Here I Am. escrita por HelenaSantos1510


Capítulo 1
Here I Am.


Notas iniciais do capítulo

Acabei mudando algumas coisas. xD



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Diário de Hyuuga Hinata.

Querido diário.

Creio que poderia arranjar palavras melhores para este começo, mas devo me lembrar que isto é apenas uma pequena introdução.

O que eu não queria, aconteceu, e sim, isto é uma merda. Apaixonar-me foi a PIOR decisão que eu poderia tomar. Eu deveria saber qual é o meu lugar, ou seja, longe de tudo que faz parte do mundo de Sasuke.

O mundo de glamour e fama não me pertence, e eu nem tenho estilo para entrar nele! Sinto-me mal por ver as pessoas diminuídas e não gosto de ser rude quando não é necessário, ou até mesmo, má.

Contudo, Sasuke sempre tira um tempo para mim, me encontrando na biblioteca. Nas primeiras vezes, tentei me esconder. Eu tinha medo e pensava que ele poderia estar atrás de mim apenas para sacanear junto dos amigos. Eu já me sentia inferior perante as garotas, eu não precisava de mais pessoas em minha lista. Geralmente, não gostava de receber atenções, se apenas atrairia apenas a ira das garotas ou comentários alheios. Já ouvi dizer que era bonita, mas não me passava despercebido o tom malicioso para me elogiar. Razões pelas quais, eu queria ser invisível.

 Isso deu certo durante algumas semanas. Eu sempre mudava de mesa, ou me sentava entre as prateleira de livros.

Só que ele me encontrou, quando estava prestes a sentar no fundo da última prateleira. Segurou-me pelo pulso, pedindo que eu andasse. Eu até poderia gritar, mas eu já passo por estranha aqui, não quero ser taxada de louca também.

Deixava ele se aproximar, olhando para os lados de forma furtiva. A boca ficava seca, e eu me preparava para o pior. Mesmo que ficássemos em silêncio, fazia questão de me sentar afastado. Eu percebia que ele me lançava um olhar triste, como se pedisse uma chance. E como um bom Uchiha, não desistia. Eu já cansava de querer repeli-lo, sendo que até então, não havíamos começado um diálogo consistente. Estendi a minha mão para ele, e me apresentei, como se nunca tivéssemos nos conhecido. E este fora o primeiro erro. Eu dei a brecha para que ele entrasse, e eu já havia jurado, nunca mais deixaria ninguém me fazer de idiota.

Eu percebia como ele tratava as garotas, achando que elas fossem objetos, e realmente, ele tinha dinheiro e poder, devia mesmo achar que tinha o direito. O estranho, é que ele, quando me via, junto dos amigos, apenas passava como se eu nem existisse. Qualé não sou “Princesa” daqui, tem que haver algum motivo. Eu aprendi a desconfiar de tudo, e me defender. Era assim que as coisas funcionavam. Alguém tem que estar em cima, e quem obedece, tem juízo.

Estávamos sentados encostados à parede, no final da última prateleira. Até aquele momento, achei desnecessário perguntar o porque de sua curiosidade sobre mim. No inicio, eu iria mesmo perguntar, mas algo me impedia. Eu, no fundo, sentia falta de companhia, e pelo que conseguia julgar, ele também. Eu tive medo de perdê-lo. Deixar de ter alguém que me escutasse, e me sentir só, como de costume. Não dói quando você se acostuma, só que agora, o silêncio me mata, e me corroi. Eu não queria mais me fazer de forte, me sentir tão fria por dentro, sem carinho a oferecer. Eu queria chorar sempre que via que jogava fora a chance de tê-lo para mim mais cinco segundos. Sentia falta de mim, da antiga Hyuuga Hnata que ele despertou. A que se arrisca, deixa ser cuidada. Tem suas recaídas, sabe sorrir. Que vive, ao invés de sobreviver.

- Sasuke, olha só, tá me perseguindo ou o que? falei de uma vez. Isso estava me consumindo há dias! Porque o popular estava atrás da estranha? Percebe como isso não faz sentido?

Senti-me tensa naquele silêncio que havia se formado entre nós. Fitei a parede, tentando achar uma distração. Isso esta sendo bizarro, quero ir logo embora, mas Sasuke não fala o que é. Percebi que ele respirou fundo, e me chamou, para que eu prestasse atenção. Dobrei a minha perna e apoiei o meu cotovelo no joelho, fitando-o desinteressada.

- Não é isto, Hinata. Não sou um psicopata.

