Behind Your Soul escrita por Bia_Felix


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oie gente. primeiro cap!!
comentem por favorzinho.
Cap para Rapha Paiva e para anaba2 que me ajudaram muiito nessa fic.



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Capítulo 1

Eu estava voltando... Voltando para o lugar que minha mãe fugiu. Voltando para o frio, para a umidade. Voltando para Forks. Já dentro do avião, não tinha nada que eu pudesse fazer, e, mesmo se tivesse, eu sabia que não faria.

            Minha mãe tinha me garantido que eu não precisava ir, mas eu sabia o quanto doía nela ter que ficar comigo sem seu novo marido, Phil. Por isso estava indo para Forks – a cidade dos meus pesadelos –, voltando a morar com o meu pai, Charlie, mas agora, sem a minha mãe, Renée.

            Charlie iria me buscar em Seattle, a cidade mais próxima que tinha um aeroporto, e ficaríamos na sua viatura durante duas horas até a chuvosa cidade. Isso seria um problema – meu pai não era do tipo falante, e eu também não. Seria constrangedor. Mas ao descer trôpega do avião, Charlie estava me esperando e me deu um abraço forte – Ele parecia realmente feliz em me ter de volta. Retribuí o abraço, e a minha bagagem foi para o porta-malas da sua viatura.

            “Como vai, garota? Você está tão bonita! Como foi a viagem?”

            “Bem, pai, obrigada!” Eu não tinha a permissão de chamá-lo pelo nome na frente dele. “A viagem foi boa; dormi a maior parte do tempo.” A última frase era mentira, mas ele não precisava ficar sabendo que somente parei de chorar quando anunciaram que estávamos quase pousando. Eu não queria magoá-lo.

            “Fico feliz por você!” E o silencio reinou. Meu pai não era do tipo que falava dos seus sentimentos, mas, durante as duas horas, ele assobiou o caminho todo. Charlie só assobiava quando estava feliz. Ele deveria estar muito feliz.

            E quando estávamos passando pela fronteira de Forks, seu estado de espírito me contagiou e eu não acreditava no que estava vendo.

            O sol!

            Tinha sol! Em Forks! Não era aquele sol, mas era um sol! Eu pensava que não e veria... Nunca mais era exagero, mas por um bom tempo.

Meu sorriso apareceu e eu pensei que talvez pudesse ser meio feliz por aqui.

            Meu pai estacionou na frente da antiga casa – Não tinha mudado nada. Ainda era a casa de dois andares, branca, com um ar familiar, mas tinha uma picape grande e robusta, laranja oxidada, com ar de anos 50.

            “Chegamos!” Disse meu pai, descendo da viatura, parando o assovio.

            “É! Percebi!” Com a voz sem emoção, murmurei. Aquela casa me lembrava de minha mãe, e a saudade bateu.

            “Bem...” Charlie começou, sem jeito, interpretando de maneira errada a minha falta de emoção. “Esse aqui é seu presente de boas vindas.” Disse ele, tocando a picape.

            “Oh, meu Deus! Pai, não precisava!” Sorri, olhando para o veículo. Não era do tipo nova nem daquelas que se vê em revistas, mas era do tipo que eu me via dentro.

            “Quero que você seja feliz por aqui! O sol já fez sua parte! Seja bem vinda, Bella!”

            “Obrigada, pai, você é incrível! Eu amei, de verdade!” Eu disse e dei um abraço em Charlie.

            “De nada! Estou realmente feliz por ter voltado!”

            “Eu também!”

            “Ah! Eu já fiz a sua matricula!”

            “Obrigada, pai!” Falei, com uma porção generosa de sarcasmo.

            “Relaxe, Bells! Vai ficar tudo bem!”

            “Tem outro jeito?”

            “Tem! Você parar de estudar e virar babá!”

            “Rá-rá! Muito engraçado, Sr. Chefe de policia!”

            Ele riu enquanto levava a mala para a sala.

