Aquela não era uma manha comum. Nada parecia comum pra mim quando envolvia Quinn Fabray e mesmo já estando naquela situação antes, tudo parecia diferente.

Na primeira vez que acordamos na mesma cama, Quinn havia bebido um pouco a mais e fingia que tinha esquecido que havia me beijado. Aquilo não  aconteceria de novo. Quinn não chegou bêbada na minha casa e com certeza não esqueceria o que aconteceu na noite passada.

A chuva ainda caia fraquinha la fora fazendo uma barulho gostoso quando batia na janela. Aquele friozinho dentro da casa,a respiração de Quinn na minha nuca e seu braço em volta de mim, tudo aquilo era perfeito e calmo, nada parecido com os últimos dias que tivemos.

Aquela deitada do meu lado, era a garota que eu havia me apaixonado, que me fazia querer ser alguém melhor, parecendo disposta a mudar pra ficar comigo e por mais que eu não quisesse facilitar as coisas, Quinn sabia exatamente como jogar, e ela jogava pesado.

— Bom Dia - Quinn acordou dando um beijo no meu pescoço e apertando meu corpo no seu.

— Bom Dia - respondi me virando para ela decidida a não dar brechas

— Olha eu queria muito que você soubesse o quanto essa noite foi especial pra mim

— Pra mim também

— Eu achei ótimo ter sido com você minha primeira vez.

— Também achei.

— Ainda mais com você que é única garota que eu já fiquei. - eu não podia dizer o mesmo

— Aham

— Não vai dizer que eu também sou a única garota?

— Você também é a única?!

— Como você mente mal Rach. Eu sei que você já ficou com a Santana.

— Como você sabe? – ainda bem que só sabe da Santana.

— Santana, sem querer, deixou escapar um dia - aquela boca grande

—Você tem sorte. Se ela tivesse ficado com você, também teria deixado “escapar” -Santana gostava que os outros soubesse dos seus feitos.

— Por que você acha que eu não fiquei com ela? Santana não é do tipo discreta.

— Quer dizer que se ela fosse discreta você ficaria?

— Não.

— Eu sei que ela ficaria. – Acho que Quinn era o único ser na escola que Santana não tinha pegado.

— Você perguntou pra Santana se ela ficaria comigo?

—Não. Eu perguntei se ela já tinha ficado.

— E por que você perguntou isso?

— Não sei, acho que na época era um meio de saber se você gostava de garotas. -mesmo no fundo não querendo saber a resposta

— Eu não gosto de garotas Rach, eu gosto de você. - Quinn sabia usar as palavras certas e eu estava começando a abaixar a guarda de novo, então resolvi sair daquela cama

— Ei aonde você vai? - ela disse segurando minha mão

— Preciso ir ao banheiro, tomar um banho.

— Posso ir com você? - o meu Deus eu mereço

— Pode ir depois de que eu for. - Quinn ficou um pouco decepcionada

— Vou preparar nosso café então.

— Faz o que você quiser. – mesmo parecendo não respondi com grosseria.

Sai do quarto para o banheiro, liguei o chuveiro e fiquei la vendo a água cair tentando esfriar a cabeça. A Quinn porque era sempre assim com você, sempre tão fácil. Por que:

Something always brings me back to you.
It never takes too long.
No matter what I say or do
I'll still feel you here
'til the moment I'm gone.

You hold me without touch.
You keep me without chains.
I never wanted anything
so much than to drown in your love
and not feel your rain.

Set me free, leave me be.
I don't want to fall another moment
into your gravity.
Here I am and I stand so tall,
just the way I'm supposed to be.
But you're on to me and all over me.

You loved me 'cause I'm fragile.
When I thought that I was strong.
But you touch me for a little while
and all my fragile strength is gone.

Something always brings me back to you.
It never takes too long

Desci e a encontrei na cozinha preparando o que deveria ser um café da manha, mas parecia mais um banquete. A mesa estava arrumada e no centro tinha uma rosa vermelha linda que eu tinha certeza que era do jardim do meu pai, como também tinha certeza que ele iria me matar se visse aquilo.

— Quinn não precisava fazer tudo isso.

