- Fred, eu também te-te amo- disse gaguejando e me repreendi por isso. Pensei quando conheci Fred e a semana que passamos, mais ai me veio a mente Alex e vi que não poderia namorar com Fred pensando em Alex, seria egoísmo, e também tinha Théo...- Mais eu não posso- disse me levantando- Sinto muito mais tem coisas que você e ninguém nunca vão entender- eu disse e abaixei a cabeça sentido minhas lágrimas descerem queimando minhas bochechas.

      Não vi quando ele se foi, só vi quando Party chegou.

- O que pensa que está fazendo Sophia Hanzel ?- ela disse visivelmente estressada

- Do que você está falando?

- Você não pode simplesmente colocar Alex na frente de tudo da sua vida- me ignorou completamente- ele MORREU- essa última frase me atingiu como um golpe fatal em meu coração, senti o bolo de lágrimas se formando em minha garganta, engoli em seco, não deixaria que Party pensasse que seu comentário havia me atingido.

- Você não sabe o que está dizendo- e dei um tapa em sua cara por impulso.

     Me arrependi de ter feito isso, olhei para as três atrás de Party e elas me olhavam como se eu fosse uma bomba prestes a explodir, meu olhar se dirigiu a Party que olhava para o chão e uma das mãos afagava o local da bochecha onde eu havia dado o tapa.

        Corri dali e esperei chegar a esquina para parar e poder pensar. Logo cheguei na esquina do quarteirão e parei. Pensei no que havia feito e deixei isso para depois, como eu iria? Não consegui encontrar Théo, Fred nunca me levaria, se é que ele ainda estava lá, Party e nem uma das minhas amigas não me levariam, estava sem dinheiro para pegar um táxi, meu pai estava viajando, essa hora deveria estar em uma reunião na Itália, minha mãe e Dakota estariam dormindo, o motorista já devia ter ido embora a essa hora da noite, nunca que eu pegaria um ônibus, a única alternativa foi ir de a pé, e foi o que eu fiz. Andei muito e comecei a pensar no que havia acontecido, será que Party estava certa? Não, não estava, ela só pensava em si mesma, ou era eu que fazia isso,não com certeza ela queria que eu pensasse só em mim, e eu não faria isso, e Alex como ficava? De repente avistei um cemitério e vi que a única alternativa seria passar por de trás dele, só de pensar nisso um arrepio percorreu cada centímetro de meu corpo. Mais não poderia ficar com medo, ali só havia pessoas mortas que não podiam fazer mal a ninguém, subi as calcadas do cemitério e o único som eram dos meus saltos batendo no solo e o vento batendo nas folhas das altas arvores, percebi que ainda estava com o terno de Fred e aspirei seu perfume amadeirado, me senti mal por ter feito aquilo com ele, ouvi uma coruja piar me fazendo arrepiar, logo estava no fim do cemitério, aquilo me trouxe um alivio imenso, entrei em um beco, com certeza estava perdida, caminhei mais um pouco e o beco acabava ali,parei e pensei no que fazer.

- Ual, acho que estou no paraíso- escutei alguém falando, logo pude ver as formas masculinas que se aproximavam de onde eu havia vindo- Seu nome meu anjo?

- So-Sophia- disse gaguejando de medo

- Lindo nome, na verdade nome de um anjo- outro disse

- O-Obrigada

- Não tenha medo, o que acha que vamos fazer com você?

- Não sei

- Só queremos que venha com a gente, pra se divertir um pouco- um deles se aproximou de mim e começou a beijar meu pescoço, imponente percebi que eles poderiam fazer tudo que quisessem comigo sem nem ao menos eu poder me defender, comecei a chorar alto, desesperada.

- Ei não chore, só vamos fazer umas coisinhas com você e depois pode ir, não vamos te machucar, prometo

- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOO- gritei alto, comecei a chorar compulsivamente e de repente tive a impressão de ter desmaiado, porque cairia de joelhos se um não tivesse me segurado.

- Ei, larguem ela- a voz do garoto misterioso soou em meus ouvidos me fazendo respirar aliviada, acho que nunca na vida me senti tão feliz em ouvir a voz de alguém

- E o que vai fazer se não quisermos?- um deles perguntou

    O garoto misterioso não falou nada, só foi se aproximando e começou a bater neles, mais como eram muitos logo todos estavam em cima dele. Pensa Sophia, faz alguma coisa, meu cérebro ordenou, vi no canto uma barra grossa de ferro, fui até ele e peguei, caminhei com passos apressados até eles e comecei a bater em vários ao mesmo tempo. Demorou um pouco, mais quando eu e o garoto misterioso vimos o momento de escapar corremos até não querer mais.

