Capitulo 20 –

            Pov. Calipso

            Não sabia o que fazer o cheiro do liquido era igual a de uma poção de cura, mais podia ser só o aroma e invés disso fosse outra poção. Pelo menos de uma coisa ela tinha certeza não era veneno, então tomei coragem e coloquei a garrafa na boca e experimentei um gole, mesmo não tendo certeza se era realmente uma poção de cura tomei tudo, aliás que mal isso lhe causaria.

            De repente me vi ficando tonta e a claridade sumindo, então me apoiei nas grades da gaiola e fui me sentando até tudo ficar completamente escuro.

            Pov. Hefestos

            Lá estava eu caminhando pelo Olímpo rumo a Sala dos Tronos, onde haveria um Conselho para discutir como tiraríamos minha querida esposa das mãos daquela maldita mulherzinha que por um terrível acaso era minha cunhada.   

            E agora lá estava eu sentado no meu trono e observando o do lado que se encontrava vazio, minha esposa não estava lá. Queria tanto senti-la nos meus braços novamente, poder beijar sua boca carnuda e rosada, sentir o seu cheiro inconfundível, que me era inebriante, mais então voltei a vida real quando Poseidon entrou pela sala fungando e logo atrás vinha Atena tentando acalma-lo.

            Depois de Poseidon e Atena terem entrado o Conselho começou, e só agora tinha percebido que todos já estavam presentes para nossa discussão, Zeus se levantou dizendo como pegaríamos Circe e libertaríamos Calipso.

            - Por via das duvidas achei melhor que as deusas ficassem no Olímpo enquanto Poseidon, Apolo, Hefestos, Ares e eu vamos capturar C.C. e salvar Calipso – Zeus completou por fim.

            - Zeus! Você por acaso estava insinuando que Eu, Hermes e Dionísio somos deusas? – Hades perguntou com um pouco de ira na voz.

            - Se a carapuça serviu...- Zeus sussurrou bem baixinho mais por um acaso foi em vão, pois Hades havia escutado.

-O QUE VOCÊ DISSE? – Hades se levantou e seu elmo apareceu em sua cabeça.

- Eu nada..- Zeus disse para não causar mais problemas, não era uma boa hora para brigas – Eu falei um pouco precipitado e não inclui vocês na busca por não gosto da idéia das deusas sozinhas no Olímpo, apesar de que elas sabem se defender muito bem. Mais não quero correr o risco de que outra de nossas mulheres seja sequestrada.

- Por mim tudo bem – falou Poseidon já se levantando e seu tridente já aparecendo em sua mão.

- Que hora sairemos? – perguntou Ares também se levantando.

- Por mim pode ser agora – eu disse me levantando.

- Então vamos – Zeus se levantou, mais antes de sairmos eles foram se despedir de suas esposas.

E então depois de vários pedidos de cuidado nós fomos ao mesmo lugar que Circe tinha mantido as meninas refém, mais não tínhamos certeza se ela ainda se encontrava lá, então o melhor até agora era torcer para que sim.    

            E agora lá estávamos nós no meio da sala prontos para nos teletransportar até o jardim no qual Circe tinha prendido minha esposa pela ultima vez. Foi então que uma luz intensa nos envolveu e quando foi embora não estávamos mais no Olímpo e sim de frente a uma pedra onde havia varias correntes presas nela, provavelmente era onde Calipso tinha sido presa.

            - Estamos no lugar certo Hefestos? – Zeus perguntou virando-se na minha direção.

            - É este o lugar – eu confirmei e olhei para os meus próprios pés.

            - Vamos procurar ao redor – Ares disse com um pouco de esperança que elas ainda estivessem ali – Talvez Circe tenha a levado a outro lugar ao redor.

             Então nós fomos seguindo, vasculhamos boa parte daquele jardim e fizemos uma varredura em um pequeno bosque ali perto, mas nenhum sinal de vida, nada. Foi então que o Deus dos Mares se posicionou.

            - Elas não estão aqui – Poseidon disse para mim, mais parecia que não queria me decepcionar – Ela a levou a outro lugar, provavelmente desconfiou que viríamos procura-la.

            - Apolo você acha que consegue localiza-la? – Zeus perguntou chegando perto do filho.

