Entre o ódio e o amor escrita por Teddie, Madu Alves


Capítulo 16
Tudo como deveria ser


Notas iniciais do capítulo

aproveitem



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Katherine’s POV


As coisas aqui na casa estavam ótimas, agora era raro haver brigas, o espírito de paz estava reinando e isso deixava todos felizes, acredito eu. Mas diferente do clima da casa meu relacionamento com John parecia que estava prestes a se extinguir, não sei como nem o porquê, porém as coisas haviam mudado e não foi pra melhor.


Já tinha ligado para ele umas 50 vezes e deixado milhões de mensagens somente hoje e até agora ele não respondeu e nem retornou nenhuma das ligações, parecia que ele estava me evitando... Não isso não é possível, ele me ama, eu sei que ama.


Enfiei a cabeça no travesseiro esperando que esses pensamentos saíssem da minha mente, mas eles não saíram.


– FILHO DA PUTA DESGRAÇADO – Gritei ao mesmo tempo em que joguei o travesseiro em direção a porta.


– AAAAAAAAH !! – Thomas abriu a porta e o travesseiro acertou seu rosto com tudo, eu comecei a rir. – Muito engraçado, né? Pode me dizer o que eu fiz?


Thomas perguntou, mas eu não consegui parar de rir para respondê-lo. Ele me olhou de um jeito estranho e eu ri mais, Thomas veio em minha direção, me joguei na cama ainda rindo.


Ele me puxou pelas pernas e começou a apertar a minha cintura, acho que era para me fazer cócegas, mas não estava funcionando. Estava apenas me fazendo sentir dor.


– Para. – Falei em meios aos risos, mas ele não parou. Continuou a fazer só que mais forte. – PARA THOMAS. – Gritei ao mesmo tempo em que o empurrei, o coitado caiu com tudo no chão.


Esperei para ver se ele levantava, mas não aconteceu. Thomas ficou gemendo no chão, era um pouco cômico vê-lo daquele jeito.


Sentei no chão ao seu lado e me debrucei em cima de seu corpo com cuidado para não machucá-lo.


– Thomas, você está bem? – Sussurrei sem tirar os olhos de seu rosto, ele não respondeu, continuou a gemer. Será que ele se machucou de verdade? OMG, eu matei ele. – Thomas acorda. – Disse quase chorando, ele começou a rir e me abraçou deitando por cima de mim. – Seu gay, eu achei que tinha te matado! – Resmunguei já batendo nele.


Thomas segurou meus braços ainda rindo e nos olhamos nos olhos, aos poucos o som da risada dele foi diminuindo até não se ouvir nada. Respirávamos no mesmo ritmo, meu coração batia descontroladamente e meus olhos não desgrudavam dos dele, fomos nos aproximando lentamente, eu já podia sentir o cheiro do seu hálito, era de morango.


– SAFADINHOS! Nem pra fechar a porta antes da perversão começar.


Levantei desesperada jogando o Thomas no chão, agora só dava para ouvir o som da risada do Christopher, ele havia fechado a porta. Meus olhos encontraram o de Thomas e eu tenho certeza que estava mais vermelha que um tomate.


– Ér... Eu tenho que fazer uma coisa, tchau. – Sai empurrando Thomas porta a fora.


Sentei no chão e pensei no que teria acontecido se Christopher não tivesse dito aquelas coisas, e eu quis mata–lo. Sim, eu estou querendo matar o Chris aquele intrometido. Ah que ódio, eu tenho o John, eu preciso vê-lo e acabar com sei lá o que está acontecendo comigo e com o Thomas.


Ri sozinha ao imaginar Thomas entrando no meu quarto novamente e me fazendo ri como nenhum outro alguém faz, ele podia vir aqui e me olhar de um jeito que me faz sentir que eu posso ser tudo. Que droga, porque ele tem que ser tão legal comigo?


Fui saltitando até o quarto da Charlie, bati na porta e esperei que ela a abrisse. Nada aconteceu, mas tinha gente lá dentro. A musica estava alta e dava para ouvir as risadas, abri a porta devagar.


Charlie estava com um micro short e uma blusa super apertada, Joe estava sem camisa e com uma bermuda que mostrava a cueca boxer preta. Os dois dançavam como se estivessem em uma festa, Charlie estava dançando em cima da cama e pulou em cima de Joe, eles quase caíram. Joe girou com Charlie em seu colo, eles pareciam incrivelmente felizes.


Começou uma musica mais lenta e a Charlie foi mudar, Joe olhou para porta e eu fiquei sem reação. Ele ficou me olhando e levantou a calça, eu quis rir.


– Acho que já foram todas. – Disse Charlie se virando para olhar o “amigo”, franziu o cenho ao ver a postura e o rosto dele, seu olhar seguiu o dele até parar em mim, seu rosto foi de branco para laranja e depois vermelho. – Kate... – Pareceu-me que faltaram-lhe palavras. Novamente eu quis rir.


