Lágrimas e Lágrimas. escrita por Pudding


Capítulo 21
O novo Matt


Notas iniciais do capítulo

estou meio sem ideias pra essa fic, não sei se está bom, estou meio desanimada, comenta quem estiver lendo, falem se está bom ou não, sejam sinceros ;(



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/150967/chapter/21

Matt se levantou, ainda enxergando embaçado, olhou para o guardião e disse, lentamente:

– Pare. Vamos fazer isso logo, com calma.

– Não, você me irrita seu idiota! Eu quero matar você! Ou melhor, eu vou matar ela, assim você vai sofrer mais! Depois eu mato sua família, e então e-

– Pare com isso, você é estúpido!

O guardião bufou, e fechou os olhos por um instante. O silêncio pairou por aquele cenário horrível. Phantom machucado, Anne ensanguentada, chegava a ser enjoativo o mal cheiro do guardião. Depois ele abriu os olhos e disse:

– Alguém vai pagar por isso, eu não me irrito e deixo todos impunes.

O guardião tirou uma pedra azul-claro do bolso novamente, limpou-a e olhou para Matt. "Ele não merece ser um deles... mas acho que será divertido" pensou o guardião. A criatura estendeu a pedra para Matt, que recuou um pouco, mas depois fechou os olhos e tocou-a. Sentiu uma leve dor tomar seu corpo, e alguns segundos depois, sentiu seu sangue acelerar-se, o coração pareceu parar. Ele sentiu a visão embaçar um pouco, e depois a visão ficou muito nítida, além do normal. Sentia uma força enorme, e aos poucos sentiu a pele esfriar e seu corpo morrer. Foi uma sensação um pouco desagradável, mas depois ele se sentia bem.

– Pronto, agora faça o que tem de fazer. Phantom lhe explicará o que fazer. Ele é seu novo irmão agora – o guardião riu maldosamente, e Matt sentiu medo que aquela risada assustasse Anne, que estava com uma aparência horrível.

E ele desapareceu.

– Está se sentindo bem, Matt? – disse Phantom indiferente, levantando, já parecendo bem novamente.

– Me sinto muito bem – ele virou-se e acertou um soco na barriga de Phantom.

– Agora dói, desgraçado?

– Você está forte hein? – ele disse ainda sufocado pelo golpe.

– Não sei, preciso testar toda minha força, e você me parece uma boa vitima.

Matt avançou na direção de Phantom e acertou-lhe a cara. Ele revidou, e acertou um chute na barriga de Matt, que com reflexos rápidos, derrubou-o no chão.

– Parem com isso, idiotas! – Anne pareceu usar todas as suas forças para gritar desesperadamente.

– Anne! – Matt correu e abraçou-a. Ela se afastou um pouco, mas percebeu algo diferente. Olhou ao redor, o sangue espalhado e se sentiu um pouco enjoada.

– Amor? –ela disse suavemente, abraçando-o novamente.

A palavra soou como uma facada no peito de Phantom. Ele se levantou e arrumou-se, saindo furiosamente dali.

– Você... não sente dores?

– Eu sou como você agora, meu amor. Não sinto mais dores. Mas vamos cuidar desses ferimentos, você mal se curou e esse idiota veio te machucar. Isso é intolerável...

- Você o quê?!? - Anne gritou.

- Agora não tem volta meu amor.

Ela ficou furiosa no momento. Mas não tinha forças pra iniciar uma discussão ali, e então ficou calada. Depois de algum tempo comtemplando Matt, ela disse num tom agradável e gentil:

– Seus cabelos... estão... como você está lindo, meu amor.

Ele se levantou e correu ao espelho do banheiro.

– Que porra é essa? – Matt disse bruscamente.

Anne riu. Os cabelos estavam azuis, um tom bem escuro. Depois, ela acariciou os fios e levemente beijou os lábios de Matt. Ela já estava sentada no chão, e os ferimentos já não eram tão ruins. Mas ela ainda ficaria cheia de hematomas, e o sangramento que escorria do canto da boca ainda era bem visível. Maldito guardião.

– Está azul, e está lindo amor. Eu gosto, só que essa cor será um problema para andar normalmente na rua, concorda?

Ele sorriu e concordou balançando a cabeça positivamente.

Matt fez alguns curativos nela, e se sentaram no sofá da sala, depois de limpar o chão da cozinha, que havia ficado um sujo de sangue.

– Amor... precisamos conversar, e isso é importante.

– Voltei – disse Phantom amargamente.

– É melhor todos nós conversamos, não acha? – Anne disse suavemente para Phantom. O rosto dele se iluminou instantaneamente, ele sentou ao sofá e começaram a conversar.

Basicamente, o objetivo era único para todos: matar. É uma missão fria e assassina, mas era para o bem de todos. Ao matar uma pessoa, de algum modo, seria entregue um número para o assassino. Apenas na prática era possível entender como esse número seria obtido.

– Acho melhor eu começar – disse Phantom.

Anne concordou, e Matt também. Depois que os todos os números fossem obtidos, era simples: decifrar a mensagem e livrar-se da maldição. Bom, parecia simples, mas não era bem assim. Então, naquela noite, Phantom sairia e Matt e Anne ficaram sozinhos na casa sombria, onde todos morariam juntos dali em diante.

