Destino Fatal escrita por teffy-chan


Capítulo 1
Capítulo Único - Encontro Inevitável


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse é o primeiro yaoi que escrevi, então estou um pouco... ou melhor, muito nervosa e ansiosa... e um tanto perdida também... espero que gostem *-*

One-shot dedicada à Jenny-chan, que me apoiou e incentivou a escrever essa fic, e à Jéssica e belovednephilim, que me deram inspiração e conselhos excelentes *---*

Boa leitura^^



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Era fim de tarde, quase pôr-do-sol, horário em que muitos estudantes estão deixando o colégio e indo para suas casas. Mas isso não se aplicava á Tsukiyomi Ikuto. Na verdade ele raramente dava as caras na escola, apesar de ser um estudante do colegial. E hoje não era exceção. Como na maioria das vezes, ele matara aula para cumprir as ordens da Easter, empresa para a qual era forçado a trabalhar, e passara a tarde destruindo os "inúteis" Batsu Tamas que a própria Easter criou. Após terminar essa tarefa, ele decidira que não queria voltar imediatamente para casa, e as aulas daquele dia já haviam acabado mesmo, então resolvera ir até a Academia Seiyo e encher um pouco a paciência dos seus "pirralhos preferidos", os Guardiões, como eram chamados. Ele seguiu pelo belo jardim repleto de flores e entrou em um tipo de cúpula enorme, mais conhecida como Royal Garden. A decoração daquele lugar nunca mudava, era impressionante. Ikuto olhou em volta, mas não viu ninguém lá. Ele realmente não era muito bom em guardar nomes, só aprendera mesmo os nomes de dois dos "pirralhos Guardiões" até hoje, e mesmo assim, apenas porque já conversara bastante com ambos, de modo que inventara "apelidos" para os demais. Amu e Tadase, seus "pirralhos prediletos", não estavam presentes, nem a "menininha chorona" (Yaya), nem o "moleque do futebol" (Kukai), e nem...


– O que está fazendo aqui?


Ikuto ouviu uma voz às suas costas. Uma voz doce, feminina e estranhamente familiar. Ele se virou e viu que aquela voz melosa que o chamara pertencia à um dos "pirralhos Guardiões". Ou melhor, uma das pirralhas. Era a "pirralha de cabelos compridos", Nadeshiko.


