Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 18
18 - Happiness


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora, não conseguia encontrar uma música boa para o capítulo. Quebrei muito a cabeça, mas aí está. Espero que gostem :)



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Capítulo 18

Happiness feels a lot like sorrow
Felicidade é bastante parecida com tristeza
Let it be, you can't make it come or go
Deixe estar, você não pode fazê-la vir ou ir
But you are gone- not for good but for now
Mas você foi embora – não pra sempre, mas por ora
Happiness – The Fray

Rosalie POV
Assim que vi o avião decolar por uma grande parede de vidro, suspirei pela derrota e comecei a seguir meu caminho de volta. Como tinha despensado o motorista do táxi, tinha que procurar por outro – o que não foi uma tarefa difícil. Os famosos táxis amarelos estavam à disposição na frente do aeroporto; dezenas deles em fila.
Escolhi o mais próximo de meu alcance e entrei no banco traseiro.
-Para onde, senhora? – o motorista perguntou.
Pensei por um segundo. Não queria mesmo ficar sozinha em casa! Mas para onde iria?
-Senhora? – ele insistiu depois que eu fiquei quase um minuto inteiro em silêncio.
-Avenida Roosevelt, 256 – respondi de forma automática.

Paguei pela corrida e me vi parada em frente a casa. O que eu estava fazendo ali?
Sentindo-me uma intrusa, entrei com a cópia da chave que mantinha dentro da bolsa.
-Jasper? – chamei, vendo que não havia ninguém na sala de estar. – Alice?
-Shhhh... – Alice apareceu ninando Daphne em seu colo e com a mamadeira em uma das mãos. Sorri instantaneamente ao ver a cena. – Acabei de colocá-la para arrotar e agora ela está querendo dormir... – minha melhor amiga cochichou, repousando a mamadeira em um dos móveis da sala.
Em silêncio, subimos até o segundo andar da casa e nos dirigimos até o quarto cheio de bichos de pelúcia e pintado de cores que variavam entre rosa bebê e lilás. Não tinha como discordar que a decoração do quarto de Daphne era impecável – obra de Alice, é claro.
Minha cunhada, com o maior cuidado do mundo, passou o bebê de seus braços para o berço. Daphne resmungou um pouco, mas não parecia estar com vontade de chorar ou sair dali. Ela caiu em sono profundo dentro de segundos.
-Ela fica mais perfeita cada vez que a vejo. – comentei em um tom baixíssimo de voz para que minha sobrinha não acordasse. Daph completara duas semanas de vida há dois dias, mas parecia ter crescido demais.
Apesar da característica “cara de joelho” de uma recém-nascida, eu podia notar a semelhança dela com Jasper. Seus cabelos eram de um tom de loiro parecido com o do meu irmão, um pouco mais escuro do que o meu; quase mel. Seus olhos, no entanto, eram quase pretos assim como os de Alice. Pareciam duas graciosas jabuticabas.
-Ela cresce muito rápido, Rose. – Alice comentou como uma genuína mãe-coruja. Eu apenas assenti.
Vagarosamente, nós duas saímos do quarto de bebê e descemos para a sala de estar.
-Ele já foi? – Alice perguntou após nos sentarmos no sofá.
-Já. –minha expressão de alegria em ver Daphne rapidamente murchou ao lembrar da partida de Emmett.
Alice riu baixinho com isso.
-Ele volta logo. – ela prometeu.
-Assim espero. – suspirei e logo mudei de assunto: - E Jasper?
-Adivinha. – ela arqueou uma sobrancelha. Eu revirei os olhos. – Ele ficou uma semana longe do trabalho, mas esta manhã quase pulou da cama para ir até lá. Ele é um viciado em leis, Rosalie, eu juro!
Sorri bobamente. Meu irmão era um idiota mesmo.
-Você ri, mas é verdade. – Alice fez bico. – Ele não quis ficar aqui comigo e com a filha. Aí está a importância que ele dá pra gente.
