Discovering Your Self escrita por missy_candy, LeAsh


Capítulo 5
Fico presa no Arsenal


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, espero que gostem.



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POV ANNABETH

Quando chegou a hora do almoço, eu vi uma coisa que realmente me animou, Percy chegou ao refeitório com o cabelo totalmente bagunçado, algumas partes da camiseta rasgadas e haviam duas crianças de mais ou menos uns 9 anos montadas em suas costas brigando e o Percy gritava desesperado, eu não agüentei, comecei a gargalhar junto com o restante dos campistas, mas é claro, que depois de rir pacas, eu fui acudi-lo

Pelo o que pareciam um deles era filho de Ares e outro filho de Hefesto, foi preciso três campistas de Ares, dois dos meus irmãos e um cinco filhos de Apolo para desmontar os dois das costas do meu namorado.

- obriga.. do – disse Percy, ele parecia muito cansado e tinha dificuldade para respirar.

- venha Percy – ajudei ele a se sentar á mesa de Poseidon com Tyson que falava sobre crianças más que atacaram o seu irmão e voltei para a mesa de Atena

Depois do almoço, eu, Percy e Tyson nos sentamos no topo da colina, eu fazia algumas anotações de estratégia para a caça a bandeira dessa noite que foi anunciada no almoço enquanto Tyson contava sobre como resgatara arco Iris de uma rede de pesca.Em alguns minutos ele estava chorando logo em seguida ria felicíssimo da vida e eu e Percy não podíamos deixar de sorrir.

Mais tarde Jenny e Nico se juntaram a nós, Jennyfer me contou mais detalhadamente sobre o problema com os filhos de Ares, eu não entendi muito bem,  ela estava falando meio enrolado e eu estava com a cabeça nos lindos olhos verdes do garoto ao meu lado, por falar nele Percy e Nico ainda escutavam historias de ciclopes guerreiros e cavalos marinhos.

Foi uma tarde relaxante, nenhum de nós se levantou uma única vez, eu estava com a cabeça no ombro de Percy que mexia no meu cabelo, Tyson estava deitado, sorria e olhava as nuvens, mas nem por isso deixava de prestar atenção no que Jenny estava falando, pelo contrario parecia prestar muita atenção em cada palavra que ela dizia.

- então eu disse para eles ficarem ligados, ai eles ficaram com aquelas caras de buldogue com sarna igual ao pai – um raio cortou o céu, mas Jennyfer apenas o ignorou e voltou a falar, sinceramente quando ela se empolga a falar, nunca mais para – ai eles começaram a me ameaçar com as lanças, típico de filhos de Ares..

Ela ia continuar mas Percy disse

- chega, quando você se empolga, parece a Rachel – eu e Nico não contemos um sorrisinho, Tyson não se mecheu, Jenny encarou Percy com um olhar bem sinistro, que faria até mesmo Cronos gelar.

- filhos de Ares mal – disse Tyson por fim.

O Sol já estava se pondo quando Percy virou e deu um imenso sorriso

- Rachel !

Todos nós nos viremos instantaneamente e Tyson se levantou num pulo, Percy estava certo, no fim da colina, encostado á estrada de Long Island, um carro.. uma limusine para ser mais especifica com as inicias W.D em dourado com pedrinhas de cristais na porta direita.

Um homem vestido de branco e dourado saiu do lado do motorista e contornou o automóvel, abriu a porta do passageiro, e de lá saiu uma cabeleira ruiva, Rachel não pareceu prestar muita atenção em nós, o homem, provavelmente um de seus empregados tirou duas enormes malas do porta malas e pareceu dizer alguma coisa a Rachel que negou com a cabeça, depois ela com muita dificuldade subiu metade da colina com uma das mochilas nas costas e a outra na mão, fora uma terceira que eu não havia reparado de rodinhas, Rachel fazia muito esforço e as caretas que ela fazia ao dar um simples passo eram de matar ela mantinha os olhares fixos no chão o que a impediu de nos ver, mas Tyson correu até ela e pegou a mala de rodinhas e a mochila das suas mãos, quando ele tentou tirar a das costas dela, Rachel o abraçou e Tyson ficou todo sorridente, ele devia adorar abraços..