– Estou indo – Phantom sussurrou para Anne, enquanto Matt estava na cozinha preparando o jantar.

– Eu gostaria que soubesse Anne...

– O quê? – ela disse suave.

– Eu não estou fazendo isso para me livrar da maldição.

– Como assim?

Ele suspirou.

– Eu amo você. Eu serei esquecido depois que isso acabar, por isso não queria que acabasse.

– É uma pena Phantom. Se pudéssemos voltar a alguns anos atrás, nós nunca precisaríamos ter nos separado. Mas o mundo dá voltas, e acho que o destino não quis assim...

Ele chegou mais próximo, e segurou-a pela cintura.

– Não podemos mudar isso Anne? – seus olhos verdes pareciam implorar por uma resposta positiva.

– Não – ela o afastou. – Phantom, eu amo o Matt. Isso jamais vai mudar, mesmo que eu quisesse, nunca deixaria de amá-lo. Ele tem coisas que eu não consigo ver em mais ninguém.

– Por exemplo? – ele disse de cabeça baixa.

– Ele me pertence, e sei que se algo acontecesse a mim, ele morreria. Ele me ama incondicionalmente, coisa que você jamais faria. Além do mais, o jeito dele é único, e sua companhia é insubstituível.

– Já entendi – Phantom disse ignorante e suspirou.

– Desculpe.

– Tudo bem – ele disse cabisbaixo – só estou com medo de que algo aconteça a você. O guardião disse que alguém pagaria por ele ter se irritado... tenho medo que ele mate você, Anne. Ele disse ao Matt que alguém iria pagar, e na carta dele, há algo relacionado com “atingir as pessoas que você ama”... eu – ele fez uma pausa, e consertou – nós, vamos cuidar de você.

Ela apenas assentiu, e ele saiu.

O relógio marcava exatas 8 horas da noite. Quanto tempo ele demoraria até achar uma vítima? Anne sabia que não iria demorar a achar alguém, mas mesmo assim ele voltaria tarde. Ele estava magoado. Provavelmente andaria por aí sozinho por um longo tempo, e voltaria só depois da meia noite. “É uma pena”, pensou ela.

– Querida! Me ajude aqui! Eu sou um péssimo cozinheiro, isso está uma droga.

Ela correu para a cozinha para ajudá-lo, e ela o ajudou a fazer uma bela macarronada. Eles sentaram juntos no sofá e comeram macarrão até cansarem. Assistiram filmes e viram as desgraças no jornal. O relógio já marcava 11 horas quando Anne percebeu, mas nenhum dos dois tinha sono. Matt brincava com os cabelos vermelhos dela, e ela acariciava o rosto gelado dele, cada vez mais lindo, a transformação realmente deixara ele perfeitamente bonito.

– Amor, o que você acha de tudo isso?

– Eu não sei Matt. Somos imortais. Poderíamos simplesmente parar pro aqui, e viver eternamente juntos. Mas seria melhor ter uma vida normal, e chegar até o fim juntos?

– Querida, não importa pra mim.

– Como assim não importa? Você não se importa comigo? – as lagrimas afloraram nos olhos dela, e Anne fez uma pequena força para não deixá-las cair.

– Nada disso me importa , eu ficarei com você até o fim. E se não houver um fim, eu ficarei com você para sempre. Não importa o que você escolha, eu estarei sempre com você. Eu te amo, minha pequena.

As lagrimas caíram. Mas não de tristeza, eram de pura alegria. Matt a completava e fazia tudo aquilo ter sentido, por mais louco que fosse.

– Eu te amo também, e ficaremos juntos até o fim.

Ele beijou o pescoço de Anne, que arranhava levemente suas costas. Os beijos leves se transformavam em pequenas mordidas, e Matt descobriu-se apertando-a nos seios. Ele se afastou rapidamente, arrumando a camisa e contemplado Anne, por um instante. Ele percebeu que ela estava um pouco constrangida, e acrescentou logo em seguida:

– Me perdoe meu amor, eu não tive a intenção, eu... desculpa!

– A-amor – ela sussurrou.

– Me desculpe, me perdoe, eu...

– Eu não me importo. Amor, eu... amor acho que podemos fazer isso.

– Eu sempre fui muito respeitoso com você, me perdoe. Isso foi um erro meu. Sempre cuidei de você com todo amor do mundo, e nunca fiz nada que pudesse magoá-la. Me desculpe novamente, eu sou mesmo um idiota.

Ela se levantou e beijou ele intensamente, colocando suas mãos por dentro da camisa, e foi tirando aos poucos, enquanto ele parecia ainda um pouco constrangido.

– Amor... tem certeza que quer isso? – ele dizia em um tom sério.

– Porque não podemos?

Ele parou pensativo e hesitou a princípio. “Não quero magoá-la”... mas não havia problemas.

– Eu te amo Anne.

– Eu te amo muito Matt, não importa quanto t-

– Tempo passe, eu sempre vou te amar, te cuidar e te proteger para sempre.

– Eu diria isso, mas alguém cortou minha fala – ela sorriu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

se alguém estiver lendo, por favor comenta.