Lágrimas e Lágrimas. escrita por Pudding
Notas iniciais do capítulo
Pequeno capítulo, desfecho dessa situação estará nos próximos!
As vozes ao fundo, indecifráveis a minha mente confusa. Aos poucos perdi as forças, e ali fiquei deitada a espera de que alguém viesse me socorrer, mas todos ali presentes pareciam satisfeitos. Os olhos lentamente se fecharam e eu apaguei.
(Phantom POV)
Quando eu cheguei, ela parecia estar morta. Naquele momento eu nem consegui reagir, meu corpo pareceu se congelar por alguns instantes. O cheiro forte de álcool, aquelas garrafas quebradas e no chão poças de sangue. Sangue e mais sangue, sangue daquela que eu amava. Matt não sabia o que fazer nem dizer, muito menos no que pensar, eu deduzi. Parados durante alguns segundos, que em minha mente duraram longos e lentos minutos, víamos a cena horrível e torturante, a qual queríamos evitar desde que tudo havia mudado.
A primeira reação foi dele. Ele correu em direção a ela, pisando nas poças e nos cacos, eu apenas o observei, esse momento pertencia mais a ele do que a mim. Ele se ajoelhou e segurou as mãos dela, encostou a cabeça perto de seu peito e parecia insatisfeito com o que presenciava ali. Segurava seu rosto e suas lagrimas escorriam pelo rosto, caindo desesperadamente e pingando no rosto pálido dela. Aquele silencio ensurdecedor me invadia, e de repente ele começou a gritar. Gritar de raiva, de ódio. De medo de perdê-la. Talvez de arrependimento? Sim, talvez. Ele se sentia culpado, por tudo aquilo.
Ele a segurou em seus braços e saiu daquele lugar, começou a correr, mas estava exausto. Eu pedi para levá-la, mas ele insistiu. E eu não iria machucá-lo num momento desses, então seguimos em direção a minha casa. Claro, não podíamos ir ao hospital pois poderiam me descobrir, ou descobri-la. É muito arriscado, então fomos pra lá.
Chovia muito, e Matt estava cada vez mais exausto. Ele já não corria mais, andava o mais rápido que podia e com todas as poucas forças que ainda tinha. As mãos ensanguentadas, a respiração lenta e abafada. A dor parecia tomar Matt, e eu senti muita pena dele, estava evidente em seus olhos o desespero e o arrependimento. Ele a deitou no sofá e continuava a abraçá-la em busca de algum sinal de vida. E mais uma vez podia se ouvir os gritos. De desespero, raiva e muitos outros sentimentos misturados. Posso ler os pensamentos, mas não é tão simples assim, Matt estava muito confuso e eu não podia ver claramente. Moro em um lugar distante, e ninguém escutaria os apelos dele, alem disso a chuva ainda caía. A alma daquele humano parecia gritar, e ele me encarava com olhos amedrontados em busca de uma solução.
– Me mate Phantom.
– Eu não posso fazer isso – respondi surpreso a ele.
– Sem ela eu não vou viver, se ela partir, todos os outros dias da minha vida serão insignificantes.
– Matar? – ele disse em meio a um sussurro.
Houve um silêncio, mas não aconteceu aquilo que eu esperava. As coisas saíram do controle. E agora eu me sentia culpado.
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