Behind Blue Eyes escrita por Nannah Andrade


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Vamos ler....



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POV – Gabe

Era sonho ou Liz estava mesmo ali, ao alcance das minhas mãos? Eu já a tinha tocado, já tinha visto esse corpo, mas agora ela estava tão... tão entregue, tão minha. E eu, eu tinha que me controlar, não era minha primeira vez, mas era a dela e eu queria que fosse perfeito, digno da princesa que ela era.

Eu vi ela se encolher quando tirei a ultima peça da lingerie que ela usava – aquela calcinha minúscula e indecentemente tentadora – mas Liz não estava se encolhendo de frio, as bochechas coradas dela me mostravam que ela estava envergonhada.

- Hey, não fica com vergonha de mim – falei subindo até que meu rosto ficasse da altura do dela – Você é linda, e eu te amo do jeito que você é. Te amaria até mesmo se você tivesse três olhos e pés de pato. – ela gargalhou.

- Também te amo. – ela sussurrou contra meu rosto – Me faz sua Gabe...

Ela não precisava dizer mais nada, meu peito parecia ter aumentado de tamanho pra caber a alegria que eu sentia. Me ajoelhei  e tirei minha camisa e a bermuda que eu vestia levando a boxer junto dela.

- Eu vou ser carinhoso – sussurrei perto do ouvido dela.

- Eu sei – ela passando o braço pelo meu pescoço e me puxando pra mais perto, fazendo nosso corpo se encostar, a pele dela se arrepiava onde tocava a minha, e ela estava fria comparada a minha temperatura naturalmente quente, mas hoje extremamente quente.

Colei meus lábios aos dela num beijo lento, eu queria explorar cada canto daquela boca suculenta que me deixava viciado. Ela entre abriu os lábios permitindo a passagem da minha língua.

O gosto de Liz era algo com o qual eu não conseguia me acostumar... cada vez que eu o provava, mais o queria. Explorei a boca dela sentindo cada toque, nossas línguas dançavam juntas.

Não sei se inconsciente ou não, Liz enlaçou as pernas na minha cintura, fazendo meu membro entrar em contato com aquela parte dela que eu mais desejava naquele momento. Eu gemi contra seus lábios, foi como colocar fogo num barril de pólvora, num minuto Liz estava embaixo de mim e no minuto seguinte eu estava sentado e Liz no meu colo, tão colada a mim que não havia espaço pra mais nada. O beijo que a principio era calmo virou algo urgente, faminto. As nossas mãos buscavam qualquer mínimo contato.

Liz se afastou da minha boca o suficiente para recuperar o ar, e me olhou com os olhos brilhantes.

- Eu estou pronta – ela falou baixo e ofegante – pronta pra ser completamente sua.

Eu a levantei um pouco e ela apoiou os joelhos no chão, permanecendo com uma perna de cada lado meu. Posicionei meu membro na entrada dela, que estava quente e molhada, me fazendo perder o restinho de controle que eu tinha sobre meu corpo.

- Espera – ela falou me fazendo travar o movimento. Eu a olhei buscando algum sinal de arrependimento em seu rosto – Meu casaco... pega... no...bolso...

Eu não entendi o que ela queria com o casaco, mas eu o peguei assim mesmo. Liz se sentou na minha perna e eu coloquei o casaco entre nós, ela tirou uma coisa do bolso e jogou o casaco de lado.

- Temos que usar esse mês – ela falou me entregando um preservativo. Eu respirei aliviado.

- Achei que você ia se vestir e ia embora – confessei e ela jogou a cabeça pra trás rindo alto.

- Nem meu pai me tiraria daqui hoje – ela voltou a colar os lábios nos meus.

- Humm – murmurei e ela interrompeu o beijo mordendo meu lábio inferior – Seu pai aqui não é a imagem mental que eu mais queria agora...

- Então não pensa nele... – ela sussurrou no meu ouvido – pensa em mim e me faz sua de uma vez...