– Ahh... então ainda tinha uma pirralha aqui. Estava começando a pensar que o lugar estava vazio - disse Ikuto debochadamente. Infelizmente, Nadeshiko ignorou a provocação do rapaz
– Perguntei o que está fazendo aqui, "Gato Ladrão-san" - repetiu ela séria. Ah ótimo, como se não bastasse Ikuto apelidar os Guardiões, essa menina irritantemente doce resolvera fazer o mesmo com ele. Será que era de propósito?? - Se veio procurar pela Amu-chan, perdeu a viagem, ela já foi embora - acrescentou ela, desistindo de esperar por uma resposta de Ikuto
– Sei... e o Reizinho...?
– Hotori-kun também já foi pra casa
– E os outros pirralhos...
– Também já foram. Só estou eu aqui
– Humm... quer dizer que não tem mais ninguém aqui além de você, é...? - indagou Ikuto com uma voz maliciosa
– Sim
– Ou melhor... não tem mais ninguém aqui além de você eu, não é...?
– Sim... aonde está querendo chegar?? - perguntou Nadeshiko desconfiada
– Lugar nenhum... só estava analisando os fatos - respondeu o rapaz com simplicidade - Bem... então quer dizer que deixaram a Princesinha tomando conta do "Castelo" sozinha, é...? - comentou Ikuto, numa nova tentativa de caçoar da garota
– Rainha - corrigiu ela impassível - Não sou uma Princesa, e nem sequer existe essa carta no baralho. Eu sou a Rainha dos Guardiões
– Tá bem então, mil perdões, "Vossa Majestade" - falou o rapaz, fazendo uma breve reverência, tentando novamente provocá-la. Como era possível que essa menina não caísse nas várias tentativas de deboche dele?! - Então, você é a "Rainha" né...? - continuou ele - Me diz uma coisa, nunca rolou nada entre você e o Reizinho não?
O QUE?!– Nadeshiko finalmente perdera a compostura, ela se sentira constrangida e indignada ao mesmo tempo com a repentina pergunta do garoto - C-Claro que não, daodne foi que tirou isso???
– Ahh sei lá... já que vocês são o Rei e a Rainha... vai que...
– A resposta é "não", isso nunca aconteceu e nunca acontecerá, Hotori-kun e eu somos só amigos - respondeu Nadeshiko um tanto ofendida. Haviam vários motivos para impedir que algo assim acontecesse entre eles mas, principalmente, era porque sua verdadeira identidade não permitiria tal acontecimento - Por que está me fazendo esse tipo de perguntas tão de repente?!
– Nada em especial... mas você é bastante bonita pra uma pirralha, é difícil de acreditar que o Reizinho tenha passado tanto tempo ao seu lado e nunca percebeu isso - respondeu Ikuto com um sorrisinho maldoso
– Eu... bonita? - repetiu ela um tanto incrédula, corando levemente
– Ah, nunca te disseram isso, é? - o sorriso de Ikuto se alargou - Mas é verdade, você é bonita sim. E a sua voz... ela é melosa e enjoativa, mas... ao mesmo tempo, parece que atrai as pessoas, que hipnotiza, sabe...? Parece que... está me atraindo também... - murmurou o rapaz, aproximando-se lentamente da Rainha
– O que... que está dizendo "Gato Ladrão-san"... ? - murmurou Nadeshiko assustada. Ela sentia seu rosto esquentar numa velocidade alarmante, e seu coração parecia bater mais forte, ela nunca se sentira assim antes
– Ikuto - disse ele - Você sabe que eu me chamo Tsukiyomi Ikuto, não é... Nadeshiko?
– Como... sabe meu nome... ? - sussurrou a Rainha, recuando, seu coração cada vez mais acelerado
– Ah, acertei, é? - perguntou Ikuto sorrindo enquanto se aproximava lentamente dela - Já ouvi a Amu dizer o seu nome antes, e dos outros pirralhos também, mas... engraçado, eu só guardei o seu... Nadeshiko-chan.


De repente Nadeshiko sentiu suas costas baterem contra uma parede. Ela não tinha mais para onde recuar. E Ikuto, vendo a oportunidade, apoiou seus dois braços contra a parede na qual ela estava encostada, prendendo a garota ali.


– Huhuhu... você não tem mais pra onde fugir... Nadeshiko-chan - Ikuto sorriu triunfante, enquanrto enrolava uma mecha dos cabelos sedosos de Nadeshiko em seus dedos esguios
– E o que você está pretendendo fazer, me prendendo aqui desse jeito?
– Você realmente não sabe, Nadeshiko-chan...? Então eu vou lhe mostrar.


Ikuto se curvou um pouco, de modo que ficasse quase na mesma altura que ela, e começou a beijar-lhe o pescoço.


– O que... q-que pensa que está fazendo... m-me solte, seu pervertido...!! - exclamou Nadeshiko nervosamente. "Ela" estava assustada e receosa com a situação, afinal, sua real identidade não era a de uma garota, mas, por algum motivo, seu rosto começara a esquentar novamente, sem falar nos fortes arrepios que sentia a cada beijo que o rapaz lhe dava
– Não é me chamando de pervertido que você vai me convencer a te soltar, sabe? Eu já estou pra lá de acostumado a ser chamado assim, Nadeshiko-chan - respondeu o garoto com um sorrisinho malicioso
– Por que... p-por que está fazendo isso comigo...? Eu pensei... q-que você gostasse da Amu-chan - murmurou a garota, dificilmente se controlando para não emitir os estranhos sons e gemidos que sua boca insistia em querer produzir
– A Amu carrega o Humpty Lock, e eu preciso dele. Mas não sou de misturar negócios com assuntos pessoais, entende? - respondeu ele com simplicidade, lambendo o pescoço da garota em seguida. Dessa vez Nadeshiko não conseguiu se controlar e deixou escapar um gemido baixinho, o que fez Ikuto sorrir ainda mais.


