Chasing The Dreams escrita por xXRedXx


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee, desculpa a demora, é que houveram uns problemas aqui em casa, mas já estão resolvidos q

Esse capítulo não deu tempo de fazer as roupas, então vai as roupas que vocês imaginarem :)

Aproveitem a leitura e nos vemos nas notas finais... ♥



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 Uma luz branca feriu seus olhos e os deixou desacordados. Era o farol de um caminhão que tentava alertá-los, a buzina agora ensurdecedora já de nada adiantava, o estrago estava feito. O estofado do carro estava coberto por sangue de ambos, a lataria do lado esquerdo do carro, onde estava Chris, havia sido completamente destruída pela batida, estava toda amassada e com os vidros quebrados, Claire encontrava-se desacordada após ter batido fortemente a cabeça no vidro.

[...]


- Julie! Vem aqui! - gritava desesperada Amanda olhando para a televisão.
- O que foi? Quem morreu? - ela disse assustada, afinal, o que poderia haver de errado com o noticiário?
- É o carro do Chris! - ela dizia com absoluta certeza.
- Como assim? Tem certeza? - Julie disse começando a se desesperar.
- É ao vivo. De um helicóptero. - ela disse.
- Claire... - ela sussurrou. Até que o desespero tomou conta dela. Não lembrava de ter visto a amiga na saída do colégio e nem em casa, depois que chegara. - Oh, meu Deus! - ela agora gritava como se houvesse se lembrado de algo.
- O que foi? O que tem a Claire? - perguntava Amanda. O desespero em seus olhos era mais do que claro.
- Celular, celular... - ela dizia procurando o mesmo em sua bolsa, até que o encontrou. Discou rapidamente o número do celular da amiga, ela poderia ter ido para a casa de algum conhecido, afinal. Oh, quem ela estava querendo enganar? Havia acontecido algo com Claire, ela podia sentir. - Droga! - ela disse assim que ouviu a mensagem que Claire havia deixado em sua caixa postal.
- O que houve?
- Claire não atende o telefone. Preciso ir até lá! - disse Julie correndo porta a fora sem esperar por alguma resposta vinda de Amanda.
- Hey, que pressa é essa? - disse Alex vendo a rapidez com que a garota havia saído da casa.
- Ela sofreu um acidente! - ela disse desesperada. Como se essa tivesse sido uma frase mágica, o coração de Alex praticamente parara de bater por um segundo. O nervosismo na voz de Julie representava que Claire estava correndo algum perigo, ou pior.
- Quer uma carona? - ele disse sem pensar.
- Claro! - ela respondeu entrando no carro.

 Ela nem havia reparado que quem estava dirigindo era Alex e não um motorista como era de costume, ignorara também o fato de que não era na limusine dele que ela entrara, com certeza era um carro igualmente luxuoso e caro, mas não era a limusine.

[...]


 Julie e Alex correram até a faixa que cercava todo o acidente. E puderam ouvir um policial dizer para outro via rádio que havia um morto e um ferido.
- Morto... - sussurrou Julie não conseguindo conter as lágrimas.
- Calma, vamos procurar mais informações. - dizia Alex para Julie, quando mais parecia que estava tentando acalmar a si mesmo.

 Os dois foram até uma ambulância na qual colocavam um corpo envolto a um saco preto.

- Espera! - gritou Julie.
- Menina, você está em área restrita! - disse um médico de dentro da ambulância.
- Eu sei, por favor, me escute. São meus amigos, eu preciso saber o que aconteceu! - ela dizia como se a vida dependesse disso.
- Sinto muito. - disse o médico virando de costas para ela.
- O que? - disse Alex que até agora permanecera quieto. - Não acredito que fará isso com uma garota que está lhe implorando informações sobre os amigos. Não vê que ela está sofrendo?
- Não posso fazer nada. - ele disse.
- Você sabe quem eu sou? - ele disse, claramente ele não queria ter que usar essa arma, mas parecia ser a única útil no momento. - Eu sou Alex Levitt, meu pai é dono do maior banco da América e também dono de boa parte de algumas propriedades por aqui. - ele disse. - Aliás, ele é dono dessa merda desse hospital que você trabalha também. - ele disse logo depois de olhar o nome do hospital na lateral da ambulância. - Para mim não seria esforço algum falar de você para ele. - ele disse e logo depois consultou o crachá do médico. - Doutor Forbes.
- Venham comigo. - o médico disse num  suspiro.

 Os dois entraram na ambulância para se esconder, afinal, aquela área era restrita.

- Olha, é simples. Não terei pena, certo? Só darei a informação! - ele disse parecendo sério.
- Tudo bem. - disse Julie apreensiva.
- Foi um acidente feio, ao que parece o motorista estava destraído e atravessou o sinal vermelho, havia um caminhão e... vocês podem imaginar o que aconteceu.
- Oh. - disse Julie num suspiro ao fechar suas mãos em punhos e colocá-las sob o rosto.
- Houveram duas vítimas, uma delas morreu, a outra está gravemente ferida, talvez não sobreviva. Se sobreviver, terá que fazer uma ou duas operações e ainda assim, ainda haveriam riscos de sequelas. - ele disse encarando Julie que parecia não estar mais aguentando aquela tortura. - O garoto... o motorista, morreu. - o coração de Julie apertou-se num nó que parecia que não ia se desfazer nunca. - E com ele, havia uma menina, essa está num estado extremamente grave.
- Podemos vê-la? - disse Julie sem pensar.
- Penso que não. - ele respondeu. - Ela foi encaminhada direto para o hospital mais próximo. Parece que irão operá-la, o acidente foi grave mesmo. Lamento.

