Adeus Amor! escrita por Mandy-Jam


Capítulo 1
Futilidades


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capítulo da minha nova fic!

Espero que gostem, e... Boa leitura.



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Todos os Deuses estavam reunidos na sala dos tronos, discutindo sobre uma missão que tinha acabado de ser realizada. Os heróis eram três, uma filha de Afrodite, um filho de Hades, e um filho de Apolo. Os três tinham que recuperar uma peça importante que fora perdida. Após tudo ser resolvido, eles foram ao Olimpo e falaram com os Deuses.

- Ele foi grandioso. - Sorriu Apolo orgulhoso - Tinha que ser meu filho!

- Tsc. O meu filho também foi demais. - Disse Hades com um sorriso orgulhoso. O Deus dos mortos estava sentado próximo aos irmãos, e estava se sentindo perfeito - Vocês viram, não é? Um filho meu pode ser um herói, sim!

- É, nós sentimos muito por subjulgar os seus filhos no passado. - Comentou Zeus revirando os olhos, cansado de ouvir sempre a mesma coisa vinda de Hades - Mas... O filho de Apolo também me impressionou.

- A minha filha também ajudou. Estou orgulhosa. - Falou Afrodite, mas os Deuses não comentaram nada sobre aquilo. Na verdade, eles preferiram trocar de assunto.

- Mas falando sobre missões, não tinha algo sobre o Acampamento Meio-Sangue que você queria nos falar, Dionísio? - Perguntou Poseidon.

- Não era... - Dionísio foi interrompido pela Deusa do amor.

- Espera. Por que ninguém falou nada sobre a minha filha? - Perguntou ela olhando para os Deuses sem entender - Todos falaram sobre o filho de Hades, e sobre o filho de Apolo, mas ninguém nem mesmo comentou sobre ela.

- Afrodite... - Zeus coçou a nuca. Era um assunto delicado, mas alguém tinha que falar... - Ela não fez nada.

- É claro que fez! - Protestou a Deusa.

- Ótimo. - Concordou Zeus esperando que ela realmente tivesse feito alguma coisa - Então... O que ela fez?

- Ela...! - Afrodite se interrompeu. A Deusa do amor parou para pensar, mas não conseguia lembrar de nenhum fato, por mais que se concentrasse - Eu aposto que... Ela fez alguma coisa sim, mas... Eu não consigo me lembrar.

Alguns risos foram reprimidos.

- Afrodite, você tem noção de que nenhum dos seus filhos nem sequer gostaria de participar de uma missão, não é? - Comentou Atena. Afrodite fez uma cara emburrada, mas a Deusa da sabedoria só encolheu os ombros - Sinto muito, mas é a verdade. Eles se importam muito mais com... Outros assuntos.

- Está dizendo que eles são fúteis e preguiçosos? - Perguntou Afrodite erguendo uma sobrancelha. Atena não queria ter que responder, mas para a sua sorte...

- Você sabe que isso é verdade. - Comentou Poseidon - Eu odeio admitir que Atena está certa, mas... Dessa vez ela está realmente certa.

- Como podem dizer uma coisa dessas?! Eles... Podem ser fúteis, um pouquinho, mas... Tá bom! Muito fúteis. A maioria deles, mas... - Afrodite não conseguia terminar a frase.

- Ok... Nós temos que discutir coisas mais importantes. - Comentou Zeus cortando o assunto - Afrodite, nós falamos sobre isso mais tarde, certo?

A Deusa do amor cruzou as pernas e os braços, mas assentiu com a cabeça.

- Vocês têm notado que estão havendo problemas em vários lugares? Não em meu domínio, mas no de Deméter, no de Poseidon, e em outros também. - Disse Zeus.

- As minhas plantações não estão rendendo nada! É como se tivesse alguma peste nova destruindo todas as plantas. - Disse Deméter.

- E no mar. Tem noção de quantos navios já naufragaram?! - Perguntou Poseidon indignado. Zeus assentiu - Temos que descobrir o que está acontecendo.

- Sim. - Confirmou Atena - Acho que isso tudo deve ter uma ligação. Nós temos que pensar em uma estratégia para poder descobrir qual é o problema em questão.

- Acho que devíamos podemos procurar por algum sinal. - Comentou Hermes, mas o Deus não parecia estar muito certo daquilo - É difícil quando não temos nem ideia do que pode estar errado.

- Acho que pode ser algum titã. - Comentou Afrodite - Quem sabe? Devem estar querendo arrumar confusão de novo.

- Afrodite, o que você está fazendo? - Perguntou Hermes franzindo o cenho.

- Minha unha. - Respondeu ela lixando as unhas. Hermes prendeu um riso, e esperou que ela não notasse isso, mas... Notou - O que? O que foi?

- Nada. Nada não. - Disse ele disfarçando.

- Fala. Tem alguma coisa. O que houve? - Perguntou ela insistindo.

- Seus filhos tiveram quem puxar. - Comentou Hermes em um murmurro - Se você levasse as coisas mais á sério...

- Olha só quem está me falando isso! Você acha que tudo é brincadeira. - Rebateu ela ofendida - E fique sabendo que eu posso fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Só porque eu estou ajeitando as unhas, não quer dizer que eu seja fútil! Não é verdade, Ares?

O Deus da guerra reprimiu um riso e sorriu para Afrodite.

- Imagina! - Exclamou ele fingindo concordar e achar aquilo um absurdo.