Mais que depressa eu rasguei a embalagem do preservativo e o coloquei. Voltei a puxar Liz pra perto de mim e me encaixei de novo na entrada dela. Tudo bem que a sensação não era a mesma, eu não podia mais sentir tão bem o calor e a umidade dela, mas só saber que eles estavam ali, já me deixava louco.

Segurei firme a cintura de Liz com uma mão e a coxa dela com a outra, ela foi abaixando devagar, eu sentia meu membro avançar cada centímetro dela, enviando ondas de choque por todo meu corpo, mas se concentrando ali, na ponta dele.

Demorou um pouco pra que eu conseguisse colocar tudo nela, e quando consegui eu fiquei quieto um tempo, deixando ela se acostumar comigo. Quando a boca dela voltou a encontrar a minha e suas mãos ficaram ansiosas em me apertar, eu senti que era a deixa pra eu me movimentar.

Sem sair de dentro dela, eu voltei a deitá-la de costas e comecei a investir. Cada vez que meu membro saia e voltava eu era tomado por uma nova corrente elétrica que fazia meu corpo vibrar. Minhas investidas passaram de lentas para cada vez mais rápidas, e eu tinha que me concentrar em não colocar força demais, Liz era uma humana frágil se comparada à minha força de transmorfo.

Levantei minha cabeça o suficiente para olhar o rosto dela. Uma fina camada de suor cobria sua testa, ela tinha os lábios entreabertos e uma lágrima caía do canto do olho dela. Parei de estocar no momento que vi aquela lágrima solitária.

- Eu estou te machucando. – falei tentando retirar meu membro dela, mas Liz me prendeu com suas pernas.

- Não. – ela falou fraquinho.

- Como não, Liz? Você está chorando. – protestei.

- Não é de dor – ela me olhou e eu vi mais um lágrima abandonar os olhos dela – Eu estou... feliz.

- Desde quando se chora por felicidade? – falei voltando a me deitar sobre ela, lembrando de colocar meu peso nos meus braços.

- Desde quando eu tenho nos meus braços tudo o que eu sempre quis – ela falou e escondeu o rosto no meu pescoço – Isso aqui Gabe, você assim me fazendo sua, nós dois juntos dessa forma tão intima, é tudo o que eu sonhei, e ver esse meu sonho se realizar me faz ter vontade de chorar. Eu só não queria que isso acabasse nunca...

- Eu te amo, Liz – foi só o que consegui dizer – Te amo demais, e nunca, nunca vou deixar de te amar... Isso aqui nunca vai acabar, eu prometo.

Ela me beijou de novo e nós voltamos à dança dos nossos corpos, e o melhor momento da minha vida foi, ver, sentir e ouvir Liz se entregando nos meus braços, foi poder presenciar cada orgasmo que ela teve. Eu não precisaria de mais nada, só por ter esses momentos gravados na minha memória.

Ficamos deitados depois disso por incontáveis horas, apenas fazendo carinho um no outro. Ela não aguentava transar mais uma vez e eu não exigiria isso dela na nossa primeira noite, bastava pra mim tê-la nos meus braços.

POV – Meredith

Eu queria esfolar aquela vadia e fazer churrasco de filhote de cachorro. Como ela se atrevia a estar ali, com ele? Com o meu príncipe?

- Gabriel Black é meu – murmurei ante de avançar na direção dela, mas mãos fortes me agarraram impedindo meu movimento – Me solta Stephan.

- Não vou te soltar, princesa. – ele falou sério – Você vai colocar tudo a perder se for lá agora.

- Mas eu quero acabar com ela. – falei ignorando os avisos dele – se eu tirar esse filhote fedorento do meu caminho agora, vai ser mais fácil ter o Gabe.

- Mais fácil? – ele riu – Você acha mesmo que ele vai te querer depois de você matar a namoradinha dele?

- Mas ele já esta se acostumando comigo – reclamei – Se eu aparecer mais uma única vez pra ele, ele vai se render...