— Claro que precisava, queria te agradecer pela noite. – ela puxou a cadeira e fez um sinal para que eu me senta-se do seu lado. Comi umas torradas, tomei um pouco de suco e tudo isso em meio ao olhar intenso de Quinn.

—Toma prova isso. – ela pegou um pedaço de doce com a colher e levo na direção da minha boca como se eu fosse uma criança comendo papinha. Só eu que acho dar comidinha na boca apelação de mais?

— É muito bom. – respondi voltando minha atenção pro suco a minha frente

— Espera deixa eu limpar aqui. – Quinn passou o dedo no canto da minha boca e me beijou. Não era apelação, aquilo era clichê.

— Acho que é melhor te levar para casa. – me levantei da mesa e peguei as roupas de Quinn na secadora. Voltei pra cozinha e entreguei pra ela.

— Vou te esperar no carro enquanto você troca de roupa.

Entrei no carro e fiquei esperando por Quinn que apareceu uns 10 minutos depois. Dirigi em direção a sua casa sem falar muito e como de costume parei o carro na porta dos fundos esperando Quinn descer.

— Rach eu fui atrás de você, passei a noite com você, nos dormimos juntas - literalmente – O que mais eu tenho que fazer pra te provar que quero mudar?

— Sai comigo hoje à noite.

— Sair tipo um encontro?

— Sim.

— Com pessoas vendo a gente junto? – cinismo era de mais

— Quer saber? Sai do carro Quinn.

— Não, tudo bem. Eu saio com você

— Serio?

— Serio Rach. – acho que dei o maior sorriso da minha vida

— Okay, então me encontra naquele lugar novo que abriu perto do colégio la pelas 20 hrs, pode ser?

— Te encontrar la? Quer dizer que você não vai vir me buscar?

— Não. Se você realmente quer, vai por conta própria. Quero ver você arrumar um jeito.

— Tudo bem. eu arrumo um jeito – ela abriu a porta do carro – Sem beijo de despedida?

— Tchau Quinn. – ela fez biquinho e saiu do carro indo para a porta, o que por impulso eu também fiz.

— Ei espera – puxei Quinn pela cintura e dei um beijo, bem ali na frente da casa, pra quem quisesse ver, coisa que não aconteceria já que a rua era deserta e ainda tinha aquela droga de chuva que não parava.

— Ate de noite Rach. – mais um beijo, ela entrou para a casa e eu voltei pro carro rindo como uma idiota.

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Cheguei em casa me sentindo a pessoa mais feliz do mundo. Não conseguia conter tanta ansiedade de um primeiro encontro com Quinn. Era isso que eu queria, que ela não tivesse vergonha de ser vista comigo, que ela não tivesse vergonha de mim e aquela noite isso iria acontecer. A principio não acreditava naquela promessa de mudança, mas depois de Quinn aceitar sair comigo, e aquele beijo na porta da sua casa, era tudo que eu precisava. Talvez as coisas estivessem finalmente se encaixando e quando a campainha tocou me trazendo de volta dos meus pensamentos, eu percebi que algumas peças estavam sobrando.

— Alex?

— Ei Rachel – ela sorria como sempre – Posso entrar?

—Claro, entra ai. – fiz um sinal para que ela entrasse e fechei a porta. – Não repara muito na bagunça, não tive muito tempo de preocupar em arrumar.

— Choveu dentro da sua casa? – Alex disse infelizmente já reparando o tapete de entrada ainda molhado por causa de Quinn.

— É mais ou menos isso. Mas então, por que da visita?

— Bom desde o dia do baile você não me liga, não me manda uma mensagem, não da sinal de vida nem me procurar pra resolver algum grande problema relacionado com uma menina loira que você insiste em correr atrás. Fiquei com saudades. – Alex começou a se aproximar de mim. Droga por que ela tinha que ser tão...

— Pois é falando na Quinn – sou uma péssima pessoa - Nos voltamos. – a expressão dela mudou totalmente

— Uol..Serio? – ela se afastou e cruzou os braços.

— É, voltamos ontem à noite ou hoje de manha não sei direito.

— Ah! Isso meio que facilita o que eu vim dizer então. Depois de amanha eu estou voltando para Nova York, pra casa da minha avó.