Ikuto foi descendo lentamente, e do pescoço, passou a beijá-la no ombros. Ele já havia retirado a capa de Guardiã dela, e descido um pouco uma das mangas de seu uniforme, de modo que seus ombros ficassem à mostra, e Nadeshiko nem percebera quando ele haiva feito isso. Lentamente, ele desamarrou a gravata e agora abria os botões do seu paletó preto, um por um.
Mesmo agora, Ikuto não entendia o porquê disso tudo... ele conhecia Nadeshiko há tempos, embora nunca tivessem se falado apropriadamente... mas, desde que enfrentava Tadase por conta dos Batsu Tamas ou do Humpty Lock, Nadeshiko sempre estava ao lado dele, ele sempre via a garota junto dos outros "pirralhos"... então como nunca reparara nela antes?! Como nunca reparara na beleza rara e delicada que a garota possuía?! Realmente, Ikuto ainda tinha muito o que aprender... e não importava que a garota fosse tão mais jovem do que ele, o misto do ar de inocência com a graciocidade de uma verdadeira dama que ela emanava eram únicos, simplesmente atraíam Ikuto como se ele estivesse hipnotizado, era impossível resistir à essa garota.


"Isso é mal... ele já retirou a minha capa... o meu paletó... se ele tirar a minha camiseta também, vai perceber... vai perceber que sou um garoto..!" – pensava "Nadeshiko" desesperada - "Mas espera... eu sou um garoto, certo? Se sou um garoto, então por que... por que estou deixando ele fazer essas coisas comigo?! Por que estou deixando ele me beijar e tirar minhas roupas desse jeito... será que eu... estou gostando disso??! Não, não pode ser!!! Mas então por que eu... não consigo impedí-lo de parar... ele é maior e mais forte do que eu, mas... ainda assim, eu deveria ao menos tentar detê-lo, mas meu corpo simplesmente não se mexe... por que?! Não pode ser que eu... realmente esteja gostando disso... pode?"


"Nadeshiko" não conseguia compreeender sua falta de reação. "Ela" não era uma garota de verdade, e sabia muito bem disso. Mas então, por que ela não tentava impedir Ikuto?!


"Talvez eu... tenha vivido como garota por tempo demais".


Ikuto voltara a beijá-la no pescoço, enquanto passava suas mãos velozes e experientes pelo corpo dela. Agora, ele desabotoava sua blusa branca lentamente com uma das mãos, enquanto que começava a passar a outra por baixo da saia dela.


– Não... a-aí não...! - murmurava Nadeshiko desesperada. Se as coisas continuassem assim, Ikuto acabaraia descobrindo sua real identidade. E se descobrisse, a repudiaria com toda a certeza. Espere, era com isso que ela estava preocupada?! De ser rejeitada por causa de sua real identidade??! Humm... que interessante

– Acalme-se Nadeshiko-chan... não se preocupe, deixe tudo comigo... prometo que serei muito gentil - murmurava Ikuto entre um beijo e outro. Ele não estava entendendo, Ikuto REALMENTE não entendia a gravidade da situação
– M-Mas... I-Ikuto... você não entende... se continuarmos, você.. não vai mais... me querer...


Nadeshiko completara a frase num sussurro quase inaudível. Ikuto terminara de desabotoar a blusa dela, deixando à mostra seu peito nu. Um peitoral viril e masculino por sinal. É, agora já era, não dava mais pra esconder a verdade, seu disfarce havia sido arruinado.
"Nadeshiko" mirava o chão cabisbaixa, o rosto vermelho feito um tomate. Por algum motivo, lágrimas começaram a brotar de seus olhos quando lhe ocorreu o pensamento de que, agora que Ikuto sabia a verdade, com certeza não iria mais desejá-la. Ou desejá-lo. Ah, tanto faz.
Ikuto se afastara alguns passos para observar melhor o corpo da pessoa à sua frente, ainda boquiaberto. Era um corpo masculino demais para pertencer à dama graciosa e delicada que estivera ali até poucos segundos atrás. Só havia uma explicação...