- Meredith, preste atenção. Você não pode fugir do plano. – ele estava mais sério ainda – Só na lua vermelha vocês podem ficar juntos. Não vá colocar o carro na frente dos bois... não terá uma segunda oportunidade, você sabe disso.

- Eu sei, eu sei, só posso garantir o sucesso do plano de você e do meu pai uma única vez...

- Então se acalme.

- Mas se eles dois transarem, eles vão ficar ainda mais unidos, vai ser mais difícil separar os dois. – falei já ficando nervosa com a cena que corria na minha frente, eu não podia ver, mas eu ouvia muito bem o que estava acontecendo dentro da barraca.

- Talvez nem tanto. – Stephan murmurou – Pense bem, se ele tem da menina a única coisa que ela ainda não tinha dado à ele, não vai existir mais nada que o prenda à ela.

- Pff – bufei – Você não vai me deixar fazer nada mesmo, então eu vou sair daqui, não quero escutar essa vaca gemendo o nome do MEU príncipe.

Sai de lá com raiva, eu queria arrancar fora cada osso do corpo daquelazinha. Entrei com tudo na cabana que eu estava vivendo, um lugar nojento que só servia pra me irritar mais. Por mim eu pegava o Gabe e voltava pra minha casa, onde eu tinha tudo o que queria e estaria bem longe da cadela suposta namorada de Gabe.

Me joguei na cama esperando pelo menos dormir, pra esquecer que nesse momento os dois estariam lá, juntos, ele vai estar tocando o corpo dela, beijando ela, quando quem deveria receber os carinhos dele era eu! Droga de vida, droga de plano estúpido do meu pai.

POV – Kaileena

“A campina estava florida, o que era estranho para o outono. Mas estava tudo tão lindo que eu nem me importei. A única coisa estranha era uma barraca armada bem no meio da campina. Pensei em me aproximar pra saber quem estava ali, mas vi Gabe e Liz saindo de lá. Eu sorri ao ver a felicidade estampada no rosto do meu filho, mas de repente um frio tomou conta do meu corpo. Senti meus ossos gelarem e meus pelos se arrepiarem.

Alguma coisa estava errada ali. Eu abri a boca pra gritar Gabe, pedir que ele saísse dali. Eu sentia que toda a maldade que cercava aquele lugar estava direcionada unicamente à ele, mas nenhum som saiu. Era como se eu estivesse muda. Tentei correr até ele e Liz, mas minhas pernas pareciam estar grudadas ao chão. Nem mesmo os pensamentos eu conseguia conectar aos dele.

Meu desespero aumentou ao ver uma mulher se aproximar, e quando ela ficou num lugar ao alcance da luz da lua, eu quis ter forças pra lutar contra tudo o que me impedia de tirar meu filho dali.

A mulher era Renesmee, e eu sabia pelo olhar dela que ela queria ferir Gabe para se vingar de mim. eu podia sentir algo mais, como uma outra presença, mas eu não conseguia ver nada. Meus olhos já estavam embaçados pelas lágrimas. Meu filho, ele seria ferido, e eu não podia fazer nada.

De repente um homem alto apareceu, ele me via ali, pois olhou na minha direção e sorriu. Ele se aproximou rápido de Gabe e o segurou colocando seus dois braços pra trás. Gabe tentou se defender, mas qualquer movimento que ele tenha pensado em fazer, morreu assim que o olhar do meu filho se encontrou com o olhar do homem.

Gabe relaxou, o homem o soltou, e meu filho olhou na minha direção. Um fio de esperança se acendeu em mim, mas na mesma hora ele morreu, pois eu vi, assim como vi no sonho que tive 21 anos atrás, antes de Gabe nascer, assim como vi no momento que peguei meu filho nos meus braços pela primeira vez, eu vi os olhos de Gabe ganharem um tom diferente de azul. Meu filho sorriu e num piscar de olhos sumiu junto do homem misterioso e de Renesmee.

Minha voz que até então tinha desaparecido, voltou no momento em que uma única palavra passava pelos meu lábios...”

