Além de Seus Medos escrita por QueLopes


Capítulo 7
CAPÍTULO VI – ENTRE IRMÃOS


Notas iniciais do capítulo

*tira as teias de aranha, assopra a poeira* xD
Meus amores!!! *-* Que saudades!
Finalmente estou de volta, como uma fênix!!! Uuuhhuuul!!
Foi difícil passar por tudo o que passei, sério, quem já passou por algo parecido sabe como é. Ainda estou me recuperando, mas já não é tão difíl quanto antes... =) Graças a cada uma de vocês, que me fizeram chorar com cada comentário lindo e encorajador. De verdade, eu fico mais emocionada ainda, pois afinal, vocês nem me conhecem direito, mas foram tão lindas e fofas comigo, e eu agradeço de coração!
ClarAndrade, Lays-Carvalho, jessica_veiga, kt13, Keroly, Geovana_Cullen, SarahCullen07, bellsDS, fab, lezinha_24, Bex, ElyCullen... Esse capítulo é pra vocês minhas lindas! s2
Espero que gostem.
Boa leitura!



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Bella POV

Entrei em casa zonza. Lágrimas ainda escorriam de meus olhos, mas eu já nem fazia questão de limpá-las. Só o que eu queria era chegar a meu quarto e esquecer tudo o que aconteceu hoje. O beijo de Edward ainda rondava minha mente e eu podia jurar que seu gosto de hortelã continuava em minha boca. Era loucura demais.

Saí da escola correndo, e nem liguei se Emmett ficaria plantado no estacionamento me esperando. Vim pra casa andando, ainda que eu mal enxergasse a rua, devido às lágrimas e os pensamentos intrusos que tiravam toda a minha coordenação motora.

Ouvi a voz de minha mãe, perguntando se já era Emmett e eu que havíamos chegado, entretanto, nada respondi, apenas continuei subindo as escadas para o meu quarto.

Fechei a porta com uma lentidão absurda, atirei minha mochila no chão e retirei os sapatos com dificuldade. Logo eu já estava estendida em minha cama, sob um mundo de edredons e travesseiros, tentando inultimente tirar as intensas lembranças de minha cabeça.

(...)

Nem percebi que havia pegado no sono, tudo bem que era essa a minha intenção, mas é estranho. Eu acordei, mas não quis abrir os olhos. Tive medo de que se eu o fizesse, as malditas memórias retornariam para me atormentar. Por algum milagre eu acabei tendo um sonho tão bom e tranquilo... Edward estava nele.

-Bellinha. Uma voz de sino me fez remexer na cama. Virei-me e abri os olhos.

-Alice? Minha voz saiu confusa e fanha. Ela deu um sorriso tristonho.

-Edward me contou o que aconteceu hoje. Ela murmurou, falando cada palavra com muita cautela, como se ela tivesse medo de me assustar.

Sentei-me na cama, encostando-me na cabeceira da mesma. Apertei o edredom em minhas mãos. Alice não me encarava fixamente, apenas um leve olhar cuidadoso, como se ela quisesse entender o que se passava em minha mente. Até eu queria entender.

-Bella... Levantei o rosto para olhá-la nos olhos. Eu sei que nos conhecemos há poucos meses, mas você foi a única pessoa, além de Edward, que aguentou os meus problemas com a bebida e quase drogas, e surtos com compras... Ela deu um riso baixo, e eu a acompanhei, já com os olhos cheios dágua. Você é a minha melhor amiga, e eu lhe confiei todos os meus segredos, e é por isso que você também pode me confiar os seus, mesmo que sejam mínimos. Eu não sei o que aconteceu com você no passado, mas você tem que saber que nunca temos culpa se algo de ruim nos acontece... É apenas o destino, e se algo ruim te aconteceu no passado, é porque agora, ou num futuro não muito distante, algo realmente bom vai ocorrer em sua vida, e isso só a deixará muito mais forte pare enfrentar novas dificuldades, que com certeza virão. É só questão de ter paciência, e não buscar fugir por caminhos nebulosos.

Alice limpou algumas lágrimas de minha face, e eu funguei, não querendo mais chorar. Pois era isso que Alice queria me mostrar. Eu sofri, eu senti muitas dores, tanto físicas, quanto psicologicamente, mas não seria chorando que eu as enfrentaria.

Sei que não vai ser fácil, mas eu tenho Alice e... Edward. Pobrezinho, ele deve estar se sentindo tão mal. Não era justo com ele. Edward já havia deixado mais do que claro que eu posso confiar nele, mas eu me sentia retraída em sequer pensar na hipótese de lhe contar a verdade. Com o que aconteceu hoje ele já podia ter suas desconfianças e tirar suas próprias conclusões, mas ainda assim estaria um pouco longe da verdade.

-Tanya me bateu. - Soltei de repente. Por enquanto, este seria o único segredo que eu revelaria à Alice, que provavelmente contará a Edward.

