About This Girl I Know. escrita por deathcocktail


Capítulo 17
Wish you were here.


Notas iniciais do capítulo

Me digam o que estão achando dos capítulos :D



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Leana Silver;

- Leana, Leana. - sai do transe quando senti os dedos gelados de Valary me balançando enquanto estávamos no Starbucks café. 

- Eu fiz aquilo de novo né? - estava me referindo a Valary falar sobre a vida dela e sobre Matthew e eu entrar em transe. Val fez que sim com a cabeça. - Desculpe.

Andava muito distraída ultimamente. Pudera, também. Fazia uma semana que não tinha notícias de James e seu celular sempre estava desligado. Matt, Zacky e Johnny tentavam me acalmar falando que o James é assim, vive sumindo. Mas isso não me confortou, e daí que ele vivia sumindo? Eu queria ele aqui, e eu queria agora. Oh Deus, parecia uma criança mimada. Mas não me importava, só conseguia pensar no que ele estava fazendo agora, o que estava pensando, se estava com outra. Mas não conseguia ter pensamentos positivo quando era relacionado a tal. Meus pensamentos foram cortados pelo meu celular.

- Alô? - Nada. - Alô? Porra. - Desliguei. Isso já estava me tirando do sério, a alguns dias uma pessoa com um número bloqueado me liga e espera eu dizer algumas coisas e depois desliga, tudo que ouço é apenas a respiração do outro lado. 

-

- Ah James, como eu estava sentindo sua falta. - eu disse olhando-o de baixo para cima enquanto estava em seu colo na cama. 

- Eu também senti sua falta, meu amor. - logo ele me girou na cama e fiquei embaixo enquanto ele beijava meu pescoço. Me flexionei para beijá-lo e logo percebi que não era James. Era Brian. 

E então eu acordei. Olhei no relógio e eram 6h30. Hoje fazia um mês do acidente. Estava suando frio, decidi tomar um banho. 

Ao sair do banho pensei em dar uma volta para refrescar meus pensamentos. Logo coloquei uma calça de veludo preto, uma bota preta, uma toca preta e um sobretudo também preto. 

Quando abri a porta, aquele vento gelado tomou conta de mim, o que fez com que eu começasse a tremer, mesmo agasalhada. Olhei para o chão e estava molhado, isso indica que estivera chovendo durante a noite. 

Desisti de ficar andando quando o frio já estava me fazendo mal, então entrei no Starbucks para tomar alguma coisa quente. Não tinha apetite, não conseguia comer, me sentia enjoada. Sempre ficava assim quando estava triste. 

- O que houve com você? Costumava ser a alegria do Starbucks. - a moça sorridente do balcão estava se direcionando a mim. 

- Ah, não estou em um dos meus melhores dias. - falei com um sorriso de lado e voltei minha atenção para o café. Embora estivesse muito bom, não conseguia tomar, parecia que não tinha garganta. Fiquei enrolando e mexendo a colher. 

-

E os dias se passaram muito lentos e junto com eles, a minha vida também. Comecei a ficar muito mole, nunca queria comer, perdi a cor das minhas bochechas. Resolvi procurar um médico. 

A sala de espera era simples e tinha algumas poltronas com revistas. Pensei até em ler enquanto esperava, mas optei pelos meus fiéis fones e ouvidos.

- Leana Silver. - a garota bonita me chamou e então eu entrei na sala. O consultório era um tanto escuro, por causa dos móveis serem todos marrons e pretos. Olhei para a mesa e tinha um retrato com o médico e um amigo ou irmão, supus. E outro retrato com ele e uma garota, deveria ser a irmã. Meus pensamentos se perderam ao ouvir a voz do médico falando “sente-se”, corei e fiz o que o mesmo pediu. 

- Conte-me o que aconteceu. 

- Bom, a muito tempo eu não tenho apetite e estou ficando cada vez mais cansada, sem vontade de nada, mais triste. Queria saber se tinha alguma coisa que o senhor pudesse fazer a respeito. 

- Por favor, me chame de Dr. Salvatore. Ou só Damon. - ele sorriu de lado. Uau, que sorriso. E aqueles olhos azuis brilhavam enquanto eu falava, isso me deu uma certa liberdade para continuar falando. - Aconteceu alguma coisa para você perder o apetite? - abaixei a cabeça. 

- Sim, perdi minha filha recém-nascida e o pai da criança. E meu namorado não me dá notícias a muito tempo e me afastei das minhas amigas. Eu não tenho mais ninguém.

