POV EDWARD

Já fazia duas semanas que aquele vendaval passou pela minha vida, a gravidez de Tânia, a briga com Bella e a chegada do bendito Orlando. E o pior é que ele não cansa de me azucrinar. Eu chego à casa de Bella ele esta lá, dizendo fazer companhia para ela que anda muito sozinha, brincando com Brayan, e dando em cima de Bella, isso me deixa PUTO da vida.

Estava dirigindo em direção a uma pizzaria onde encontraria Bella e Brayan quando meu celular tocou, e adivinha quem era? A bendita da Tânia. Desliguei o telefone, depois ligaria.

Cheguei à pizzaria e estacionei o carro. Entrei já ligando para Bella.

– Oi meu amor. – Bella disse meio sem fôlego.

– Oi Bella, onde você esta? – Perguntei a procurando.

– Estou chegando, é que deu um probleminha na escolinha do Brayan, em uns quinze minutos já estou ai.

– Ok, to esperando.

Sentei em uma mesa e fiquei ali pensando, ate que meu celular voltou a tocar e era Tânia novamente.

– Oi Tânia. – Disse um pouco ríspido.

– Desculpa... – Ela respirou fundo. – É que estou sentindo muita dor, preciso ir para o hospital, estou sangrando, meu bebê... – Ela disse entre soluços.

– Onde você esta? – Disse pegando minha carteira e chaves de cima da mesa.

– Na casa dos meus pais, estou sozinha...

– Chego ai em cinco minutos. – Disse entrando no carro e desligando. Em seguida disquei o numero de Bella, mas só tocava. Deixei para avisá-la mais tarde e corri o quanto pude.

– Tânia? – Disse subindo as escadas da casa dos pais dela.

– No banheiro! – Ela gritou.

Entrei correndo no banheiro e a vi segurando seu ventre e chorando muito.

– Edie... não consigo me mexer, esta doendo muito. – Ela disse entre soluços.

– Acalme-se, vamos para o hospital.

– Salva meu filho, por favor. – Ela disse enquanto a pegava no colo. O sangramento era pouco, mas pela sua cara a dor era imensa.

– Vou fazer o possível e o impossível. – Disse tentando passar confiança para ela.

Desci com cautela as escadas, e fui ate o carro a deitando no banco traseiro. Coloquei o cinto e corri para o hospital, no caminho liguei para a emergência avisando que estava levando-a e contei sobre o seu estado. Chegamos ao hospital e já havia uma equipe a esperando.

Não pude entrar junto dela para fazer os exames por não ser minha área, fiquei na sala de espera sozinho. De repente meu celular começou a tocar, era Bella, tinha esquecido de ligar para ela.

– Oi meu amor. Desculpe por não ter te esperando na pizzaria.

– O que houve Edward, você esta com uma vozinha...

– A Tânia, ela passou mal, sangrou e ligou para eu socorrê-la.

– Onde você esta? – Ela disse parecendo que estava se levantando.

– Estou no hospital que trabalho, a trouxe aqui porque era o mais perto da casa dos pais dela.

– Ok, estou chegando ai daqui a pouco, vou deixar o Brayan com alguém.

– Tchau.

Fiquei a espera de noticias, ate que um médico saiu da sala onde Tânia estava.

– Você trouxe a senhorita Denali?

– Sim, doutor, por favor, seja sincero comigo, o que houve?

– Acalme-se ela esta bem.

– E o bebe?

– O bebe também, mas agora tem que ficar mais atento, a gravidez dela é de risco, pelo fato dela estar com anemia.

– Anemia? – Perguntei com cara de quem não sabia o que era.

– Sim. Ela apenas precisa de bastante repouso, por enquanto, mas alimentação dela tem que ser reforçada, por toda a gestação e continuamente após a mesma.

– Ok, doutor, vou conversar com ela.

– Ela ainda não esta de alta, mas pode receber visitas, ela vai passar a noite aqui.

– Ok, obrigado.

Ele assentiu e me indicou a porta do quarto onde ela estava, entrei devagar para não acordá-la, mas foi em vão, ela chorava baixinho enquanto passava a mão delo ventre ainda plano.

– Oi. – Disse chegando perto dela.

– Obrigada Edward, você salvou meu bebe.