A boca de Alice se abriu em um O perfeito, mas logo depois sua expressão se tornou fria e raivosa.

-Aquela... Alice respirou fundo. Alguns segundos se passaram enquanto ela ainda tentava se controlar. Por fim, deu um longo suspiro, e sorriu abertamente. Ergui uma sobrancelha. Não se preocupe, Bellinha. Ela vai ter o que merece.

-Alice, você não...

-Eu sei que ela te ameaçou. Aquela vaca já fez isso comigo, como um aviso. Ela desdenhou a última palavra, fazendo careta.

-Tanya te bateu? Perguntei incrédula. Mas o que havia de errado com aquela garota? Como a inveja muda as pessoas. As tornam gananciosas e capazes de cometerem as piores coisas do mundo.

-É, há três anos. Deu de ombros, fazendo desenhos imaginários na palma de sua mão. Tentei ignorar a semelhança na data. Três anos. Exatamente na mesma época do meu inferno pessoal.  -Ela e Edward namoravam. Alice acrescentou, e eu não sabia se estava mais surpresa por Tanya ser do jeito que é e ser capaz de espancar alguém tão doce como Alice, ou na revelação de que ela e Edward já tiveram um relacionamento. Edward e Tanya? Para mim era uma combinação errada e desastrosa.

Alice continuou:

-Ela começou a ficar com ciúmes por achar que ele passava tempo demais comigo. Ora, essa, eu sou irmã dele! Alice elevou a voz, incrédula só de lembrar. Enfim, ela sabia que toda quarta eu saía tarde da aula, e assim que viu que todo mundo havia ido embora, me cercou na sala e me encheu de tapas, puxões de cabelo e chutes. Cheguei em casa caindo de choro e dores, sem a intenção de contar à Edward, mas ele me viu, e eu acabei falando tudo. Ele terminou o namoro na hora. Tanya não aceitou, é claro, mas não fez mais nada pelo menos. O sermão que Edward deu nela a amansou por um tempo. Bom, por um lado eu tenho que agradecê-la. Ela tombou a cabeça e eu franzi o cenho, confusa. Eu tinha cabelo longo, mas com os puxões que a vaca deu, eu tive que cortá-lo bem curto. Acabou que esse penteado me deixa muito mais fofa e sexy. Alice enrolou uma pequena mecha no dedo, e começou a gargalhar junto comigo.

Alice e eu paramos de rir aos poucos. Logo ela assumiu uma expressão um tanto séria e preocupada.

-O que foi? Perguntei.

-Não sei se devo falar sobre isso...

-Está tudo bem, pode falar.

Alice me olhou por algum tempo, buscando em meus olhos algum resquício de que eu estava mentindo. Eu estava dizendo a verdade, e ela sabia disso, então, se pôs a falar.

-Não foi só da agressão que Edward me contou... Alice pausou, estudando minha reação. Quando não fiz, nem disse nada, continuou. Olha, Bella, ele está se sentindo péssimo pelo o que fez com você, mas Bellinha... Ela suspirou, e segurou minha mão fortemente. O Edward te ama. De verdade. Eu nunca vi meu irmão com os olhos tão brilhantes, e um sorriso tão largo. E tudo isso acontece sempre que ele te vê. Às vezes chega a me irritar, quando ele fica me apressando para tomar café para que a gente vá logo pra escola. Isso tudo por você. Alice deu um sorriso meigo. Baixei a cabeça, emocionada.

Senti um friozinho na barriga ao lembrar a sensação dos lábios de Edward nos meus. Não dava para mentir pra mim mesma. Edward me causava reações que eu não queria sentir novamente, mas eram inevitáveis. Quer dizer, não eram as mesmas sensações daquele... momento fatídico... Era tudo muito mais intenso... Muito mais verdadeiro. Aquilo que eu achava que era amor, não chegava perto do que Edward me faz sentir.

Eu quis negar para mim mesma. Quis fugir desse sentimento, mas tudo me leva a pensar em Edward e já não dá mais pra escapar.

-Eu o amo.

Não estava dizendo aquilo só para Alice. Era uma verdade que eu tentava ocultar em minha cabeça, mas que agora vinha como um tapa em minha cara.

-Que bom. Alice sorriu, e eu acabei sorrindo também. Ela me abraçou fortemente, e prometeu que iria me ajudar, não importava o que acontecesse.

Fiz a mesma promessa silenciosamente. Alice e eu éramos melhores amigas, e nada poderia mudar isso.

Emmett POV.

Eu deveria estar furioso com Bella por ter me deixado esperando no estacionamento, entretanto, eu não conseguia, pois alguma coisa me dizia que alguma coisa aconteceu. Mais um pra lista de acontecimentos. Sinceramente, eu já estava ficando cansado de esperar para saber a verdade.

Alice ainda estava lá em cima, conversando com ela. Será que para Alice ela disse a verdade? Não me surpreenderia, em dois meses Alice foi tão amiga e irmã quanto eu fui em dezoito anos.  

