Entre o ódio e o amor escrita por Teddie, Madu Alves


Capítulo 6
Depois da festa? Eu não me lembro!


Notas iniciais do capítulo

Gente, que fique claro, eu sei que se fuma maconhe e não se cheira, beleza?
aproveitem



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Madeline’s POV


         Acordei com o sol batendo na minha cara, acho que a minha cabeça nunca doeu tanto. Virei-me na cama meio tonta e um braço passou sobre a minha cintura... UM BRAÇO?



         Pulei da cama e pude perceber que era o Christopher, puxei ele da cama até vê-lo caído no chão, estava pronta para chutá-lo.



         – O QUE ESTÁ FAZENDO? CACETE, SERÁ QUE NINGUÉM PODE MAIS FICAR NUMA BOA COMIGO NESSA DROGA DE LUGAR?– Perguntou levantando e ficando o mais longe possível de mim.



         Christopher estava sem camisa e eu não pode conter meu olhar.



         Ele tinha músculos definidos, não como aqueles bombados que ficam o dia inteiro na academia, nem como aqueles que não ficavam o dia inteiro jogando vídeo game e batendo umazinha. Era perfeito.



         Sacudi a cabeça tentando tirar esses pensamentos da minha cabeça


         – SAI DO MEU QUARTO, PORRA! – Gritei para ele que balançou a cabeça negativamente.


         Cheguei perto dele e simplesmente o empurrei e por fim literalmente o expulsei do meu quarto a chutes. Enfiei a cabeça no travesseiro depois que bati a porta.


         O que eu fiz? Minha cabeça estava explodindo e eu mal lembrava do que eu fiz ontem na festa. Por que eu fui beber? Por que eu fui? Eu nem queria ir à droga da festa. Por que Martini era tão bom?


         Eu não consegui controlar minha antiga eu... Antes tudo era mais divertido, as coisas eram mais fáceis. Eu era tão feliz. Mas como nada dura para sempre, eu estava assim.


         A sobra do que um dia foi a Madeline.



         Liguei o som esperando esquecer que o Christopher dormiu comigo, esperando esquecer de quão perto cheguei da minha antiga eu e querendo que a minha cabeça parasse de doer. O que eu tinha feito? Eu realmente havia feito...


         Como não consegui dormir, pois minha cabeça latejava muito, fui em busca de um remédio.



Charllote’s POV

         Estava radiante, não sabia que poderia começar a gostar tanto do Joe.



         Ontem ele estava tão perfeito. Tão diferente daquele nerd que eu conheci há uma semana. Será que eu poderia estar apaixonada tão rápido assim?



         Deitada na cama me lembrei do que aconteceu ontem, sei que não foi nada demais. Nem nos beijamos, mas parecia ser tudo. Estava sorrindo feito boba, para ser sincera eu nunca tive um relacionamento serio.



         Christopher adentrou meu quarto resmungando. Ele se jogou no sofá como se o quarto fosse dele, se eu não estivesse tão feliz poderia gritar e brigar com o coitado.


         – O que você tem? – Perguntei vendo seu desanimo



         Não parei de sorrir. Era o Efeito Josephe.



         – O que está fazendo aqui? – Ele achava que o quarto era de quem?



         – Eu que deveria perguntar isso. – Rebati meio estressada, mas ainda sorrindo.



         – Esse não é meu quarto? – Perguntou olhando para os lados, eu ri.



         – Não, esse é o meu quarto. Cheirou maconha menino? – Ficamos em silêncio achei que ele fosse embora, mas continuou deitado como se realmente estivesse em seu quarto.


         Estava pouco me importando, estava ocupada demais pensando no Joe... meu Joe.



         – Charlie, qual é o meu problema? – Perguntou me olhando com carinha de cachorro sem dono.



         – Por quê? – Perguntei preocupada.



         – A Madeline vive me batendo e me tratando mal. Ela é a primeira com qual eu tento alguma coisa e não consigo nada – Suspirou.



         – Não acho que o problema seja você... Ela tem cara de quem passou por poucas e boas, talvez você não esteja a abordando do jeito certo. – Fui sincera e até mesmo boazinha, não gosto muito da Madeline.


         Eu queria falar que ela tem cara de quem morreu e esqueceram de enterrar.



