O caminho pra casa foi estranho, depois de se afastar Dorian não falou mais comigo o que era bem estranho da nossa parte ter rolado esse beijo, não queria confessar, mas tinha mexido comigo isso, e mesmo tentando me enganar não podia negar que tinha gostado de sentir sua boca, seus lábios... Preciso parar de pensar nisso!

Entrei silenciosa tentando fugir para o meu quarto, mas minha mãe apareceu na minha frente com mil perguntas que não fiz questão de responder, comecei a subir enquanto ela perguntava onde eu havia ido para Dorian, que apenas respondeu.

-       A princesa estava no cemitério. – disse serio quando já estava no topo.

-       Eva! Ela foi se despedir de John! – sussurrou mamãe com a voz abalada – Preciso falar com ela!

-       Acho melhor em outro momento senhora Seldon, a garota precisa ficar um tempo sozinha. – disse Dorian profissionalmente.

-       Tem razão, mais tarde conversamos, a viagem vai ser longa para Londres. – concordou ela voltando pra cozinha resignada.

Reclamei mentalmente por ele me chamar de garota, acabara de beijar e tratava-me como uma criança, sou uma mulher... Que agora esta dividida entre sentir ou não sentir algo por esse brutamonte desgraçado.

Clara e Dark apareceram logo depois e minha mãe fez o favor de contar pra eles onde tinha ido, agora eles estavam mais preocupados comigo do que eu mesma. Minha cabeça vagava por lembranças que ainda enchiam meu coração de saudade, lembranças que John havia deixado pra mim desde que se fora para sempre.

Flashback...

Estávamos assistindo a um filme na sala da casa de John, era um terror romântico que fazia questão de assistir, nunca tive medo de assistir filmes assim, e John também amava tudo que eu gostava, não éramos os opostos, mas nos atraiamos como imãs de perigo fogoso. John brincava com minha perna enquanto seu braço ficava atrás do meu pescoço, era uma mostra que ele não estava prestando atenção no filme, e muito menos eu com seus toques insinuantes, querendo um contato a mais, não estávamos mais puros há muito tempo desde que a nossa primeira vez aconteceu, mas mesmo assim ainda tinha receio de transar com ele no sofá de sua casa.  

-       Não acha errado nós ficarmos nos agarrando no sofá? – perguntei sinicamente tentando encarar a TV.

-       Você não acha chato ficar assistindo um filme que não tem nada a ver? O que o cara tem de tão interresante? – reclamou virando meu rosto – Temos assuntos mais interessantes pra tratar do que um cara que tem um retrato amaldiçoado.

-       Ele vendeu a alma e esta pagando o preço. – sussurrei  perdendo a batalha.

-       E daí? Ele com alma ou sem alma não faz diferença, é só um filme. – riu beijando meu pescoço.

-       Você não fala isso quando assiste Sobrenatural. – brinquei sabendo que ficaria bravo.

-       Você também gosta de assistir, acho até que prefere o Dean Winchester a mim. – reclamou bravo.

-       Claro que não amor... – ri beijando sua boca – Eu amo você.

-       Então prove. – desafiou sorrindo safado.

John desligou a televisão se virando pra mim com um sorriso brincalhão, me puxando para um beijo ardente, deitando em cima de mim no sofá, beijando meu pescoço levantei meu corpo tirando a blusa rosa e jogando-a longe, deixando a mostra meu sutiã de renda azul, minhas pernas enroladas em sua cintura levantando ainda mais minha saia escura, John se levantou jogando a camisa longe subindo em cima de mim novamente.

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Voltamos a nos beijar cada vez mais ate que um barulho estranho fez John levantar se afastar, parada na porta da sala estava sua mãe, nos encarando seria, não sabíamos onde enfiar a cara, John pegou uma almofada tentando se cobrir, pois estava muito contente... Enquanto eu escondia meu rosto nas mãos corando fortemente, isso servia pra nós não namorarmos no sofá, não quando a mãe dele estava na cidade. Fato.