No início pensei que Alice iria ser um problema para nós. Álcool e drogas não são muito bem vindos por aqui. Mas eu me enganei feio.

Alice conseguiu me surpreender. E pensar que naquela baixinha cabe tanta alegria. Isso foi bom pra Bella... Pela primeira vez, dentre estes últimos anos, eu a vi sorrir verdadeiramente.

Tirei meus olhos da televisão - que só agora eu notei que se passava um filme em árabe -, ao ouvir o barulho de saltos descendo a escada. Meus olhos correram o corpo de Alice de cima à baixo. Ela era linda de um jeito único, feminino e fofo.

Peraí! Fofo? FOFO! Meu Deus, eu devo estar ficando doido!

Alice passou por mim e me lançou um largo sorriso, mostrando seus perfeitos dentes brancos, e acenou. Quando estava prestes a abrir a porta da frente, me levantei e fui até ela rapidamente. Alice parou e virou-se confusa.

-O que houve com a Bella? Disparei, estranhamente inquieto. Senti uma queimação nos olhos e percebi que eram lágrimas.

Eu estava... preocupado com minha irmã?

Alice olhou para baixo, respirando fundo.

-Talvez você mesmo devesse perguntar. Ela sorriu levemente. Suspirei assentindo. Alice quis dar meia volta, mas parou novamente, e me olhou. De repente se aproximou pondo as duas pequeninas mãos esparramadas em meus ombros, e deu um beijo no canto de minha boca. Depois saiu, sem dizer mais nada.

E eu fiquei ali, parado e sorrindo feito um bobo.

-Emmett? Pisquei os olhos várias vezes e virei em direção à voz que me chamava. Mamãe me olhava minuciosamente, com um leve sorriso no rosto. Parecia orgulhosa.

-Err... Bom, eu... Me embaralhei nas palavras, e passei a mão na cabeça, em um claro sinal de nervosismo. Que droga! Tudo por causa de um maldito beijo no rosto? Eu vou subir. Te amo, mãe. Dei-lhe um beijo na bochecha e corri escada acima, não sem antes ouvir a voz de minha mãe:

-Não devia ter vergonha disso, Emm. O amor é um sentimento tão belo, e Alice é uma boa garota. Não deixe isso escapar de suas mãos.

Fiquei estático na escada, olhei para trás, mas minha mãe já havia saído. Por um instante imaginei que não fosse ela falando aquilo, e sim uma vozinha na minha cabeça que insiste em me importunar.

Balancei a cabeça. Eu estou mesmo doido.

Terminei de subir as escadas, mas antes mesmo de me aproximar da porta de meu quarto, algo me fez dar meia volta e parar em frente à porta com decoração lilás. Eu deveria bater? Talvez abrir só um pouquinho e dar uma leve espiada, só pra ver se ela está bem...

Abri a porta. Devagar, como se o que me esperasse ali dentro fosse um monstro que eu temesse há muito tempo.

Mas só o que encontrei foi um quarto vazio, e o som do chuveiro ligado. Suspirei. Não havia nada que eu pudesse fazer ali, aliás, eu estava feliz por encontrar o quarto vazio. O que eu lhe diria se ela estivesse ali?

Oi, eu sei que parece que eu te odeio, mas eu só queria saber se você estava bem.

Fala sério.

Eu estava disposto a sair do quarto, e pensar um pouco mais no que falaria para ela, mas isso só seria mais tarde... Ou outro dia, sei lá. Entretanto, algo azul me fez estacar na porta, e minha curiosidade acabou falando mais alto, aquela maldita vozinha que insistia para que eu visse o que era aquele pequeno caderninho de capa de veludo azul.

Encostei a porta e me aproximei cada vez mais da cama, logo segurando o caderninho em minhas mãos, que praticamente coçavam para que eu o abrisse.

Não vai fazer mal nenhum... A voz sussurrou. Talvez essa seja a chave do mistério que ronda a sua irmã...

Eu não sabia se a vozinha era do bem ou não, mas depois desse último pensamento, não quis saber das consequências. Era a minha irmã. Eu tinha o direito de saber.

Virei a capa do caderninho, que agora eu descobrira ser um diário. Isso aumentava um pouco mais o grau de culpa, mas também só me fazia querer avançar mais uma página.

3 de Fevereiro Domingo à tarde em casa 12h17

As férias estão acabando. Que droga.

Tudo estava sendo tão divertido. Papai e mamãe saíram pra comprar comida chinesa. Foram obrigados, porque eles preferem comida italiana, mas eu e Emmett fizemos birra (sim, somos adolescentes que ainda faz birra, mas isso não vem ao caso agora), e como eles amam (ignore a ironia) realizar os desejos dos filhos, eles foram.

Agora Emmett está tentando puxar o meu cabelo...Peraí...

...

