Segredos. escrita por Hality


Capítulo 4
É, PESSOAS DESESPERADAS SÃO MAU PRESSÁGIO.


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO -Q



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/151423/chapter/4

Matt acordou, e sua cabeça estava doendo.

- O Mello se matou. – foi a primeira frase que saiu de sua boca, e olhou para o lado, já prevendo quem era. – Foi por sua causa.

- Eu sei. Mas a culpa não foi inteiramente minha. E como você sabe?

- O seu desespero. Agora fez todo o sentido.

         Near ficou de pé.

- Se faz sentido, me conte, por favor. – pediu ele.

- No dia anterior dele morrer, ele... Ele me contou um segredo. – Matt abriu a boca para dizê-lo, mas tornou a fechá-la. Lembrou de suas palavras: “Juro que morrerei com ele”. – Não vou dizê-lo, mas...

- Eu sei desse segredo. – interrompeu o albino sério. – Mello me amava, mesmo não demonstrando isso. Nunca disse nada para ninguém. E quando disse... Pá! Ele morre. Consegue imaginar o por quê?

- Consigo. Eu não sou burro, sabe. Ele jurou que nunca contaria para ninguém, e contou. Então, se sentiu culpado e se matou. Pronto.

         Near sorriu. Não era um sorriso doce, e sim, maléfico.

- O culpado foi você, Matt. Foi toda a sua culpa. Se você não existisse, ele não teria ninguém para contar seu segredo, e não se mataria. Mas você existe, e ele tinha alguém para contar. Nossa, como você é cruel...

         O mais velho ficou furioso. Então, Near era daquele jeito?!

- Seu maldito. – cuspiu. – A culpa é sua, não vê?! A. CULPA. É. SUA.

         Near abriu a janela.

- Aqui é o segundo andar. Se eu pular, todos vão achar que a culpa é sua. Isso não é divertido?

- Pretende pular?

- Poderei ficar junto com ele.

- Então também me matarei.

- Por minha causa? Ah, mas que fofo da sua parte. São duas da manhã. Foi por volta das duas que Mello foi encontrado morto por uma garota de sete anos dentro do bosque. Coitada. Ficou traumatizada.

- Maldito. – repetiu novamente, com a cabeça doendo.

- Nesse andar, os órfãos costumam se matar. Por isso aqui está cheio de terror. Além disso, são poucos que sabem disso. Quando eu tinha três anos, um grupo de pessoas se suicidou nesse quarto.

         Matt procurou um canivete dentro do bolso de sua calça jeans. Sempre levava um consigo – mas já esquecera o por quê.

- Se eu me matar, você para de falar essas asneiras?

- Não estou falando asneiras nenhuma. Eu estou falando a verdade.

         O outro enfiou a lâmina na sua pele. Não achou que fosse doer muito, até ver o seu próprio sangue. Ele tinha fobia de sangue.

- Nossa, realmente você quer se...? – Near parecia muito assustado. – Não... Não...

- Ah, nossa. Você está arrependido? Porque eu... – ele fechou os olhos lentamente.

         “Pelo menos... Eu guardei o seu segredo”, pensou, quase perdendo a consciência. Near pegou o canivete de suas mãos, e cortou seus pulsos também. Claro que doera.

         O sangue pingou, e rapidamente formou-se uma poça de sangue, deixando sua roupa branca vermelha. Matt já estava longe, se suicidara na sua frente. Sentindo-se semi-inconsciente, tentou com todas as suas forças pegar o caderno de Mello. Abriu na última página e escreveu, junto com a outra frase: “ADEUS”.

         E a madrugada foi tingida de escarlate.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

PODREEE, MATEI TODO MUNDO, ESTOU REVOLTADA MERMO -QQQQQ

MASAE,
REVIEWS?