– Não tem o que me agradecer pelo que sei, ele também é meu. – Disse pegando sua mão.

– Talvez não, e você sabe disso. – Ela disse olhando para o teto.

– Mas mesmo que não fosse eu faria isso por ele, sou um medico, e você estava desesperada. – Quando disse isso ela começou a chorar compulsivamente. – O que houve Tânia?

– Marcos... – Ela disse entre soluços.

– O que ele fez? – Disse ficando nervoso só de lembrar que aquele inútil existia.

– Eu tentei ligar pra ele antes de você... – Ela voltou a chorar desesperadamente. Eu a abracei, tentando passar conforto. – Ele disse que esse filho não é dele e que não tem nenhuma obrigação. Ah Edward... – Ela se desesperou mais ainda.

– Acalme-se Tânia, ou se não o bebe não vai sobreviver, você esta doente e sua gravidez é de risco. Tente se acalmar.

– Eu não queria que fosse assim. – Ela disse tentando inutilmente se acalmar.

– Vou chamar uma enfermeira. – Disse e ela assentiu.

Chamei a enfermeira que teve que dar calmantes para Tânia, seu estado estava piorando por causa daquele crápula. Tive que sair do quarto porque precisava almoçar. Quando sai do quarto encontrei Bella sentada na sala de espera.

– Oi amor. – Disse a abraçando.

– Esta tudo bem com ela? – Ela disse baixinho.

– Mais ou menos. Você almoçou? – Perguntei preocupado.

– Não fiquei te esperando na pizzaria. – Ela disse dando de ombros.

– Vem vamos comer alguma coisa enquanto te conto o que aconteceu.

Descemos para a lanchonete do hospital e comemos alguns lanches enquanto eu contava o que havia acontecido com Tânia e a criança.

– Eu sinceramente fico besta com a falta de juízo desses dois. – Bella disse revoltada.

– Amor acalme-se, a culpa não é de Tânia, isso é uma coisa normal quando o corpo da mulher esta muito fraco.

– Mas amor... – Ela tentou falar, mas eu a interrompi colando nossos lábios.

– Vamos, vou avisar os pais de Tânia, e depois vamos embora.

– Ok.

Liguei para os pais de Tânia, eles demoraram uns quinze minutos para chegar, conversei com eles e depois fui embora com Bella.

– Com quem você deixou Brayan? – Perguntei para Bella quando chegamos ao estacionamento do seu prédio.

– Com Orlando. – Ela disse como se não me incomodasse nem um pouco.

– Bella, você poderia ter o levado, prefiro ele conosco do que com esse cara.

– Edward, você pelo amor de Deus pare de implicar com o Orlando.

– Não é implicância Isabella, é o fato dele ficar dando em cima de você, e roubando Brayan de mim. – Disse morto de ciúmes.

– Como assim Edward? Dando em cima de mim? Roubando Brayan de você?

– Sim! Ele dá em cima de você, e quando estou na sua casa e você também ele não me deixa nem chegar perto de Brayan!

– Pare, por favor, não quero ter essa discussão com você! – Ela disse tentando mudar de assunto.

– Pare você, como você quer que eu conviva com esse cara? Toma uma atitude se não tomo eu. – Disse a parando em frente ao elevador.

– O que você quer dizer com isso? – Ela disse tentando conter a raiva.

– Ou ele, ou eu! – Disse seguro de minha opinião.

– Edward! Como você pode fazer isso comigo? – Ela disse já derramando lagrimas. – Você é meu namorado, e ele apenas um amigo que esta de passagem.

– Errado, eu escutei ele dizendo que conseguiu um emprego aqui e vai ficar.

– Mas...

– Não tem, mas, ou ele ou eu. Escolhe logo! – Disse quase gritando.

– Você não tem esse direito Edward.

– Você não se toca, acorda Bella e se fosse ao contrario, você também sentiria ciúmes.

– Mas... não a ponto de fazer você escolher.

– Faz assim, eu não durmo mais aqui, ok? Não agüento mais vê-lo na sua casa.

– Mas Edward, e...

– Quando você quiser pode passar a noite na minha casa, a gente já comprou um berço para o Brayan pra lá mesmo. – Disse meio frio. Ela sentindo minha frieza se encolheu um pouco. Dei um beijo em sua testa e me despedi. Fui para minha casa refletir um pouco.