- Ufa, chegamos- ele disse quando paramos em frente a uma BMW preta- Vamos logo antes que eles consigam nos alcançar- disse e abriu a porta do passageiro para mim.

     Ele correu até o outro lado e se jogou no banco do motorista, colocou a chave e a girou fazendo a BMW rugir em um barulho maravilhoso, quando percebi já estávamos correndo na estrada, demorou muito para chegarmos onde o garoto misterioso queria me levar. O lugar era incrível, um mirante bem longe da cidade, ele parou o carro e deixou os faróis acessos, iluminando a campina embaixo do mirante, olhei em volta e por todos os lados havia mato, somente a estrada por onde viemos não era coberta pelas árvores. Dei uma olhada lá embaixo e era incrivelmente lindo.

- É...

- Maravilhoso- ele completou chegando perto de mim e se sentando no capo do carro, ele bateu no lugar ao seu lado em sinal para mim sentar.

- Quem é você?- perguntei novamente

- Por que quer saber tanto?- seu rosto se virou e ainda usava a máscara, ops, esqueci de tirar a minha também, mais do que importava? Ele sabia quem eu era mesmo.

- Porque você dança muito bem, acaba de me salvar e é muito diferente dos outros meninos que eu estou acostumada a ter em volta

- Você também é diferente

- Não diria o mesmo, eu e ninguém mais, todo mundo fala que eu sou igual a todas as outras meninas da minha idade, mesquinha, arrogante e metida

- Pra mim você é diferente de todas

- Diferente como?- me virei para fitar seus olhos castanhos

- É curiosa, toda vez que alguém a elogia você cora, gosta de adrenalina, tem opinião própria e não se deixa levar pela opinião das outras pessoas- ele falou tão tranquilamente que aquilo chegou a me dar medo, e se ele fosse um daqueles caras possessivos que fazem de tudo pra ter o que querem, já vi casos que alguns aprisionam suas amadas para viverem eternamente com eles, e não as deixam sair para nada, com medo de que ela possa fugir dele para sempre, na maioria das vezes a vitima morre cedo por causa da depressão, pensar naquilo me deu muito medo, mais o ar que ele transmitia não era de medo, muito pelo contrario, era de confiança.

- Nossa, você sabe tanto sobre mim que chega a assustar

- Só confie em mim

- Tudo bem- eu disse sem pensar- Me deixe ver isso- disse passando a mão pelo seu rosto machucado, mesmo todo machucado e sangrando um pouco ele ficava lindo.

     Deu uma risada nervosa quando passei meus dedos por seu rosto.

- Espere ai, vou pegar uma coisa- entrei no carro e abri minha carteira, puxei de lá um lencinho de seda, em um reservatório para colocar garrafas encontrei uma com a água pela metade e a puxei de lá.

- Não vou te machucar, eu prometo- disse abrindo garrafa

- Sei que não vai, como um ser tão celestial poderia fazer mal a um pobre humano como eu?

- Você me salvou, não é só mais alguém, pra mim você é especial- disse limpando seus ferimentos

- Que bom que pensa assim- disse e deu um sorriso de canto de boca maravilhoso, dei uma risada gostosa arrancando uma dele também- Prontinho- disse quando terminei, caminhei de volta para dentro do carro e guardei as coisas que eu havia pegado.

- Tão linda- disse quando eu voltei e me sentei do seu lado

- Que isso, sou apenas mais uma garota normal- disse fitando seus olhos da cor do mel

- Já disse que para mim você não é só mais uma- disse afagando meu queixo.

     Dei um suspiro alto, seu rosto se aproximou do meu e pude sentir sua respiração acelerada, com certeza eu estava igual ou pior.

- Não devia estar aqui- sussurrou no meu ouvido, sua boca rosou em meu ouvido me fazendo arrepiar.

- E por que não?- minha voz era baixa

- Eu poderia fazer coisas com você que não iria gostar

- Confio em você

- Não devia

- Você mesmo disse que eu podia

- Sou apenas um bobo apaixonado

- Se é assim, sou uma boba apaixonada também

- Me agrada ouvir isso, mais não é boba, é um anjo que enfeitiçou meu coração

- Não sei quem é você mais, já estou apaixonada

- Ty amu

- No debias hablar esso

- Te conheço melhor do que pode imaginar.

         Seu rosto se virou para fitar meus olhos, sua boca rosou na minha me fazendo arrepiar toda, o beijo foi indescritível, foi explosivo e uma onda de desejo me inundou, queria mais que tudo te-lo para mim, sua língua explorava todos os cantos da minha boca me levando a loucura, agarrei em seu pescoço afagando seus cabelos. Depois de um longo tempo nos separamos em busca de oxigênio, estávamos ofegantes. Ele encostou sua cabeça no meu pescoço e eu o abracei, suas mãos fortes me enlaçaram pela cintura, ficamos lá por um bom tempo, escutando o barulho do vento passando por entre as folhas das árvores e o piar das corujas.

