Emily Van Dame - os Grilhões de Prometeu escrita por emilydefarias


Capítulo 3
A velhinha que me conhece


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo ai está bem maior e me esforcei bastante para que ficasse assim. Espero que gostem.



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O fato de ninguém gostar de mim já havia se tornado um ritual, afinal de contas, eu não era “normale fazia muito bem o tipinho que conseguia arrumar encrenca com uma facilidade terrível. Nunca tive amigos e eu e meu pai não conversávamos muito, vivíamos bem sozinhos e no silencio.

Eu tinha olhos verdes que me lembrava vagamente aos olhos dele que eram dois tons mais escuros e sem cor que os meus. É, meus olhos eram tão verdes que se me encarasse no espelho, ficava tonta. Sempre achei isso ridículo, mas sempre aconteceu.

O pouco que eu sabia de minha mãe é que ela era muito parecida comigo quando tinha minha idade, a não ser pelos olhos.

Luciana estava sendo realmente gentil com tudo isso, talvez porque me amasse e quisesse me conhecer, ou mais provavelmente, porque não quisesse ir em cana.

Assim que desembarquei, me sentei no banco mais próximo e esperei. Ainda tinha 20 minutos para me preparar psicologicamente para conhecer ela.

- Olá queria, você deve ser a minha Anne.

Não percebi que havia cochilado, e me deparei com uma senhora enrugada e de olhos muito amarelos com a mãe em meu ombro.

- Ah! Sim… Mas prefiro que me chamem de Emily. - eu sei, ridículo falar meu primeiro nome para alguém que eu não conhecia, mas acabei agindo por impulso (o que eu fazia com muita freqüência) - E a senhora é…?

-Sou sua avó, querida, pode me chamar de Darlene, ou de vovó, como preferir.

Então ela me lançou um sorriso tão lindo (para uma idosa) quanto assustador (perfeito demais para uma idosa).

- Ok, “vó”.

- Sua mãe vai nos encontrar em casa, já matriculamos você na escola da cidade,…

“Escola da cidade”… 1240 habitantes… Adolescentes… Tudo fez sentido, nada poderia piorar.

- … amanhã vou te levar lá. Já temos o transporte para ir para cada, então já podemos ir,…

Será que era uma carroça? Uma biga espartana? Ou quem sabe uma vassoura? Eu não me surpreenderia.

- … você quer ajuda com as malas?

Aquilo me surpreendeu, uma idosa que deveria ter um viveiro nas costas (bico de papagaio, entre outras doenças…) e com no mínimo o triplo da minha idade se oferecer para carregar minha mala…

- Não! Não precisa, a senhora não tem tanta saúde quanto já teve e eu sou jovem. - Lancei a ela um sorriso amarelo.

- Você está certa, você é jovem, mas quanto ao resto… Bem, você tem muito a aprender. 


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Notas finais do capítulo

A opinião de vocês seria legal sabe? Fiquem à vontade com a indireta.



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