Charlie vestida de prostituta com seu ex-namorado vestido de menino despojado, e os dois com uma expressão inexplicável no rosto. Charlie vestiu a primeira coisa que viu em sua frente que foi a blusa de Joe.


– Não é o que você está pensando. – Disse Joe. Eu ri, porque toda vez que falam essa frase, é exatamente o que a pessoa está pensando – Só estávamos testando uma tese da faculdade.


– É verdade Kate. – Acrescentou Charlie.


– Ok, eu vou fingir que acredito. – Sai correndo e comecei a rir assim que entrei em meu quarto.


Christopher’s POV


– MADELINE! – gritei pela décima vez enquanto andava pela casa a sua procura.


– O QUE TU QUE? – Ela gritou e eu fui correndo ao seu encontro, Madeline estava no jardim sentado na grama lendo um livro.


– Estava te procurando. – falei sentando ao seu lado.


– Jura? – ela me olhou daquele jeito irônico e cínico que só ela tem – Ouvi os seus gritos.


– E por que não respondeu?


– Porque não estava afim ué. – Sorriu.


Peguei o livro de suas mãos e bati com ele na cabeça dela, Madeline me olhou como se fosse me matar e eu ri. Esperei para ver o que ela faria, mas ela não fez nada, continuou a me olhar, mas de um jeito diferente, o jeito que pede beijo. Aproximei-me para beijá-la, mas ela simplesmente se afastou, levantou e foi andando para dentro de casa.


– Que isso? – Perguntei já levantando para segui-la.


– GREVE. – gritou rindo e correu para dentro de casa.


Essa garota é louca, não é possível, ela me deixa louco. Fui atrás dela, Madeline foi para o quarto dela e eu fui atrás. Ficamos conversando amenidades e jogando indiretas um para o outro, eu estava com muita vontade de agarrá-la, mas eu queria entrar no jogo dela.


– Para de me olhar assim. – Resmunguei e Madeline riu.


– Assim como?


– Não se faz de sonsa.


– Não estou me fazendo. – Essa garota é uma coisa... Suspirei e olhei para ela que mantinha um sorriso travesso no rosto.


– Fica mordendo o lábio e me olhando com cara de safada. – Eu quase ri ao dizer, Madeline riu alto.


– Quer dizer que não posso fazer isso? – Mordeu o lábio e me olhou com cara de quem quer queijo, se aproximou de mim e distribuiu beijos em meu pescoço e o mordiscou, coloquei a mão em sua cintura e aproximei seu corpo do meu. Madeline levantou rapidamente e se dirigiu a porta.


– GREVE. – Gritou e foi embora. Essa garota me deixa louco.


– Christopher.


– Safadinho – Ri ao lembrar a cena do Thomas e da Kate.


– Não vai ficar me chamando assim, né? – Perguntou entrando no quarto da Madeline.


– Talvez... – Olhei pra ele, parecia que ele queria alguma coisa. – O que você quer?


– Pareço querer alguma coisa? – Perguntou cauteloso.


– Sim.


– Merda... Eu queria um conselho ou sei lá.


– É de mulher? – perguntei serio.


– Com certeza.


– Senta ai. – Apontei pra cadeira. – O rei das mulheres vai te ajudar.


– Rei das mulheres? Se a Madeline escuta isso... – Ele balançou a cabeça, incrédulo – Enfim... eu acho que to a fim de uma garota...


– Ei, ou você está ou não está a fim da garota, não existe o “eu acho”. Entendeu?


– Aham, eu estou a fim de uma garota.


– Eu sei, é da Kate, né? Ela é um pedaço do céu meu amigo.


Eu e o Thomas nos perdemos na conversa, rimos horrores e falamos muito, mas muito mesmo sobre a Kate, eu sempre soube que um dia eu usaria meu conhecimento sobre as mulheres.


– QUE MERDA É ESSA NO MEU QUARTO? – O grito da Madeline quase me fez gritar. – Isso é clube do Bolinha? Vão brincar em outro lugar seus malditos.


Thomas saiu correndo feito um desesperado e eu fiquei rindo feito um louco. Madeline continuou a me olhar seria, mas nem dei bola.


– Chega de greve, não é? – Perguntei sem tirar os olhos dela.


– Isso quem decide sou eu.



Revirei os olhos e a puxei pra cima de mim. Ela tentou se soltar, mas eu a segurei com mais força, ficamos nos olhando por um tempo. Madeline já não usava mais tanta maquiagem, claro que ainda era algo que escondia seus belos olhos azuis e seu olhar se tornou doce, triste ainda, porém mais doce. Por fim, eu a beijei e ela retribuiu.



Ela era a minha garota. Apenas minha.



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