Como Água e Óleo escrita por Lillissa_M


Capítulo 7
Salvação


Notas iniciais do capítulo

Oi! Boas notícias! A Olímpiada de Química foi mais cedo, então deu para escrever. O capítulo é meio chatinho, mas é necessário para a história. É dedicado a Lish-20 que recomendou uma das minhas histórias e fiquei tão chocada que nem agradeci direito. Quero agradecer também à todos os reviews e espero que continuem acompanhando. Boa leitura!



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"É possível encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se lembrar de acender a luz." – Alvo Dumbledore.

P.O.V. ALVO POTTER

Acordei de uma forma diferente. Bem diferente. Sabe quando você está tendo um belo de um sonho e de repente a PRAGA do seu irmão GRITA no seu ouvido? Sabe? Não? Não queira saber. É pior do que estar morrendo de vontade de fazer xixi e não ter um banheiro num raio de dez quilômetros.

-ACORDA ALVITO!!!!!!!!!!! TÁ NA HORA DE LEVANTAR!!!!!! – você tem um cachorrinho fofo e lindinho? Tem? Quer trocar com o meu irmão? Se quiser, pode até levar ele de graça.

-Saí de cima! – me mexi violentamente, causando uma queda de James. Tô pouco me lixando! Virei para o outro lado e tentei voltar a dormir. Como eu disse, tentei! Aquele idiota pulou em cima de mim! Tô me sentindo uma bosta no chão sendo pisada. (autora: nossa! Que comparação!) Autora linda do meu coração... (autora: oi?) Eu poderia continuar a narração? (autora: com certeza!) Valeu. Então, depois de James pular em cima de mim, não deu outra. Explodi que nem vinho em microondas.

-DÁ PRA SAIR DE CIMA DE MIM? EU NÃO SOU PULA-PULA PRA VOCÊ PULAR EM MIM, OK?

-Tudo bem, maninho. Mas é que a mamãe tá chamando o filhotinho para ir tomar café. – disse saindo do meu quarto. Filhotinho é o seu c... (autora: Opa! Olha a boca!) Desculpem-me, a história é uma história de respeito. Mas que ele é um idiota, ah isso é!

Então, depois de acordar maravilhosamente bem (sentiu a ironia passando?), fui para o banheiro tomar banho e trocar de roupa. Fiquei debaixo do chuveiro um bom tempo, até porque eu não queria enfrentar de cara os meus irmãos.

-ALVO! SAÍ DESSE BANHEIRO! VEM TOMAR CAFÉ! – minha mãe bate na porta violentamente. Parece até um rinoceronte correndo!

Saí da banheira e coloquei uma roupa mais confortável. Meu maravilhoso e gostoso moletom. Eu o adoro, não sei por quê. Me lembra o inicio do inverno, quando bate aquele friozinho e você toma aquele chocolate quente feito pela mamãe. Resumindo, tudo o que eu gosto.

Desci as escadas e vi minha família já reunida na mesa. A ordem era sempre a mesma: papai na ponta, mamãe no lado direito dele, com o James na frente dela e Lily ao seu lado. Eu ficava do lado da mamãe. Era até legal, menos quando ela cismava em me tratar igual a um bebê. Dava uma vontade de virar um hipogrifo e voar...

-Alvo, até que enfim! – meu pai falou. – Estávamos esperando você para começar.

Então notei que todos estavam na mesa, mas não estavam comendo. Deveria ter reparado antes já que não escutava o costumeiro barulho de triturador que meu irmão faz quando come. Sentei à mesa e começamos a comer. Tudo estava calmo e eu já estava estranhando, quando Lily começou a falar merda como sempre. Estava demorando!

-Papai, sabia que a Amélia e o Alvo estão namorando? – O quê? Engasguei com tamanha tolice!

-Como? É sério? – meu pai perguntou.

-Claro que não! Ela já está encaminhada! – alguém duvida que o Scorpius e a Amélia ficarão juntos? (Amélia e Scorpius: EU!) Não duvidem, meus caros. Um dia, vocês serão igual abelha e mel: não irão viver separados. *desviadeobjetolançadoporAmélia*.