            “Você conhece a casa. Eu tenho que ir para a delegacia... se estiver tudo bem. Caso queira, posso ficar também... Se você não quiser ficar sozinha!”

            “Não, pai, está tudo bem! Gosto de ficar sozinha! Acho que peguei isso de alguém!” Eu disse sorrindo, lançando-lhe um olhar cúmplice.

            Ele riu e se virou para a geladeira.

            “O telefone da delegacia está aqui. Pode ligar se alguma coisa acontecer. E tem dinheiro na vasilha da vaquinha, então, pode pegar, caso precise de algo.”

            “Pode deixar, pai. Eu vou ficar bem.”

            “Então, até mais tarde!”

            “Até, pai!”

            E ele saiu, enquanto fui deixar as minhas malas no segundo andar a fim de desfazê-las.

            O quarto era o mesmo de quando eu era pequena, exceto que Charlie substituiu o berço pela cama, colocando uma mesa e um abajur. A linha do telefone e internet estavam grampeadas pela parede. A velha cadeira de balanço continuava no mesmo lugar.

            Desfiz as malas em cima da minha cama e coloquei minha nécessaire no banheiro. Só um banheiro! Grunhi.

            Desci para ver o que tinha para comer e percebi que meu pai não era do tipo saudável ou que fazia comida em casa. Tinha uma pizza gelada na geladeira, cervejas, uma gelatina mofada, um guaraná em latinha e gelo no congelador.

            Precisava fazer compras.

            Peguei um pedaço de pizza e o guaraná, enquanto pegava dinheiro na vasilha de vaquinha, bem como a chave do meu mais recente carro.  O motor pegou rapidamente. O rádio também funcionava – um bônus que eu não esperava. Liguei em uma estação que passava as músicas que eu gostava.

Assim, fui para o mercadinho, que era a coisa mais próxima de um mercado que a cidade tinha. No entanto, eu não iria me abalar. Eu estava de bom humor e ouvindo minhas músicas preferidas. O sol estava brilhando no céu. Mas é claro que eu tinha que me embolar no cinto e tropeçar para fora da picape.

            Entrei no mercadinho, com todos me olhando, e peguei um carrinho. Fui passando pelos corredores e fiquei satisfeita por encontrar quase tudo que eu precisava. Torrada, leite, barra de cereal, sabão.

            Estava passando pela seção de cereais quando vi uma garota alta, morena, com cabelo cumprido e escuro, com dois garotinhos de uns oito anos, muito parecidos entre si.

            “Vai, Ang, por favor! Eu gosto do de chocolate!” O menino menor pedia.

            “Mas o de leite é melhor!”

            Eu parei entre eles – o menor pedia o cereal de chocolate, enquanto o maior pedia de leite, e a garota, que devia ter uns 18 anos, estava no meio.

            Ela se abaixou e, com um sorriso, disse para ambos:

            “Porque a gente não compra esse daqui que tem os dois? Pode ser? E, então, sobra dinheiro pra eu comprar sorvete para vocês!”

            “EHHHHHH!” Eles gritaram. Ela sorriu e pegou o pacote, e depois olhou para mim, que ainda estava parada no meio do corredor.

            “Oh! Desculpe-me! Eles são impossíveis! Sou Angela Weber. Esses são meus irmãos pestinhas: James e Will – São gêmeos.” Ela disse, apontando para o maior e depois para o menor, sorrindo. Eu sorri também. Ela amava os seus irmãos, estava na cara.

            “Tudo bem! Sou Isabella. Bella Swan.”

            “Oi! Filha do chefe de policia não é?”

            “Isso mesmo!”

            “A gente se encontra então. Eu tenho que ir! Tchau!” Ela corou e saiu, seguida pelos seus irmãos.

            “Claro! Tchau!”

Ela sorriu antes de sair empurrando o carrinho, enquanto os gêmeos brigavam para ver quem segurava a caixinha de cereais. Sorri.

            Tinha algo nela que eu gostava. Talvez fosse o modo que ela cuidava das crianças e sorria enquanto fazia isso. Talvez fosse o modo que ela me tratou. Ela era tímida e quieta e parecia ter um bom coração. Gostei dela.