Quando ela finalmente reparou que estávamos sentados ali, ela correu até nós

- Percy.. – Rachel gritou e o abraçou – que saudades – ela disse e o largou

- Anniee.. – ela se abaixou e me deu um abraço apertado – você tem que me contar tudo sobre a reforma do Olimpo hen? – Ela piscou para mim e eu não pude deixar de sorrir

- Nico – ela exclamou e foi abraçá-lo

- Rachel, a quanto tempo – ele disse

Rachel sorriu e se virou para Jennyfer, elas haviam se conhecido no fim do verão passado, numa noite á fogueira, desde então eram grandes amigas, mas como Rachel estava freqüentando a academia de moças no período de aulas, ela praticamente nem se viam, as duas trocavam abraços e cochichavam coisas para a outra.

Quando finalmente as duas já tinham colocado a conversa em dia, Rachel se sentou ao lado de Nico e Jennyfer ao meu lado.

 Rachel contou sobre como foi na academia Claron para Moças, e o modo como ela descreveu aquilo.. parecia mais estar falando de um ospicio do que de uma escola.

Foi sem duvida uma tarde relaxante, os garotos ajudaram a descer as malas da Rachel até a casa grande, mas quando chegamos ao fim da colina, vimos uma coisa que eu, sinceramente não esperava ver.

- Thalia – fui correndo até o encontro da minha amiga.

- Annie – ela disse me abraçando – estava cheia de saudades

- o que esta fazendo aqui ? – disse a soltando

Ela bufou

- ordens de Artemis.

A cara que ela fez em seguida foi hilária, como se alguma coisa a perturbasse e como se ela fosse capaz de ir até o fim do mundo, para descobrir.

Não pude deixar de soltar um risinho

Thalia abriu a boca e estava prestes a dizer alguma coisa, mas foi interrompida pelo barulho dos cascos de Quiron

- Thalia – ele disse surpreso, mas ao mesmo tempo feliz – o que faz aqui?

- ordens de Lady Artemis – Thalia disse um ‘’ pouquinho ‘’ formal de mais

Quiron franziu a testa como se algo o intrigasse, depois voltou-se para Thalia.

- curioso muito curioso – ele disse – Artemis não mandaria suas caçadoras aqui para o acampamento.. Cheio de garotos.. se não fosse extremamente necessário – Quiron deu uma olhada para mim, mas rapidamente voltou o olhar a Thalia – as outras estão aqui também?

- não senhor – disse Thalia

Quiron murmurou alguma coisa em grego e alertou Thalia sobre a caça a bandeira dessa noite, quando Quiron estava finalmente longe, Thalia murmurou algo do tipo : ‘’ senti realmente falta desse lugar ‘’ e depois sorriu como se a imagem ali presente fosse so uma miragem.

Ouvimos barulho de portas rangerem e por instinto me virei, Percy, Nico, Tyson, Jennyfer e Rachel saíram da casa grande murmurando e rindo baixinho

- o que aconteceu? – perguntei olhando para Percy que estava com uma cara de mongo olhando para o além

- nada de mais – disse Jenny, mas eu vi um sorrisinho no seu rosto

Encarei Tyson que ria incontrolavelmente e fazia pausas para rir

- Percy.. senhor D. .. cuecão roxo.

- o que? – perguntei um tanto nervosa, eu odiava não saber do que as pessoas estavam falando.

- Nós todos subimos até o quarto da Rach, para despachar as mochilas dela – Jenny disse finalmente se recuperando – e quando a Rachel entrou no quarto, ela disse algumas coisas estranhas, sobre demônios, filhos de deuses e serem vigiados, mas não era bem a Rachel, era uma voz diferente – enquanto dizia isso Jennyfer tinha uma expressão assustada no rosto – e quando ela voltou a ser Rachel de sempre, estava ofegante e parecia acabado de ter lutado contra uma hidra sozinha, então Percy disse que iria até a geladeira buscar um copo de água para ela se acalmar, mas ai.. ai..- ela voltou a gargalhar

- eu encontrei o senhor D. de calção roxo na cozinha.. – disse Percy ainda olhando para o além – e quando ele notou que eu estava li, parado, traumatizado, ela começou a praguejar e.. e..

- adiantou demais Percy – disse Rachel

Eu praticamente já tinha entendido a historia, não queria detalhes sobre o calção roxo do Sr. D.

Os quatro continuaram rindo sem parar, depois de alguns minutos Percy que finalmente estava quase recuperado do transe, disse

- Thalia?