- GABE! – gritei acordando assustada, suada e com o coração à mil.

- Kay? Shhh calma, foi só um sonho, amor, foi só um sonho. – Jake tentava inutilmente me acalamar.

- Não – falei jogando as cobertas de lado e colocando os pés pra fora da cama – Não foi sonho, Gabe... Gabe está em perigo.

- Calma, pequena – Jake me segurou antes que eu caísse, ao tentar me levantar – Gabe está no quarto dele, está seguro.

- Eu tenho... tenho que vê-lo – falei chorando.

- Ok, nós vamos lá no quarto dele, mas para de chorar, fica calma, por favor – ele pediu agoniado. O imprinting não deixava Jake me ver mal se que ele também ficasse mal. Ele sentia minha dor, meus medos, minhas angustias, era como se nós dois fossemos uma só pessoa.

Jake abriu a porta do quarto de Gabe e nós vimos a cama vazia.

- Ele pode estar lá embaixo – Jake falou depois de entrar no quarto e olhar o banheiro. Nós descemos as escadas depressa, eu poderia vasculhar com telepatia se ele estava na casa, mas não tinha concentração suficiente pra isso.

Nada, nem sinal de Gabe em lugar algum da casa. Senti minhas pernas fraquejarem e busquei um lugar onde me sentar. Jake estava ao meu lado num piscar de olhos.

- Meu filho – sussurrei chorando – Meu menino... ele, ele o levou...

- Ninguém levou Gabe, Kay, ele deve estar na casa de Liz. Você teve um pesadelo, foi só isso.

- Não foi um sonho. – gritei – Eu vi. Foi uma visão... eu vi ele levando o Gabe.

- Shhh não grita, você vai acordar a Sarah. – ele pediu me abraçando – Eu vou ligar pro Embry, vou pedir pra ele olhar se Gabe está lá, ok? – fiz que sim com a cabeça.

Jake saiu do meu lado e foi até o telefone, minutos depois ele voltou com uma expressão preocupada.

- Ele não está lá. – falei – Ele está na campina... eu sei, eu vi... e aquele homem vai aparecer lá... e Renesmee também.

- Renesmee? – Jake se abaixou na minha frente – Renesmee estava com Gabe?

- Ela e um home estranho, que eu nunca vi. – falei.

- O rastro... – Jake murmurou se levantando – o rastro que surgiu aqui... podia ser desse homem...

- Jake, por favor, encontra nosso menino. – pedi.

- Eu vou encontrar o Gabe, Kay. Prometo isso a você.

- O que aconteceu com Gabe? – Sarah perguntou aparecendo no topo da escada.

- Sarah, desce aqui. – Jake chamou e minha filha veio correndo – eu quero que você ligue pro Seth, mande ele vir pra cá correndo e trazer Colin, Quill e Brad, pra ficar com você e sua mãe.

Sarah foi até o telefone onde Jake esteve minutos atrás.

- E você, fica tranquila, eu vou trazer nosso filho, esteja ele onde estiver. Mas agora eu preciso que você se acalme, pra eu conseguir sair daqui. – respirei fundo controlando meu choro. Jake me deu um beijo e saiu correndo porta afora.

Minutos depois dele sair, Seth, Quill, Colin, Brad e Leah irromperam pela porta da minha casa. Seth correu até minha filha, e deu um beijo rápido nela, enquanto Sarah tentava explicar o que sabia da história, Seth tirava a jaqueta que vestia e colocava em Sarah que estava só de baby doll.

- Kay, o que houve? – Leah perguntou se sentando ao meu lado.

- Eu vi... Gabe e Liz numa campina... depois Renesmee apareceu e um outro homem... e os dois levaram meu filho...

- Oh meu Deus... desde quando você tem visões? E a Liz? Como minha filha estava?

- Eu não sei Lee, me desculpa... foi rápido demais...

- Claro que eu te desculpo, minha amiga. Você deve estar um caco... Mas não se preocupe, Jake vai trazer os dois... eu nem sei o que eles estão fazendo lá, Liz disse que estaria com Gabe hoje, mas aqui, na sua casa...