- Acho melhor irmos, não quero que pegue um resfriado- ele disse saindo meu abraço

- Mais aqui esta tão bom

- Temos que ir- ele disse rindo

- Tudo bem- e entrei no carro

        Logo estávamos na estrada em silencio, depois de um tempo ele colocou suas mãos em minha coxa, receoso da minha reação. Já eu gostei do seu toque, ele se sentiu mais confiante depois da minha reação e permaneceu com as mãos ali.

- Chegamos

- Como sabe onde eu moro?

- Já disse, sei mais do que você imagina- deu aquele sorriso maravilhoso de canto de boca.

- Promete que nunca vai me esquecer?

- Como posso esquecer de um anjo como você?

- Promete que sempre vai me amar

- Meu coração é teu

- E Também promete que não vai esquecer do que aconteceu essa noite? Para mim hoje foi importante, pois você apareceu na minha vida

- Jamais esquecerei de hoje. Eu te amo

- Te amo mais- demos o nosso último beijo, não sei se seria o ultimo de nós dois juntos, por isso aproveitamos o máximo do beijo, sai do carro até sonsa.

        Fiquei vendo o carro partir, só então entrei em casa. Dei de cara com a minha mãe sentada no holl de entrada com a cara séria.

- Boa noite mãe- tentei inutilmente quebrar o clima tenso.

     Vi que ela não iria responder então subia as escadas.

- Como você pode ser tão egoísta?- ela disse e na metade da escada virei para fita-la.

- Do que a senhora esta falando?

- A Party me ligou

- Olha mãe, não tenho tempo pra conversar agora, estou muito cansada e preciso dormir- disse me virando novamente

- Por que Sophia? Para de fingir que as coisas estão bem, porque não estão, Alex morreu eu sei, mais ela não está mais aqui para dizer o que fazer, o que dizer, com quem andar, com quem sair, ele nao está mais entre nós- senti meus olhos marejados quando ela jogou esse balde de água fria sobre mim.

- Mais pra mim ele ainda está aqui- eu disse num fio de voz descendo as escadas cuidadosamente.

- Eu sei que é difícil querida, mais eu estou aqui para ajudá-la, sabe que pode contar comigo

- Mais mãe, é tão difícil

- Eu vou te ajudar, é só deixar as pessoas te ajudarem, de espaço pra que elas te conquistem e você verá a diferença- ela disse abrindo os braços para um abraço

- Desculpa mãe, por tudo- eu disse me jogando em seus braços

- Não me deve desculpas, amanha você vai pedir desculpas a quem deve e vamos te ajudar no que pudermos

- Obrigada mãe

- Não , há de que, agora vai tomar um banho e dormir. Boa noite meu bem

- Boa noite mãe- sai do seu abraço e corri para meu quarto.

POV Garoto misterioso

Estava voltando pra casa quando ouço o voz de um anjo gritando horrorizada. Entrei em um beco e escutei uns caras falando horrores para o anjo.            

- Ei, larguem ela -gritei para aqueles caras.

- E o que vai fazer se não quisermos?- um deles perguntou

    Eu não disse nada, apenas caminhei com passos apressados até eles e comecei a bater em vários ao mesmo tempo. Eles me cercaram e começaram a bater todos ao mesmo tempo. Vi Sophia se aproximando com uma barra de ferro e começou a bater neles, no momento próprio para escaparmos corremos até não poder mais.

- Ufa, chegamos- eu disse  quando paramos em frente a minha BMW  preta- Vamos logo antes que eles consigam nos alcançar- eu disse abrindo a porta do passageiro para ela entrar.

     Corri até o outro lado e me jogou no banco do motorista, coloquei a chave e a girei fazendo a BMW rugir em um barulho maravilhoso. Percebi que Sophia estava impaciente com a demora, mais logo chegamos e vi que Sophia ficou impressionada quando viu o lugar.

- É...

- Maravilhoso- completei chegando perto dela e me sentando no capo do carro, dei um tapinha no lugar ao meu lado para que ela se sentasse ali comigo.

- Quem é você?- perguntou de novo.

- Por que quer saber tanto?- me virei para fita-la.