13h01 Sala de casa

Tô de volta. Corri atrás de Emmett pra bater nele, mas o infeliz se trancou no MEU quarto e tá cantando Wannabe, das Spice Girls, provavelmente pulando na minha cama, pois eu consigo escutar os ruídos da madeira solta da minha cama batendo daqui debaixo. Meus pais chegaram e me perguntaram se tinha algum bicho solto dentro de casa, e só o que eu pude responder foi a verdade: É claro que sim, e tá pulando na minha cama!

Eu amo o meu irmão (:

Terminei de ler o breve resumo daquele dia maluco. Eu me lembrava muito bem dessa música, que eu sei que Bella odeia do fundo do coração. E eu ainda a provoquei jogando comida chinesa na cara dela. Ri baixinho, avançando algumas páginas, pois as primeiras só falavam um pouco mais sobre o início das aulas, e do quanto ela se sentia segura sempre que eu ia buscá-la na porta da sala de aula. Sorri pra mim mesmo. Eu não fazia idéia do quanto significava para a minha irmã, e talvez agora ela precise tanto de mim, mas eu estou aqui, de braços cruzados, a odiando por algo que agora nem faz tanto sentido assim.

Fui folheando, até que uma me chamou atenção. Minha irmã tinha mania de pôr títulos em alguns dos seus relatos...

O Novato

15 de Fevereiro Escola; Refeitório, 10h12

Eu nunca pensei que veria alguém tão lindo assim. Alguém que chame tanta atenção, mesmo por qualquer simples gesto. E eu que pensei que meu irmão fosse o único garoto que eu achasse lindo. Meu pai me ensinou a não me deixar levar pelas aparências, à nunca confiar demais nas pessoas, pois quanto mais rápido você confia, maior é a decepção.

Mas admirar a beleza de um garoto não significa que eu vou falar com ele. Oras, e quem disse que eu quero? Tá, estou mentindo pra mim mesma, seria muito legal se alguém do porte dele (digo, tão lindo e parece ser tão despreocupado com o fato de que TODAS as garotas estão olhando pra ele) realmente viesse falar com uma garota como eu, tão sem graça. E aliás, ele deve ser uns dois anos mais velho que eu, então, sem chance.

Rose não parava de quicar ao meu lado, parecia uma pipoca na panela. Tava pensando seriamente em dar um tapa nela, mas mudei de idéia depois que o meu irmão apareceu trazendo nossos lanches, e Rose facilmente esqueceu o novo garoto da escola. Ela tinha uma paixonite pelo meu irmão, e vivia me pedindo pra ajudar ela a conquistá-lo. Eu só falei duas vezes para o meu irmão dar uma chance à ela, e como ele não fez nada, deixei quieto. Se meu irmão estava dispensando a Rose, que é a garota mais desejada pelos garotos, então ele tem um belo motivo.Meu irmão não é do tipo que dispensa uma garota tão bonita assim, sem razão.

Fiquei refletindo um pouco depois que li isso. Não tinha como esquecer aquela garota, a tal Rosalie, que minha irmã chamava carinhosamente de Rose. Não conseguia entender o motivo pelo qual minha irmã era amiga dela, elas não tinham nada em comum, e eu não conseguia acreditar em os opostos se atraem, principalmente no caso das duas; Rose era mandona e chata, tratava minha irmã como escrava, mas Bella não reclamava, e dizia que isso era só carência e por isso ela agia assim, e que ela só precisava de uma amiga. Carente ou não, essa garota não atravessava minha garganta.

25 de Abril Escola, aula de educação física, 11h35

Nesse momento estou escondida atrás da mesa do professor de educação física. Não queria correr o risco de levar uma bolada, principalmente com Rose no time. De uns tempos pra cá as coisas começaram a ficar um pouco estranhas. Meu irmão finalmente a chamou pra sair, até aí tudo bem, ele deu uma chance à ela, ótimo, mas no outro dia eles já estavam andando de mãos dadas, e se declarando um casal de namorados. Isso não deveria ser surpreendente, mas bem, ERA! Principalmente no caso de meu irmão. Ele só ficava com uma garota por pelo menos cinco horas e já era muito tempo. Namorar então, estava longe dos princípios de Emmett. E se fosse com outra garota eu até diria que meu irmão finalmente havia encontrado a pessoa certa, e tomado jeito, mas era Rose! A minha amiga que eu sabia que ele não gostava! Por Deus!

E agora tinha aquele novato, o James, era esse o nome dele. Eu ainda fico chocada com a tamanha beleza e simpatia do garoto, mas eu já deixei isso pra lá. É igual quando você conhece uma banda nova, se anima no começo, mas depois esquece. Comigo é assim. Emmett e Rose agora são amigos dele, e eu ainda tô tentando entender como isso aconteceu, mas meu irmão não diz muita coisa, que eles só se deram bem no basquete, curtem rock e pronto, viraram amigos, e a Rose o conheceu através de Emmett. Até eu já conversei com James, e não sei se é coisa da minha cabeça, mas acho que ele tentou me paquerar. Não sei, é só uma sensação.

