Bem, aqui vamos nós. 7:00 da manhã, parada na porta da minha nova casa, a casa onde seria difícil esquecer por onde minha mãe passou. A casa de sua infância. Eu não tinha mais pra onde ir, e aquele era o único lugar onde eu podia sentir a presença da minha mãe. Morar com os meus avós, sem problema..., esquecer a dor, fora de cogitação.

Respirei fundo, e toquei a campainha. Não demorou muito e...

-Oi vó!

-Pega sua mala e entra..., não tenho todo o tempo do mundo.

-Ahm, tá...

-Feche a porta quando entrar, garota.

É eu vi, ela me odeia, mais um problema pra resolver...

Fechei a porta. Não tive problema de encontrar o quarto de mamãe, ainda tinha o jeito dela.

Desci pra cozinha, comi umas torradas, e deixei que descessem a seco. ouvi alguém regando algo no jardim..., meu vô.

Fiquei com um pouco de receio de atrapalhar, mas fui..

-Ahm...Oi..vô.

-Bella, chegou cedo!

-É...

-Como vai esse coração filha?

-Fraturado, sangrando, mas tá indo..

-Eu sei que é difícil Bella, você é forte.

-Obrigada Vô.

-Depois quero que me faça um favor

-E qual seria vô?

-Vá a uma floricultura, e compre flores, quero que você as plante, regue, e cuide.

-Por que?

-Sem mais perguntas.., vai e aproveita o dia querida.

-Pode deixar.

Diferente de minha avó, meu avô era sereno, calmo..., como minha mãe...

Minha vó por outro lado, me culpa e me condena. Eu por outro lado só quero aprender lidar com isso. É, vai demorar.

Subi pro meu quarto..,quando entrei a janela estava aberta, e ví um pássaro a mecher em algo..., uma chave?.... Corri para afastá-lo mas ele levou a chave e pousou em uma arvore a deixando em seu ninho.

Só sei de uma coisa..., eu preciso dessa chave.