         Mas estava tão feliz que nem ele e nem ninguém iria mudar isso.



         – Você acha? – Perguntou com os olhos brilhando


         – Acho. – Disse sem muita certeza.


         Christopher era muito bonito. Para Madeline rejeitá-lo ou era comprometida ou lésbica. Lésbica era minha principal opção.



         – E como eu devo abordá-la?



         – Chris não acha que está querendo muito? Sabe que não gosto daquela lá. – Christopher me encarou e rimos juntos.



         – Tudo bem, ela é legal, quando bêbada mais ainda. – O olhei confusa. – Gostou da festa? – Mudou de assunto


         Algo me dizia que era melhor nem saber



         – Amei. – Sorri ao lembrar. – E você?



         – Foi maneira, ai amanheceu e tudo ficou péssimo. – Ri da careta que ele fez. Christopher sentou ao meu lado, ficamos jogando conversa fora, rindo e fazendo brincadeiras sem graça. Mas que para nós eram muito divertidas.




Josephe’s POV


         Estava parado em frente à porta do quarto da Charllote, tentando escolher entre bater na porta ou voltar ao meu quarto.



         Eu sei que posso estar sendo bobo, mas eu não sei o que ela pensa sobre o que aconteceu ontem. Ela pode pensar que eu sou um burro, um patético, um nerd tentando algo com a garota popular. O.k, eu estava começando a viajar.



         Eu sei que não foi muita coisa, nada demais, foi tão significante cada gesto e sorriso. Tudo foi tão bom.


         Estava pronto para bater na porta e ver aquele lindo sorriso novamente, mas antes que eu pudesse abri-la o Christopher saiu do quarto da Charllote.


         Sem camisa.


         Ele estava sem camisa e a Charllote estava de pijama em cima da cama bagunçada sorrindo.



         Como ela pode fazer isso? Ainda mais com o Christopher, onde fica a vergonha dela? Eu achei que ela fosse diferente dessas coisas que moram conosco. Mas ela não é. Ela podia não ser uma roqueira ou uma patricinha, mas tinha o mesmo grau de mentalidade.



         Quando ela viu a minha cara perturbada seu sorriso se desfez e ela veio em minha direção, eu simplesmente dei-lhe as costas e foi para o jardim.


         Tirei minha camisa e pulei na piscina. Eu queria não pensar, queria esquecer e mais importante queria não dar tanta importância. Charllote apareceu e ficou me olhando da beira da piscina.


         – Joe. – Me chamou e eu mergulhei não ia ouvir nenhuma mentira ou sei lá o que ela tinha para me dizer. Por que não sou metade peixe? Ou o Percy Jackson? Submergi para respirar. – Joe me escuta, por favor. – Implorou, como é difícil resistir a ela.



         – Diga. – Disse com indiferença.



         Charllote me olhou com cara de cachorro sem dono, respirei fundo e contive minha vontade de ser bonzinho.



         Percebendo que eu não iria ceder ela pulou na piscina de pijama, quem pula numa piscina de pijama? Esse povo é maluco.


         – Não aconteceu o que você está pensando. – Apesar dela estar me encarando eu não a olhei. – Estou falando serio. – Charllote segurou meu rosto entre suas mãos macias e me fez olhar em seus grandes olhos azuis escuros, como se resiste a isso? Acredita em mim? – Assenti como se não pudesse fazer mais nada, literalmente me perdi no mar de seus olhos.



         Ou seria mais prudente dizer madrugada?




         Estávamos tão próximos um do outro, minhas mãos estavam em sua cintura, Eu ansiava por ela e ela por mim. Eu não adiaria mais esse momento e nem teria como adiá-lo.


         Primeiro sua testa tocou a minha, ela estava quente. Juntei seu corpo ao meu com extremo cuidado, parecia que estávamos em câmera lenta.


         O sol batendo em nossos rostos deixavam os olhos dela tão azuis, tão lindos. Finalmente aqueles lindos lábios haviam tocado os meus, quentes mesmo estando molhados.


         Parecia o paraíso, como se nossos lábios tivessem nascido para se completarem.



Christopher’s POV


         Queria ver o que estava rolando entre aqueles dois, fingi ir para o meu quarto e depois os segui.



