Lágrimas e Lágrimas. escrita por Pudding


Capítulo 13
“Querido humano...”


Notas iniciais do capítulo

Desculpem me novamente por ficar tanto tempo sem postar. Vou procurar postar regularmente!



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- Vamos ler sua carta Phantom!

Ele pegou a carta de minhas mãos, meio receoso e a deu nas mãos de Matt. Nenhum de nos entendeu aquela ação, mas continuamos calados. Ele começou a ler:

“Querido humano,

 Recentemente você encontrou algo que não lhe pertencia e que nem ao menos deveria ter mexido. Porem isso irá afetar mais pessoas. Mas fique tranquilo, quem irá pagar por isso não será você, será outro garoto. E uma garota voltará a sua vida, porem ela também irá sofrer um pouco. Eu estou me divertindo com esse caso. Você tem muitos poderes agora, saiba como usa-los para encontrar a solução. Ah! Ante de me despedir, deixo um recado importante: as vezes nos enganamos. Então esteja atento a tudo e todos. Ainda há uma continuação que se encaixa e fará todo o sentido, mas apenas no fim. Até breve!”

- Eu não entendi quase nada desta carta! – disse Phantom com um ar indignado com tudo. – simplesmente fiquei sem reação quando o guardião deixou isso.

- Calma aí cara – Matt disse afrontando-o com as palavras. Ele pegou a carta na mão e nós três sentamos em uma pequena roda. Começamos a analisar linha por linha, letra por letra, cada suspiro e detalhes podiam fazer toda a diferença. Matt começou a falar:

- Esse papel não é normal. Ele parece ter algo escondido, pela textura e pela aparência, e ele parece ser muito velho. Estão vendo que ele é todo marcado por polegadas? Deve ter passado na mão de muitas pessoas. Ou de muitas criaturas desconhecidas, já que estamos falando de outro mundo. Temos que descobrir o que o papel representa. Enquanto isso vamos analisar o restante. “Querido humano”. Isso é uma ironia, um demônio não quer bem as pessoas! Depois ele diz que encontrou algo que não lhe pertencem diz que afetará mais pessoas. Acho que ele está dizendo todos nós que estamos aqui. E até outras pessoas também. A garota que voltou pra sua vida – ele fez uma pequena pausa e apenas olhou em minha direção, para que entendêssemos o que ele queria dizer, o que ele indicava – e ela está sofrendo muito – ele completou.

 Houve um grande silêncio e apenas esperávamos que alguém falasse. Ele novamente começou a analisar a carta.

 - Pode-se perceber que esse guardião é muito irônico e cruel, ele disse que essa garota sofreria um pouco, ela está sofrendo demais e ele sabia disso. Ele acha engraçado essa situação, diz que está se divertindo. Agora a ultima mensagem eu não consegui decifrar o sentido que ele tentou passar, me vieram muitas coisas a cabeça. “Às vezes nos enganamos. Então esteja atento a tudo e todos”. Ele pode estar se referindo a muitas coisas. Só o tempo pode dizer o que isso significa. O “Até breve” é sinal de que ele pode voltar a qualquer momento, ou também pode dizer que a missão será rápida, ou até vocês correm o risco de irem parar no mundo dele. Duvidas?

Eu e Phantom olhamos para ele admirados. Ele parecia entender muito bem sobre desvendar mistérios ao algo assim. Eu não sei.

- Eu entendi praticamente tudo o que você disse, mas acho que ainda existem muitos outros detalhes ocultos que vamos descobrir com o tempo – Phantom disse para quebrar o silencio.

- É – Matt respondeu meio incomodado.

- Matt? Que outros detalhes podemos tentar decifrar agora? – eu disse tentando entender algo.

Ele me olhou pensativo e começou a falar lentamente.

- Eu não contei isso a você. Mas... eu também recebi uma carta.

Phantom o olhou com uma cara estranha, parecia raiva e surpresa, então ele disse num tom alterado:

- O quê? Significa que você vai se meter?

- Calma Phantom, ele vai ajudar muito – disse tentando acalma-lo.

Ele disse que precisava ir de volta para sua casa e me chamou para ir junto.

- Eu fico aqui Matt. – respondi.

- Sozinha com o Phantom? Nunca!

Ele foi me arrastando para fora da casa do Phantom e tive de ir com ele. Phantom apenas olhou com um ar de zoação, parecia pensar em “como ele é ciumento” e ficou observando nos afastarmos ao fim daquela imensa rua vazia, ele morava em um local isolado. Era para que ninguém notasse seu jeito diferente, para que não descobrissem o que não precisavam saber. Logo eu também teria de fazer isso.

Provavelmente, aquela rua seria meu futuro lar. Futuro lugar para me prender aos meus problemas. Enfim, agora que sou... uma criatura sem vida. Não humana. Anormal.

Mas eu queria poder ser aquela garotinha de volta. Não que eu era pequena ou infantil, mas eu era uma garotinha, sonhadora e feliz. Comparado ao que sou hoje, as situações são bem diferentes. Mas ali estávamos. Eu e Matt. Então ele começou a falar.


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