Eu olhava para a neve que caia lentamente do lado de fora do orfanato. Eu odiava aquela neve idiota, era branca.. branca.. da cor daquele albino maldito. Ao pensar nele meu sangue começou a ferver, serrei os punhos e fui até o quarto dele com um ódio que ninguém poderia imaginar. 

Abri a porta de seu quarto com força e o vi montando um quebra-cabeças, ele já estava quase terminando, então, me aproximei e desmanchei todas as peças. 

- Mello - O albino murmúrou sem nenhuma expressão facial. Como sempre. - Quer algo? - Ele perguntou encaracolando o cabelo da cor da neve. 

- Seu branquelo maldito, você é um atraso na minha vida! Esta sempre se concentrando nesses brinquedos idiotas! - Berrei ao seu ouvido enquanto o via recolher as peças do quebra-cabeças. 

- E o que você tem a ver com meus brinquedos, Mello? - Near me perguntou encaracolando o cabelo. 

- Nada! Mas você esta sempre aqui, infurnado neste maldito quarto com esses brinquedos, prefere essas coisas ao invez de ficar com as pessoas normais! - Continuei berrando. 

Near encarou friamente o chão - Pessoas normais, Mello? Com normais você quer dizer, pessoas como você?

Senti um ar de sarcásmo nas palavras do branquelo, ele estava tirando uma com a minha cara? 

- Quer saber Near? Você me irrita! - Eu disse o encarando friamente já com os punhos preparados para dar um soco no meio daquele cara pálida.

Near me encarou e murmúrou - Você é sempre tão previsivel, Mello.. 

''Como é que é?'' - Pensei. Eu previsivel? Ah! Já chega, aquele moleque estava merecendo um soco. Então levantei meu punho e antes que eu fizesse algo bateram na porta. 

- Pode entrar - O albino disse. 

Roger abriu a porta e perguntou - O que esta havendo aqui? - Como se ele já não soubesse, claro. 

Encarei Roger friamente e me retirei do quarto do albino. Quando sai tirei do meu bolso um chocolate e segui para o meu quarto.