Voltando, caros amiguinhos, a conversa não tão interessante e produtiva quanto abrir uma porta já aberta...

-Então por que vocês dois vivem pra lá e pra cá? – por que o energúmeno do meu irmão tinha que entrar na conversa? Sério, ele é tão intrometido quanto um cachorro intromete o focinho num pacote de carne.

-Porque ela é minha amiga! Mas que saco! Não se pode ter amigas não? O papai vivia com a Tia Mione e nem por isso eles ficaram? Não é pai? – perguntei para ele. Vi que ele ficou vermelhinho. Ihh, sinal de perigo.

-Alvo Potter, até parece que eu e a Mione tivemos algo! Eu tinha olhos só para a Gina!

-E foi isso que eu disse! – respondi indignado. Ah, vai falar a mesma coisa que eu? Esses meus pais... Agora sei de onde James tirou a inteligência!

-É verdade, amor! – mamãe interveio. Seria muito bom se depois ela não falasse. –E não brigue com o nosso bebê. – Cara! Eu tenho 14 anos! 14! 14! C-A-T-O-R-Z-E! Eu não sou um bebê! Estou indo para o quinto ano e faço aniversário em setembro. E minha mãe ainda insiste em me chamar de BEBÊ! Merlin, o que foi que eu fiz? Grudei chiclete na sua cueca? Coloquei gelo? Cuspi no seu sapato? Bebi do seu cálice? Fiz xixi na sua cama? Beijei a Morgana? Ou simplesmente te insultei? Me responde! Ou manda uma luz! A luz que dizem vermos no fim do túnel está acabando e acabando e acabando...

Preciso dizer que meu pai, minha irmã e meu irmão, lindinhos e carinhosos (ironia, há quanto tempo?), começaram a rir? Pareciam três hienas rindo com voz de taquara rachada. Eu devo ter pisado nos calos de Merlin, só pode!

-Mãe, eu não sou um bebê! – emburrei e eles riram mais. Tá na hora da minha alma sonserina entrar em ação! (Alvo anjinho: não faça isso! Eles não compreendem o amor de sua mãe!)(Alvo diabinho e sonserino: faça! Eles vão aprender e ver com que mexeram! Não dê ouvidos para essa encarnação de boiola!) E nessa disputa o vencedor é... Alvo diabinho!

-Pelo menos a mamãe não me coloca para dormir no sofá. – respondi com um sorriso no rosto. – Então, papai, o sofá é confortável? – indaguei na maior inocência. Mas meu pai ficou vermelhinho de vergonha. Adoro meu lado sonserino!

-É... Sabe...

-É ou não é? – perguntou James.

-James, por que você está aqui ainda? Você não deveria estar mandando cartinhas para os seus amigos para marcarem de irem a uma festa trouxa? Como falam mesmo... Traçar uma trouxinha! – James, você acabou de conhecer meu lado mal... E está só começando... MUAHAHAHA! *risadinhadomalfail*

Sabe, como o papai foi criado por trouxas, ele conhece muito bem expressões desse tipo. E mamãe também tem uma idéia...

-JAMES SIRIUS POTTER! QUE HISTÓRIA É ESSA? – Ah! Os gritos da mamãe são os únicos adoráveis dessa casa. Ainda mais quando são para o James...

-Nada, mãe. São só meus amigos que falam essas coisas. Mas o Alvo interpreta errado, sabe? – me olhou irritado. Sorri cinicamente para ele.

-Os dois estão de castigo! – um castigo vale a cara do James. Ô se vale! – Não irão sair do quarto até o almoço. Subam agora.

Subi as escadas tranquilamente. Estava sem fome mesmo. Mas senti que fui empurrado com muita força e acabei batendo a cabeça na parede. Peraí, isso é sangue?