            Terminei de fazer as compras e fui para casa.

            Coloquei 30 Seconds to Mars no meu music player e aumentei o volume com tudo. Arrumei os armários amarelos que minha mãe havia pintado há muitos anos, tentando dar um pouco de vida àquele lugar, onde era tudo verde, colocando as compras recém feitas. Depois de um tempo, a cozinha estava em ordem.

Fui para a lavanderia, e parecia que meu pai não lavava roupa há séculos. Arrumei as vestes pela cor e coloquei para lavar na máquina. Em seguida, fui para meu quarto, cantando a plenos pulmões minha banda favorita, e comecei a arrumá-lo, deixando-o organizado – Em partes, pelo menos. Tentei abrir a janela para correr um vento e ar puro, mas estava emperrada. Após muito esforço consegui abri-la, mas a força que usei me fez cair no chão com tudo.

            “Bella?” Meu pai gritou lá de baixo. Não! O Fantasma da ópera, eu queria gritar. Quem mais seria?

            “Oi, pai! Aqui em cima! Estou descendo!” Dei pause na música e desci as escadas.

            “Oi! Eu queria avisar que cheguei!” Ele disse, pendurando a jaqueta e o cinto.

            “Tudo bem! Eu estava arrumando o quarto.”

            “Pode continuar, eu vou... Bella você está lavando roupa?”

            “Claro, pai! É um habito saudável que as pessoas deveriam ter!”

            Ele olhou para baixo envergonhado.

            “Eu não gosto! Eu iria levar para a lavanderia amanhã!”

            “Relaxe, pai! Já estou acostumada. Apenas lembre-se de colocar aqui as roupas, pela manhã, para que eu possa lavar e, então, o resto eu faço, ok?”

            “Tudo bem, mas você realmente não precisa!”

            Revirei os olhos.

            “Eu fiz compras. Peguei dinheiro da vaquinha, como você disse. Devolvi o troco.”

            “Uau!”

            “O quê?”

            “Não era para adolescentes serem chatos e rebeldes? Odiarem serviços domésticos... Essas coisas?”

            “Como eu disse, estou acostumada. Mas eu posso ser bem chata quando quero.”

            “Eu não duvido! Mas pode deixar... Se não quiser, eu faço essas coisas...”.

            “Não, pai, eu gosto de me alimentar regularmente.”

            Ele riu.

            “Tudo bem! Como quiser.”

            “Eu vou terminar de arrumar o meu quarto.”

            “Tudo bem...”

            Estava subindo já as escadas quando voltei.

            “Pai, eu vou desligar a musica! Pode assistir TV, se quiser.”

            “Não! Pode continuar ouvindo! Não atrapalha!”

            “Atrapalha sim! Eu vou desligar!”

            “Não precisa! Eu vou lavar a viatura, seria legal se tivesse um som maneiro!”

            “Ah, tá bom! Eu vou ligar! Não precisa falar maneiro!”

            Ele riu e eu também. E, logo, subi e vi, pela janela, que ele estava sorrindo, com o balde na mão. Ele estava realmente querendo me fazer feliz. Até ouvir as minhas músicas ele estava disposto.

            Liguei a música, colocando o CD do início.

            Terminei de arrumar o quarto e meu pai ainda lavava a viatura que estava imunda – Só para constar. Tomei um banho rapidamente e comecei a fazer o jantar. Purê de batata e frango ao molho.

            “Você está cozinhando?” Perguntou Charlie, completamente molhado e assustado. Minha mãe era uma cozinheira excêntrica e fazia pratos... diferentes. E ele se lembrava. Senti-me mal por ele ainda se recordar dessas coisas banais depois de tanto tempo.

            “É purê de batata e frango, pai. Nada muito esquisito, prometo!”

            “Tudo bem! O cheiro está ótimo! Eu vou tomar banho senão vou acabar ficando doente!”