- Claramente você está com depressão, irei te passar uns remédios para você comprar na farmácia, mas cuidado para não tomar em excesso. É um por dia, a hora que quiser. E irei te passar um calmante para caso você não consiga dormir. 

- Obrigada. - peguei a receita e dei um sorriso ao fechar a porta do consultório. 

Quando estava na farmácia esbarrei na mulher do Starbucks. 

- Oi querida, que coincidência. - a moça simpática me deu um daqueles seus sorrisos brilhantes e me olhou com aqueles olhos negros e penetrantes que me passavam segurança. 

- Oi - disse sem muito ânimo. Percebi que ela olhou para a minha cesta de compras e viu os remédios. 

- Agora estou ficando preocupada, calmantes e remédios para depressão? Não tem nada que você queira falar comigo? Desabafar, ou sei lá. Sou toda a ouvidos. 

- Na verdade, tem sim. - pela primeira vez, retribui o sorriso para ela. - você veio a pé? - ela fez que sim com a cabeça. - Ok, vou te dar uma carona. 

-

Blair era realmente engraçada, quando me dei por mim, estávamos rindo e comendo coockies de graça no sofá da minha sala. Ela me falou sobre seus desastres de relacionamentos e então eu falei os meus. 

- Eu já ouvi falar no Chuck Bass, dizem que ele nunca amou ninguém. - ela disse enquanto devorava seu terceiro coockie. 

- Pois é, isso é verdade. Mas ele me salvou um dia desses. - disse enquanto abria uma cerveja. - Servida? - ela fez que sim com a cabeça e esperou para eu contar a história. E então eu cheguei na pior parte, a parte em que teve o acidente de carro. Isso fez com que eu mudasse totalmente a minha expressão facial e olhasse para o chão. Quando terminei de contar, ela pegou em meu braço e o acariciou, como uma forma de me consolar. 

- Você sente saudades do Brian? - fiz que sim com a cabeça e deixei uma lágrima escapar. - Eu conheço uma amiga que consegue falar com os espíritos e, pode confiar, é tudo verdade. Ela é minha amiga de infância. Se quiser eu te levo até ela. - será que era uma boa confiar em uma garota que servia café para mim? Bom, o que eu tenho a perder, não é mesmo? Eu vou, vou confiar nela. Não sei por que, mas seus olhos me transmitem muita confiança, parece que eu já a conheço a anos. 

- Tudo bem, eu irei ligar para ela hoje a noite, e então te deixo informada. 

- Tudo bem então. - sorri e ficamos no silêncio por alguns segundos, até que Blair o quebrou. Ela sempre costumava fazer isso.

- Bom, eu vou indo, já é tarde. - olhei o relógio e vi que eram meia noite e meia. Não ia deixar ela ir sozinha. 

- Quer uma carona? 

- Adoraria. 

-

Quando cheguei em casa, deitei logo na minha cama e abri um sorriso. Olhei para o lado e vi os remédios que eu comprei na cabeceira da cama. Não precisava tomar, eu tinha tido uma noite muito boa. Talvez a unica coisa que eu precisava era de uma boa companhia. “Eu acho que eu precisava disso. De uma amiga. Uma amiga que me entendesse.” Foi a ultima coisa que pensei antes de cair em um sono profundo. Estava realmente cansada. 

Fui acordada pelo meu celular tocando Buried Alive, e quando olhei que horas eram, quase cai da cama. Quatro horas da tarde, puta que pariu. Definitivamente dormi por todas as noites mal dormidas. 

- Alô? - silêncio. Olhei para o visor do celular, o número era bloqueado. - Olha aqui, eu odeio essas brincadeirinhas. - e desliguei. Mas logo em seguida meu celular tocou de novo. Era Blair agora. 

- Olá querida. 

Olha só quem acordou de bom humor. - Blair estava animada. - Eu falei com Serena, a médium que havia mencionado a você. 

Eai? - minhas mãos começaram a suar. 

Ela disse que você pode ir hoje as cinco e meia. É melhor comer alguma coisa e já se arrumar, porque bom… Você acordou agora. - Olhei novamente o relógio enquanto me espreguiçava. 

- Puta merda! Vou chegar atrasada. Vou aí quando estiver pronta. - E desliguei. 

Fui voando fazer minha higiene e tomei um banho rápido. Não sequei muito meu cabelo, hoje o dia estava ensolarado então não havia muito problema. Coloquei uma meia calça, um shorts, um all star preto e branco, uma blusa do guns n’ roses e demorei alguns minutos para passar o lápis de olho. Mas logo parei em frente o espelho por alguns segundos e olhei uma tatuagem que tinha no meu pulso. Era uma rosa preta. 