            - Aqui é meio difícil ver as coisas claramente – Apolo disse franzindo o cenho, tentando se concentrar – Elas estão perto ou dentro do Triangulo das Bermudas.

            - Devem estar na ilha da Circe – eu disse um pouco mais animado, era muito obvio como não tinha pensado nisso antes. Aqui era um lugar muito fácil para encontra-las – Ou aquela cretina esta na ilha da Calipso.

            - Então o que estamos esperando? – Ares disse com um leve sorriso nos lábios.

            - Vamos a Long Island, pegamos um barco e vamos a ilha – Poseidon falou já pronto para se teletransportar quando Apolo se prontificou.

            - Mais por que não nos teletransportamos direto para a ilha? – ele perguntou confuso.

            - Não, para nos teletransportamos para lá, temos que passar pela Caríbdis e Squila – Zeus foi logo explicando, pois estávamos com pressa – Depois disso, nós podemos nos teletransportar tranqüilamente pelas ilhas.

            - Mais por que tudo isso? – Apolo perguntou mais uma vez e eu já estava a ponto de meter um soco na cara dele.

            - Chega de perguntas Apolo – pelo visto eu não era o único que estava ficando irritado com as perguntar dele, pois Ares foi logo o cortando.

            E mais uma vez a luz intensa nos envolveu sumindo rapidamente e nos mostrando que já estávamos na costa de Long Island. Olhamos para o mar e vimos um barco bem grande e forte surgir a nossa frente. Era feito de madeira, poderia se dizer que era um barco pirata se não fosse o estilo luxuoso e clássico.

            Poseidon nos indicou para irmos entrar no barco. Assim que estávamos lá dentro, ele e meu pai foram em direção à cabine de comando, mais o que eu achei estranho era que no barco havia velas, então por que tinha motor? Mas Ares foi mais rápido e perguntou.

            - Se o barco tem motor, por que essas velas? – ele disse para os dois a sua frente indicando as velas.

            - Porque como estamos com pressa, abrimos as velas e navegamos bem mais rápido - mais o Deus dos Mares foi mais rápido e respondeu primeiro que o meu pai.

            - E assim Poseidon ordena as correntes marítimas para o barco ir na direção que nós queremos, enquanto eu mando os ventos soprarem as velas – Zeus explicou mais detalhadamente.

            - Mais Caríbdis e Squila não irão nos atacar? – Apolo não parecia preocupado com as irmãs serpentes, mais sim curioso.

            - Se atacarem estaremos prontos para lutarmos – Ares disse empolgado com a possível luta.

            - Não haverá luta – eu disse indiferente e os Deuses do Sol e da Guerra me encaram confusos – As serpentes percebem a presença de deuses não se atreveria a nos atacar. Apesar de tudo elas presam muito suas vidas.

            - E pelo visto não demoraremos a chegar perto delas – Poseidon disse com um sorriso no rosto – Com as idéias minhas e de Zeus não demoraremos a passar por elas e nos teletransportar para a Ilha da C.c e salvarmos Calipso e finalmente prender Circe.

            Não demorou quinze minutos e já estávamos atravessando as duas pilastras onde moravam Caríbdis e Squila, que nem deram sinal de vida como tinha falado, elas não seriam loucas de nos atacar.  

            E agora estávamos livres para nos teletransportarmos sem nenhuma preocupação, não precisávamos mais do barco. Então o deixamos ancorado próximo as duas pilastras e nos teletransportamos para a Ilha de C.c. e se por um acaso elas não tivessem lá iríamos para a de Calipso.

            Quando chegamos lá vimos que estava meio deserta o que não era muito comum, fomos andando pelas pequenas ruas do centro e não encontramos nada, só vários salões de beleza vazios. E agora estávamos andando na parte norte da ilha onde tudo era cercado por plantas e enormes árvores. Foi então que de longe avistamos uma casa, que além de pequena era muito luxuosa. E eu tinha uma leve impressão que estava bem perto de meu amor.

Pov. Calipso

     Estava me sentindo muito melhor, foi abrindo meus olhos e pude perceber que ainda estava sozinha. Levantei-me e em cima de uma mesa ali perto vi uma chave, que deveria ser da gaiola que me encontrava.

     Fiz um movimento com as mãos e a chave veio flutuando em minha direção, estendi a outra mão para fora de gaiola e peguei a chave. Coloquei-a  na fechadura e torci para que quando eu a virasse a tranca se abrisse e graças aos deuses isso aconteceu.

