- Justin, Chaz e Ryan estão aqui! – ela disse e eles entraram.

- E ai cara! – o Ryan disse.

- Fala ae! – fiz um toque com o Chaz e com o Ryan.

- Vamos a uma balada hoje? – o Chaz perguntou.

- Não to afim! – falei olhando pra eles e me sentando.

- Aaah cara, você tem que esquecer ela! – o Ryan disse.

- Vocês acham que é fácil? Não é não, eu nunca gostei tanto de uma garota como ela. – falei.

- Justin, você só sai pra andar de skate e olhe lá. Vamos nos divertir cara, ver as gatinhas. – o Ryan falou fazendo gestos com as mãos.

- Que horas vai ser isso? – perguntei.

- 20:00.

- Tá bom, eu vou! – falei e eles comemoraram.

- Você não vai se arrepender! – o Chaz disse.

Eles ficaram mais tempo lá e depois foram pra casa. Quando deu 19:30, fui me arrumar.

Me arrumei e fiquei esperando eles passarem lá pra eu ir com eles.  Hoje minha mãe iria pro trabalho a noite, então eu poderia voltar a hora que eu quisesse, sem ninguém pegando no meu pé.

[b] Anie Narrando: [/b]

Já se passou 15 dias que eu e o Justin estávamos separados e não nos falarmos mais. Eu não via ele, apesar que eu não saia de casa. Minha mãe estava viajando a negócios e meu pai como sempre no trabalho. Em casa só ficava eu e a Cindy, tirando os dias que ela ficava de folga, mais ela insistia em ficar aqui, mais eu sempre convencia ela pra tirar as suas folgas e ela ia.

Já era 19:30 da noite, eu estava na janela do meu quarto olhando pra rua, pensando um pouco. Até que vejo um carro parando em frente a casa do Justin, desviei meu olhar para o carro; com certeza devia ser de alguma piranha pra ir com o Justin pra alguma festa. Mais não era, o Chaz e o Ryan saíram do carro, e depois o Justin saiu da casa dele quando um deles buzinou. É, ele curtindo a vidinha dele de solteiro e eu aqui, trancada em um quarto chorando por mais de uma semana por um garoto que não merece as minhas lágrimas. O Justin e eles riam, pareciam felizes. Eles entraram no carro e o mesmo seguiu em frente. Segui o carro com os olhos até ele virar a esquina. Desci pra jantar com a Cindy.

[b] Justin Narrando: [/b]

Chegando na balada, que estava bem cheia. Fomos em um bar e pedimos três bebidas. O Chaz e o Ryan logo saíram pra dançar com duas garotas e eu fiquei lá sentando bebendo. Até que senta uma loira no meu lado e me olha sorrindo.

- Oi! – ela disse sorrindo.

- Oi! – sorri pra ela.

- Se incomoda de eu ficar aqui? – ela perguntou chegando mais perto.

- N-não! – falei me enrolando todo.

- Prazer, sou Mel. – ela disse.

- Justin!

- Me de uma vodka, por favor! – ela disse ao cara do bar, e logo ele deu a bebida a ela que virou tudo de uma vez – Ta a fim de dançar?

- Ok! – ela me puxou pelo braço e começamos a dançar.

Eu não estava nem um pouco afim de estar lá; minha cabeça doía muito. Ela dançava se esfregando em mim, e eu tentava evitar, mais não dava. Passei a mão na bunda dela e apertei, ela deu uma gemidinha no meu ouvido. Beijou meu pescoço e me levou para um lugar mais afastado da pista de dança. Começou a me beijar lá mesmo, eu retribuía o beijo também, passava a mão em todo o corpo dela. Ela pegou na minha parte intima e apertou um pouco. Ela voltou a me beijar e eu lembrei da Anie. Da merda que eu estava fazendo. [i] Mais você esta solteiro Justin, qual é o problema? [/i] O problema é que eu ainda a amo!

Empurrei a garota que eu não lembrava mais o nome, por causa do efeito da bebida. Ela me olhou estranha.

- O que foi? – ela perguntou me olhando com raiva.

- Não to com cabeça pra essas coisas! – falei passando a mão entre meus cabelos.

Ela me olhou furiosa. E me deu um tapa na cara, que ardeu muito. Não entendi o motivo do tapa que ela me deu, só por que eu não quis “comer” ela?!

- Seu viado! - ela saiu com raiva.