— O que, você esta brincando?

— Não. Tenho que continuar meus estudos, terminar faculdade, ver se arrumo uma caloura pra passar o tempo – Alex deu um sorriso forçado - enfim a questão é que meu irmão e a Carole resolveram dar uma festa de despedida pra mim essa noite e não tem muitas pessoas que eu queira me despedir alem de você.

— Essa noite? – tinha quer ser

— Sim, tem algum problema?

— É que hoje é a primeira vez que Quinn e eu vamos sair juntas, nosso primeiro encontro, apesar de ser como amigas claro, mas eu posso remarcar e...

— Não não, tudo bem vai com ela, eu entendo. – Alex caminhou ate a porta – então acho que a gente se despede aqui.

— Obrigado por tudo – dei um abraço forte. Ela ficou me olhando por alguns segundos e passou a mão no meu rosto.

— Adeus Rachel. – Alex se despediu me dando um longo beijo no rosto e foi embora.

Eu gostava dela, de como me tratava, dos momentos engraçados que passamos juntas. Alex se tornou especial em pouco tempo e ia fazer muita falta pra mim. O telefone tocou e mais uma vez eu fui trazida dos meus pensamentos pra realidade.

— Rachel Berry por favor.

— É ela.

— Senhorita Berry meu nome é Johnny Brandon da Faculdade Julliard. Nos vimos sua apresentação nas nacionais e acreditamos que você tem o talento necessário para se juntar ao nosso grupo e gostaríamos de contar com você para o próximo semestre. Você teria algum interesse?

Algum interesse? Aquele era meu sonho se tornando realidade. Não conseguia acreditar que de repente tudo estava dando certo. Primeiro Quinn e agora Julliard. Espera e a Quinn? Se eu aceitasse teria que deixá-la depois de tudo que passei pra ficar com ela, mas também esperei a vida inteira por aquele telefonema. Sempre achei que não pensaria duas vezes quando esse dia chegasse e agora me via dividida entre o amor da minha vida e o futuro dos meus sonhos. Bem o amor podia esperar, Quinn podia esperar. Aquela era uma chance única e todo mundo sabe o que fazer quando se tem uma oportunidade dessas:

— Desculpa, mas eu não posso. – você a perde.

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As coisas finalmente estavam voltando ao normal. Meu braço já estava bem melhor então poderia passar a ultima semana com as cherrios. Havia enfim me livrado de Puck e pra completar consegui voltar com Rach depois de uma noite incrível entre nos duas. Agora meu maior problema era pensar em outra desculpa para sair duas noites seguidas sem que meus pais começassem a me encher de perguntas.

A velha e boa desculpa de ir pra casa de Santana funcionou mais uma vez. Ainda bem que na minha casa ela se comportava como a garota perfeita para se ter como amiga, por que imagina se meus pais soubessem como Santana realmente é?

Já estava quase pronta quando recebi uma mensagem de Rach:

“Hoje é mesmo nosso primeiro ENCONTRO?”

É claro que eu sabia o motivo da palavra encontro escrita em maiúsculo, era o meio de Rach dizer que mesmo que a gente se comportasse de tal forma, aquele não era só um jantar de duas amigas.

“ Sim. Nosso primeiro ENCONTRO. Se eu atrasar você me espera? ”

Nunca fui nesse tal lugar novo perto do colégio e descobrir podia levar algum tempo.

“Se ainda não percebeu, eu estou sempre esperando por você”

A campainha tocou. Fiquei com medo que meu pai atendesse e de repente fosse Rach então fui correndo atender a porta. Melhor se não tivesse feito:

— Achei que você não fosse me ... – disse abrindo a porta e tomando um grande susto quando vi quem era - ...buscar.

— Uaal. Tudo isso é pra mim?

— Finn, o que você esta fazendo?

—Vim conversa sobre nos.

— Não existe nos Finn e eu não tenho nada pra falar com você. – empurrei a porta, mas Finn não deixou fechá-la.

— A Quinn nos temos muita coisa pra conversa. Que tal começarmos pelo seu novo hobby de ficar com garotas? – parei.

— O que?

— Eu sei do seu namorinho com a Rach há algum tempo já.