Pode até não ser, mais estou sentindo que estou perdendo meu tempo. Além do que, estou quase a ponto de ter uma sincope. Minha mente estava confusa. Antes eu o via como alguém querido, que me trazia algum conforto, mas as coisas mudaram. E eu não sei lhe dar com mudanças, isso não acontecia comigo, até então.

Revirei os olhos. – Mesmo, idiota?

Ele bufou, e iria se levantar. Contudo, eu segurei sua camisa, e o olhei como se pedisse desculpas. Eu e minha bipolaridade. Ele estava sendo gentil até então, só que eu me sinto acuada, é algo realmente complicado que eu estou lidando. Ele não deixou de ser Uchiha Sasuke, ou seja, ele ainda tem o lado inimigo dentro de si.  Ou isto seja paranóia. Qual é o meu problema afinal?

Eu não sirvo para me apaixonar, e em teoria, eu deveria estar mais dócil. Errado, me sinto ameaçada. Eu não quero que as pessoas entrem na minha vida para me machucar, o que parece ser a especialidade alheia.

- Desculpa, estrupício, senta aê. – pedi do meu jeito delicado.

Ele deu uma risadinha. – Você não existe mesmo.

Ah, você não vu nada, Uchiha. Ele estava zombando? Ah, eu senti um tom de ironia ali, mas eu deveria deixá-lo falar, antes que ele desistisse.

Sasuke sentou-se ao meu lado, e então, segurou a minha mão. Eu abaixei o olhar e fiquei ali, fitando o gesto dele, e como aquilo me fazia sentir bem, como se eu fosse a garota mais sortuda do mundo. E claro, minhas bochechas estavam corando.

- Você é diferente, gosto de sua companhia. – ele confessou, baixinho.

Ah... era isso. Logo desanimei. Relembrei de nossas conversas, onde eu acabava contando um pouco da minha estória. E ele parecia realmente interessado, e dizia o que pensava, sendo bastante cuidadoso para não me ofender ou me irritar. È uma graça, e isso me fez perceber que eu sentia saudade quando não o via, e que meus sorrisos só vinham quando ele estava por perto.

Só eu amava por ali.

- Ah... isso eu já percebi. – ironizei. – Mais alguma coisa?

- Amo você.

Hum? Eu não sabia como reagir. Eu fiquei ali, estática, vendo onde estava a mentira naquilo, ou se ele estava mesmo falando sério. E eu vi apenas a certeza. Ele não gaguejou, não desviou o olhar do meu um segundo. Era verdade! Joguei meu corpo sobre o dele, feliz, rodeando meu braço em seu pescoço. Ele acabou indo ao chão com a força do impacto, e eu me permiti rir, enquanto colocava meu corpo por cima do dele. Era o momento pelo qual eu sempre anseie. E o que eu estava sentindo, eu devia a Sasuke. Eu poderia fazer tudo, andar sob o fogo, correr milhas. Não imaginava que o amo poderia me deixar mais aberta a novas possibilidades. Eu deixei que ficasse com uma viseira, me tapando a visão do que eu poderia obter.

Enganei-me quando pensei que não poderia ter um final feliz. Deixei cada perna de um lado, enquanto me abaixava, podendo tocar os abios de Sasuke com os meus. Foi uma explosão de lágrimas que saíram de meus olhos, enquanto Sasuke embrenhava a mão em meu cabelo, e com a outra acariciava a minha perna. Era a minha língua que brigava com a dele, afoita para ver quem vencia aquele duelo. Eu não podia ser tão competitiva. Quando nos separamos, ainda dei um breve selinho.

- Obrigada por tudo. – disse Sasuke, acariciando a minha face, enquanto eu soluçava baixo. Ainda parecia um sonho. – Por estar aqui.

- Eu... apenas queria te ajudar. – disse, verdadeiramente.

À medida que fomos nos conhecendo, percebia quando algo não o agradava, quando estava triste, ou apenas precisando de um abraço. Eu quis estar presente em tudo, fazendo o meu melhor para vê-lo bem. Meu coração parecia mais aliviado ao poder proporcionar a ele um pouco de compreensão, mesmo que muda, não precisamos de palavras o tempo todo. Quando nos importamos de verdade, o toque mais simples já o bastante.

- Eu amo-te, Sasuke. – confessei, deitando a minha face em sua mão, querendo mais daquele calor que apenas Sasuke sabia me dar.

Ele sorriu, repetindo essas mesmas palavras. Eu te amo. Este seria um dia que nunca me esqueceria.

Ùnico e   especial.


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Notas finais do capítulo

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