E agora Rose tá vindo na minha direção. Vou indo!

...

7 de Maio Casa, quarto do Emmett 14h54

Eu sempre achei lindo esses casais de adolescentes, que tem um grande carinho um pelo outro, dão beijinhos do nada, só para demonstrar o quanto ama a pessoa, ficam abraçados até o ar fazer falta! Juro que me dá uma pontinha de inveja, principalmente quando eu descubro que estou apaixonada por um garoto que faz tudo isso e muito mais!

James. James. James.

Esse nome não sai mais da minha cabeça, e já tá ficando difícil disfarçar o ciúme que sinto quando eu vejo outras garotas dando em cima dele, e acho que ele já percebeu, pois sempre me olha fixamente, acho que pra ter certeza de que eu não vou chorar ou talvez, espancar uma dessas garotas.

Bem, eu nunca faria algo assim, afinal, ele é mesmo lindo, e eu tenho que me acostumar com a idéia de que eu sou apenas mais uma garotinha boba e apaixonada. Ele tem charme, é carismático, engraçado, carinhoso... Quem poderia não se apaixonar?

Enfim, isso é só uma paixonite, logo passa. E eu vou indo, que meu irmão já tá me apressando para ir na casa do James, pra jogar um pouco... É, mesmo sendo tudo de bom, ele também tem essas idiotices de jogar vídeo game. Nunca vou entender os garotos, sério.

16h05 Casa de James, sala

E aqui estou eu, esperando o traste do meu irmão voltar do banheiro...com a Rose. Santo Deus, nem quero imaginar o que eles estão fazendo. A relação dos dois tem ficado cada vez mais séria, e eu não sei se isso é uma coisa boa. Meu irmão anda estranho, e Rose mais ainda. Nem fez escândalo quando sem querer eu derrubei suco de UVA na blusa BRANCA dela. Ela ficou rindo, como se eu tivesse contado a piada mais engraçada do século. A cada dia eu tenho mais medo da raça humana.

James ganhou de Emmett na porcaria do jogo. Confesso que eu estava torcendo por ele, silenciosamente. Se eu admitir isso pro meu irmão, ele me mata.

Iih, James tá vindo, e com uma expressão estranha...

...

...

...

16h17 Casa; meu quarto.

Meu Deus!

Peraí, deixa eu me beliscar pra saber se eu não tô sonhando... Ui! Não tô! Espera... Meu Deus! Isso realmente aconteceu??

Será que eu não tô sonhando? Não, eu já me belisquei, então... AAAHH!

Calma, calma, eu vou explicar.

Quando o James apareceu todo preocupado, e eu fui saber o que tinha acontecido, ele me contou que meu irmão e a Rose estavam, digamos, meio ocupados no quarto de hóspedes, e pareciam que não iriam sair de lá tão cedo... Então, James se propôs à me trazer de volta pra casa. Nem preciso dizer que meu coração deu um pulo. Até tentei recusar e dizer que sabia o caminho de casa e poderia voltar a andando, mas ele não deixou, disse que era muito perigoso eu andar sozinha por aí... Me senti uma criancinha, mas ele só queria me proteger, né?E eu amei isso!

Ele dirigia tranquilamente, e logo chegamos em minha casa, mas ele não me deixou sair do carro.Quando eu quis abrir a porta, ele segurou minha mão delicadamente, e deu um beijo nela. Acho que todo o meu sangue foi para o rosto, porque eu o senti queimando! E James percebeu, pois deu um risinho baixo, e depois ficou brincando com o meu cabelo, e falou o quanto eu fico linda corada.... Depois ele só me deu um beijo bem no canto da minha boca, apertou minha mão, e então eu me despedi e praticamente corri!

Céus, esse garoto ainda me mata!

Só percebi que eu tinha fechado minha mão em punho, quando meus dedos começaram a protestar com a dor. Eu pensei que James fosse um cara legal, e no começo até era, mas depois as coisas ficaram estranhas, e eu nem percebi o quão perigosamente ele estava se aproximando da minha irmã... Eu devia ter feito alguma coisa, me afastado enquanto tive tempo, mas eu fui burro demais! Me deixei levar pela adrenalina!

Fui passando por mais algumas páginas, até que uma me fez prender a respiração...

27 de Junho Meu quarto 20h39

Hoje foi o último dia de aula. As férias de verão já começam com um fim de semana animado, principalmente em casa, pois o aniversário de quinze anos do meu irmão está se aproximando. Pra ser sincera, pensar no meu irmão agora me causa um grande desconforto. Um medo imenso, e eu não sei o que fazer.

Eu sabia que alguma coisa estava acontecendo com ele e Rose, mas não sabia que chegava até esse ponto.