            “Vai lá! Mas não demora, estarei servindo o jantar daqui uns 15 minutos.”

            “Ok!”

            Terminei o jantar e a salada e coloquei os pratos na mesa, junto com os copos e o suco de uva de caixinha.

            Charlie estava cheiroso quando veio se sentar-se à mesa, e sorria.

            “Caprichou, hein garota?”

            “É... Bom, quem sabe assim você se convence de me deixar fazer as refeições. Sabe, pai, comer fast food todo dia é ruim.”

            “Eu não comia todo dia. Terça e quinta era pizza.” Ele disse experimentando. “Caramba, Bella! Você me convenceu! Está maravilhoso!”

            “Que isso, pai! Obrigada!”

            “De nada!”

            Terminamos o jantar em silêncio, que só se interrompia quando Charlie tornava a repetir que estava ótimo. Ele repetiu o prato três vezes.

            Depois de tanto comer, ele foi assistir a um jogo de baseball na TV e eu fui mandar um e-mail para minha mãe, dizendo como tinha sido o meu dia. Eu sabia que ela estava pirando de ansiedade.

[...]

            O sol durou a semana toda e, com isso, o meu bem humor também.

            Na escola as pessoas foram receptivas, mas a atenção que me davam, por ser “a garota da cidade grande”, era muito desconfortável.

             Angela era a pessoa mais próxima que eu considerava minha amiga – ela me apresentou o pessoal da mesma mesa dela. Tinha Jessica Stanley, uma garota da minha altura, de cabelo castanho claro e olhos da mesma cor. Ela era bastante curiosa e tagarela, e forçava a barra de vez em sempre, e eu só assentia na hora certa enquanto ela tagarelava sobre qualquer coisa.

            Havia também Mike Newton, um garoto claro, de cabelos loiros espetados e bochechas grandes. Ele tendia a ser prestativo e isso me assustava. Jessica era super afim dele.

            E tinha Eric, Tyler, Lauren e mais gente que eu não era muito próxima, mas conversava de vez em quando. E é claro que nem tudo era um mar de rosas... Sábado chegou, e trouxe com ele a chuva e o frio. Eu não chorei muito, sabia que aquele sol era temporário e a chuva era inevitável por aqui, mas foi bom enquanto durou.

            Eu estava fazendo os deveres de casa, na mesa da cozinha, com um fone de ouvido, escutando 30 Seconds To Mars de novo, quando ouvi meu telefone tocar. Subi correndo, com o CD player na mão, e peguei meu celular.

            “Oi, mãe!”

            “Bella, filha! Que saudade!”

            “Eu também estava com saudade suas! Como vai por ai?”

            “Bem! Agora estamos na Carolina do Norte – Phil está vendo algo sobre um contrato por aqui.”

            “Que boa noticia, mãe! Espero que dê tudo certo!”

            “Eu também! Amei as lojinhas daqui! É uma cidade vazia, mas é linda!”

            “Imagino!”     

            “Mas como estão as coisas por aí?”

            “Está tudo bem! Acredita que só choveu hoje? Passou a semana todinha com sol!”

            “Meu Deus, é um milagre! Isso explica a sua voz animada!”

            “É... Digamos que eu comecei a considerar que viver aqui pode não ser tão chato!”

            “É? E isso tem a ver com alguém daí?!”

            “Que isso, mãe? Eu acabei de chegar!”

            “Isso não importa nem um pouco! Conta logo! Tem algum menino bonito? Quem é o mais bonito?”

            “O mais bonitinho é o Mike Newton. Mas não faz meu tipo!” Disse, franzindo o nariz, imaginando que se Mike soubesse disso ficaria com falsas esperanças pelo resto da vida.

            “É? E como ele é?”

            “Loiro, de olhos azuis.”

            “Uau! Mas porque ele não faz o seu tipo?”

            “Cabelo arrepiado.”

            “Ah! Você odeia cabelo arrepiado!”

            “Eu não odeio, mãe, só não gosto!”

            “Tanto faz...”