-Isso é para você aprender a não me irritar! – disse James, cuspindo as palavras em mim. Depois saiu e foi para o seu quarto, batendo a porta violentamente. (Alvo anjinho: eu avisei...)(Alvo diabinho e Alvo humano: Cala a boca!).

Levantei-me e cambaleante fui para o meu quarto. Entrei e fechei a porta, trancando-a. Não queria ser incomodado. Deveria tampar muito bem aquele corte na testa e isso levaria tempo. Por que eu não entrego o James para a mamãe? Porque ela não acreditaria. Apesar de ela me tratar como um bebê, na hora que eu apanho o James sempre arranja uma desculpa e quem leva a culpa no final sou eu! Ninguém merece essa minha vida. Fui até o espelho e vi o machucado. Era bem pequeno e só saía umas gotinhas de sangue. Já me cansei de sempre apanhar e não poder falar nada. Mas o que eu posso fazer? Se eu ficar trancado aqui, minha mãe vem que nem um elefante e derruba a porta. Se eu ficar lá fora, sou atacado que nem uma única banana para oitenta macacos. Eu odeio minha vida.

Por isso a melhor época da minha vida é estar em Hogwarts. Lá tenho os meus amigos e como sou de uma casa diferente da minha família, eu nunca cruzo com eles lá. E isso me deixa extremamente satisfeito. Falta menos de dois meses para ir para lá. Eu conto os dias e as horas. Não quero ficar aqui nem mais um pouco. E olha que é o meu segundo dia de férias.

Não é que eu não ame minha família. Amo todos, até meus irmãos. Mas do jeito que está, eu prefiro sair daqui. Quem sabe sem a ovelha negra da família, eles não vivam melhor? Merlin, por favor. É a primeira coisa que eu te peço. Mande uma luz e me tire daqui! É só isso que te peço.

Depois de camuflar o machucado, eu peguei meus livros do colégio. Sim, eu sei que essa é uma péssima forma de relembrar Hogwarts, mas antes isso do que ficar olhando as fotos. Ia dar uma nostalgia, uma vontade de chorar... Ficaria pior do que a minha mãe que é igual à gelatina. Resistente a alguns fatores, mas moooooole...

Fiz todos os deveres que mandaram para as férias. Rápido, não? Mas era oito horas da manhã quando fiquei de castigo e o almoço saia às uma da tarde. Bastante tempo, não? Deu para fazer os deveres tranqüilo.

-ALVO! JAMES! VENHAM ALMOÇAR! – escutei minha mãe gritando. Suspirei derrotado e larguei o dever de História da Magia. Ô deverzinho chato, viu? Abri a porta e me deparei com Lily e James sorrindo maquiavélicos para mim. Tô ferrado!

Desci as escadas atento e encontrei minha mãe terminando de arrumar a mesa. O cheiro que vinha era maravilhoso. Mamãe tem mãos de fada!

Sentei à mesa e meus irmãos chegaram. Aqueles ali estavam aprontando algo. Eles são iguais a um pum. Ele parece inofensivo no inicio, mas depois vem a catinga.

Mamãe naquele dia tinha feito um almoço divino. Ela fez uma daquelas macarronadas que te faz lamber os beiços de tão bom.

Sentei à mesa e o papai e meus adoráveis irmãos (sarcasmo, não tinha te visto ainda!) sentaram-se também. Mamãe colocou a macarronada em cima da mesa e o primeiro a atacar, logicamente, fui eu. Aquilo estava melhor do que um sorvete em um dia infernal.

Enquanto eu comia, papai me olhava toda hora. Acho que ele está meio com medo de eu soltar mais alguma pérola sobre ele, sabe? Eu sei de muitas coisas sobre a vida do meu pai... E elas são bem chocantes. Enfim, ele estava morrendo de medo de eu contar. Calma paizinho, não sou tão mal... (autora: até parece!) Autora, papai não precisa saber disso, ok? (autora: ok!) Obrigado!

