Emily Van Dame - os Grilhões de Prometeu escrita por emilydefarias


Capítulo 18
Arrumo uma Sombra


Notas iniciais do capítulo

Ai está um capítulo quentinho. Espero que gostem.

Ps.¹: Mudei o título da fic, eu coloquei aquele título quando ainda não sabia o que ia acontecer, mas agora já tenho uma noção. (risos)

Ps.²: Já fiz as devidas alterações no primeiro capítulo.



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Uma coruja prata brilhava em cima da cabeça de Thayse como um holograma, no momento que ela notou que todos (ou a maioria) olhavam para algo em cima de sua cabeça ela levantou o rosto e em poucos segundos a coruja sumiu.

- Meus parabéns Thayse! – anunciou Quíron. - O chalé de Atena recebeu uma nova campista!

Thayse abriu um sorriso radiante.

- Tchau. – ela falou e se levantou para cumprimentar seus irmãos.

- Tchau.

O primeiro campista filho de Atena apertar a mão dela foi Annabeth, que institivamente me lançou um olhar ameaçador. Sustentei aquele olhar cinzento com indiferença.

Eu não ia me dobrar para ela, mesmo que meu pai fosse um deus menor.

Ela já não mais dava as boas vindas à Thayse, mas continuava a me encarar. Ergui uma sobrancelha sarcasticamente e ela se virou e foi ocupar o seu lugar.

Passei os olhos por todas as mesas, ao menos parecia que os irmãos meio-sangues se davam bem. Foi quando eu vi dois garotos de cabelos pretos sentados na mesa mais próxima daquela em que Quíron, Sr. D. e outros seres mitológicos sentavam.

Um deles parecia falar com o próprio copo enquanto o outro sorria marotamente para mim. Quando viu que eu o observava tentou prender meu olhar, não teve muita sorte, virei o rosto com indiferença. Ele até era bonitinho, mas não fazia o meu tipo.

Boa parte dos campistas já haviam se servido. Um dos Solls pegou o próprio prato e se levantou indo em direção à fogueira no centro do refeitório, parou na metade do caminho ao notar que eu observava-o confusa e deu meia volta vindo na mina direção.

- Acho que ninguém te contou, você tem que se servir e ir jogar alguma coisa da sua comida lá na fogueira. – ele falou apontando para suas costas. – E oferecer como um sacrifício para os deuses. – ele completou.

- Ok. – respondi, não fazia o menor sentido deuses se alimentarem de cinzas de comida e deveria ter um ponto de interrogação estampado na minha cara, mas me servi com pouca coisa e fui rumo à fogueira.

Quando cheguei lá fiquei encarando as chamas alaranjadas, e pensei, Isso é para o meu pai, quem quer que o senhor seja, se não se importa, tem uma filha sua aqui desesperada por algumas respostas. E joguei uma maça na chama. Espero que o senhor goste de maça.


Vários campistas jogavam parte de suas refeições na fogueira. Suspirei e fui andando para meu lugar. (N/A: NÃÃÃO, foi nadando “¬¬).

Aquele garoto besta ainda estava com aquele sorriso bobo e olhando para mim.

Terminei de comer.

No fundo eu não esperava ser reclamada hoje, sei lá o porquê mas eu tinha quase certeza que aquilo não aconteceria.

A maior parte dos campistas que já haviam terminado de comer estava se agrupando sentados em torno da fogueira. Enquanto isso, sai do refeitório, aquela aura feliz estava fazendo com que me sentisse exilada.

A mesma garra gelada acuava meu coração. Consegui convencer a mim mesma que só seria seguro chorar quando estivesse sob minhas cobertas lá no chalé 11.

Alguém segurou meu pulso e me girou.

- Oi. –falou o garoto, estava escuro (realmente não sei porque não colocam uns postes para iluminar o acampamento à noite, é serio.), mas pude ver que tinha uma pele tão clara como a minha (se não fosse ruiva  e tivesse olhos verdes eu até poderia passar por albina) e cabelos escuros.

- Com licença. – falei puxando minha mão de volta.

- Desculpa, - mesmo no escuro ele não parecia nada arrependido – não queria ser grosso...

- Tarde demais. – falei bruscamente. Dei meia volta e sai andando.