-Alice, não diga besteira. – a repreendi. – Se ele escutar isso, entra em depressão.
Ela sorriu e revirou os olhos. Foi aí que a campainha tocou.
-Está esperando alguém? – perguntei-lhe.
-Minha mãe ia vir hoje para visitar Daphne. – Alice levantou-se e caminhou em direção a porta. – Mas chegou em má hora...
A campainha tocou outra vez e Alice, um pouco mais apressada, finalmente chegou à porta e destrancou-a.
-Pai?! – ela parecia confusa. – O que está fazendo aqui?
George caminhou para dentro.
-Preciso de motivos para visitar minha neta preferida? – ele argumentou. E Daphne era sua única neta, a propósito.
-Papai, o senhor sabe que hoje a mamãe virá aqui. – Alice insistiu. – Não quero brigas entre vocês aqui, ainda mais quando acabo de colocar minha filha pra dormir.
-Alice, desde o começo achei essa história de dias e horários de visita desnecessária. –ele revirou os olhos. – Vocês não estão mais no hospital. Eu deveria poder vê-las quando eu quisesse.
-Papai, o senhor sabe que é necessário! – Alice se exaltou um pouco; e eu aproveitei para me levantar do sofá e sair do alcance da zona de discussão. Ainda podia ouvir minha amiga reclamando e George argumentando, e não queria mesmo estar por perto quando a campainha voltasse a tocar e Grace estivesse atrás daquela porta.
Sem fazer muito barulho, voltei a subir as escadas. Ao entrar no quarto de Daphne, notei, com bastante surpresa, que ela não estava dormindo como Alice e eu imaginávamos. Ela estava com os lindos olhos castanhos olhando para o teto e com a inseparável chupeta na boca, quietinha.
Daphne e Ella eram completamente diferentes, pensei. Ella, a essa altura, já estaria esperneando por atenção. Era lindo de ver que Daphne herdara justamente a característica mais rara do meu irmão: a calma.
-Oi, meu amor. – eu disse baixinho e peguei-a no colo. Daphne abriu um sorriso quase sem dentinhos, e deixou a chupeta cair de sua boca. – Não conseguiu dormir, foi? Você enganou a titia e a mamãe! Seu anjinho travesso.
Daphne a essa altura já ria, mas seus olhos piscavam de uma forma que era claro que ela estava com sono.
-Vamos dormir bebê? – convidei. Segurei-a com uma só mão e então, com a outra, apontei para a saliência em minha barriga. – Sua priminha já está dormindo aqui.
Daphne sorriu e recostou sua cabeça em meu peito. A sensação era tão maravilhosa que a deixei ficar ali e não fiz questão de colocá-la no berço. Com as batidas ritmadas do meu coração, ela não se demorou muito a dormir outra vez.
-Durma bem, meu anjinho. – beijei seu cabelo ralo, mas já com cachinhos; e continuei ninando minha única sobrinha até então. Emmett tinha um irmão, Peter, que se casara há pouco. Podia ser que, dentro de algum tempo, Charlotte concebesse a primeira filha do casal.
Era isso que eu queria, que Emmett queria, e que os pais de Emmett, Julie e Thomas, queriam. Acho que todos concordavam que, quanto mais crianças brincando ao mesmo tempo, melhor. Dava trabalho, mas não existia alegria maior que o sorriso de uma criança ou simplesmente um olhar.
Olhando minha barriga, meu coração se apertou em felicidade. Faltava pouco para a minha vez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado meus amores! E claro, antes de tudo, desejo a todas um FELIZ NATAL e, se a gente não se vir mais nesse meio tempo, UM ÓTIMO ANO NOVO... Que 2012 seja bom para todas nós... Pra mim pelo menos 2011 não foi grande coisa :/ vamos torcer para que o ano que está chegando traga boas surpresas. Foi ótimo passar este ano com vocês minhas lindas :)