Quando cheguei em casa, não tinha ninguém. Eu sabia que meus pais ainda estavam no trabalho, e chegariam tarde hoje, pois eles sempre têm mais trabalho na sexta. Emmett provavelmente iria aproveitar o último dia de aula com Rose e James, e como eu estava cansada demais, preferi voltar pra casa.

Depois que tomei um banho demorado, e não tinha nada pra fazer, resolvi ir buscar um CD de uma banda de rock no quarto de Emmett. Ele tinha mania de pegar as minhas coisas emprestado e não devolver. O quarto dele era uma zona, então tive que revirar tudo para achar o cd, que enfim, estava na última gaveta do armário. Mas quando eu puxei o CD, outra coisa veio junto... um pequeno pacotinho transparente, onde dentro continha um pó branco. Naquele momento tudo à minha volta paralisou, e o meu coração bateu cada vez mais forte!

Drogas!!!! Meu irmão e minha amiga envolvidos com drogas?! Eu devia ter desconfiado, quando Rose já não passou a se preocupar tanto com as suas roupas e aparência. Ela sempre colocou a aparência em primeiro lugar, e depois que James apareceu tu... Espera! James! Meu Deus, como pude ser tão burra! É claro! Meu irmão só ficou assim depois que conheceu James, e como Rose é a namorada de Emmett, é claro que ela se envolveria também. Agora eu só me pergunto porque James não me ofereceu? É claro... Eu sou praticamente a presidente de turma, uma garota responsável, e ele sabe que se me oferecesse, eu iria denunciá-lo! Mas agora eu sei de tudo, e não tenho coragem para tal.

 Agora eu entendo quando meu pai me dizia que o perigo anda ao lado da simpatia. E eu cometi o erro de me envolver com ele. Eu quebrei a principal regra do meu pai: confiei rápido demais!

E o pior, é que eu tento ter raiva de James, mas ele conseguiu me balançar de todas as maneiras possíveis. Mas eu não posso fingir que não sei de nada. Não dá pra ignorar o que ele fez. E por mais que eu goste muito dele, e que meu coração se aperte em pensar nisso, eu precisava denunciá-lo. Era para o próprio bem dele. Talvez se eu não tivesse me deixado levar demais pelo sentimento, eu não sentiria o remorso que sinto agora.

12 de Julho Sala de Casa 19h05

Emmett está uma fera comigo. Ele está completamente descontrolado! Meu pai está tentando acalmá-lo, e minha mãe já conseguiu me fazer parar de chorar, dizendo que eu fiz o que era certo.

Falta uma semana para o aniversário do meu irmão. Minha mãe queria cancelar a festa, mas todos os convites já foram entregues, e o DJ já foi pago...

Rose foi internada. Ela estava em um estado pior que o de meu irmão. Eu presenciei o momento em que ela estava sendo levada. Nunca chorei tanto em toda a minha, e nunca senti tanta pena de Rose! Eu já nem conseguia reconhecê-la. Seu cabelo, antes loiro, brilhante e que caíam em ondas perfeitas por suas costas, agora estavam cortados de forma desproporcional, todo arrepiado e mal cuidado. Rose nunca foi gorda, nem muito magra. Sempre esteve no peso ideal. Agora eu conseguia ver as suas costelas... Ela estava esquelética. A blusa que ela usava parecia um camisão. E seu rosto era o que parecia estar em pior estado. Nunca pensei que veria uma expressão tão triste e cansada. Seus olhos estavam rodeados por olheiras profundas e arroxeadas, e mesmo de longe, eu conseguia ver as rachaduras em seus lábios, que sempre foram marcados por um batom vermelho ou rosa. 

Enquanto Rose esperneava e gritava palavrões que eu nunca ouvi saírem de sua boca, ao longe se escutava o forte e doloroso choro de seu pai e de seu irmão mais velho, que foi quem ligou para a clínica.

13 de Julho Trancada no meu quarto; não faço idéia de que horas são

James descobriu que eu o denunciei. Meus pais já conversaram com a polícia, que prometeram tomar alguma providencia.

Ele me mandou diversas mensagens, as primeiras eram ameaças, e eu sabia o quanto ele estava bravo comigo, mas depois ele começou a pedir mil desculpas por ter me ameaçado, e pedia, pelo amor que eu sentia por ele (sim, ele já sabia que eu era apaixonada por ele), que eu o perdoasse, que eu fosse conversar com ele, para esclarecer toda essa situação medonha.

Não podia negar que eu sentia uma imensa vontade de lhe responder e dizer o quanto eu o amo, e que não queria que isso estivesse acontecendo, que eu só o fiz para ajudá-lo, e também o quanto eu desejo me encontrar com ele e me perder nos seus braços, que tantas vezes me abraçaram... Mas eu não podia correr nenhum risco. Ele poderia estar facilmente mentindo. O meu lado racional ainda me dominava e me ordenava a ficar onde estava, e em silêncio.

19 de Julho Meu quarto; 09h32

E hoje é o grande dia. Meu irmão completa quinze anos, minha casa já esta uma zona, e a festa ainda nem chega perto de começar.

