Sirius, o Sedutor escrita por N_blackie


Capítulo 10
Capítulo 10




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Colocando a Coleira

James corria agitado de um lado para o outro enquanto eu recitava o texto que ele tinha preparado para a festa, e Remus não parava de comentar sobre alguma síndrome psicológica que acomete noivos e noivas. Assim que acabei a Sra. Potter apareceu, sorrindo ansiosa.

- Querido, está pronto?

- Sim, mamãe.

- Os convidados já chegaram. Vamos?

James balançou a cabeça, e eu e Remus, que seríamos padrinhos, fomos até a sala ao lado, onde Dorcas e Marlene se preparavam também. Marlene sorriu para mim quando demos os braços, seguindo para frente da igreja. James e a Sra. Potter já estavam entrando, e dali a poucos minutos seria a nossa deixa.

- Pronto? – Marlene perguntou, e fiz que sim.

Lily chegou quase dez minutos depois, um vestido bem legal de renda e a maquiagem já meio borrada por chorar. Marlene foi ajudá-la a colocar tudo no lugar, e quando começou a nossa música, entramos. Me senti uma atração, com todos olhando e comentando como eu e Marlene podíamos casar e toda aquela besteira que eu já previa.

Nos colocamos do lado de James, que batia o pé no chão e assim que nos viu ao lado dele deu um salto. "Vocês já a viram?" perguntou. Marlene sorriu e disse que sim, mas nos recusamos a fazer qualquer descrição do vestido que ela usava. Quando Lily entrou, James soltou um sonoro "uau" e sorri para Marlene. Ela franziu a testa e se virou para mim, sussurrando:

- Você pensa em se casar?

- Eu? Já disse não, mas hoje em dia quem sabe. E você?

- Só se eu encontrar a pessoa certa.

- O que seria a pessoa certa?

- Alguém que eu amasse e confiasse.

- Opa. – ironizei, e ela riu.

- Eu nunca disse que confiava em você.

- Acho justo.

Dito isso, vimos James e Lily trocarem os votos e as alianças, tão felizes que me arrependi de ter tentado dissuadi-lo da ideia. Marlene apertou meu braço com força, e vi que ela estava quase chorando quando eles se beijaram. A abracei firmemente, e quando os dois saíram da igreja para a festa, acompanhei-a até o carro.

- Vem comigo? – ela perguntou, e entrei para evitar meus pais.

Dentro do carro a abracei de lado, e Marlene fechou os olhos. "Sabe, eu quis dizer que te amo quando disse que te amo" ela comentou, e balancei a cabeça. "Eu sei."

- Poderíamos namorar. – sugeri,e ela abriu os olhos.

- Está falando sério? Assim, fixo?

- É. – dei de ombros. A perspectiva não era tão ruim, afinal. – Só que não vou mudar para Londres, então podemos nos ver de... Dois em dois meses.

- Pode ser. Está me pedindo em namoro, então?

- Vou pedir... Se o buquê cair na sua mão.

- Justo. – ela gargalhou. – Nada em você é comum.

Chegamos ao salão, e entramos depois de dar os convites ao segurança. James e Lily recebiam os parabéns dos convidados, e quando chegamos James correu até mim.

- Estou casado!

- Eu percebi, já mostrou os danos mentais! – falei enquanto o abraçava. – Seja muito feliz, cara.

- O que acharam da cerimônia? – Lily perguntou a Marlene.

- Estava tudo ótimo, Lily. Fica tranquila e aproveita!

Abracei a ruiva poucos instantes depois, segurando-a com firmeza pelos ombros. "Se vocês brigarem e um resolver passar um tempo longe do outro meu humilde apartamento está à disposição"

- Obrigada. – Lily riu e nos soltamos.

Eu e Lene fomos sentar nas mesas reservadas aos amigos dos noivos, onde Remus, Dorcas e os outros já estavam. Quando Lily e James acabaram os cumprimentos e toda aquela formalidade de fotos, o mestre de cerimônias anunciou que a noiva iria jogar o buquê.

- Já volto. – Marlene sorriu e me beijou na bochecha. Remus e os outros me olharam sarcasticamente, mas decidi ignorar.

- Um! – Lily virou de costas, erguendo o conjunto de lírios no ar. – Dois!

- Três! – todos gritaram, e o ramo de flores voou na direção das garotas, caindo nas mãos de Emmeline. Por um momento fiquei paralisado, quase esquecendo que já contava com Marlene para pegar. Decidi que a pediria mesmo assim, mas quase morri do coração quando um pedaço do buquê voou na minha cara, caindo no meu colo.

- Vamos, estou esperando. – Marlene ficou de pé na minha frente. – O buque que Lily jogou é falso. Esse aí é o de verdade.

Comecei a rir, mas logo percebi que praticamente todos os meus antigos colegas de escola estavam me encarando, curiosos para saber o que havia entre nós. Revirei os olhos e ajoelhei, olhando Marlene nos olhos.

- Seja minha namorada. – pedi, e ela sorriu. Remus parecia que ia desmaiar de choque, e Peter começou a rir. Marlene me abraçou e me beijou. – Vai ter que me seguir para New York. – disse em seu ouvido.

- Olha que eu vou... – ela sussurrou, me arrepiando na cabeça aos pés.

Sentamos de novo, e Lily apareceu com um sorriso de orelha a orelha. "Ah, deu certo!" ela comemorou, e tive de aturar James dizendo que já sabia que eu gostava dela desde o começo, que Marlene era perfeita para mim e etc. Nem liguei, já estava passando para o estágio do conformismo.

No dia seguinte saia meu avião para New York de novo, e senti o coração pesar enquanto me despedia de Marlene no aeroporto. "Prometa que em um mês estará na frente da minha casa." Falei, me sentindo um estúpido por precisar dela tanto assim. Marlene, que estava tentando disfarçar a vontade de chorar, fez que sim com a cabeça. A beijei antes de entrar no check in, sentindo que tinha deixado uma parte de mim para trás.

Quando sentei na poltrona da primeira classe (James fez questão de pegar o ticket para mim, dizendo que eu tinha dado felicidade demais para ele durante a minha estada) vi que tinha uma mulher bem bonita na outra poltrona. Era uma loira de olhos verdes, bem bonita mesmo. Quis ver se ainda conseguia o mesmo efeito nas mulheres, mas algo me impediu. Ela não parecia vivaz e esforçada como Lene, parecia fútil e desocupada. Cruzei os braços, deprimido. Queria Marlene comigo.


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