— Não sei do que você esta falando. Isso é mentira. – segurei a porta de novo.

— Serio. Então foi outra garota loira que eu vi a Rach beijando no auditório, na enfermaria, ou no corredor da escola

— De onde você tirou tudo isso?

— Tirei do dia da sua festa depois que Santana me expulsou da sua casa e sabe se la por qual razão eu resolvi ficar de tocaia. Não estava mentindo quando disse que faria de tudo pra ter você de volta Quinn, só não pensei que você iria facilitar tanto as coisas.

— Facilitar as coisas? - Rach achava paranoia, mas sempre ficávamos nos lugares mais escondidos possíveis.

— Sim. A vantagem de namorar uma menina com pais tão radicais quanto os seus é que você tem que descobrir maneiras de ficar com ela. Então, depois que todo mundo saiu correndo da sua festa, fiz como nos velhos tempos em que pra ficar com você eu tinha que subir escondido a sacada do seu quarto e devo admitir que o que eu vi era bem parecido com o que fazíamos.

— Se isso é verdade então por que você esperou tanto tempo?

— Porque eu não acreditei. Achei que talvez você tivesse bebido a mais e feito aquilo por impulso. Pra ter certeza que era loucura minha, comecei a te seguir e a presenciar momentos interessantes entre vocês duas, a propósito fui eu que espalhei o boato da noite do baile. Não esperava que o idiota do Puck fosse concorda com sua historia, mas a sua reação foi exatamente como eu pensei que seria. Você tem tanto medo do que as pessoas fariam se descobrisse. O que seu pai iria achar de tudo isso Quinn? – Finn tinha todos os argumentos, mas não tinha provas. Era a palavra dele contra a minha.

— Meu pai não vai acreditar em você Finn, ninguém vai. Não depois de você ter me traído. Todos vão pensar que você esta inventando essas historias.

— É eu pensei nisso também – Finn tirou do bolso um envelope amarelo – não acha que eu seria tão burro assim neh?!– ele me passou e quando abri havia um monte de fotos, de todos os lugares que eu estive com Rach – Particularmente eu adoro essa de vocês duas na piscina da sua casa. Coitada da Judy se soubesse o que aconteceu ali...

— O que você quer Finn? – estava rendida, aquilo não podia estar acontecendo.

— Você sabe o que eu quero Quinn. Eu quero você e eu sei que você ainda sente algo por mim

— Eu amo a Rach entende isso.

— Se ama mesmo porque não assumi que esta com ela? Covardia?

— Não sei. É complicado.

— Sim Quinn é complicado e sempre sera. Seus pais nunca vão aceitar esse relacionamento e você nunca vai ter coragem de contar pra eles. E se contar vai estragar a vida de todo mundo principalmente a da Rach.

— Como assim?

— Você e eu somos bons pra Lima, mas a Rach não pertence a esse lugar. Ela é maior que isso aqui e você sabe que é questão de tempo alguma grande universidade se interessar por ela. Como também sabe que ela te ama o suficiente pra desistir de tudo pra ficar contigo, se sentir que você faria o mesmo por ela o que, te conhecendo, não acho que vai acontecer – Finn tinha razão. Eu ia acabar prendendo Rach naquela cidade por puro egoísmo

— O que eu tenho que fazer pra isso não acontecer?

— Simples você fica comigo, parte o coração da Rach e ela vai embora ter um futuro melhor que o nosso.

— Mas eu não gosto mais de você Finn.

—Aprende a gostar de novo. Se eu não tivesse vacilado com você ainda estaríamos juntos e nada disso teria acontecido. – será? - Então Quinn vai me convidar pra entrar e contarmos pra seus pais que voltamos ou eu posso ir embora decidir pra quem mando essas fotos primeiro, talvez para o pastor da sua igreja. – não conseguia pensar, não conseguia fazer nada, apenas chorava.

— Se eu voltar você se livra dessas fotos?

— Você acha mesmo que eu sou tão idiota assim? Fala logo o que vai ser Quinn, viver comigo por chantagem ou com a Rach sabendo que ela podia ter uma vida bem melhor? Finn ergueu a mão pra mim e eu peguei puxando pra dentro de casa. – Sabia que você faria a escolha certa.