Quando os cinco saíram rindo que nem maníacos da casa grande, eu perdi Thalia de vista, mas quando eu me virei na direção em que Percy olhava, vi uma cena estranha, Thalia estava sentada no chão de areia do acampamento e acariciava um tronco de arvore caído como se fosse um filhotinho

- Thalia, o que esta fazendo? – eu gritei

Ela se virou para nós e sorriu

- Percy ! – ela veio correndo até nós e abraçou Percy

Depois se virou para Rachel e sorriu

- Rachel !

Mas Rachel a abraçou e nem por isso Thalia deixou de retribuir.

Rachel murmurou alguma coisa no ouvido de Thalia, que ficou seria e pálida, mas depois voltou- se para nós e abraçou Nico, quando seu olhar pousou de Jennyfer ela franziu a testa, como se tentasse lembrar de alguma coisa.

- nós.. nós já nos vimos antes – perguntou

Jenny negou com a cabeça como se tivesse a mesma duvida

- acho que não.. – disse – de qualquer forma, sou Jennyfer, filha de Apolo – ela esticou a mão e Thalia a apertou

- Thalia, filha de Zeus e tenente de Artemis

Jennyfer sorriu e soltou a mão

- tenho que ir até o arsenal, pegar um escudo novo para a captura á bandeira – Jennyfer olhou para seu relógio de pulso – que a proposito. começa em.. 30 minutos.

POV JENNYFER

Fui correndo apressadamente até o arsenal, com sorte acharia um escudo bom, nem que durasse por uma noite só.

O arsenal estava vazio e escuro, tive que forçar muito a vista, para conseguir enxergar alguma coisa, tive alguns problemas simples, como esbarrar em algumas espadas e armas que ainda estavam sendo arrumadas e caixas e mais caixas de bugigangas e ferramentas, mas no final, consegui achar o que estava procurando, era simples e não parecia muito resistente, mas já estava ficando tarde e a lua praticamente já brilhava no céu, era impossível distinguir qualquer forma naquela escuridão imensa, mal consegui distinguir a cor do escudo, mas isso era o de menos, faltava apenas alguns minutos para a caça á bandeira começar e ainda.. para completar, a porta do galpão se fechou num estrondo horrível, me deixando num lugar fechado e sem luz nenhuma, e eu que nem uma tapada, era incapaz de achar a porta novamente, eu derrubei mais uma prateleira de caixas, e já estava ofegante quando me encostei numa das paredes do arsenal, eu estava desesperada, já tinha rodado a estalagem inteira raspando minhas mãos nas paredes, a procura da porta, no mínimo umas 100 vezes, eu sentia que minhas mãos não deviam estar com uma aparência muito boa, na verdade eu sentia algumas gostas de sangue escorrendo pelos meus dedos, eu realmente estava presa ali e eu não podia fazer nada, provavelmente passaria a noite ali, sentindo dor e cansaço até os filhos de Hefesto aparecerem na manha seguinte.

Fiquei frustrada com essa idéia, cerrei o punho e comecei a bater ( inutilmente ) fortemente nas paredes do arsenal, eu sabia que a porta ter fechado daquele jeito não era mera coincidência, não estava ventando, alguém havia fechado a porta, e essa ‘’hipótese ‘’ só fez com que eu batesse mais desesperadamente nas paredes sem resultado algum.

Comecei a me sentir mais cansada e mais dolorida, minhas mãos latejavam, eu estava começando a sentir fome quando resolvi me sentar numa das caixas fechadas.

Eu estava com sono, mas o desespero não deixava eu fechar os olhos por míseros 5 segundos, eu já havia tentado de tudo, minha barriga estava roncando desesperadamente de fome agora, e o lugar parecia mais quente, eu não sabia a quanto tempo estava ali, mas eu sabia que a caça a bandeira já havia começado, se duvidasse, já teria ate mesmo acabado, droga, eu esperava o verão inteiro para isso.