- Eu preciso me deitar – falei me levantando. Leah concordou e se ofereceu pra me ajudar, mas eu dispensei.

Assim que entrei no meu quarto, tranquei a porta e corri até o meu guarda roupas. Peguei o grimório que minha mãe me deu e procurei dentre as páginas a que eu queria. Eu me lembrava de ter lido um feitiço de localização. Eu sabia que Gabe estava em uma campina, mas não sabia exatamente onde era, e além do mais, ele poderia nem estar mais lá.

Me estiquei até alcançar um porta-retrato do meu filho na mesa de cabeceira e peguei um mapa da gaveta, tirei algumas velas e um canivete de dentro do guarda roupa e me sentei no chão. Coloquei o grimório ao meu lado, o mapa no chão e a foto de Gabe sobre ele. As velas eu coloquei ao meu redor.

Comecei a repetir as palavras que estavam no grimório, e cortei minha mão, deixando o meu sangue pingar sobre o mapa. Continuei repetindo as palavras até que a gota de sangue que estava sobre o papel começou a se deslocar correndo pelo mapa, até que parou. Olhei o ponto onde meu sangue indicava, era uma campina aqui mesmo em La Push, eu costumava levar meus filhos quando pequenos para brincar lá. Fechei os olhos e me concentrei, me senti sendo deslocada para outro lugar.

Abri os olhos e me vi parada na campina mesma onde eu havia visto Gabe, corri até a barraca chamando pelo meu filho, mas ela  estava vazia.

- Ora, ora, ora... – uma voz rouca falou atrás de mim – E ela caiu como um patinho...

- Quem é você? – perguntei concentrando minha força nas minhas mãos.

- Eu sou alguém que você ainda não precisa conhecer – ele falou sorrindo – E nem adianta concentrar força nessas suas mãozinhas. Eu sou mais forte que você.

- É o que vamos ver – falei avançando pra cima dele, mas mais rápido que eu pude me mover ele disse algumas palavras e eu travei no meu lugar.

- Você é valente. Vamos ver se vai ser assim quando estiver no meu território. – ele se aproximou e me abraçou, murmurando algumas palavras e eu me senti ser transportada para outro lugar.

oOo

Eu estava numa espécie de cela, como uma masmorra de castelos medievais, o homem ainda estava abraçado comigo e eu o empurrei longe.

- Quem é você? O que você quer de mim? E onde está meu filho!

- Calma, calma... uma pergunta de cada vez.... – ele se sentou numa cadeira e indicou outra para que eu me sentasse, mas ao invés disso eu a joguei longe – Meu nome é Stephan, como você já percebeu eu sou um feiticeiro. Seu filho está bem, está em casa, com o pai dele... por enquanto... e o que eu quero com você, bom eu quero os seus poderes... e você vai me dá-los, mas não agora... eu pude sentir quando te teletransportei que meus planos vão ter que ser adiados um pouquinho...

- Como assim? O que você sentiu? – perguntei começando a temer aquele homem.

- Você vai saber na hora certa. – ele respirou fundo e se levantou – agora o que você precisa saber é que você está presa aqui, feiticeira, e não vai sair até que eu ache necessário você sair. Não adianta tentar se comunicar, se transportar ou qualquer outro feitiço que você tenha aprendido no grimório que ganhou da sua mãe... esse lugar está sob um feitiço meu, e só eu posso quebra-lo.

- Por que? – perguntei antes que ele saísse – Por que eu? Por que minha família? Você já é um feiticeiro, muito poderoso por sinal... Você já tem vida eterna, não precisa do meu coração... meus filhos não tem nada de especial... Eu nem te conheço, então não posso ter feito mal a você pra que queria se vingar...

