No Brasil as aulas comeavam, em fevereiro. nos EUA, as aulas comeavam em Setembro. e como eu e minha mãe haviamos chegado dia 30 de agosto, dia 31, ela comprou os materiais fez a matricula e no primeiro dia, quis me levar ao ponto de onibus.

- Claro que não né mãe?

- Mas, porque? eu quero acompanhar a minha filhinha até o ponto de onibus, afinal  é seu primeiro dia na escola.

- Exatamente!!! eu tenho que começar com o pé direito, nao posso me expor ao ridiculo, com a "mamãe" me levando no ponto.

Ela fez cara de magoada.

- Desculpe- me, mas é assim que funciona.

Ela concordou, então terminei de tomar café da manhã. e fui em direção ao ponto. que ficava a umas 5 quadras da minha nova casa.

No caminho, percebi que alguem me seguia.Olhei para tras: era Sam.

- Oi Camile. - ele se aproximou de mim e resolvi ignorar.

- OI CAMILE - ele berrou chamando a atenção. e eu me virei.

- O QUE GAROTO??????!!!!!!!!

- Acho que a gente comeoçu com o pé esquerdo ontem.

- Também acho, então ESSE PÉ VAI SER PERMANENTE, não quero mais falar com você!!!! e some da minha frente antes que o MEU pé, vá parar na sua bunda.

Ele apenas deu risada e aquilo me irritou mais ainda.

- A rua é publica e assim como você, estou indo pro ponto de onibus também, esqueceu que estudamos na mesma escola?

- como eu poderia esquecer se você nem me falou isso, idiota?

- ah, eu esqueci.

Chegamos ao ponto e prontamente o Onibus apareceu. Era igualzinho o dos filmes. Amarelo, com uma faixa preta nas laterais escrito SCHOOL.

Entrei primeiro. Sam, me seguiu, eu me sentei em um banco livre e ele sentou ao meu lado.

- Por que quer sentar ao lado de uma novata como eu?

- Porque eu acho você legal.

Aquelas palavras fizeram meu coração bater mais forte, mas mesmo assim ele era insuportavel.

- Vá sentar com seus amiguinhos. você nem me conhece direito.

- Mas eu quero conhecer, por isso estou sentando com você.

Fiquei em silencio total.

Chegamos a escola, que estava apinhada de gente, zoando e conversando, era um prédio de 3 andares, totalmente pintado de branco, e as janelas estavam reluzentes.

- Vá para a diretoria pegar seu horario, espero voc aqui, assim a ajudo a se localizar na escola.

- certo.

Ele se aproximou de um grupo de amigos e eu fui para dentro da escola, e ja dei de cara com uma sala onde estava escrito DIRETORIA.

Bati a porta, e uma mulher me mandou entrar.Entrei e sentada numa mesa estava uma mulher loira, que vestia roupas no estilo da minha mãe.

- Ol, sou a senhorita Welman, sou a secretaria do senhos Fitz, o diretor.

- Oi, eu sou a nova aluna, a que veio do Brasil.

- Oh, a aluna de intercambio? seja bem-vinda.

- obrigada.

- Pode entrar, o sr Fitz, est ancioso com a sua chegada, você é a nossa primeira aluna de imtercembio. Ele acha que pode estimular a escola.

- Legal.

- É Só entrar por aquela porta! - ela apontou uma porta, a minha direita, eu entrei sem mesmo bater e um homem gordo, e careca sentado e uma mesa me olhou.

- Quem é  você?

- Sou a aluna nova, de intercambio, vim do Brasil.

A pessoa mal - humorada que eu vi quando entrei sumiu instantaneamente.Ele ficou animado.

- Hora, então vamos entrando e sente.

Fechei a porta atrás de mim e sentei.

- Você e sua mãe chegaram bem? - ele não perguntou sobre meu pai, minha me deve ter contado que ele morreu.

- Chegamos, sim.

- E ja fez algum amigo na vizinhança?

- só um, o Sam.

- Ah claro! o sr Sam, ele o capitão do time de futebol e apesar de aprontar das suas é uma pessoa popular, um ótimo rapaz.

" O QUE? - pensei - SAM ERA JOGADOR DE FUTEBOL? E ERA POPULAR? GERALMENTE PESSOAS ASSIM NÃO CONVERSAM COM NOVATOS NAS ESCOLAS".

Eu apenas disse:

- ah.

