Ralph, junto a Jane e mais dois de seu grupo, se encaminharam furiosos para a cede de Lility. Não trocaram palavras. Ralph estava muito furioso e prefiriram não o incomodar. Mais a frente encontraram a entrada da caverna. Eles não podiam entrar sem a autorização. Conhecendo bem aquele local, Ralph foi até uma grande árvore do lado da entrada e olhou para um dos galhos. Como havia pensado, ali tinha uma câmera de vigilância.

- Lility, me deixe entrar! Preciso falar com você! - gritou para a câmera.

Não demorou muito, e ouviram a voz de Lility sair por um auto-falante também preso na árvore.

- Só permito sua entrada Ralph, os outros três ficam te esperando aqui. - respondeu aquela voz horrível de Lility.

Ralph olhou para Jane e para os outros e confirmou que entraria sozinho.

- Cuidado. - advertiu Jane.

- Eu terei.

A grande pedra que bloqueava a passagem da caverna girou, e apareceu uma jovem vampira. Ralph não a conhecia, o que significava que era mais uma das vítimas recentes de Lility. 

A garota o guiou por um grande corredor, e logo chegaram a um porta de ferro. Ralph olhou para o lado e viu um trio de vampiros conversando. Uma delas ele conhecia bem, Julia Houtville. Os outros dois ele não conhecia. A garota abriu a grande porta de ferro, e continuaram a entrar. Mais a frente, Ralph viu Lility sentada em uma luxuosa poltrona vermelha. Haviam vários guardas, e alguns deles humandos, protegendo-a.

- Ralph, meu irmão, que prazer em te ter aqui novamente! - disse Lility. 

***

Julie olhou para Isac assustada. Rose não entendera o motivo da aflição, mas sabia de que alguma forma fora causada pela presença daquele garoto.

- Quem era ele? - perguntou Rosalie.

- Ralph Entregian. - respondeu isac. - O chefe dos lobos. O que será que ele está fazendo aqui?

- Ele é o Ralph? Nossa, é uma gracinha! - Rose disse com um pequeno sorriso.

- Não repita isso! - Isac fez um movimento com a mão e Rose foi atirada contra a parede. - Você deve ter ódio dele!

- Calma Isac, ela é novata, eu mesma já me apaixonei por ele no início. - defendeu Julie.

Isac deixou Rose livre.

- Me desculpe Rosalie? - pediu ele. - É que este cara me ferve os nervos.

- Perdoado Isac, você também é um gatinho.

Isac sentiu suas bochechas ficarem vermelhas. Julie sentiu uma pontada de ciúmes que logo passou.

- Ralph deve ter vindo falar com a Lility. 

- Lility? - perguntou Rose.

- Sim, nossa autoridade. Vai conhecê-la daqui a pouco. Ela deve aprovar você para fazer parte do exército.

- E o que acontece se ela não me aprovar?

- Você vira nosso jantar. 

***

Angelina e Tom foram para a LPC. Tom olhou seu relógio de pulso. 18:15.

- Daqui a pouco o Alterado chega na LPC. Precisaremos ter cuidado.

- Sim. - respondeu Angelina.

- Tem certeza que vai dar certo?Como vamos saber se não estaremos de fato entregando um cavalo de Tróia a eles?

- É por isso que precisamos de um deles. Como cobaia.

- Mas se agente matá-lo, a coisa irá ficar furiosa, e quem vai pagar é Sarah e Alice.

- Fique calmo Tom, meus anos estudando ciência enfim valerão a pena.

Eles entraram no laboratório que fora preparado para eles. Peter os esperava sentado junto a mesa de testes.

- Já chega! - disse ele rispidamente. - Vocês saem, ficam de segredos, me dizem que vão fazer a vacina e não me dão detalhe nenhum. Devo lembrá-los que estão trabalhando pra mim. Sou eu que paga seus salários ao fim do mês.

- Tudo bem Peter. Vamos te contar toda a verdade. - disse Angelina se sentando junto a ele. Tom olhou pra ela indeciso, ela não deu a mínima. - A história é longa. 