Fiquei lá encostado na parede por um tempo. Sai de lá e fui procurar o Chaz e o Ryan; vi o Chaz conversando com a garota e o Ryan beijando a garota que estava com ele no outro lado. Não quis atrapalhar eles, olhei no relógio e já era 4:32 da manhã. Decidi ir embora, estava exausto. Sai da pub e fui andando pelas ruas vazias e frias. Cambaleando mais fui; cheguei na minha rua com muita dificuldade, ao chegar em frente a casa da Anie, olhei pra cima e vi que a luz estava acesa, dei mais três passos e cai no chão.

[b] Anie Narrando: [/b]

Depois da janta, troquei de roupa e coloquei a minha camisola curta e subi pra dormir. Já era 23:00 da noite, essa hora o Justin devia estar lá, se divertindo com outra. Me ajoguei na cama e fiquei pensando, eu estava sem sono. Cochilei até 4:00 horas da manhã, levantei, desci pra beber água e subi de novo; abri a janela e fiquei olhando pra lua. A noite estava bem fria, olhei pra casa do Justin, estava tudo apagado. Fiquei bastante tempo lá, debruçada na janela. Até que vejo alguém vindo, não dava pra ver quem era, estava muito escuro. A pessoa tinha dificuldades pra andar, devia estar bêbado. A pessoa foi se aproximando, e com um pouco de luz vindo dos postes, vi que era o Justin, puxei a cortina e vi que ele olhou pra janela e caiu no chão. Olhei aquela cena e meus olhos se encheram de lágrimas. Eu não podia ver ele naquele estado e não fazer nada. Fechei a janela correndo e desci as escadas. Destranquei a porta da sala e sai, ele ainda continuava no chão, só que sentado. Fui correndo em sua direção.

- Justin! – falei me abaixando do lado dele.

- O que você ta fazendo aqui? – ele me olhou.

- Eu que te pergunto, cadê o Chaz e o Ryan?

- Eles estão com duas gostosas lá na balada! – ele disse trocando as palavras.

- Ai meu Deus, o que eu faço agora?! – falei deixando lágrimas escorrerem – Vem Justin, levanta! – falei ajudando ele a se levantar.

- Pra onde eu vou? – ele perguntou – minha mãe não ta em casa. – ele disse segurando na minha cintura enquanto eu tentava levar ele pra dentro.

Não respondi, entrei na minha casa com ele, tranquei a porta e o levei pro meu quarto. Abri a porta e ele se sentou na minha cama.

- Justin, pra que você foi beber? – perguntei o olhando.

- Pra esquecer meus problemas! – ele começou a rir.

- Vem, vamos tomar um banho. - Falei puxando ele.

- Não! Você não vai me dar banho. – ele disse passando a mão no meu rosto.

- PARA! Então você toma sozinho. – falei empurrando ele pra dentro do banheiro.

Tirei a roupa dele; confesso que fiquei abismada com o corpo dele; só o via sem camisa, nunca tinha visto ele de cueca e muito menos pelado. E realmente, ele era perfeito. Fiquei de boca aberta e com um calor certo “calor” que meu Deus. Fiquei no banheiro, depois sai pra procurar alguma roupa do mau pai pra ele. Fui no quarto da minha mãe, e peguei uma blusa e uma calça do meu pai e voltei pro quarto. Cheguei lá ele já estava sentado na cama, enrolado em uma toalha só pela cintura. Ele me olhou.

- Toma, são do meu pai, acho que da em você! – entreguei a roupa pra ele e ele pegou – Eu não sei o que se passa pela sua cabeça Justin, e se sua mãe soubesse disso, como você acha que ela iria se sentir?! – falei e ele e olhou.

- Você não contaria né?

- Não! – disse e abaixei a cabeça e fui andando em direção a porta – Vai, se veste logo!

- Porque esta fazendo isso? – ele me perguntou e eu o olhei.

A minha vontade era de falar que era porque eu amava ele, queria só ver o seu bem e me arrependi de ter terminado com ele e queria voltar! Mais não, alguma coisa me impedia de falar isso.

- O por quê?

- É, porque esta me ajudando?! – ele disse se levantando.

- Olha Justin, eu faria isso por qualquer pessoa, por qualquer pessoa que fosse meu amigo, até por um desconhecido talvez. – eu disse olhando pra ele.

- Anie, você não sabe como eu sofri quando você terminou comigo por causa daquela bobeira.