No Final, o cansaço acabou me vencendo e eu adormeci no chão do arsenal

Meu sonho mostrava a sala da casa da minha tia, em Chicago, uma garotinha que aparentava ter 10 anos ou menos estava sentada no tapete da sala com um bloco de anotações e uma caneta, não pude identificar seu rosto, cabelos castanhos e desarrumados, cobriam seu rosto enquanto ela escrevia, então foi ouvido um grito do segundo andar e a garota levantou a cabeça, senti meu coração gelar, era eu, quando tinha 10 anos e ouvi a conversa dos meus tios sobre me ‘’expulsar’’ dali, eu odiava ter sonhos que relembravam minhas memórias, geralmente elas são uteis depois, mas eu realmente não queria me lembrar daquele dia, queria que alguma coisa me acordasse, eu não queria estar ali de novo, ouvindo meu tio falar mal da minha mãe.

A garota, começou a subir as escadas que ligavam ao segundo andar, os gritos e vozes ficavam mais altos a cada passo, eu, involuntariamente comecei a subir as escadas atrás de mim mesma.

Uma porta estava entreaberta e a garota estava encostada á parede ouvindo tudo o que os tios diziam dentro do quarto.

- Sara, já é o quarto ataque de monstros nessa semana – dizia uma voz masculina, provavelmente meu tio Ben

- Eu não posso simplesmente mandá-la embora para esse acampamento – disse uma voz feminina, provavelmente minha tia Sara

- é claro que pode, Sara, ela estará segura e nosso futuro filho também – disse Ben

- Maya não ia gostar que eu me livrasse da filha como primeiro ato – disse minha tia

- Maya nunca se importou com o que você achava – Ben

Nesse momento, a garota, ou se preferir, a eu, apertou a caneta com mais força

- Ben, ela era minha irmã – disse Sara

- Maya vivia bebendo e namorando todo tipo de cara que conhecia nos bares, acha mesmo que ela ficou feliz quando soube que estava grávida? – disse Bem

- Maya era sim uma mulher que bebia e talvez tenha saído com um ou dois caras que conheceu nos bares, mas ela era minha irmã e eu exijo respeito á ela, enquanto sua filha estiver morando sobre esse teto. – Sara

- Você detestava sua irmã, não sei por que ficou do lado dela de repente – disse Ben

- não tem lado nenhum Ben – disse Sara

- você mesma me contava sobre como era ter uma irmã mais velha que vivia nos bares e baladas.- Ben

- Agora chega – gritou Sara – minha irmã era sim uma irresponsável cabeça oca, mas ela não deixa de ser minha irmã, era como uma melhor amiga para mim.

- Sara, você tem de se livrar dessa garota, agora – gritou Ben

Eu sabia o que estava por vim, começariam uma discussão feia, eu queria acordar, eu sabia como tudo terminaria, meu tio conseguiria convencer a minha tia a me mandar para o acampamento.

Nesse momento, ouvi um barulho forte e o sonho ficou turvo e imediatamente acordei, eu ainda estava no arsenal sozinha, machucada e cheia de fome, me sentei novamente na caixa e passei a mão ensangüentada pela minha barriga, então ouvi o barulho forte de novo, meu rosto estava coberto de suor, me levantei com uma espada inacabada nas mãos que tremiam, mais uma vez o barulho dessa vez mais forte, dei um passo para traz, dessa vez não foi um simples barulho foi um estrondo, umas das paredes do arsenal explodiu revelando mais de duas dúzias de lanternas que apontavam diretamente para mim

Eu senti um alivio total, senti meu coração mais leve.

- Nico ! – eu corri até ele que estava na frente com uma lanterna e o abracei, eu nem me importei com o fato de termos feito uma cena ou não.

- Jenny, nós te procuramos por toda parte – ele disse me abraçando – como você ficou presa?

- eu.. eu.. eu.. – gaguejei – eu estava me preparando para a captura á bandeira, e eu senti a porta bater, e tudo ficou muito escuro e..

- calma – disse Percy atrás de Nico

Me soltei de Nico e olhei no meu relógio, eu estava presa ali há mais de 3 horas.

Nico pegou meu pulso esquerdo

- o que aconteceu com a sua mão?

Expliquei praticamente tudo para eles, menos o sonho é claro.

- e.. e ai.. – eu estava gaguejando de novo – alguém empurrou e ..

Olhei para uma das filhas de Afrodite

- foram vocês não foram? – perguntei olhando para elas

- Jennyfer, acalme-se essas coisas acontecem – disse Quiron, que estava atrás dos campistas.

Annabeth que estava ao lado de Percy, pegou uma das minhas mãos

- Quiron, acho melhor levá-la para a enfermaria, esta perdendo muito sangue.


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Notas finais do capítulo

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