- Entenda uma coisa feiticeira. – ele se aproximou de mim – Você e sua família pertencem ao mundo sobrenatural... e aqui, na “Terra das Sombras” as coisas são diferentes do seu mundinho cor de rosa... aqui vence o maior, o mais esperto e o mais poderoso... E eu quero vencer, então eu tenho que ser o mais poderoso, e só vou conseguir isso tendo o seu poder, e o poder da sua mãe e daquele feiticeiro seu amigo... só vou poupar o seu filhinho porque precisamos dele pra algo maior....

- Algo maior?  O que você quer com Gabe? – meu medo começou a se transformar em fúria.

- Tudo no seu tempo, agora sugiro que você descanse... ou não... faça o que quiser, se encontrar algo pra fazer... – ele voltou a se dirigir para a porta – Vou ser bonzinho e mandarei uns livros pra você. Aproveite a estadia.

Ele saiu rindo, eu me deixei cair no chão. O que eu faria agora? Eu nem mesmo sabia onde estava...

POV – Jake

Encontrei Gabe na campina dormindo numa barraca com Liz. Acho que o alívio de ver os dois bem era tanto que Embry não se estressou pela forma como os encontramos, juntos e com Liz vestida só com a camisa de Gabe.

- Vocês estão bem? – Embry perguntou sério.

- Estamos – Gabe falou assim que saiu da barraca, vestindo só uma bermuda. – O que aconteceu? É a mamãe? O estranho apareceu de novo?

- Não, não apareceu ninguém, - falei – sua mãe teve um sonho... ela achou que fosse uma visão, e nós procuramos você pela casa toda, e você também não estava na casa de Liz, nem ela estava lá. Ficamos preocupados.

- Bom, vocês estão bem, isso que importa – Embry falou respirando aliviado – Mas espera um pouco.

- Opa. – ouvi Jared murmurar atrás de nós – Ele acordou...

- Por que vocês dois estavam aqui? E Liz você está vestida... Gabriel, é melhor você sumir antes que meu lado racional perca e eu arrebente você muleque.

- Olha só pai – Liz começou a falar e eu vi Embry ficar vermelho – Eu não sou mais criança, tá? E não vou discutir isso aqui assim com uma plateia assistindo, então relaxa que em casa a gente conversa.

- Em casa uma ova! – Embry gritou – Vocês dois quebraram minha confiança...

- Chega – falei em tom de alpha – Vocês não vão começar de novo a cena do pai ciumento e do namorado todo poderoso que enfrenta Deus e o mundo pra ficar com a mocinha. Minha mulher está em casa preocupada com o que pode ter acontecido com você Gabriel, então deixem essa lenga-lenga pra amanhã.

- Você diz isso porque não é sua filha. – Embry reclamou, mas foi interrompido por Collin que chegava em forma de lobo.

Ele parou atrás de uma árvore e se destransformou antes de se aproximar mais. A cara dele não era boa, eu sabia que tinha acontecido alguma coisa, e a única coisa que me passava pela cabeça era Kay em perigo.

- O que aconteceu? – perguntei parando na frente de Collin.

- É a Kay, ela... sumiu.

- Ahhh não, de novo não – falei e disparei numa corrida, nem mesmo me preocupei em passar para a forma de lobo.

- Pai espera – ouvi Gabe falar, mas não parei – Eu posso levar o senhor mais rápido.

Travei minha corrida e me virei para meu filho que chegava perto.

- Klaus me ensinou a me transportar. – ele falou.

- Então vamos logo – Gabe colocou uma mão no meu ombro – Meu quarto. – falei.

Num piscar de olhos nós estávamos dentro do meu quarto, Lee estava sentada na cama olhando as coisas que estavam espalhadas no chão. Tinha o grimório da avó de Kay, aberto, uma foto de Gabe e um mapa com uma mancha de sangue.

- O que aconteceu aqui? – perguntei pra Leah.

- Ela disse que ia se deitar e não quis que eu viesse junto. – Leah começou a explicar – ela estava quieta, eu achei que tinha dormido, mas ai eu senti o cheiro de sangue, subi correndo, a porta estava trancada, mas eu consegui arrebentar a maçaneta, só que Kay não estava mais aqui. Me desculpa Jake, eu nem imaginei que ela podia fazer isso...

