Entre o ódio e o amor escrita por Teddie, Madu Alves


Capítulo 18
Eles voltaram!




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Charllote’s POV


            Eu andava me sentindo vazia nos últimos tempos e o motivo era Joe. Eu o tinha ao mesmo tempo em que não o tinha. Não era culpa dele o vazio que eu estava sentindo, nós nos tornamos amigos, estamos próximos um do outro, mas sempre evitamos certas coisas. Talvez propositalmente ou não, eu não sabia ao certo e não sabia se queria saber.


            Daqui a pouco o sol ia se por e o dia estava lindo, temperatura perfeita. Nem muito fria e nem muito quente. Joe costumava me falar esse tipo de coisa quando estávamos juntos. Eu estava andando no parque em que ele havia me pedido em namoro, foi nesse exato dia a alguns meses atrás.  Sentei num banco que tinha em frente ao local onde ele se ajoelhou e me pediu em namoro.


            Fechei os olhos com força tentando afastar as lagrimas. Respirei fundo e esperei que aquela mistura de vazio e saudade fosse embora, mas não aconteceu. Queria gritar. Gritar qualquer coisa só para ver se assim as coisas melhoravam, pra ver se passava o que eu estava sentindo.


            Escondi meu rosto com as mãos esperando que assim as coisas melhorassem.


            Joe devia saber que ninguém além de mim o amaria tanto, cuidaria dele e o faria feliz ninguém além de mim o queria tão bem, só eu queria que ele fosse eternamente feliz.  E ninguém além dele me faria feliz, eu me sinto tão burra, tão inútil, tão errada. Quem liga pro que fizemos de errado? EU PRECISO DELE, preciso dele tanto quanto preciso do ar.


            Meu rosto já estava banhado por lagrimas e a única coisa que eu queria era tê-lo aqui ou pelo menos me encolher num canto e chorar até as minhas lagrimas secarem, até eu não conseguir respirar por tanto soluçar, eu estava cansada de sorrir para ele o tempo todo quando o que eu mais queria era socar ele e faze-lo ver o quanto é difícil pra mim.


            Já estava começando a ficar escuro, dava para ver algumas poucas estrelas no céu que mudava de cor, as lagrimas desciam com menos intensidade e estava ficando frio, mas não queria ir pra casa, não agora, não tão cedo.


            – Imaginei que estivesse aqui. – Meu coração parou de bater por uns segundos e voltou a bater com toda a potencia, Joe colocou seu casaco sobre meus ombros e se abaixou na minha frente, olhei aqueles olhos e continuei a chorar, me sentia tão pequena e tão frágil, me senti feita de porcelana.


            Ele não disse nada e eu também não, ele certamente estava sem palavras por causa do meu estado, eu o abracei e ele me apertou me senti segura, chorei em seu ombro. Eu podia dizer todas as coisas que passam em minha cabeça, dizer que sinto falta de nós, mas me faltou coragem... Afastei-me dele, devolvi seu casaco e sai andando.


            – Charllote! – Parei de andar, mas não me virei para encará-lo – Eu não quero mais ser seu amigo – As palavras dele me atingiram como facas.


            - VEIO AQUI PARA ME DIZER ISSO? NÃO PRECISAVA TER TANTO TRABALHO! – Gritei para ele em meio as lagrimas e soluços. – QUEr SABER JOSEPHE EU TAMBÉM NÃO QUERO SER SUA AMIGA, PORQUE EU TE AMO ME ENTENDEU? EU TE AMO E EU SÓ Te QUERO COMO UMA MULHER QUER UM HOMEM. – Joe se aproximou de mim com um sorriso nos lábios, eu o soquei, dei tapas, xinguei palavras que nem eu mesma entendia.

             – VOCÊ É UM... – Joe me beijou, um beijo cheio de desejo e saudade. – Idiota. – falei quando paramos de nos beijar para recuperar o ar.


            Thomas’s POV

           
            Era ela, eu sabia. Tinha mais certeza agora a observando a fazer o jantar, um pouco desajeitada, mas parecia saber o que estava fazendo. Já fazia pelo menos uma hora que estava escondido atrás da porta que dava para o jardim, não sabia se ela já tinha percebido e isso nem me importava.


            Vi Joe do outro lado da piscina andando de um lado para o outro como se tentasse tomar alguma decisão, hora ou outra chutava o chão, devia estar pensando na Charlie.


            Voltando a Kate, agora ela tentava sem muito sucesso ligar o forno, eu podia oferecer ajuda e era isso que iria fazer, levantei num pulo e ajeitei minha roupa, respirei fundo.


            - PORRA THOMAS VAI FICAR AI SÓ OLHANDO OU VAI ME AJUDAR?


            Meu corpo todo tremeu, meu coração disparou por uns segundos. Merda ela sabia que eu estava escondido aqui. Entrei na cozinha fingindo não ter feito nada.


            - Eu estava passando e te vi, ai fiquei pensando se entrava ou continuava a minha... Hã, caminhada.


            - Você mente muito mal, mas se quiser posso fingir que acredito. – Disse Joe entrando na cozinha rindo.


            - Não estou mentindo. – Falei pouco convincente.


            - Thommy me ajuda com isso e eu finjo que acredito ok? 


            Joe ficou na cozinha rindo, mas ele não parecia feliz ou coisa parecida. Ele estava preocupado. Falando em preocupado onde será que estava o povo dessa casa? Liguei o forno para minha amada Kate e me sentei ao lado do Joe sem tirar os olhos dela.


            - Vocês dois vão ficar ai me olhando? – Perguntou rindo.


            - Não, Joe vai atrás da Charlie vai. – Respondi, já empurrando ele – Serio você gosta dela e ela de você está na cara, dá um ponto final nessa merda de amizade e volta com ela.


            Joe me olhou cabisbaixo e Kate só faltou jogar a panela em mim, mas era verdade. Eles estavam agindo feito dois idiotas que achavam que não se amavam mais.


            - Tem razão – Ele levantou e olhou para Kate como se esperasse que ela aprovasse.


            - Ela não está em casa, saiu de manhã e não disse aonde ia só que era um dia triste, um dia triste e feliz, é foi isso que ela disse.


            Joe ficou encarando do a com cara de panaca, como se esperasse mais informações ou como se a resposta fosse aparecer do nada, e de repente ele saiu correndo e só ouvimos a porta da frente bater.


            - Ele se foi – Disse sorridente.


            - Espero que eles se acertem.


            - Dessa vez vai.


            - Como sabe?


            - Porque dessa vez fui eu que incentivei.


            Kate riu. A risada mais linda que eu já pude ter o prazer de ouvir. Foi a partir desse dia que descobri que queria fazê-la sorrir sempre, não importando a situação, não importando se fossemos somente amigos ou se fossemos algo mais.

            Eu sempre iria fazê-la sorrir.


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