainda não. – respondi, reprimindo minha vontade de bufar. Até eu, que nem tinha tanta intimidade com os dois, sabia que se amavam, mas viviam em brigas constantes. Tanto é que, depois do divórcio, nenhum deles entrou em outro relacionamento duradouro.

Por que não assumir que se gostavam para ficarem juntos de uma vez?

-Então vou ver a minha menina! – Grace exclamou, já com um sorriso nos lábios, interrompendo meus pensamentos de atual romântica incurável – Onde Alice está?

-Bem... Na verdade, ela está descansando. Deve ter dormido. – fiz uma careta, sabendo que não era aquilo que ela queria ouvir. – Foi um parto difícil, Daphne nasceu prematura.

O rosto da mãe de minha melhor amiga se iluminou pela menção a neta.

-E Daphne, Rosalie? – ela sorriu.

-Está no berçário. – sorri também, agora genuinamente. – Siga por esse corredor e vire à direita. Você logo verá Jasper.

Grace saiu sem dizer mais nada. Fiquei estática no mesmo lugar, só a observando desaparecer pelo caminho que eu tinha indicado. Assim que isso aconteceu, suspirei de alívio.

-Um já foi. – anunciei para Emmett. – Falta o outro.

-Do que você está falando? – ele arqueou uma sobrancelha.

-Dos pais de Alice e suas complicações. – revirei os olhos e pela primeira vez dei voz a meus pensamentos – Não sei por que eles não podem dizer que ainda se gostam para ficarem juntos de uma vez.

-Quem dera as coisas fossem assim tão simples. – Emmett riu e então eu o encarei, desconcertada.

-As coisas são simples. – expliquei – As pessoas é que as enxergam de um modo que pareçam complicadas.

Emmett arqueou uma sobrancelha em minha direção.

-Desde quando é tão prática? – ele perguntou com divertimento.

Dei de ombros.

-Acho que desde que conheci você.

Sorrimos um para o outro e, quando Emmett se aproximou para me dar um beijo, mas seu bipe maldito em seu bolso nos interrompeu.

-Acho melhor eu ir, Carlisle está me chamando. – ele me deu um selinho e saiu correndo, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Senti-me um tanto abandonada, já que ninguém mais estava ali para me fazer companhia. Estava sensível demais mesmo, aparentemente.

Com vontade de ir atrás de Emmett e descobrir o que aquele chefe dele queria, sentei-me em um sofá da sala de espera e, contrariada, peguei uma revista qualquer.

Obviamente minha paz não durou muito tempo, senão não daria para chamar aquilo de “minha vida”. Com cara de marrento, assim como o meu pai, percebi quando um homem sentou-se na minha frente.

Ele nem ao menos me reconheceu, já que estava fissurado em algo que estava fazendo no celular.

-Senhor Brandon...? – arrisquei. Como se estivesse fazendo algo errado, o pai de Alice guardou o telefone portátil rapidamente ao me perceber ali.

-Ah, Rosalie! – ele pareceu se surpreender. – Há quanto tempo está aí?

-Alguns minutos. – arqueei uma sobrancelha. Que diabos ele estava fazendo? – Eu já estava aqui quando o senhor chegou.

-Ah, sim, claro. – ele sorriu amarelo. – Só você está aqui?

-O resto do pessoal está com Daphne. – expliquei. – Ela está na incubadora lá no berçário. O senhor pode vê-la pelo vidro.

-Minha ex-mulher está lá? – ele perguntou um tanto desconfiado. Eu apenas assenti. – Então não é uma boa hora.

Concordei com ele com um aceno de cabeça e voltei a encarar as páginas de minha revista.

-Você não vai contar a ela o que viu aqui, vai? – George estava um tanto apreensivo. Arqueei uma sobrancelha, sem entender nada.

-Contar o quê? – dei voz a minha dúvida. Ele sorriu presunçoso.

-Você é boa nisso, menina. – ele elogiou. Encarei-o sem entender absolutamente nada e, pensando em como o pai de Alice era estranho, voltei a ler uma reportagem sobre vestidos de noiva.


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Notas finais do capítulo

Espeeero que tenham gostado do capítulo! Vou postar o próximo no domingo mesmo, e outro no meio da semana, ok? Não vou mais demorar taaaanto assim. Hahahahah
Espero pelos reviews! :)