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Sorri com essa lembrança, ainda tinha vergonha de ver a mãe dele, mas mesmo assim isso nunca aconteceu novamente, sempre ficávamos no quarto, nada de sala. Clara sabia disso, e agora Dark também soubera do ocorrido, pois John havia contado para ele. Mais uma lembrança marcante venho a minha mente e essa era uma que me faria chorar cada vez que lembrasse, pra sempre.

Flashback...

-       Deixe-me ver! – reclamei brava – Por que de tudo isso?

-       Você já vai descobrir!

-       Mas John isso é uma bobagem! – chiei nervosa – Como vou saber se você não esta me seqüestrando?

-       Não se preocupe Eva, estamos quase chegando – contestou John rindo – Pare de ser ansiosa!

-       O que você acha que eu pensaria se meu namorado me chama pra sair no dia do nosso aniversario de namoro de quatro anos, ele me venda, joga no carro e me seqüestra pra um lugar onde não posso ver nem falar? Acha o que? Eu sou curiosa e estou nervosa, vai que você quer me matar!

-       Eu não vou te matar! – riu beijando meu pescoço – Só se for de...

-       Droga! – gritei sentindo meus saltos afundarem – Onde estamos? John!

-       Pode tirar a venda. – informou se afastando.

Tirei aquele negocio dos meus olhos vendo o lindo cenário a minha frente, a praia estava totalmente cobertas por velas, a areia com pétalas e uma toalha de mesa, em cima tinha um delicioso manjar de frutas, vinhos e fondue de chocolate. Ao fundo o por do sol se escondia no horizonte do mar. Era completamente maravilhoso!

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-       John! – sussurrei chocada.

-       Você achava que não prepararia algo especial para nosso aniversario de namoro? Eva isso tudo é para nós. – ele sorriu me abraçando.

-       Mas é tudo... Maravilhoso! – disse rindo.

-       Você merece. – completou.

Abraçados sobre o tecido, após degustarmos todos os deliciosos sabores do nosso piquenique, o por do sol sumia cada vez mais, e o dia estava acabando, mas nosso amor nunca se esgotaria. John me abraçou fortemente sorrindo contra meu pescoço e começou sua declaração de amor.

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Você sabe que faz tanto tempo que estamos juntos, quatro anos de felicidades e brigas... – disse rindo – Minha vida não tem sentido sem você do meu lado, todos os dias quando acordo a primeira coisa que vem em minha mente é seus olhos, sua boca, você.

Nossa vida juntos me mostrou que amor não é apenas um sentimento simples, mas sim complexo, que depende dos dois para crescer cada vez mais e sobreviver às barreiras da angustia e infelicidade, você fez com que esse amor crescesse cada vez mais, minha garota birrenta que vive implicando com os outros, que tem o sonho de cantar... Que vai realizar comigo ao seu lado.

Evangeline Evans uma garota que desde que vi naquela tarde de outono de baixo da macieira foi à mulher que escolhi para amar durante toda minha vida, aquela que esteve ao meu lado nos piores e melhores momentos, que como diriam na felicidade ou doença estava ao meu lado, segurando minha mão, a menina mulher que me ensinou tudo que um homem precisa aprender para viver um grande amor.

Você Eva é minha felicidade eterna, minha amada safada... – riu me puxando para encará-lo – A mulher que faz meu sangue ferver, meu coração bater e meu corpo gemer. Você é a única que faz minhas mãos soarem ao te ver, meu peito se apertar com a distância, à saudade sumir quando esta perto, aquela que me fez aprender a amar, e que sempre, para todo sempre vai ter o meu amor.

Eu amo você, eternamente.

Voltei ao presente tentando não chorar ainda mais, abracei ainda mais o travesseiro sentindo Clara e Dark me abraçarem também, era impossível esquecer nossos momentos felizes juntos, não podia não lembrar seu rosto feliz quando saiamos, a cada beijo uma felicidade, cada toque um sentimento descoberto, o garoto que me beijou pela primeira vez, aquele que entreguei meu corpo e minha alma, o homem que me transformou em mulher, que fez de mim a pessoa mais feliz do mundo...