            “Mãe, eu não estou procurando ninguém e se estivesse não seria ele. Além do cabelo arrepiado, a minha... amiga gosta dele. Eu não gosto nenhum pouco dele! E...” Eu parei o meu discurso, ouvindo a viatura de Charlie chegando e virei para ver.

            Esbarrei no CD player e ele caia em câmera lenta pelo beiral da janela.

            “Droga!” Eu meio que gritei e, em forma de milagre, o fone de ouvido ainda estava conectado. Pulei e agarrei a ponta do fone, segurando o CD player que já estava pendurado pela janela. O impacto fez a capa abrir, e o meu CD favorito estava caindo em direção à arvore.

            Trinta segundos depois, parte do meu CD caiu pelos galhos, na grama molhada.

            “Mas que merda!” Eu gritei de novo. Com muito cuidado puxei o CD player de volta.

            “Bella? Bella? Tudo bem, filha?” Minha mãe gritava do outro lado do telefone.

            “Tudo, mãe! Só o meu CD do 30 Seconds To Mars que caiu da janela e quebrou em milhões de pedaçinhos!” Disse, fazendo drama.

            “Ixi! Qual? O que você comprou pela internet?”

            “Sim!” Eu amava muito aquele CD, era ao vivo e edição platina! Eu tinha comprado uma semana antes de lançar nas lojas pela internet.

            “Eu sinto muito, filha! Qualquer coisa me liga, ok?!”

            “Pode deixar, mãe! Obrigada! E... te amo. Estava com saudades!” Eu também não era de expressar meus sentimentos, mas precisava disso agora – eu realmente estava com saudade da minha mãe e suas maluquices.

            “Eu também, filha... Muito! Também te amo!”

            “É... Eu sei! Tchau!”

            “Tchau!”

            Desliguei o celular e meu pai subia a escada.

            “Bella? Você está bem? Eu ouvi o seu grito!”

            “Estou, pai. Meu CD que quebrou... Só isso!”

            “Qual? O que você estava ouvindo ontem?”

            “Era!” Eu disse, quase fazendo bico.

            “Que pena, filha! Eu realmente gostava daquela banda! Se você quiser, eu te dou dinheiro e você vai lá comprar.”

            “Não, pai! Obrigada, mas acho que a lojinha de Forks não vai ter esse CD!”

            “Se quiser, poderia chamar Angela para ir à Port Angeles com você e comprar esse CD, não?”

            “Sério? Eu posso mesmo?”

            “Claro! Seria legal... Um passeio de meninas!”

            “Vou ligar para ela agora! Obrigada, pai!” Dei um abraço a ele.

            Ele, meio que sem graça, retribuiu o abraço e me deu tapinhas no ombro, me incentivando.

            “Ang? Ang, é a Bella!” Eu disse pelo telefone.

            “Oi, Bella! Como vai?”

            “Bem... Eu queria saber se você queria ir comigo à Port Angeles... Queria comprar um CD que eu consegui quebrar. O que você acha?”

            “Seria perfeito! Eu tenho que comprar uns jogos para os gêmeos e precisava ir mesmo! Passo para te pegar em meia hora, pode ser?”

            “Claro! Eu pago a gasolina!”

            “Não precisa! Meu pai abasteceu meu carro ontem para eu ir lá em La Push, essa semana!”

            “Obrigada, Ang! Te vejo daqui a pouco!”

            Eu me arrumei rapidamente, com minhas calças jeans e uma blusa verde de botões.

            Saí de casa quando ouvi a buzina do carro da Angela, e fomos para Port Angeles, ouvindo musicas e conversando. Chegamos à maior livraria da cidade, onde vendia também jogos e CDs.

            “Bella, eu vou procurar os jogos dos gêmeos bem ali. Já volto.”

            “Ok. Tchau!”

            Bem... Definitivamente tinha o CD na loja – Um banner gigante estava bem na porta – e estava no mesmo preço de antes. Mas parecia que todas as pessoas de Washington tinham vindo comprar aqui. De frente para outro banner gigante do CD, um rapaz alto do cabelo perfeitamente bagunçado cor de bronze e ombros largos estava com o ultimo CD da minha banda preferida nas mãos.