         Escondi-me atrás de uma cadeira, a Charlie estava chamando por ele. O Joe deve ser gay porque se uma mina gostosa como a Charlie me chamasse de pijama eu iria correndo e latindo ou se ela preferisse ira rastejando e fazendo barulho de cobra.



         Talvez eu realmente tivesse cheirado maconha.


         Charlie havia pulado na piscina, embromou o cara e eles... Não, não é possível. O francês conseguiu ficar aos agarros com a Charlie, a Charlie.



         E eu mal consigo fazer a Madeline me beijar por livre e espontânea vontade quando está sóbria.



         O mundo só pode estar perdido, isso aqui não deve ser pra mim.



         Fiquei igual a um bocó os observando, por que comigo não é assim? O beijo deles parece ser tão bom... O que eu estou pensando? Ótimo, agora estou mudando de time. Ou talvez só esteja meio desesperado. Eu não deveria ter largado a garota do boquete.


         Mesmo querendo sair correndo dali não consegui, sempre tive todas as garotas que quis. Mas nunca tive alguém para amar, nunca conheci uma que me amasse, nunca dei valor a isso. E agora vendo eles tudo parece tão errado, agora eles estavam sorrindo um para o outro sem se separar. Todas com quem já fiquei sorriam e iam embora, deixando o telefone obvio.



         Mas, o que acontecia depois com elas?


Katherine’s POV


         Minha cabeça estava girando, achei que fosse cair enquanto andava até a cozinha para poder beber café. Eu nunca o quis tanto.



         Thomas estava lá vendo alguma coisa no celular e rindo muito, eu podia dizer que ele estava vendo um vídeo pornô. Mas vídeos assim não são engraçados, eu acho. Não que eu já tenha visto algum. Entenderam-me.


         Não consegui parar de olhar para ele e o celular, estava curiosa. Tentei bisbilhotar, mas não deu muito certo. Nunca fui boa disfarçando.



         Bebi meu café fazendo caretas feias ao mesmo. É tão ruim, não é atoa que faz bem pra quem está de porre.


         – O que você está vendo? – Cheguei perto dele como se não quisesse nada. Ele riu.


         – Você não vai querer saber, acredite. – Continuou rindo.



         – Deixa eu ver, vai. – Fiz voz de choro. Thomas juntou o celular pra junto de si. – A vai não custa nada. – Ele não me mostrou e eu emputeci. – Mostra logo essa porra, Thomas.


         – Tudo bem, mas lembre-se quem avisa amigo é. – Riu mais.



         Era um vídeo da festa estava muito normal, pessoas dançando, bebendo e se pegando. Tinha uma garota dançando em cima da mesa ela parecia uma puta, o cara que estava filmando chegou mais perto da menina que agora estava levantando o vestido, engraçado ela tem uma calcinha igual a minha e a coincidência eu fui com ela pra festa.



– AAAAAAAH – Gritei quando percebi que não era coincidência, era eu. – APAGA ISSO. – Ordenei.


         – Não dá está na net. – Riu como se tudo fosse muito engraçado, e vou matar esse garoto.



         – Por que você fez isso?



         – Não fui eu. Estava olhando o site da facul e o vi lá, claro que eu o baixei. – No site da faculdade? não é possível. Todos vão ver minhas partes intimas, porque não me impediram? Eu impediria alguém que estivesse bêbada a ponto de fazer um stripper.



         O.k eu não faria isso mesmo.



         – Quem vê esse site? – Perguntei na esperança que ninguém acessasse.



         Ele fingiu pensar



         – Todo mundo né Barbie Liverpool, se manca né. – Ele suspirou – É muito loira.



         Sentei na cadeira onde eu estava. Eu nem tinha começado e minha reputação já estava manchada. Maldita bebida.



         I-I-I wanna go-o-o all the way-ay-ay. Taking out my freak tonight – meu celular começou a tocar. E pelo toque já sabia quem era.



         John.



         – Não vai atender? – Thomas me perguntou.



         Engoli em seco antes de atender.



         – Oi meu amor – Falei gaguejando.



         – COMO VOCÊ ME EXPLICA ESSE VIDEO SEU NO YOUTUBE KATHERINE?



         É, eu estava ferrada.



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Notas finais do capítulo

gostaram, obrigada pelos reviews galera