Nem parece que ele acabou de passar uma grande encrenca, e está todo animado, recebendo alguns amigos que já se adiantaram para lhe dar os parabéns. Ninguém parece se importar com o fato de meu irmão ter se envolvido com drogas. É, as notícias correm rápido pela escola. Pelo menos meu irmão ainda tem bons amigos, que não o julgam, e agora estão fazendo de tudo para deixá-lo feliz.

Agora tenho que descer para ajudar minha mãe com os últimos preparativos da festa. Tudo tem que sair perfeito!

...

Cozinha; 17h46

Meu irmão não pára de pular pela casa, cantando Nightmare, do A7X. Minha mãe só fica balançando a cabeça, repetindo diversas vezes: Imagine quando fizer dezoito anos. Vai querer fazer a festa do arromba!

Meu pai e eu só estamos rindo, roubando alguns brigadeiros que minha mãe já fez. Ela nos deu uns mil olhares de reprovação, mas fazer o quê, nós nunca aprendemos...

Os convidados já estão chegando, e meu irmão se anima cada vez mais. Graças a Deus, tudo parece já estar voltando ao normal, e nada poderia me deixar mais feliz, do que ver o meu irmão todo animado.

Ai meu Deus! Começou a tocar So Far Away, também do A7X. Eu amo essa música e meu irmão também, que aliás, está vindo na minha direção, querendo me puxar pra dançar. Vou fazer esse sacrifício. Fuuui!

...

Meu quarto; 23h11

Eu devo estar cometendo o maior erro da minha vida, mas nesse momento estou sendo levada pelo meu coração, que ainda pulsa por ele apesar de tudo.

James está aqui. Ele chegou perto de mim quando eu estava um pouco longe de todos, e disse que queria conversar, e pediu para que eu o encontrasse perto de seu carro, bem em frente à minha casa. Não consegui negar, apesar de ter sentindo um arrepio correr minha coluna, e eu juro que não sabia se isso era uma coisa boa. Não parecia.

Agora que acabei de achar o meu casaco, eu vou ao encontro dele. Ele me deve explicações, e é isso que ele quer fazer. Então, não tem nada demais, não é? É só uma conversa, um esclarecimento, e ele parece estar tão arrependido...

Fiquei confuso dali em diante. As próximas páginas estavam meio enrugadas, com algumas manchas, como se tivessem sido molhadas e agora estavam secas. Será que seriam lágrimas? O próximo relato foi escrito quase um mês depois do meu aniversário.

Depois de tudo o que aconteceu, nem sei se tenho mais forças para escrever, mas vou tentar... Meu psicólogo disse que eu deveria colocar pra fora tudo o que estou sentindo, contar o que aconteceu... Escrever me pareceu uma forma mais fácil, e talvez menos dolorosa de fazer isso.

As imagens, as palavras, tudo ainda parece muito vivo na minha mente. Sempre que eu fecho os olhos, o pesadelo volta e eu choro até não poder mais, ou até que meu pai ou minha mãe cheguem, e me abracem fortemente, e aí eu me sinto mais segura, longe do pesadelo...

 Eu deveria ter confiado na minha intuição naquela noite... Mas no fundo, não consigo me arrepender, apesar disso ficar marcado pra sempre na minha vida... Se eu não tivesse cedido, talvez Emmett nem estivesse mais vivo.

Ele... o Ja.. nossa, é tão difícil!! Ele não queria conversar. Nem esclarecer assunto nenhum...pelo menos não do jeito que eu pensava. Ele tinha outra maneira de resolver a situação.

Eu achei que ele fosse pedir desculpas, e foi o que realmente pareceu quando eu olhei em seus olhos azuis, mas não da forma profunda que nos faz perceber que há algo escondido por ali.. . E só agora eu percebo que ele foi esperto em querer me encontrar num lugar mais escuro, assim eu não poderia descobrir a mentira estampada em seu rosto... Eu fui burra em me perder no seu leve toque de mãos sobre meu braço. Infelizmente, ainda lembro muito bem de cada um de seus movimentos...

Eu sentia o medo se aproximar, mas na hora eu pensei que fosse o medo de que meus pais ou meu irmão chegassem a qualquer momento. Minutos depois eu desejei que eles realmente tivessem aparecido.

Não lembro muito bem como aconteceu, ou talvez eu lembre, mas não quero pensar nisso... Primeiro ele só estava falando algumas palavras agradáveis, declarando o quanto eu era especial para ele, e desse jeito ele conseguiu me levar até o banco detrás de seu carro...

Eu tenho quatorze anos. Naquele momento não sabia o que aquilo poderia significar...

Ele me deu um beijo na bochecha, e eu quis que fosse mais para o lado. Não poderia mentir, eu queria aquele momento com ele... Um beijo de verdade. Meu primeiro beijo. Eu queria que fosse especial, com alguém especial, e eu acreditei que esse alguém fosse ele... Nunca estive tão errada.