- Ta tudo bem Lee – falei me levantando – eu devia ter imaginado que Kay ia tentar fazer as coisas do jeito dela.

- É um feitiço de localização – Gabe falou olhando o grimório que ele tinha pego do chão – ela fez um feitiço de localização pra me encontrar... mas como ela não apareceu na campina?

- O lugar que o mapa mostra, não é onde você estava. – falei analisando o mapa.

- Ela fez o feitiço errado? – Lee perguntou se abaixando ao meu lado e olhando também o mapa.

- Não tem como – Gabe falou – ela usou o que pedia aqui... e mamãe não iria dizer as palavras erradas... Pai, liga pro Klaus, ele deve saber o que pode ter acontecido.

Peguei o celular de Kay que estava na cabeceira da cama e disquei o numero de Klaus. Ele atendeu no segundo toque.

- Kay? – ouvi-o falar do outro lado.

- Não, é o Jake.

- Ah Jake, aconteceu alguma coisa?

- Kay sumiu, de novo. – o telefone ficou mudo e no mesmo instante Klaus apareceu na porta.

- Como assim ela sumiu? – contei tudo o que tinha acontecido e ele pegou o grimório das mãos de Gabe. – O feitiço pode ter sido alterado por outro feiticeiro, ou bruxo... Você disse que ela sonhou com o Gabe em perigo, Jake?

- Sim. E ela acordou muito assustada, dizendo que era uma visão e não um sonho...

- Pode ter sido algo implantado na mente dela. – Klaus falou pensativo.

Implantado na mente dela?

- Renesmee. – falei.

- O que tem ela? – Klaus e Lee me olharam confusos.

- Ela tem um poder, pode colocar qualquer coisa na cabeça das pessoas que ela toca, ou que tocam nela...

- Mas ela teria que ter entrado aqui, Jake. Como ela conseguiria isso sem deixar o fedor dela aqui?

- Eu não sei Lee, mas eu sinto que ela ta metida nisso.

- Por que não fazemos o mesmo feitiço pra encontrar a minha mãe? – Gabe perguntou e nós o olhamos surpresos. Como não pensamos nisso antes?

- Klaus, você pode fazer?

- Posso, Gabriel me ajude. – Klaus colocou o grimório no chão e pegou uma foto de Kay – me dê sua mão Gabe.

Meu filho esticou a mão para Klaus e ele fez um corte nela, antes que eu pudesse questionar o que estava acontecendo, Klaus começou a murmurar umas palavras estranhas, as velas que estavam no chão se acenderam, ele deixou o sangue de gabe pingar no mapa e como se tivesse vida, a gota de sangue começou a passear pelo papel, depois se espalhou e sumiu, como se tivesse evaporado no ar.

- E ai? – Gabe perguntou impaciente.

- Tem algum tipo de magia me impedindo de encontra-la. – Klaus falou assustado – Kay está bloqueada.

- Ou seja, eu não vou saber onde a minha mulher está? – praticamente gritei começando a andar de um lado pro outro no quarto – Tem que ter um jeito, tem que existir um jeito!

- Jake, calma, nós vamos achar a Kay. – Leah tentava me acalmar.

- Como Lee? Não tem rastro, não tem pista, não tem magia... ela sumiu, ela foi mais uma vez tirada de mim, e dessa vez eu não vou conseguir encontra-la!

- Vai ser difícil Jake – Klaus se levantou e parou na minha frente – Mas você e Kay tem uma coisa que nem feiticeiro, nem bruxa consegue destruir. Vocês tem uma ligação, você vai saber onde ela está, cedo ou tarde.

- Eu não sei se sobrevivo isso tudo – me joguei na cama. Eu me sentia cansado, fraco. O que seria de mim sem Kay, de novo?


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Notas finais do capítulo

E a história se repete.... só vou avisando, preparem os corações porque Jake vai sofrer muito!!!! *prontofalei*
COMENTEM!



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