- Pois bem, aqui esta seus horarios e um mapa da escola, seja bem vinda ao colégio Starks.

- Obrigada. - Peguei uma montoeira de papeis que ele me entregou e sai da sala. Acenei para a senhora Welman e sai para o corredor cheio de alunos. Procurei desesperadamente por Sam, Okay, ele era insuportavel mas era a unica pessoa que eu conhecia ali.

Ele apareceu e perguntou:

- Posso ver, os papeis?

- Pode - entreguei-os a Sam. que passou os olhos rapidamente por tudo.

- Primeiro temos que procurar o seu armário, ele fica pra la. - E apontou o dedo para uma direção.

Fomos até lá e chegamos ao meu armario (todos os armarios tinham tonalidades de azul, igual a série os feiticeiros de Waverly Place, a minha era azul claro, uma graça).

Sam, girou a trava de segurana digitando o código e o abriu.

- Como você sabe o meu codigo para abrir o armario?

- esta nos papeis.

- O QUE? VOCÊ SABE O MEU CODIGO?

- sim.

- Nem tente abrir meu armario, quando eu não estiver olhando.

- Okay.

Coloquei meus livros la e fiquei somente com os que eu ia usar naquele dia.

- Você tem aula de Astronomia, na sala 7, é a minha primeira aula também, eu te levo, vamos.

Fui atrás dele, era bom conhecer pelo menos UMA, pessoa naquela escola. Mas, uma coisa chamou minha atenção.

Um armario, azul escuro, com varias flores, murchas, enfiadas nas frestas do armario, e varios ursinhos e corações de pelucia, velhos respousavam, no chão próximo ao armário.

Cutuquei Sam.

 - Que armário é esse?

Ele de repente ficou com uma expressão tristonha. Resisti ao impulso de abraça-lo.

- É uma história, - respondeu ele.

- Não precisa me contar, se não quiser.

- Não, tudo bem, eu conto.

Ele tomou folegou e começou a contar.

- Esse armário sempre existiu, desde que a escola foi feita, mas nunca ninguem usou, por uma razão desconhecida. e existia também, um menino chamado Félix. Ele tinha a nossa idade.  Uma vez o armário dele emperrou, e o unico disponivel, era esse ai, assim ele foi tranferido para esse armário. Mas no dia seguinte, Félix desapareceu. ninguem nunca mais teve noticia dele, e assim ele foi dado como morto. isso aconteceu a 3 anos, e na época colocamos as fores e as pelucias ai, para homenagea-lo e ninguem nunca mais tirou.

- Oh, mas porque esta tão triste? ainda não superou?

Ele me olhou com aquela carinha, e por pouco não me agarrei a ele.

- Ele era meu melhor amigo.

- Eu sinto muito.

- Não sinta, ninguem mais lamente por ele ou por mim, ele caiu no esquecimento e as unicas lembraças que restaram dele, foram flores murchas e pelucias encardidas. E afinal: eu tenho que superar.

Fiquei sem ter o que dizer, mas felizmente o sinal tocou. Salva pelo gongo (literalmente).

- Vamos para a aula - Sam disse.

Segui ele, mas por alguma razão, eu senti uma energia naquele armário.

Uma energia que eu não saberia dizer se era boa ou ruim.

                                            ...

Me sentei ao lado de Sam, na primeira aula. quando acabou, nos dispedimos. e ele foi para a aula de Economia doméstica e eu fui para a aula de Literatura.

Na aula de Literatura as pessoas tinham que sentar em trios, em mesas grandes e espaçosas com 3 cadeiras cada.

Me sentei com as primeiras pessoas que vi. Um menino de cabelos castanhos e lisos e olhos negros, que usava uma camisa branca e calças Jeans. e tenis all star. e uma menina que também tinha cabelos castanhos e lisos, olhos negros, usava camisa branca (no caso dela baby look), calças Jeans e tênis all star.

Ambos liam livros de capa vermelha.

- Desculpe a intromissão - falei - mas... vocês são gemêos?

Eles me olharam, e um sorriso se formou nos labios deles.

- Sim, nós somos - disse o menino - eu me chamo Josh e ela se chama Jane.

- Hum legal, eu me chamo Camile.

- você tem um sotaque engraçado - disse Jane.

- é que eu vim do Brasil.

- é mesmo? - perguntou Josh - que legal? ouvi dizer que teriamos uma aluna intercambista esse ano, mas não fazia ideia de que ela viria do Brasil.