            “Droga!” Não pude deixar de murmurar.

            “Perdão!” Porcaria! Ele tinha ouvido! E após ver aquele ser de beleza angelical, com seus olhos estranhamente dourados me fitando, não pude deixar de abaixar a cabeça e, é claro, corar fortemente.

            “Nada não! Esquece! Eu procuro outro lugar para comprar o CD!”

            “Esse CD?” Perguntou com a voz aveludada, estendendo-o. Seus olhos de ouro derretidos me encarando.

            “É!” Eu disse, quase hipnotizada pelo modo como seus lábios se tocavam. “Eu tinha comprado um pela internet, mas como eu tinha que derrubá-lo de dois andares e deixá-lo ser espancado pela minha árvore, ele quebrou.” Eu disse rapidamente, me perguntando por que diabos eu estava falando tudo isso para ele.

            Ele riu, o som baixo, embora estivesse tomando conta de toda a minha mente, fazendo um sorriso idiota brotar em meus lábios.

            “Tome, pegue o CD!”

            “Não é justo! Você chegou primeiro, o CD é seu! É a lei da natureza!”

            “Talvez... Mas, nas minhas regras, damas primeiro é sempre mais educado! Pegue o CD!”

            Eu relutei olhando para baixo. Um dedo gélido e branco – e muito sedutor – levantou meu queixo, fazendo-me encarar seus olhos dourados hipnotizantes.

            “Pegue! Por favor! Ficarei ofendido caso não o faça!” Ele sorriu e eu peguei o CD.

            “Obrigada! Ficarei lhe devendo muitas...”

            “Edward!” Ele sorriu de novo, um sorriso torto de tirar o fôlego.

            “Tudo bem, na verdade, Alice ficará feliz em ter um motivo para fazer compras.”

            “Alice?”

            “Minha irmã mais nova, viciada em compras! Você não é daqui?”

            “Ah, ser eu sou, mas me mudei de volta há uma semana. Sou Isabella Swan. Filha do chefe de polícia.”

            “Claro! Todos estavam esperando sua chegada!”    

            “É, eu percebi!”

            “Então, seja bem vinda a...”

            “Bella...” Foi Ang quem me chamou, atrapalhando o que ele ia falar.

“Tchau Bella. Ângela...” ele balançou a cabeça e saiu.

“Ah, Edward... Obrigada! De verdade!”

“Disponha!” Ele sorriu torto de novo, e eu o vi andando elegantemente para fora do local.

Acho que devo ter ficado com cara de tacho durante muito tempo, porque Angela teve que me cutucar para que eu despertasse do transe que aquele sorriso torto me causava.

“Achei os jogos. Encontrou o CD?”

“É... Ele me deu. Era o último e ele queria que eu ficasse com ele. Foi muito...” Lindo, perfeito, maravilhoso, romântico, apaixonante... “Gentil!”

“É, eu acho que sim!”

Ela sorriu e eu fingi que não vi. Eu sabia o que ela estava pensando e o que aquele sorriso significava, mas eu não queria pensar em admitir que ela estivesse certa. Não agora.


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Notas finais do capítulo

Oie pessoal? e ae? o que acharam??
bem, espero os reviews!
bjuuus até o proximo cap.(que já está pronto)
XD


N/B (Raphaella Paiva): UAU! Essa fic começou podendo, hein? Ah, Bia, adorei... Principalmente esse final hoho’
Mas disso você já sabe! kospkasopkaspokspo
Morri com esse Edward... Vou ali numa loja de cd’s ver se encontro um por lá também *sorriso malicioso* hauhasuhsauhsau
Anyway, estou curtindo muito a fic e não vejo a hora do próximo cap... Que vai chegar logo, eu espero... *olhar assassino para a autora*
E comentem, people!
Um grande beijo e até mais!
Toodles honey



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