- Eu tenho tempo. - disse Peter ainda muito frio.

- Quando saimos Tom me dissera que deveria ter alguma forma de criar novamente a mesma fórmula do projeto do meu pai. Eu não entendi muito bem. - mentiu ela. - Mas aí fomos até meu escritório aqui na cidade e encontrei alguns documentos que comprovam que ele estava certo. Podemos fazer uma fórmula igual e colocá-la na vacina. Tudo se reverterá.

- E por que ficaram de segredo? Poderia ter ajudá-los.

- Entenda Peter, não queriamos confirmar algo sem ter certeza. - Tom entrou no jogo da mentira. - Agora está tudo sob controle.

- Virá um amigo meu para me ajudar na criação da fórmula as 19:00, poderia avisar lá na recepção que ele está a caminho? - Angelina olhou Tom incerta. 

- Claro. - peter saiu do laboratório.

- Graças a Deus ele é fácil de se enganar. - disse Angelina.

- É, mas por quanto tempo?

***

Ralph se aproximou mais de Lility. Ela continuava como sempre. Linda. Uma pele clara como neve, olhos negros, intensos. Um cabelo negro, curto, na altura dos ombros. Ralph imaginou os dois juntos em um quarto se ela não fosse um monstro.

- Ah Ralph, pare, não me imagine com você na sua cama, fico envergonhada. - disse ela lendo os pensamentos dele.

- Saia da minha mente sua vadia! - gritou ele. - Só vim pra te dar um aviso, pare de modificar vidas inoscêntes.

Lility se levantou, fez um gesto para os seguranças enormes se afastarem e foi até ele. Ela colocou a mão em seu rosto e o acariciou.

- Ralph, eu gosto muito de você. - disse com sua voz sobrenatural. - Se você se juntasse a nós, poderiamos ser mais fortes. Ficariamos juntos para todo o sempre.

- Eu não quero. - ele se afastou dela. - Olha só no que você se transformou. Onde deixou aquela menina doce, filha da minha vizinha, que sofrera esta modificação comigo, e que jurou combatê-la legalmente?

Lility relembrou os momentos de sua infância com Ralph. Sempre foram bons amigos. O fato de terem aprticipado da experiência na LPC juntos, os uniam. Mas quando ela completou doze anos de idade, e começou a entender melhor a covardia que fizeram com ela, decidiu se vingar, mas Ralph não queria o mesmo, então eles se tornaram inimigos. 

- Esta garota está aqui Ralph. Mas agora ela quer ir atrás dos responssáveis por sua infância traumática. Você melhor do que ninguém entende o bullying que sofri por ter os olhos vermelhos, ser muito pálida, diferente de todos.

- Sim, eu sei. E sinto a mesma raiva que você. Mas matar o peter não adiantaria. Não se resolve violência com violência.

- Meus plano agora não é matar o Peter. Ele me deu poderes. Sou grata agora por isso. O que eu quero é o controle total do mundo. Que a raça vampira

se multiplique em todos os continentes. E seria muito bom ter você ao meu lado.

- Minha raça é a dos lobos, e eu sei bem que você não quer nenhum lobo em seu caminho.

- Sim, mas se você se juntar a mim, não precisaremos deste ódio um pelo outro. Juntos somos fortes. Você e eu.

- Não existe você e eu. - ele se afastou mais. - Nunca vou me juntar a você. E só vim até aqui para te dar este aviso, se quer guerra, terá guerra. Não deixarei que vocês se movam mais. Nem de dia, nem de noite. Matarei um por um de vocês que estiver na floresta. Entendeu bem?

- Sim, eu entendi. Porém creio que não poderá fazer isso. - Lility fez outro gesto para um dos guardas. Ele foi até uma porta, entrou e depois saiu segurando uma menina amordaçada. - Essa é Sarah Smith, filha de Thomas Smith. Estou com ela e com a mãe. Se voltar a entrar no meu caminho, eu libero meus novatos para se alimentarem delas. É isso que quer Ralph? Decida-se. Ou me deixa seguir em frente com meu plano, ou será responssável pela morte das duas.