Sem saber para onde ir, num frio insuportável, Arthur e Luigi saíram em busca de ajuda pela floresta, o que era pouco provável, já que nenhum ser humano teria alguma coisa  para fazer num frio de dois graus, mas a esperança é a última que morre. Horas se passaram e ninguém apareceu, o que já era de se esperar. Arthur não aguentou e caiu no chão.

         -Arthur, v-você está b-bem. -Disse Luigi correndo em direção de Arthur, e gaguejando por causa do frio.

          -Nós vamos morrer! Nós vamos morrer! -Berrava Arthur enlouquecidamente.

          -Não se preocupe, vamos encontrar uma saída... -Foi então que Luigi viu um pequeno casebre de madeira a alguns metros de distância, iluminado pela luz da Lua. -Acho que encontramos nosso abrigo, siga-me.

          Arthur se levantou com um pouco de dificuldade mas conseguiu seguir Luigi, que já estava na porta da velha casa, batendo na porta.

         -Sério, você acha que tem alguém aí para você bater na porta? -Resmungou Arthur. -Abre logo essa porta, estou morrendo de frio, literalmente.

           Luigi empurrou a porta lentamente, ela rangeu até ficar toda aberta e mostrar o que havia dentro da casa, somente um sofá todo velho e completamente rasgado, uma cama, um banheiro no final, uma lareira, um rádio e uma pequena geladeira. Parecia ser a casa de um velho caçador, que antes morava ali, mas foi comido pelos minotauros.

          -Parece vazio, podemos entrar. -Mas ao Luigi dizer isso, Arthur já estava dentro da casa tentando acender a lareira com uns gravetos que lá tinha. Luigi entrou e fechou a porta, o que escureceu toda o casebre.

          Depois de um tempo, conseguiram acender o fogo (com a pedra) e quando perceberam, estavam dormindo no sofá e na cama.

          Tarde da noite, Luigi acordou com um barulho, o fogo se apagara, e a porta estava aberta, foi o suficiente para fazê-lo levantar e pegar o cajado de Hermes, mas ele não se transformou numa espada como antes. O vento frio entrava na casa de madeira e saia livremente, alguém estava ali ou já estivera. Luigi olhou rapidamente para Arthur, e ele estava na cama, dormindo sem perceber nada. De repente, barulhos de passos podem ser ouvidos pela casa, mas não havia ninguém, somente Luigi e Arthur, será? Os passos aumentam, mas não há ninguém, seria outro monstro. Luigi queria acordar Arthur, mas se baixasse a guarda, aquilo, seja o que fosse, poderia atacá-lo. A lareira se acendeu sozinha, fazendo Luigi dar um pulo, e Arthur acordar.

         -O que foi Luigi? -Perguntou Arthur sonolento.

         -Olha... Arthur, essa casa é assombrada.

         -Luigi, meu caro amigo Luigi, eu sei que estamos perdidos, à vários quilômetros de casa, mas isso não é razão para ficar com medo de assombrações. -Explicou Arthur calmamente, com se aquilo não fosse um problema. -Amanhã procuramos uma cidade, ou... uma rodovia, na rodovia passa carros, e aí pedimos ajuda, agora, vai dormir.

        De repente, a porta se fechou bruscamente, sozinha.

        -Viu, viu Arthur, tem alguma coisa errada nessa casa. -Gritou Luigi sacudindo o cajado em direção a porta.

       -Foi só o vento... foi só o vento. -E já ia dormir, mas ouviu uma voz.

       -Parecem que já me encontraram.

        A voz vinha do sofá, de um velho senhor, com uma aparência de cansado. Era baixo, usava um enorme óculos redondo, tinha pequenos tufos de cabelo branco no canto da cabeça e uma barbixinha. Usava um manto preto que deixava a mostra somente sua cabeça.

     -Q-quem é v-você? -Guaguejou Luigi.

     -Apenas o dono desta velha casa. -Repondeu o homem.

     -Nos desculpe, estávamos perdidos e procurávamos abrigo, então viemos para cá, enfim, precisamos de ajuda, onde fica a cidade mais próxima? -Luigi, ao terminar de falar, estava sem fôlego.

     -Lamento, mas vocês não poderam sair daqui... -Foi isso o que o homem disse, e foi essa fala que fez Arthur e Luigi ficarem alerta, e, com medo. 

      -Senhor, não queremos incomodá-lo então vamos embora. -Arthur disse isso, e puxou Luigi em direção a porta.

      -Calma, não vou fazer mal a vocês, -Disse o homem enquanto Arthur tentava abrir a porta. -afinal, estou porque seu pai pediu. -E apontou para Luigi.

      -Hermes?

      -Sim, e vocês já devem saber o por quê.

       Arthur tirou a pedra de fogo do bolso. O homem assetiu ao ver que Arthur olhava a pedra.

       -Mas... quem é você afinal de contas, hein? -Perguntou Luigi.

      -Digamos que, um velho amigo dos deuses, e Hermes pediu para eu ajudar vocês, com um básico treinamento, mas antes, meu nome é Ammos. - E estendeu a mão, em cumprimento.

        Arthur e Luigi não sabiam se era a escolha certa, mas Ammos era a pessoa mais perta a centanas de quilômetros, então decidiram ficar, e apertaram a mão dele em cumprimento.