- Porque você dança muito bem, acaba de me salvar e é muito diferente dos outros meninos que eu estou acostumada a ter em volta

- Você também é diferente

- Não diria o mesmo, eu e ninguém mais, todo mundo fala que eu sou igual a todas as outras meninas da minha idade, mesquinha, arrogante e metida

- Pra mim você é diferente de todas

- Diferente como?- ela se virou e me concentrei nos seus belos olhos verdes

- É curiosa, toda vez que alguém a elogia você cora, gosta de adrenalina, tem opinião própria e não se deixa levar pela opinião das outras pessoas- quando terminei deduzi que pelos seus olhos arregalados que estava assustada.

- Nossa, você sabe tanto sobre mim que chega a assustar- ai, essa doeu, mais parece que ela não percebeu isso.

- Só confie em mim- tentei

- Tudo bem- ela disse com sinceridade- Me deixe ver isso- disse passando a mão delicada pelo meu rosto machucado, seus dedos sedosos tocaram meu rosto de maneira gentil e delicada.

     Deu uma risada nervosa quando passou seus delicados dedos por meu rosto.

- Espere ai, vou pegar uma coisa- ela disse entrando no carro.

- Não vou te machucar, eu prometo- disse abrindo uma garrafinha de água.

- Sei que não vai, como um ser tão celestial poderia fazer mal a um pobre humano como eu?- eu estava perdidamente apaixonado por ela.

- Você me salvou, não é só mais alguém, pra mim você é especial- disse limpando cuidadosamente meus ferimentos.

- Que bom que pensa assim- eu disse dando um sorriso, ela gargalhou de modo que aquilo soou como música para meus ouvidos, gargalhei junto com ela- Prontinho- disse quando acabou caminhando de volta pro carro.

- Tão linda- eu disse admirando sua beleza quando ela voltou, o que a fez corar.

- Que isso, sou apenas mais uma garota normal- disse olhando nos meus olhos.

- Já disse que para mim você não é só mais uma- afaguei seu queixo.

     Ela deu um suspiro alto, aproximei meu rosto do dela, seu coração estava acelerado.

- Não devia estar aqui- sussurrei em seu ouvido rosando levemente minha boca em seu ali .

- E por que não?- sua voz era igualmente baixa

- Eu poderia fazer coisas com você que não iria gostar

- Confio em você

- Não devia

- Você mesmo disse que eu podia

- Sou apenas um bobo apaixonado

- Se é assim, sou uma boba apaixonada também

- Me agrada ouvir isso, mais não é boba, é um anjo que enfeitiçou meu coração

- Não sei quem é você mais, já estou apaixonada

- Ty amu

- No debias hablar esso

- Te conheço melhor do que pode imaginar.

         Virei meu rosto para fitar seus olhos da cor da grama verdinha, rosei minha boca carinhosamente na dela, o beijo foi indescritível, foi explosivo e uma onda de desejo me inundou, foi melhor do que eu imaginava, explorei todos os cantos de sua boca com minha língua, ela agarrou meu pescoço mexendo em meus cabelos . Depois de um longo tempo nos separamos em busca de oxigênio, estávamos ofegantes. Encostei minha cabeça em seu pescoço e ela me abraçou, enlacei sua cintura em um abraço apertado, ficamos lá por um bom tempo, escutando o barulho do vento passando por entre as folhas das árvores e o piar das corujas.

- Acho melhor irmos, não quero que pegue um resfriado- disse esforçando-me muito para desfazer o abraço que formamos.

- Mais aqui esta tão bom

- Temos que ir- disse rindo nervoso, ai ela ainda vai me deixar louco

- Tudo bem- disse se rendendo e entrando no carro

        Logo estávamos na estrada em silencio, depois de um tempo coloquei minhas mãos em sua coxa, receoso da reação dela, ai como ali era quente. Ela não pareceu se importar.

- Chegamos

- Como sabe onde eu moro?- perguntou ela indignada

- Já disse, sei mais do que você imagina- dei um sorriso para ela

- Promete que nunca vai me esquecer?

- Como posso esquecer de um anjo como você?

- Promete que sempre vai me amar

- Meu coração é teu

- E Também promete que não vai esquecer do que aconteceu essa noite? Para mim hoje foi importante, pois você apareceu na minha vida

- Jamais esquecerei de hoje. Eu te amo

- Te amo mais- demos o nosso último beijo, não sei se seria o ultimo de nós dois juntos, por isso aproveitamos o máximo do beijo.

    Jamais esqueceria o que havia acontecido hoje, com certeza essa seria a melhor noite da minha vida.

POV Sophia

    Tomei um maravilhoso banho e logo estava em minha cama, a noite toda pensei em quem seria o garoto misterioso.Théo com certeza não seria, eu o vi de relance dançando com Melaine. Bom isso só o tempo dirá

     Dormi como um anjo, sonhando em quem seria o garoto misterioso.