Depois do almoço, mamãe nos deu a idéia de jogar quadribol. Lógico, com cinco pessoas é meio difícil, mas eis que surge o salvador: meu tio Ronald! Tia Luna e minhas queridas primas, Melody e Samantha também vieram. Cinco mais quatro é igual a nove. Quatro para um lado, quatro para o outro, um juiz. E todo mundo fica feliz!

Sabe, temos um pequeno campo de quadribol na nossa casa. (autora: pequeno?) Tá, um pouquinho grande, mas isso não vem ao caso. Todo mundo foi para lá, jogar. Mas eu pressentia que aquilo ia dar merda. E eu estava coberto de razão.

Eu jogava como artilheiro. Acho que no quadribol, eu fiquei com os genes da mamãe. Então, eis que surge um ser e de repente... PLUFT! Lá estou eu, no chão. Uma queda de dez metros é foda!

-ALVO! – minha mãe gritou e veio em minha direção. Naquele momento, eu queria levantar. Eu juro. Mas não dava. Minhas costas doíam demais. E adivinha quem foi o ser que surgiu que nem um espectro? Sim, o idiota do meu irmão.

-Alvo! – minha mãe chegou onde eu estava caído. Ela me ajudou a sentar, coisa que eu consegui com muita dificuldade. – Tá tudo bem? – estar não tá não, mas a gente leva né?

-Claro... Só caí de dez metros, mãe. Renasci de novo! – eu tentei não ser sarcástico, mas foi inevitável. Às vezes, meu lado sonserino é despertado nas piores horas. E quem se ferra é sempre eu. E nesse caso, não foi diferente.

-Bom, se já consegue ser irônico de novo, então você está bem. Venha se levante.

Levantei-me com muita dificuldade. Minhas costas doíam demais. E para piorar minha dor, eu irmão chega à minha frente com a maior cara lavada.

-Alvo, desculpa! Foi sem querer! – não agüentei. A tampa explodiu.

-Até parece! Você sabe que foi de propósito! Como tudo o que você faz comigo!

-Alvo! Isso é coisa que se fale?

-Mas é a verdade! O James fez isso de propósito! Ele e a Lily só tentam me fuder!

-ALVO SEVERUS POTTER, ISSO É PALAVREADO? – mamãe gritou comigo. E quer saber? Estou pouco me lixando! Cansei!

Saí dali pisando duro. A dor nas costas foi esquecida. Eu só queria sair daquela casa. Aproveitar um pouco as minhas férias... Entrei em casa e qual não foi a minha surpresa quando vi uma coruja ali parada, com uma carta nas patas. Fui até ela, acariciei-a e peguei a carta. Era da tia Mione.

“Querido Harry e Gina,

Eu e Amélia estamos aqui em Miami. O lugar é lindo, vocês tem que ver! A areia é branquinha, o mar azul assim como o céu. Aqui é perfeito! Bom, quase perfeito.

As coisas estão mais ou menos aqui, sabe? O lugar é lindo e a casa é perfeita. Mas temos certos probleminhas aqui.

Mas e aí? Está tudo bem? Eu e a Amélia estamos nos divertindo muito aqui, mas ainda queremos noticias suas. Como estão as crianças? O Alvo está bem? E a Lily e o James? Mantenha-nos informadas; a Amélia está doida por noticias do Alvo.

Nós estamos nos sentindo um pouco sozinhas aqui. Se quiserem nos visitar ou passar as férias aqui, podem vir. A casa é enorme e vai caber todos nós lá. O endereço está anexado e podem vir em qualquer hora. Serão sempre bem-vindos.

Beijos,

Hermione Granger.”

Querida tia Mione, sua solidão irá acabar agora, pois o seu querido “sobrinho” Alvo Potter está indo te visitar. E vai ficar aí por um bom tempo. E antes de acabar o capítulo tenho que agradecer a uma pessoa: VALEU MERLIN! A LUZ NO FIM DO TUNEL ACABOU DE BRILHAR PARA ALVO POTTER!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Tadinho do Al, né? Mas tenho boas surpresas para ele. Até o próximo, sábado que vem, ok? Beijinhos e deixem seu review, please.