James apareceu na escuridão com a varinha em punho, agora apontada para Rose.

                -Expelliamus!-Conjurou ela contra James.

                -Impedimenta!-Defendeu-se ele.- Alarte Ascendere!                 -Protego!-Disse ela se defendendo.- Everte Statum!

                Dessa vez James foi acertado pelo feitiço, voando alguns metros para cima dando piruetas.Rose correu para pegar a varinha de James antes que causasse mais problemas, porém ele foi mais rápido, ela estava a centímetros dele quando pode vislumbrar os olhos verdes dele, com as pupilas muito dilatadas de ódio.

                -Expelliamus!-Conjurou ela novamente.

                -Protego!-Defendeu-se outra vez.-Expelliamus!

                Rose não consegui defender-se, sua varinha voou metros para trás, James ainda apontava a varinha para ela.James deu um sorriso sarcástico.

                -Crucio!-Sussurrou ele para a varinha.

                Rose sentiu os ossos pegarem fogo, ela desejava arrancá-los fora para não haver mais dor, ela se contorcia no chão.

                -Estupefaça!-Berrou uma voz.

                James saiu voando a alguns metros.

                -Petrificus  Totallus!-Murmurou ele, James congelou no chão

                Ele virou-se para trás, Rose estava soluçando no chão.Escorpius correu para a garota, ajoelhando-se no chão e a abraçando, ela chorava e tentava segurar o choro, seu corpo ainda dava espasmos ela o abraçava como se ela tivesse achado que nunca mais pudesse fazer isso, ficaram assim alguns instantes, até que Rose parou de chorar.

                -O que vamos fazer com ele?-Perguntou Malfoy, imaginando o garoto sendo finalmente expulso de Hogwarts.

                -Apagar a memória dele.-Disse ela enquanto as lágrimas voltavam aos olhos,

                -Rose, temos que denunciar para a diretora Minerva.-Disse ele sério.-Você tem noção do que ele fez.

                -Eu não quero meu primo em Azkaban!-Sussurrou ela para o namorado, não evitando mais lágrimas.

                Escorpius a abraçou mais forte.Se ainda não amasse Rose mais do que qualquer coisa, depois daquele ato de preservar o bem-estar de outra pessoa que a inferiu tanto mau, mesmo sendo idiotice para ele, o fez enxergar que ela era seu equilíbrio e que ele precisaria dela para sempre.Porém aquele momento não eras hora de declarações de amor.

                -Eu faço-Disse Escorpius por fim.

                -Não, eu quero fazer, sou boa com feitiços de memória.-Disse ela enxugando as lágrimas.

                Eles levantaram, o garoto com os braços em torno da cintura dela.Ela ajoelhou-se  ao lado de James petrificado, seus olhos verdes lhe diziam algo estranho, como se pedisse ajuda.

                Ela colocou a cabeça dele em seu colo.

                -Obliviate!-Sussurrou ela apagando os últimos cinco minutos da memória dele.

                -Vamos Rose, acabamos com a petrificação dele lá de cima, não é seguro ficar perto dele.-Me diga, porque apagar a memória dele?Estou confuso.

                -Eu não quero que ele lembre do que fez, não sei o que está acontecendo com ele, mas quando ele tomar consciência ele vai entender o que fez e conhecendo ele como eu conheço, ele é capaz de se machucar porque me machucou.-Disse ela com pesar.

                Eles levantaram-se e subiram para a escola, quando a figura petrificada de James tornou-se uma pequena sombra na grama Escorpius apontou a varinha liberando-o do feitiço, o casal entrou em Hogwarts.

                Na grama James sentia sua sensibilidade voltando a todos os membros.

                -O que acont...-Estava se perguntando quando todas as imagens de alguns minutos atrás voltaram em sua mente, desde sua investida contra Malfoy quanto Rose sendo torturada.-Não...-Murmurou ele, que começou a tentar segurar as lágrimas de raiva e nojo de si mesmo, ele puxava os próprios cabelos de raiva, e desceu a mão para o pescoço, onde estava aquela lasca de prata que usava como pingente e o atirou longe, o alívio veio e subiu para a escola, porém não queria ver Rose, não se achava digno para ver ninguém.