Claro, eu tenho muita sorte e ele foi me seguindo.

- Eu só queria ser gentil, já que você é nova aqui. - sua voz soava magoada enquanto me seguia.

Me virei e o encarei com indiferença.

- Não precisa se incomodar, tem a Thayse. – fiz um gesto para que ele fosse andando de volta para o refeitório. – Ela é até mais caloura que eu. Se eu quisesse outra sombra eu comprava. – lhe dei as costas e voltei a andar.

Estávamos perto do chalé de Hades e as tochas de fogo verde lançavam suas chamas dançantes tentando tocar as estrelas enquanto iluminavam ali.

O garoto andou mais rápido que eu e se prostrou no meu caminho de braços cruzados. Eu finalmente o vi e acho que já estava meio óbvio, era o idiota que sorrira para mim lá no refeitório.

Ele revirou os olhos.

- Por que você não deixa que eu ao menos me apresente. – eu ia o interromper, mas ele colocou um dedo fechando meus lábios e automaticamente empurrei sua mão. – Meu nome é Eron¹, filho de Dionísio.

Assim que falou isso, Eron estendeu a mão para que eu a apertasse, acho que fiquei encarando-a tão incrédula que ele deve ter se sentido constrangido e voltou a cruzar os braços.

- Pode, por favor ser mais gentil? Só estou querendo ser legal.

Olhei nos seus olhos e sorri sarcasticamente.

- Meu nome é Emily. – falei ainda sustentando seu olhar. – Já fez sua ação de bom samaritano do dia, posso ir agora?

Ele sorriu.

- Até amanhã então, Emy. – e se despediu dando-me um beijo na bochecha e voltou correndo rumo ao refeitório.

Tive uma imensa vontade de tirar meu tênis e tacar na cabeça dele, mas lembrei que ele era filho do Sr. D., eu ia levar uma bronca, isso se ele não me fizesse virar pó. Dai lembrei que minha mira não é tão boa assim.

Que raios ele pensa que é? E quem lhe deu permissão para me chamar de “Emy”? Dês de quando tínhamos intimidade?

Dei um suspiro pesado e voltei a ir para o chalé 11. Aquele pirado ia me dar uma boa dor de cabeça, isso se não resolvesse me seguir durante o dia também.

Eu já não estava mais irritada quando entrei no chalé, a mão gelada da dor já apetava meu coração de modo que eu mal conseguia respirar.

Nem troquei de roupa, apenas tirei o tênis, me enrolei no meu cobertor e me joguei na cama.

Não sei qual foi o momento em que parei de chorar e adormeci. Só me dei conta disso quando acordei.

***

Alguém estava sacudindo meu ombro a esmo. Abri meus olhos. Que droga!

- Onde é o incêndio Tamires? – perguntei enquanto sentava na cama.

- Você tem visita. – ela sorriu como se estivesse feliz por eu me lembrar do nome dela.

- Ok, só preciso de um tempinho pra me arrumar. – falei e ela concordou com a cabeça.

- Estão lhe esperando na Casa Grande.  – ela falou isso e saiu correndo do chalé.

Sai da cama, peguei minha nécessaire e fui para o banheiro.

Meu cabelo estava um terror e o prendi num rabo de cavalo no topo da cabeça, joguei uma água no rosto e escovei os dentes.

Sai do banheiro, joguei minha nécessaire em cima da minha cama e corri para fora do chalé.

Vários campistas tomavam café da manhã no refeitório, corri até lá. Coloquei duas torradas num prato, fui até a fogueira e joguei uma delas no fogo. Para os deuses, pensei. Corri até a mesa dos filhos de Hermes, coloquei o prato sobre ela enquanto enfiava a outra torrada por inteira na boca. Sai correndo em direção à casa grande.

Subi a varanda e bati na porta.

- Entre! – falou Quíron.

Assim que coloquei a cabeça para dentro alguém me abraçou desesperadamente. Um cheiro de lavanda impregnou meu nariz.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, sou maléfica, (risos cruéis); adoro acabar um capítulo no suspense, é quase divino.

Se gostaram, deixem Reviews, se não gostaram deixem Reviews também, e se não tiverem nada para falar deixem Reviews também. (risos)

Ps.¹: Lê-se Êron.



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