- Olha Justin, pra você pode ser bobeira, mais pra mim não é.

- Tudo bem! Eu irei respeitar.  – ele disse com os olhos brilhando, pegou as minhas mãos e me puxou pra mais perto dele – Sabe o que eu acho?

- O que?

- Que a garota ser virgem é a coisa mais bonita que tem, se você ainda é, é sinal que valoriza o seu corpo e não deixa qualquer um se aproveitar dele. Você fez bem de reservar isso até agora, porque você esta esperando a pessoa certa e a hora certa pra isso acontecer. – ele disse e eu sorri - Eu não paro de pensar em você, eu não posso parar de pensar em você. E eu não pararia se pudesse. – ele deu uma pausa e olhou nos meus olhos – Eu te amo!

Sorri ao escutar aquelas palavras vindas dele. Sorri e o beijei, o gosto de álcool ainda estava na boca dele, mais eu não me importava com aquilo.

- Eu também te amo! – falei.

- Então, voltamos?

- Sim! – sorri.

Ele retribuiu o sorriso e eu desci pra pegar alguma coisa pra agente comer. Estava preparando um sanduíche, até que sinto mãos quentes em minha cintura e beijos no pescoço. Sorri e virei pra ele.

- Toma! – falei.

- Obrigado! – ele me deu um selinho e se sentou na cadeira da bancada.

Ele não estava realmente bem, sei lá, eu via na aparência dele que não estava realmente bem.

- Justin, você ainda não esta bem, vamos dormir! – falei me levantando e puxando ele pela mão.

- Não não, eu estou bem sim, você não esta vendo?! – ele disse me olhando.

- Porque você bebeu Justin? Você sabe que isso faz mal, quando você acordar você vai estar com uma ressaca do caramba! – falei e ele abaixou a cabeça.

- Tudo bem, vamos então! – ele disse e eu sorri.

Subimos e fomos pro meu quarto, ele deitou e eu também, mais demorei pra pegar no sono, ele dormiu bem rápido. Acordei no outro dia e olhei no relógio e era 15:30 da tarde. Levantei, tomei um banho, coloquei um vestido e um chinelo e fui chamar o Justin.

- Justin! – chamei ele – Justin! – balancei ele um pouco – Ai meu Deus, ta difícil! JUSTIN! – gritei.

- Ã, que? – ele se sentou na cama assustado.

- Já são 15:30 da tarde. – falei.

- Já? – ele me olhou coçando os olhos e se espreguiçando.

- Já. – falei e ele me olhou.

- Obrigado tá! – ele disse me olhando.

- Pelo o que?

- Por ter me ajudando ontem, eu fui muito irresponsável de ter feito aquilo. – ele disse e me abraçou e me olhou.

- É eu sei, fiz o que qualquer pessoa faria por alguém que ela ame. – falei e ele me beijou.

Foi um beijo doce, quente e calmo; sua língua pediu permissão para ter contatos com a minha, eu deixei. Ele foi aprofundando no beijo, em questão de segundos ele já estava em cima de mim e eu deitada na cama.

- Justin, - falei o empurrando de leve – acho que estamos indo muito rápido. – falei e ele me olhou.

- Tudo bem! – ele sorriu e me deu um selinho – Vou tomar um banho! – ele disse e saiu de cima de mim.

Me levantei e desci as escadas. Hoje eu tinha que me virar, a Cindy estava de folga por 3 dias, a tia dela tinha falecido e ela iria fazer companhia á mãe dela por 3 dias. Eu estava com fome, então decidi fazer uma lasanha, eu sabia fazer muito bem, ela ficava bem gostosa. Peguei a massa e fui fazendo. Até que escuto passos vindo até mim, olhei e era o Justin.

- Huuum, cheirinho bom! – ele disse me abraçando por trás – Não sabia que tinha uma namorada que sabia cozinhar! – ele me deu vários beijos no pescoço e eu me virei.

- Pelo menos cozinhar eu sei viu?! – falei e dei um selinho nele.

- Nossos filhos vão se dar bem. – ele disse e nos rimos.

- Filhos Justin?

- É, filhos. – ele disse ainda rindo.

Eu ri e me soltei dele, abri o forno e tirei a lasanha lá de dentro. Cortei um pedaço pra mim e outro pra ele e comemos. A tarde passou assim, rindo, trocando carinhos um com o outro e namorando, mais nada de mais aconteceu.