    Sai da gaiola e foi em direção porta e ouvi algumas vozes vindo da sala, parecia uma briga, então resolvi sair pela janela. Assim que estava do lado de fora sai correndo olhando para trás, ninguém estava me perseguindo.

    Então trombei com alguém alto e forte, mais não consegui ver o rosto e cai no chão sentada.

    - CALIPSO – era a voz de Hefestos, levantei minha cabeça em direção a voz e vi meu marido que me pegou nos braços e me abraçou. Era muito bom sentir seu cheiro novamente. – Graças aos deuses você esta bem.

   - Como você consegui escapar? – Poseidon me perguntou.

   - Luca me ajudou – afastei me rosto do peito de Hefestos para responder.

  - Mas ele...- Zeus tentou falar que o menino havia nos traído mais intervi.

  - Ele pode estar apaixonado pela pessoa errado, mais tem um bom coração – disse olhando principalmente para o Deus dos Mares que parecia decepcionado com o neto.

  - Então agora que Calipso esta a salvo – Ares começou a falar com um sorriso sacana – Esta na hora de pegarmos Circe.

 - O que estamos esperando? – perguntou Apolo já andando para a casa.

 - Vamos lá – Hefestos disse me soltando e acompanhando os outros, mais eu o puxei pelo braço o fazendo girar em minha direção.

 - Por favor, fique – eu disse o abraçando.

 - Pode ficar Hefestos damos conta da feiticerinha – Ares disse e os outros foram entrando na casa.

 Assim que entraram ouvimos Circe gritando para que a soltassem e vimos várias luzes fortes saindo da casa e depois de vinte minutos eles saíram com ela presa por correntes e sendo segurando por Apolo e Ares enquanto Luca era trazido por Zeus e Poseidon.

 - Vejo que aceitou minha ajuda Calipso – Luca disse com um sorriso sincero – Fico feliz que você esteja bem.

 - Muito obrigada – eu disse assentindo.

 - Como você pode? – Circe começou a se descontrolar indignada – Traiu minha confiança e ajudou essa qualquerzinha.

 - Minha mulher não é nenhuma qualquerzinha – Hefestos disse ficando irritado mais eu apertei sua cintura o repreendendo.

 - Agora vamos para casa – Poseidon disse já se teletransportando, então fizemos o mesmo e quando a luz nos abandonou estávamos no Olímpo. Eu estava na minha casa.

Pov. Poseidon

 Chegamos no Olímpo pelo jardim de Hera e fomos andando para a Sala dos Tronos, onde entraríamos pela porta lateral.

 Fomos conversando até que vi sentados num balanço se beijando minha Alice e o filho de Ares, não me agüentei e gritei com toda força.

 - ALICE – eu já estava andando em suas direção e tinha chamando a atenção de todos. Assim que ela me viu se levantou e empurrou Lionel o fazendo cair de costa no chão. – O que a senhorita pensa que esta fazendo?

 - Poseidon você não é burro e nem cego – Apolo se intrometeu – Ela estava se beijando.

 - Cale a boca Apolo – me virei e lê taquei um soco na barriga.

 - Pai... – Alice disse com carinha de inocente – Eu ... Estava com saudades.

 - Não me enrole garota – disse chegando perto dela – Desde quando vocês estão nesse rolinho.

 - Um pouco antes da Cici e a Calipso desaparecerem – ela disse olhando para baixo, eu nunca atinha visto assim, ela parecia estar com...Medo. – Pai você pode não gostar dele e ter um ciúmes enorme, mais eu não vou largar dele.

 - EU VOU MATAR ESSE GAROTO – ele só podia ter enfeitiçado minha menininha.

 - Pai não – ela disse se pondo em minha frente e vendo se ele estava bem – Desculpe, por ter te empurrado.

 - Não foi nada – ele disse colocando um braço ao redor da cintura dela.

 - Não pensem que aceitei isso – Falei apontando o dedo para eles – Mas agora temos assuntos mais importantes para resolver. Mais tarde iremos conversar.

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Oi galerinha, desculpem pela demora mais esse capitulo fiz com todo carinho para recompensar vocês.

            Espero que gostem. Reviews?

            Bjs, Raafah