Por um momento não falamos nada. Não houve acusações, pedidos de desculpas, explicações. Nada além do silêncio.

Até que então ele entrou no assunto sobre uma tal dívida que meu irmão tinha com ele. Com toda a confusão, Emmett acabou se esquecendo de pagar o que devia a ele pelas drogas... Mas ele não acreditou no argumento que usei, de que meu irmão está precisando de um tempo, e quando possível, ele iria pagar. Tentei tranquilizá-lo, mas não adiantou. Finalmente a máscara caiu. A pose de garoto carinhoso e simpático sumiu naquele instante, em que ele me encarou com fúria, me apertando contra o encosto do banco deixando-me sem saída.

Ele me disse que se meu irmão não iria pagar em dinheiro, eu seria outra forma de pagamento. Se não fosse assim, ele faria com que meu irmão fosse o principal sacrifício daquela festa.

Eu temi pela vida de meu irmão.

Eu ainda tentei lutar, queria sair correndo e gritar por meus pais e pedir ajuda, gritar para que Emmett ficasse longe, mas eu sabia que ele não ficaria, ele iria querer me proteger até o último segundo e eu não correria esse risco, não quando eu notava apavorada a faca presa entre o cinto que segurava a sua calça. Eu poderia tê-la pegado e usado ao meu favor, mas o medo não permitia, e seus braços me apertando dolorosamente também não.

Lembrei do irmão de Rose.

Jasper nunca quis ficar nessa cidade. Sempre se sentiu fora do comum e por isso fugiu para São Francisco. Lá ele terminou sua faculdade de psiquiatria, sempre soube que sua irmã poderia ser facilmente influenciada por qualquer coisa. Eu sempre estive certa quando disse que ela era carente... Ela sentia falta da mãe que morreu num acidente de carro, do qual Rose estava junto. Jasper queria levar Rose embora com ele, mas ela se sentia obrigada a cuidar do pai e foi isso que fez.

Quando Jasper soube do envolvimento de Rose com drogas, ele decidiu abrir mão de sua clínica, de sua liberdade, e correu pra cá, para salvar sua irmã. Ele se sacrificou por ela.

E agora eu entendia muito bem o que ele fez. Eu estava me sacrificando para salvar o meu irmão...

-O que está fazendo aqui?!!!

Ao contrário do que esperava, não me assustei ao ouvir a voz de Bella. Levantei o rosto lentamente, só para ver a confusão estampada no rosto dela, e depois o choque quando ela baixou o olhar para as minhas mãos. Seus olhos marejaram e ela tampou a boca com as duas mãos.

-Ai, meu Deus! Você...você não leu? Não é? Por Deus!! Ela tirou rapidamente o diário de minhas mãos e o jogou longe.

-Por que...não me contou? Quando falei, percebi que eu estava chorando. Eu nunca chorei, desde a minha infância. Eu não sabia o que pensar, eu só queria que aquilo fosse mentira. Não queria ter pena de minha irmã. Não era de pena que ela precisava. Ela sempre precisou de alguém que lhe desse segurança e carinho... tudo o que eu não fiz, por ignorância e orgulho. Minha irmã estava sofrendo, e tudo era culpa minha.

-Eu...eu... Isso tudo foi minha culpa. Eu não devia ter confiado nele...mas ele ia te machucar.. e eu...Eu não podia deixar. Bella desabou no chão, encolhendo os joelhos e escondendo o rosto entre os braços.

Meu coração se apertou e já nem me importava em limpar minhas lágrimas.

Me agachei ao lado dela. Primeiro fiz carinho em sua cabeça, e ela só chorava cada vez mais. Então eu a abracei fortemente. Ela me enlaçou com seus finos braços e escondeu sua cabeça entre o vão do meu pescoço.

Percebi que quem precisava tanto daquele abraço, era eu. Sempre senti falta de minha irmã, sempre senti falta de fazê-la se sentir segura comigo. Eu era o irmão mais velho dela, meu dever era protegê-la e quando ela mais precisava, eu não o fiz.

-Eu estou aqui. Vou te proteger.

E era só disso que precisávamos.

Agora estávamos ali. Um dependendo do outro. Finalmente entre irmãos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Aiin, gente, eu chorei com esse final.
Iria ser um final diferente, mas já aconteceu tanta coisa com a nossa Bellinha, deixa ela aproveitar o maninho de volta, néh? =)
E isso foi bem significativo pra mim, sabe? Pelo o que eu passei, e ainda passo, vocês me deram o apoio e o carinho que eu precisava...e é o que Emmett está fazendo com a Bella. Ela só precisava de um toque amigo...
Espero que vocês não tenham me abandonado =/ mimimi rsrs... de novo, quero dizer um "Obrigada" para cada uma de vocês. Vocês são fodásticas!!! =D
Beeeeijos, minhas florzinhas, até o próximo! ^^ Amo vocês!!!