 Julie começou a chorar, não sabia se estava sendo egoísta, ou melhor, estava sim, mas se sentia aliviada por sua amiga estar viva, apesar de que  se sentia mal por Chris. Não haviam se conhecido bem o bastante, mas ele era um bom amigo.

[...]


 Três dias haviam se passado e Claire ainda não havia acordado, não sabiam se era o efeito dos remédios, da operação ou pior...

- Hey, vá pra casa! - disse Julie para o garoto sentado desconfortavelmente num sofá perto da cama onde estava Claire.
- Não, estou bem. - disse passando a mão levemente pelos cabelos e tentando manter-se acordado.
- Qual é, você está caindo de sono. - disse ela apontando para ele. - Já está aqui há três dias indo pra casa apenas para tomar banho e se trocar. Dê um descanço a si mesmo.
- Eu já disse, estou bem. - disse Alex visivelmente cansado.
- Alex, por que se importa tanto?
- E-eu não sei... só me importo, apenas isso.
- Por favor, prometo que se ela acordar eu te ligo. Mas vá para casa, durma um pouco e se quiser, depois volte.
- Tudo bem. Meu número já está gravado no celular, né?
- Sim, pode ir.
- Obrigado.
- Eu que agradeço.
- Hã... eu, posso ficar sozinho? Por dois minutos, eu juro.
- Claro, eu vou tomar uma água, já volto.
- Obrigado.

 Alex deu a volta na cama de Claire observando-a enquanto estava dormindo. Passou levemente as costas de sua mão pelo rosto da garota, sentindo seu coração apertar vendo-a naquela situação.

- O que você tem, que me prende tanto a você? - sussurrou.

 Soltou um leve suspiro e saiu do quarto.

[...]


 Julie passou por Alex no corredor do hospital quando estava voltando para o quarto, ao chegar lá, sentou-se no sofá onde antes estava o garoto e ficou pensando na vida. Em como ela muda tão repentinamente, num momento ela estava preocupada com Logan, Alison e até com Matt. Claire estava bem e Chris... bem, Chris estava vivo... Como as coisas podem mudar tão de repente? Era o que ela se perguntava. Agora, Logan estava lá na república chorando pela morte de seu melhor amigo, no dia seguinte seria o enterro, como podia ser possível que um acidente mudasse a vida de tanta gente?

- E então? - disse Lauren, a preocupação estava estampada em seu rosto.
- Por enquanto... nada.
- Estou com tanto medo... não posso perder minha menininha.
- Você não vai perdê-la. Não vamos perdê-la. O médico disse que ela vai ficar bem, que ela está se recuperando... - ela disse no fundo tentando convencer a si mesma.
- Mas mesmo assim...
- Eu sei o que está sentindo...- o medo de que ela nunca mais acorde. pensou.

 Michael entrou no quarto com Penelope no colo.

- Mãe, estou com fome. - a menina disse.
- Ju. - disse Lauren olhando para a garota.
- Pode ir, Lauren, vão os três. Eu fico aqui. Depois eu vou. - ela disse sem fome.
- Tudo bem. - disse saindo do quarto com Michael e Penelope.

[...]


Uma hora havia se passado até que...

- Claire? - disse Julie se surpreendendo ao ver a amiga abrir os olhos.
- Ju? - disse um pouco confusa ao colocar uma das mãos na testa, devido a dor que sentia.
- Hey, hey. Não se mexa.
- Onde eu estou? - perguntou atordoada.
- No hospital. Você sofreu um acidente. Se lembra?

 A lembrança daquele dia invadiu a mente de Claire como um foguete, não dando tempo da garota organizar seus pensamentos. Ela então se lembrou do farol do caminhão que seguia diretamente para o carro onde estava. Lembrou-se da dor que sentiu quando sua cabeça colidiu com o vidro frontal do carro. Lembrou-se de... Chris. Lembrou-se do olhar desesperado do amigo.

- Chris! - deu um grito.
- Claire, calma.
- Não. Eu preciso vê-lo!  Onde ele está? Como ele está?
- Se acalme, senão terei que chamar a enfermeira. - ela disse vendo que a amiga se esforçava para fazer o que ela dizia. - Claire, você se lembra do acidente, certo?!
- Sim. - sem entender onde a amiga queria chegar.
- Lembra-se de que lado vinha o caminhão? - ela disse relutando para não ter que dizer que Chris havia morrido.
- Sim... do lado de Chris e... - ela disse. - Oh Deus. - ela disse assustada não acreditando no que acabara de imaginar. - Ju, diga, o que aconteceu?
- Claire, sinto muito. - ela disse chorando. Claire consequentemente começou a chorar também, estava mais do que claro o que a amiga queria dizer, mas ela não conseguia acreditar, não queria.
- Ju...
- Ele morreu Claire. - disse Julie aos soluços.
- Não. - ela disse confirmando suas suspeitas. As lágrimas quentes rolavam por seu rosto. - Não pode ser, ele estava do meu lado e... e eu estou aqui. Por favor, Julie, me diga que é mentira.
- Não posso. - disse aos prantos.
- Não dá para acreditar. Ele estava comigo, ele foi a última pessoa que vi e agora... não, não pode ser. - ela disse alterando o tom de voz e com o travesseiro já encharcado.
- Vou chamar a enfermeira. - disse Julie correndo porta a fora e encostando-se a parede do lado de fora do quarto, escorregando lentamente até que estivesse sentada sem fazer com que as lágrimas parassem. Esperou pela primeira enfermeira que passasse.


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Notas finais do capítulo

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