Mia Jenkins escrita por BiaWinchester


Capítulo 10
Capítulo 10 - Mia




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  Estar com Jack era diferente. Era uma experiência maravilhosa. E não tem melhor palavra para descrever a sensação do que. Diferente. Nunca tiver de fato uma amigo. Só colegas. Que muitas vezes freqüentavam sua casa, para abusar de sua boa vontade. Fazer festa. Bagunçar. Fazer coisas no quarto  de seus pais. E ainda zoar seu irmão Rick.  Quando ela viu as criaturas que estava acolhendo em sua casa, se libertou.   Gritou com todos, brigou com todos. Uns até falaram ‘’ Mó vacilona ‘’ . E ela se perguntava ‘’ Vacilona? Eu? Depois de tudo o que eu agüentei. Depois de todoas as zoações. Festas. Bebedeiras. Broncas de seus pais. Tinha que agüentar ver seu irmão se zoado? Ainda a chamando de vacilona ? ‘’ Mia, foi sempre muito na dela. Sempre quieta. Observava muito. E deixava as coisas passar. Por isso esse comportamento dela. Auto-mutilação. Bulêmia. Anorêxia.  Mas, não queria estragar seu passeio com Jack. Não queria pensar no passado. Afinal. Quem vive de passado é museu.

 - Qual é o seu maior medo? – Jack a perguntou quando o assunto parecia morrer.

- Meu maior medo? Ficar sozinha. – ela sorriu.

- Não, eu digo de animal sua boba.

-  Atá. Bom... Sapo. – ela se constrangeu

- S A P O? – Ele começou a rir. Ela o empurrou.

- O que tem? – perguntou grossa.

- Nada. – ele ficou quieto. Mas tornou a rir. E ela sem chance se contagiou.

- Para ok? Eles são os bichos mais repuguinantes da fase da terra. São nojentos. Ficam coachando. Te olham. E ficam te encarando. Te ameaçam com o olhar. Pulam. E fazem xixi venenoso. – Só de pensar em sapo, ela já se contorceu.

- Mia...

- O que foi?

- Tenho uma péssima notícia para você.

- O que menino?

- Tem um sapo BEM atrás de você. – Mia olhou para trás. E era verdade. Sapo parece praga. Só falar que aparece. Mia por sua vez não conseguia sair do lugar. Ficou paralisada. Perdeu o ar. Não conseguia respirar.  Jack ria, mas havia nojo em sua expressão.

- Mia sai daí.

- Se desse. Eu não consigo me mexer Jack.

 - Como não? Coloca um pé trás do outro.

- ME TIRA DAQUI SEU IDIOTA. – ela perdeu o controle. E o sapo percebeu. Para se defender, o sapo pulou. Pulou em Mia. Mia se desesperou. Correu e se jogou em Jack. Jack a pegou, e saiu correndo. Mia estava nos braços de Jack. Com muita falta de sorte Jack tropeçou. Para não deixar Mia cair no chão. Se pôs na sua frente e Mia caiu em cima dele. Eles estavam a centímetros um do outro. Mia, queria resistir. Mas a vontade de beijá-lo era grande. Mas, não podia se permitir esse luxo. Afinal, ela não gostava dele, e ele não gostava dela. Ele tinha namorada, que por sinal era mil vezes melhor do que ela. Mia se levantou e se endireitou. Coçou a garganta e puxou Jack.

- Desculpe. – ele disse sem jeito.

- Não foi nada. Eu só queiro ir para casa – Mia implorou. Não se sentia mais a vontade ao lado dele. Sentia-se envergonhada. E pensou que Jack estava ofendido.

- Mas agente quase não passeou. Estamos na reserva da cidade. E falta um milhão de coisas para eu te amostrar. Falta eu te falar do que eu sinto medo. Falta irmos a praia. Falta...

- Outro dia ok? Não estou me sentindo bem.

- Se foi por que você caiu em cima de mim. Não tem problema. Acontece.

- Você não se enxerga?  Você tem namorada e fica dando passeizinhos com outra. Que por sinal é a pior da escola. É aposta não é? Fazer esse joguinho para cima de mim. Me fazer cair aos seus pés e depois me chutar como eu não fosse absolutamente nada. É isso não é? – Mia o empurrou, ela transmitia fúria – Pois saiba que comigo esse joguinho não dá certo. E você não passa de um idiota. Com esse seu chapeuzinho e seu sorrisinho hipócrita. Com licença. Vou para a minha casa. Vou para o meu avô. Que é o único lugar que eu posso me sentir a vontade. Sem NINGUÉM, para brincar comigo. – Ela o empurrou mais uma vez e saiu. Estava... Chorando? Não é possível. Estaria chorando por um menino? Um menino idiota que só pensa nele mesmo? Passou em frente a um bar. Fez uma coisa que nunca se permitiria fazer se estivesse em estado normal. Comprou uma bebida. Tomou a garrafa toda. Estava se sentindo pior do que estava. Tinha dinheiro sobrando. Chamou um táxi na rua e foi para casa de seu avô. Foi tentar se controlar. Foi tentar se acalmar.  Foi tentar dormir e acabar com as preocupações do mundo. 


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