- É! Que mundo é esse em que não se pode nem mesmo fazer as unhas em paz no meio de uma reunião? - Perguntou Hermes fingindo achar aquilo um absurdo. Afrodite concordou com um sorriso, sem notar o sarcasmo e todos riram.

- Espera... Isso foi sarcasmo?! - Exclamou ela com raiva. Ao invés de brigar com os Deuses, ela virou-se para Ares para ver se ele também achara graça - Você não está rindo, não é?!

- Cla-Claro que não! - Engasgou-se ele. Ares fez uma pose séria, e desviou o olhar dela - Ahm... Quanto aos problemas...

- Argh! Esqueçam! - Exclamou Afrodite revoltada. A Deusa do amor levantou de seu trono e colocou as mãos na cintura - Eu vou embora. Decidam-se sozinhos. Vejo vocês mais tarde.

Com isso, ela se retirou da sala dos tronos.



Ares entrou em seu templo cansado pela conversa que teve com os Deuses sobre os problemas que estavam tendo. Foi decidido que Atena montaria uma estratégia para resolver tudo, e que Hermes descobriria o culpado junto com Apolo e Ártemis.

O Deus da guerra queria chegar em seu templo e descansar, pois tinha esgotado as suas energias rindo da cena “não sou fútil” de Afrodite no salão. Aquilo fora engraçado, pensara ele.

Quando Ares abriu a porta de seu quarto, teve uma surpresa ao ver Afrodite deitada em sua cama. A Deusa estava deitada de lado, apoiando a cabeça na mão. Ela sorriu ao ver Ares entrar, e o Deus sorriu de volta. Ele fechou a porta atrás de si, e foi até a cama.

- Olá. - Disse ela ainda sorrindo.

- Oi. - Respondeu Ares. Ele parou na beira da cama e cruzou os braços, só olhando Afrodite por alguns minutos - Posso perguntar como entrou aqui?

- Eu tenho os meus meios. - Respondeu ela rolando pela cama até ficar sentada sobre suas pernas - Mas se quiser que eu saia...

- Uhm... - Ares olhou para as pernas da Deusa e sorriu torto - Não. Acho que eu vou ser bonzinho e deixar você ficar.

Afrodite sorriu, e Ares foi até ela. Eles se beijaram. As mãos de Afrodite alisavam as costas de Ares, enquanto ele passava a mão pela cintura da Deusa.

- Sentiu a minha falta? - Perguntou ela em um sussurro.

- Claro que sim. - Respondeu ele.

- E quanto aos outros? - Perguntou ela dando um beijo nele - Eles se importaram de eu ter saído?

Sem nem mesmo pensar na possibilidade de mentir, Ares contou a verdade.

- Não. Eles nem ligaram. - Contou ele sorrindo, como se aquilo não fosse fazer diferença nenhuma. Ares estava prestes a tirar o vestido da Deusa, quando ela o impediu com as mãos. Ele olhou em seus olhos sem entender, e pode notar que tinha dito besteira - Ahm... O que houve?

- Como é que é? - Perguntou ela erguendo uma sobrancelha - Ninguém se importou com a minha saída?!

- Afrodite... - Ares revirou os olhos - Isso não faz diferença...

- Não faz diferença?! - Exclamou ela. Com um golpe rápido e forte, ela jogou o Deus da guerra para fora da cama, e ele caiu de cara no chão. Ares se pôs sentado sem entender, e viu Afrodite ficar em pé na cama e descer dela - Eu estou cansada!

- O que deu em você?! - Perguntou ele com um pouco de raiva, mas a maior parte de seu cérebro estava tomado de dúvida.

- Como eles ousam não se importar comigo?! Como você ousa não se importar comigo?! - Perguntou ela irritada e ofendida.

- Eu me importo com você! - Rebateu ele se levantando.

- Mentira! Você acabou de dar razão á eles! - Exclamou ela com raiva. Afrodite parou suas mãos em uma coleção de adagas que Ares tinha, e virou-se com um brilho de raiva nos olhos. Ela lançou algumas na direção dele, e o Deus da guerra teve que se jogar no chão para não ser ferido.

- Afrodite! - Exclamou ele. Ele sabia que ela era sensível, mas aquilo era demais - Para com isso! Viu só?! Se não exagerasse tanto sobre as coisas, talvez as pessoas te levassem mais á sério!

- O que?! - Perguntou ela ofendida - Eu sou o que para você?! Algum tipo de drama queen?!

Exatamente, pensou Ares, mas resolveu não responder daquele modo.

- Não é bem isso... Você... - Ele não sabia o que falar.

- Vocês se acham tão bons, e me julgam fútil, mas vocês não durariam nenhum dia sem mim! - Exclamou ela cruzando os braços. Ares sem querer soltou um riso ao pensar na possibilidade, o que só piorou a situação. Ele arregalou os olhos.

- Ah... Foi sem querer. Eu não queria rir, eu só... Amor...! - Afrodite não quis ouvir. Ela marchou até a porta com raiva.

- Então veremos se vocês sobrevivem sem mim! Adeus, Ares! - Com isso ela bateu a porta com o máximo de força que tinha. Ares parou no lugar que estava.

- Tsc. Esquece. Uma hora ela vai acabar voltando. - Pensou ele revirando os olhos. Ares voltou para sua cama e deitou para descansar.

Até por que... Ele realmente achava que Afrodite não estava falando sério.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me se ficou muito curto, ou longo demais. É que eu escrevi em um outro programa, mas...

Acho que deu para ter uma idéia do problema de Afrodite, não é?

Espero por reviews, e até o próximo capítulo!