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Eu nunca fui o tipo de pessoa que me apaixonava facilmente. Pra falar verdade acho que nunca tive muita sorte no amor e por um tempo deixei de acreditar nesse sentimento que deixa as pessoas tão vulneráveis, tão inocentes tão... Idiotas. Foi idiotice minha achar que algo que deveria nos unir foi o motivo para a garota que eu amei por três anos terminar comigo e agora de novo eu estava sendo idiota por pensar que talvez com Rachel as coisas fossem acontecer de outra forma, mas não foi e de repente ir embora de Lima se tornou algo fácil, afinal, não tinha mais nenhum motivo pra ficar.

Eu estava odiando aquela droga de festa, odiando sorrir pra pessoas que eu não conhecia e que com certeza não estavam la pra se despedir de mim mas odiava ainda mais Finn, que resolveu fazer aquela palhaçada pra recompensar o fato de ter se esquecido do meu aniversario, e ate agora não havia aparecido.

Já eram um pouco mais de 21hrs quando eu senti uma mistura de alivio e confusão. O alivio foi ver a porta se abrindo e Finn entrar com um imenso sorriso. A confusão foi perceber que ele não estava sozinho e agora vinha na minha direção segurando a mão de uma garota.O que raios ela esta fazendo aqui com o ele?

— Surpresa!!! – Finn disse apontando pra Quinn.

—Eii vocês, juntos?! – ela não parecia tão empolgada quanto meu irmão

— Não é incrível? – Finn me deu um abraço

— É... Incrível. – ou Rach estava mentindo pra mim ou Quinn estava mentindo pra Rach – Como isso aconteceu?

— Nos encontramos hoje , conversamos sobre nos dois e a Quinn percebeu que ainda gostava de mim e era hora de me perdoa. Não é Quinn?

— Sim. – Quinn concordava com a cabeça. – Todo mundo merece uma segunda chance.

— Você é tão boa meu amor, quase um anjo. – se não o conhecesse diria que Finn parecia irônico e aquilo era estranho, muito estranho. – Vou pegar algo pra gente beber. – deu um beijo nela e foi pra cozinha. Era a chance de esclarecer as coisas.

— Sabe o que é engraçado nessa historia de você voltar com o Finn? Eu escutei a mesma historia hoje mais cedo, mas era outra pessoa que me disse que tinha voltado com você. Quem era mesmo? A é ... a Rachel – Quinn ficou olhando pros lados como se não quisesse me encarar. – É mentira?

— Não.

— Cara ela deve te amar de mais pra aceitar isso. – Rachel era a prova de como o amor deixa as pessoas idiotas. Como alguém podia aceitar aquela situação?

— Ela não sabe que eu voltei com ele.

— O que? Como assim ela não sabe?

— Eu não contei pra ela. Ela não vai entender.

— Entender o que Quinn?

— Droga ela nunca vai me perdoa. – Quinn parecia paralisada, mas eu não ia fazer o mesmo.

— Eu vou atras dela. – peguei as chaves do carro.

— Ela não deve estar em casa.

— E onde ela deve estar? – Quinn parecia não querer responder – Onde Quinn?

— Me esperando onde seria nosso primeiro encontro.

— Você nem sequer avisou que não iria?

— Não podia. Finn ficou o tempo inteiro do meu lado.

— E onde é esse lugar?

—Não sei direito. É um bar novo que abriu perto da escola. Ela já deve estar me esperando a mais de uma hora – Quinn deixou uma lagrima cair, mas limpou rapidamente quando Finn voltou.

— Ei aonde você pensa que vai? – Finn perguntou me vendo abrir a porta. – Vai fugir da própria festa?

— A única pessoa que eu realmente queria que estivesse aqui não esta, e eu vou atrás dela. – Me virei e comecei a descer as escadas quando senti Quinn segurar meu braço.

— Diz pra ela que eu sinto muito. – fosse qual fosse à razão de Quinn estar agindo daquela maneira, naquele momento era o que menos queria saber. Fiz que sim com a cabeça e continuei descendo as escadas indo para o carro. Eu só queria encontrar a Rachel

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