Lágrimas e Lágrimas. escrita por Pudding
Notas iniciais do capítulo
Desculpem, fiquei muito tempo sem postar, pretendo acabar essa história em mais alguns capítulos!
- E-eu não posso matá-lo, Matt. Me desculpe.
- Você pode sim, a questão é que não quer.
Na verdade eu quero. Mas eu não posso fazer isso, sua amada iria ficar triste e provavelmente se mataria também. E eu não quero presenciar a morte dela. Porque eu também a amo. Mas matá-lo seria tão fácil... eu poderia simplesmente tocá-lo por alguns segundos e desaparecer com o corpo, depois e-
- Phantom, responda-me! Me mate de uma vez seu desgraçado. Eu não vou suportar - disse Matt interrompendo-o.
- Desculpe, não vou matá-lo. E se me der licença, e-
- Se você não me matar, eu mesmo vou fazê-lo.
Esse idiota está me irritando... não seria melhor matá-lo logo? Não, eu não quero ver ela sofrer. Eu preciso sair daqui antes que eu faça qualquer besteira.
- Matt, eu vou à farmácia, buscar algumas ataduras e analgésicos para ela. Precisamos cuidar para que ela fique boa. Então eu vo-
- Cale a boca Phantom, ela está morta! Porra, me mate de uma vez, assim nenhum de nós mais estará no seu caminho! Pare de agir feito um idiota e faça logo, seu desgraçado!
Phantom atacou-o com um soco na cara, e ele soltou um grito abafado, parou quando bateu contra a parede. Matt sentiu o sangue escorrendo pela boca, e era difícil de respirar. Ele se levantou e disse:
- Desgraçado! Eu te odeio seu filho da puta! Mas sabe o que é legal? Eu vejo o ódio nos seus olhos. Eu vejo que você olha pra ela com tanto amor, mas sabe que ela me ama, e que pertence a mim. Ela jamais será sua. E eu amo ver o seu sofrimento. Realmente, eu te odeio, seu idiota!
Phantom chegou mais próximo, segurando-o pela gola da camisa branca, que se encontrava manchada pelo sangue, o sangue que Phantom queria ver todo derramado naquele chão. Ele apertou-o no pescoço, e Matt foi ficando sem ar.
- Está morrendo, seu desgraçado? - disse Phantom sorrindo.
- Pare, você vai matá-lo!
Eu não pude ver aquilo. Os dois se viraram e olharam para mim. Me arrastei o quanto pude, e eu não conseguia vê-los nitidamente. Apenas via que Phantom o enforcava, e havia escutado a última frase de Phantom: "Está morrendo, seu desgraçado?" Como... como ele se atrevera?
- Phantom? - disse olhando para ele.
- E-eu posso explicar querida! Eu n-não esta-tava-
- Cale a boca, o desgraçado aqui é você. – disse interrompendo-o.
- Anne! Anne você está viva! Graças a Deus! Eu pensei que estivesse morta, eu queria morrer.
- Estou bem Matt. Só um pouco... desnorteada.
Ele correu e abraçou-me, não se importando com o sangue que estava por todo meu corpo. Ele não se importava, e eu senti seu sangue quente, que havia escorrido pelo pescoço e manchado toda sua camisa. Olhei para Phantom, que apenas disse:
- Pode me olhar com todo o desprezo do mundo, eu não me importo. Vou buscar algumas coisas na farmácia. E você Matt, agradeça por ainda estar vivo.
Ele saiu, e Matt estava chorando. Afinal, o que estava acontecendo realmente?
- Eu te odeio, Phantom - Matt disse bruscamente.
- Ótimo. - ele disse e deu de ombros.
- Eu também te odeio Phantom - disse encarando-o.
Ele se virou, e olhou para mim. Seus olhos verdes faiscavam como nunca. Ele estava perfeitamente lindo, mas os olhos espressavam ódio... e tristeza também.
- Eu... eu te amo, Anne.
O silêncio pairou pela sala. E aos poucos uma nuvem de sentimentos pousou sobre aquele lugar, transmitindo uma tristeza que eu nunca sentira antes. E novamente, tudo se apagou.
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