- Pois é, sou eu.

- e Como é o Brasil? - perguntou Jane, animada.

Começei a contar detalhes falando que apesar de perigoso o país tinha lugares lindos.

Logo a professora chegou, e fomos obrigados a ficar calados. ela começou a falar sobre Shakespere, e sobre um de seus mais famosos livros, que falava sobre um tal de Edipo.

Que espécie de pessoa namora com a própria mãe. Mas quando a professora falou da história achei que podia ser legal e resolvi comprar uma cópia para mim.

Finalmente, a aula chegou ao fim, e era hora do almoço.

Quando saimos, para os corredores em direção ao refeitorio. eu, Josh e Jane, continuamos conversando.

- Como funciona o refeitório - perguntei.

- ah, é facil, você pega uma bandeja e se serve com o que tem nas comportas.

- Entendi.

Continuamos falando, sobre o Brasil e os Eua. Contei sobre a minha monotona vida, enquando colocava, um sanduiche na bandeija.

- Ah, eu saia muito com meus amigos, quando esta la, porém as vezes preferia ficar em casa Lendo.

- você gosta de ler? - perguntou Josh.

Me sentei em uma mesa e eles se sentaram a minha frente, enquanto desembrulhava o sanduba. continuei:

- Sim, ler é a minha especialidade. vocês tem alguma especialidade?

- sim, - disse Jane - eu e Josh, somos ótimos em destrancar coisas e espionar pessoas.

- É mesmo? como os ladinos da idade média?

- Exato - disse Josh - assim como eles, nós só usamos nossas habilidades para o bem.

- e vocês são bons alunos?

- sim, somos meio que nerds. Ninguem fala com a gente por causa disso, é meio chato mas não ligamos.

Fiquei com pena deles e de repente, senti alguem sentando ao meu lado.

- Oi Camile. - Era Sam.

- garoto, você me sufoca - respondi.

- você é uma chata.

- não sou não.

- quer que eu saia da mesa.

Era a ultima coisa que eu queria.

- Não. não precisa. 

Ele pareceu contente, mas parece que finalmente notou, os gemeos.

- Ah, oi Jane e Josh.

- Oi sam.Bem... Camile, a gente ja ta indo, vamos estudar Em outra mesa.

Eu sabia que a razão era o fato de uma pessoa popular estar sentada na mesma mesa que eles.

Não falei, nada e eles se foram.

- Por que estava falando com eles? - perguntou Sam.

- Porque eles são legais.

- Mas ninguem fala com eles.

- porque são todos idiotas, julgam as pessoas pelo fato de elas serem populares ou não. deveriam julgar a pessoa pelo que ela REALMENTE é.

Sam, ficou em silencio.

Ouvi um assobio atrás de mim. Me virei, de uma mesa próxima, uma menina me chamava, ela estava acompanhada de outras garotas. e vestiam uniformes de lideres de torcida. e a garota que me chamou, tinha um ar arrogante, parecia ser a lider do grupo, igualzinho nos filmes.

Não sei porque, mas sem dar explicações a Sam, me levantei e fui em direção a elas.

- Olá - cumprimentei.

- Oi - disse a garota que havia me chamado. - Meu nome é Stephanie disse ela, sou a lider da torcida feminina da escola, você é a Camile não é?

- Sim, como você sabe.

- ah, as noticias correm. Sei que você é intercambista do Brasil e é a nova vizinha de Sam.

- é, é isso mesmo.

- Pois é sobre Sam, que quero falar.

- o que tem ele?

- FICA LONGE DELE.

Ela disse alto, mas ninguem no refeitório escutou.

- Mas porque?

- estou sacando qual é a sua - Stephanie, era mais falsa do que celular pirata, feito na china.

- como assim.

- Não se fassa de sonsa, Sam é meu.

-  vocês estão namorando? - meu coração disparou.

- não, AINDA não - não sei porque mas fiquei aliviada - mas, ele esta engatilhado, ele VAI ser Meu. e agora saia de perto da minha mesa novata.

As demais lideres de torcida deram risadinhas.

Sem, dizer nada, me afastei. me esforçando para não chorar. me sentei em uma mesa longe de Sam. que me olhava da outra mesa, com uma cara preocupada.

Antes do sinal tocar, fiquei mergulhada em pensamentos. As lideres de torcida más, Sam, e o armário que me transmitia uma energia estranha.