His Presence escrita por Hideyuki


Capítulo 1
Único; It is just a feeling


Notas iniciais do capítulo

Não espero que ninguém leia minhas insanidades da meia noite.
Anyway, enjoy ♥



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His presence-Way

It's a just feeling

Frank’s POV

Já fazia muito tempo desde que ele se fora. Tão novo, ao auge de seus trinta anos. Mas o que se pode fazer? É a vida, um grande desentendimento, talvez.

                   Tenho consciência de que tentaram de tudo para salvá-lo, mas seu sistema já estava comprometido. Não pelos anos de álcool e cigarro, apesar de que isso pode ter agravado a situação. Não, não por completo. O tiro fora certeiro.

                   E era para ter sido eu em seu lugar.

                   – Sempre me protegendo – murmurei novamente ajoelhado na frente da lápide que tinha seu nome.

                   As cerejeiras tão próximas derrubavam flores sobre seu túmulo frio. As flores de um cor-de-rosa tão claro e tão sutil sempre foram suas preferidas.

Namorávamos a um bom tempo, quase dez anos de relacionamento para terminar daquela forma trágica. Agora aquela mesma data me assombrava: a data de nosso aniversário de namoro era agora a data de sua morte.

                   Estava no chão da sala de nosso apartamento. Parecia que fora ontem que estávamos discutindo se rock clássico é esplêndido ou maravilhoso. Acabamos nos decidindo por esplendidamente maravilhoso.

                   Éramos assim: quase nunca discutíamos, mas quando isso acontecia, era sobre uma mesma opinião.

                   As coisas estavam espalhadas pelo apartamento inteiro. Não queria ter que desfazer-me delas. O certo seria entregar tudo para seu irmão mais novo, só que é como se me arrancassem o coração cada vez que tinha de fazer isso. Acabava perdendo a coragem e terminava no chão da sala, chorando desamparadamente.

                   Ninguém poderia me ajudar naquele momento, ninguém compreendia a dor que dilacerava meu peito e me atormentava a cada segundo. Era demais, não havia como suportar.

                   – Não chore... – vez ou outra ouvia sua voz.

                   E tão constantemente o via.

                   Seu corpo dançava ao redor do meu, seguindo um ritmo lento de uma música que só ele conhecia e ouvia. A felicidade emanava de sua alma vazia, mas estava certo, não havia como preencher-se. Não novamente. Seria sempre aquela presença vazia que um dia me pertencera, sempre aquela presença presa a mim.

                   Queria deixá-lo ir, queria deixá-lo em paz, mas não conseguia. Estaria me desfazendo de minha própria razão de viver. Não conseguiria suportar sem sua doce presença ao meu lado.

                   Vê-lo não me assustava, nunca me assustou.

                   Ele sempre teria aqueles olhos verdes atentos, que me vigiavam a cada segundo e onde quer que eu esteja. Um constante monitoramento. Sabia que só eu o via, mas que isso poderia ser fruto de minha alucinação.

                   – Você tem que seguir em frente... – murmurou, sua voz preenchendo por completo aquela sala escura e bagunçada.

                   – Como seguir em frente se você me deixou? – perguntei chorosamente, seguindo seu espírito pelo apartamento inteiro.

                   Mas sempre se movendo majestosamente no ritmo lento daquela música que não chegava aos meus ouvidos.

                   Sua imagem fluía no ritmo da batida imaginaria, fazendo-me segui-lo por toda parte que ia.

                   – Não foi por querer, meu amor... – sussurrou tão perto... Mas meus olhos não puderam vê-lo no exato segundo. – Você sabe que jamais lhe abandonaria...

                   – Sei... Sei que não... – estendi meus braços a fim de pegá-lo mais uma vez, mas ele escapou-me por entre os dedos, rindo baixo como se fosse realmente engraçado.

                   – O que queres, Frank? – ele perguntou com um sorriso lindo no rosto lívido e quase transparente.

                   – Quero você de volta...

                   – Sabe que não é possível – dizendo isso, simplesmente sumiu.

                   – Gerard! – gritei desesperado.

                   – Por que ainda volto? Por que ainda lhe faço sofrer? Por que ainda choras por mim? Por que não consegues esquecer? – sua voz surgiu ao meu lado repentinamente, enquanto eu não conseguia mover-me, parado de pé no hall de entrada.

                   – Porque você me ama. Porque eu te amo. Porque sempre lhe amarei. Porque você é minha vida – respondi respectivamente, perseguindo-o com o olhar enquanto dançava ao meu redor novamente.

                   – Você tem que me deixar... – disse categoricamente, a voz parecia distante, mas ele estava perto demais.

                   Seu rosto estava a centímetros do meu. Procurei seus lábios. Quando selei-os contra os meus, sua presença se fora, deixando um riso baixo como um sino dos ventos e a certeza de que poderia voltar ou não.

                   – Eu te amo, sempre amarei... – ele disse, mas não o vi. – Siga em frente, meu eterno amor

.

WayKilljoy

20/07/2011 ~ 03h20min


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Notas finais do capítulo

Se você está lendo isso agora é porque deve ter lido a estória. Então que tal um review com a sua opinião?
Estou sem cabeça para revisar, então desculpem-me os eventuais erros.
Kissus. Way.