– Né... Nadeshiko-chan... você é...
– Sim, sim, é isso mesmo, não sou uma garota de verdade! - admitiu "ela", deixando para trás seu teatro e falando com uma voz bem masculina agora, enquanto arrancava a fita vermelha que amarrava seus cabelos com certa violência - Por isso não queria que você... fizesse essas coisas... eu sou um garoto, como você, então... é impossível...
– Né... por que você se fingiu de menina...?
– Por motivos familiares, fui obrigado a me disfarçar de menina... nem mesmo os Guardiões sabem da verdade, é um segredo guardado à sete chaves - respondeu o garoto, agora com os cabelos soltos, tentando reprimir as lágrimas teimosas que insistiam em rolar pelo seu rosto - Agora que você... sabe a verdade, você entende né...? Porque eu tentei resistir no começo... por que nós.... n-não podemos... você deve... me odiar agora né...? Tem nojo de mim, não tem?


E para a surpresa do rapaz que outrora fora Nadeshiko, Ikuto segurou seu rosto com uma das mãos e beijou seus lábios. Um beijo doce e suave para um garoto tão pervertido quanto Ikuto, por sinal, mas ao mesmo tempo, bastante tentador e provocante. Alguns instantes depois, Ikuto se separou do garoto, deixando-o com um gostinho de "quero mais", e disse:


– Acha que um detalhezinho de nada como esse me faria odiar você?! - disse Ikuto um tanto bravo - Cara... você é a pessoa mais delicada e graciosa que já conheci... tem alguma coisa em você que me atrai, entende? Acho que... que tudo em você me atrai... o cheiro adocicado dos seus cabelos, a sua pele sedosa, a delicadeza da sua voz... da sua verdadeira voz, sem deixar de ser masculina por incrível que pareça... o jeito como você parece ser tão inteligente e experiente pra certas coisas, mas ao mesmo tempo, tão inocente pra outras... e esse cheiro tão gostoso que vem de você... tudo em você... me hipnotiza, me seduz... pouco me importa se você é um menino ou uma menina, ninguém é perfeito, certo? Então vamos ser imperfeitos juntos... Nadeshiko-chan - concluiu Ikuto sorrindo e dando-lhe uma piscadela.


O garoto não podia acreditar no que estava ouvindo. Ele não queria admitir, mas, sabia que acabara sentindo-se atraído por Ikuto também. Aquele charme sedutor que o rapaz da Easter possúia o envolvia e embriagava cada vez mais, como um doce veneno, arrebatador e viciante. E se o próprio Ikuto havia admitido essa atração fatal entre eles... não era ele que ia negar.


– Nagihiko - disse o menino por fim - Meu verdadeiro nome é Nagihiko
– Humm... Nagihiko, é? - repetiu Ikuto com seu famoso sorriso depravado - Gostei... muito mais charmoso e atraente do que Nadeshiko.


Nagihiko deixou escapar um sorriso sem graça.


– Né Ikuto... você realmente não se importa...? - perguntou ele ainda inseguro
– O que, de você ser um garoto? - indagou Ikuto ainda sorrindo - Devo admitir que geralmente eu escolho garotas, mas... você vale pelos dois, certo... "Nadeshiko-chan"? - disse ele com uma piscadela, arrancando uma risadinha de Nagi e fazendo-o corar.


Ikuto tornou a beijar os lábios inexperientes de seu novo amante, que inconscientemente entreabiu a boca, permitindo passagem para Ikuto aprofudnar o beijo. Ele usou a língua para explorar cada canto da boca de Nagihiko, que finalmente pôde corresponder ao beijo e às carícias do rapaz sem culpa alguma.
Como Ikuto dissera, ninguém é perfeito. Mas, por algum motivo, o sentimento que crescia entre eles parecia ser inesperadamente profundo e maravilhoso demais para não ser perfeito.


"O destino é realmente incrível... arma cada armadilha pra gente. No início, problemáticas, confusas e desesperadoras, mas... no fim das contas, acaba sendo surpreendentemente perfeitas"– pensou Nagihiko.


Realmente, não importava mais se eles eram um garoto e uma garota, um garoto e um garoto, ou uma garota e uma garota, tanto Ikuto quanto Nadeshiko/Nagihiko desfrutariam ao máximo dessa "perfeição" que foi-lhes imposta por uma inevitável armadilha do destino.

~*~*~ THE END ~*~*~


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso, pessoas!! Espero que tenham gostado... caso não tenha ficado muito bom, eu peço desculpas, mas como eu disse lá em cima, esse é o meu primeiro yaoi, então não tenho muita experiência no assunto =P

Deixem reviews onegai e façam de mim uma autora feliz *o*

Sayonara^^