- Por que você não faz uma rosa em seu pulso? - disse aquele cara que não queria me dizer o nome. 

- Mas por que? - perguntei curiosa.

- Bom, por que você é linda como uma rosa, tem o cheiro de uma, e é delicada como uma. Só, que quando quer, pode espetar as pessoas com seus espinhos. - E então só se ouvia as gargalhadas dos dois bêbados apaixonados na rua. 

- Tudo bem, vou fazer.

Senti uma lágrima cair dos meus olhos ao lembrar desse dia. Logo balancei minha cabeça e respirei fundo. Olhei o relógio e o tempo estava correndo, sai pela porta com um coockie que tinha sobrado de ontem e fui até a casa de Blair. 

- Está atrasada! - Blair brincou.

- É bom ver você também. - disse rindo e então ela entrou no carro. 

-

Era uma casa simples, mas ao entrar senti alguns arrepios. Blair segurava uma de minhas mãos e me guiava até a sala de sua amiga. Ao chegar, tinha uma garota mais ou menos da nossa idade, com cabelos longos, loiros e cacheados na ponta. Então ela abriu seus olhos castanhos e apontou para uma cadeira. Eu sentei e Blair saiu da sala fazendo sinal que ia me esperar lá fora. 

- Não precisa ter medo de mim. - disse a garota loira. - Meu nome é Serena.

- Prazer, Leana Silver. 

- Você quer se comunicar com seu amigo que faleceu junto com sua filha, não é? -arregalei meus olhos. Ela podia ler minha mente? Mas logo ela deu uma gargalhada. - Blair me contou. 

- Sim. Brian Haner, seu nome. - E então, Serena começou a fazer umas coisas estranhas e que me deixaram com calafrios. De repente, Serena não estava mais consciente e eu estava cada vez mais assustada.

- Leana, senti sua falta. - Era Brian? Meus olhos começaram a ficar encharcados de água.

- Brian, como você está? Sinto tanto sua falta, estou com tanto medo.

- Eu estou bem, Leana. Não sinto mais dor. Por favor, durma bem. Não tenha medo, tudo vai ficar bem, você vai ver.

- James está desaparecido a muito tempo, não sei mais o que fazer. - agora já não me importava mais em esconder as lágrimas que desciam com o meu lápis preto que estava contornando meus olhos. 

- James está fazendo a coisa errada. Mas você não tem culpa, mas logo mais você irá achá-lo, vai por mim. Ele esta mais perto do que você imagina. E por favor, perdoe-o. Ele se arrepende de ter ido embora, mas não tem coragem de voltar. 

- Você sabe onde ele está?

- Não, mas eu sei que ele vai ficar bem.

- Então quer dizer que ele não está bem? - silêncio. - Brian? Me responda Brian! - De repente o corpo da médium tremeu um pouco e ela abriu os olhos, disse que ele já havia ido embora. Comecei a chorar mais, será que James não estava bem? De repente comecei a suar frio e tremer meus dentes, tentei me controlar para falar alguma coisa.

- Obrigada. - Serena fez um aceno com a cabeça e então eu sai da sala já descontrolada.

- Você tá bem? - ao me ver, Blair se levantou para me abraçar.

- Sim, mas Brian me disse que vou achar James logo. Só que não disse que ele estava bem, estou com tanto medo que tenha acontecido alguma coisa. Se aconteceu algo… - comecei a soluçar e Blair tentou me acalmar.

- Não continue a frase, está tudo bem, eu sei que está. - Blair olhou nos meus olhos. Eu sei que ela não tinha certeza de nada, mas aquilo me confortou por alguns minutos. 

-

- Até amanhã. Irei no Starbucks de manhã. 

- Tudo bem, te espero lá então. - Blair disse me dando um abraço e entrando em casa. - Respirei fundo e olhei para a frente.

Queria logo entrar no carro, chegar na minha cama e dormir que era a unica coisa boa a se fazer agora. Pena que meu carro estava longe. Resolvi pegar um atalho em algum beco qualquer, e foi quando começou a chover. Involuntariamente olhei para o céu. E foi aí que eu cai no chão, o que fez com que machucasse meu joelho.

- Merda. - exclamei para mim mesma. Olhei para ver o que era a coisa dura e grande que eu havia tropeçado e meus olhos se arregalaram de um jeito que pensei que iam sair das órbitas. Tudo que eu conseguia fazer era chorar. 


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