O restaurante era lindo simples mas perfeito para nos dois, era em tons de azul-escuro e preto e com alguns quadros nas paredes de pintores já falecidos e muito antigos, estava tudo perfeito, e o casamento da minha tia estava a deixar-me nervosa, como será que os familiares da minha tia reagiriam ao nosso namoro? As vezes, sinto-me insegura com todos a minha volta, e até de mim mesma, mas de uma coisa eu não duvidava… eu amava Dimitri como nunca amei ninguém, o que também nunca me apaixonei assim por alguém.

- Tem reserva? – Ouvi uma voz de mulher de forma doce, sai dos meus pensamentos e olhei para a mulher, ela devia ser um ou dois anos mais velha, que eu a garota era linda, olhos em tom de cinzentos, com um pouco de castanho quase invisível, cabelos longos e com uma franja que escoria até o pescoço, castanho, tinha uns olhos com muita admiração para mim, o que me surpreendeu muito, porque normalmente é para Dimitri que isso acontece, ela trajava uma camisola branca fina, e por cima uma casaco rosa bem bonitinho, uma calça jaens, uma bota de salto, bem o seu estilo.

- Tenho, Dimitri Belikov! – Respondeu o meu namorado de forma mais educada possível, ai como amo chamar ele de namorado, involuntária mente um sorriso bobo se abriu, ele olhou para mim e sorriu.

- Otimo, por favor me acompanhem! – e sai andando graciosamente, levo-nos até uma mesa, com uma vista otima para um campo cheio de flores silvestres – preferem outra garçon ou eu posso servi-los – voltou a perguntar simpática.

- Pode ser você mesma, obrigada! – eu mesma respondi sorrindo, o meu camarada puxou uma cadeira e fez sinal para que eu senta-se – obrigada, aqui é tudo lindo!

- Não mais que você Roza, Я люблю тебя – por aquilo que vick me ensinou que não era muita coisa e eu só aprendi uma palavra em russo que foi:

- Também te amo! – Ele sorriu.

- Desde quando você sabe Russo?

- Eu não sei russo, mesmo sua irmã tentando ensinar-me, e eu só aprendi uma palavra, e essa palavra foi essa que você acabou de dizer! – Sorri, a garçon voltou com um bloquinho, então o que vai ser?

- Pode ser um esparguete a bolonhesa, e você Rose?

 - Igual!

- E para beber?

- Pode ser o melhor vinho tinto que tiver, por favor! – Respondeu Dimitri.

Ficamos falando, contando piadas, metade, das minhas não tinha piada nenhuma, mas ele sempre se ria com vontade, eu o achava tão fofo, ele ficava acariciando as minhas bochechas, outras vezes dava selinhos, quem nos visse diríamos que éramos o casal mais carinhoso do restaurante e sem nenhuma complicação na vida, e essa pessoa estaria enganada, de uma coisa eu sei os meus problemas só começaram.

A nossa comida chegou, começamos a comer no meio de muita diversão e gargalhadas gostosas dele, e até fizemos…

- Um brinde ao nosso amor, Roza linda! – Disse alto pondo-se de pé, as pessoas do restaurante levantaram-se também com um copo na mão, e olhando para nos. Levantei-me também com a minha taça.

- Ao nosso Amor, e que seja duradouro! – Concordei, com o maior sorriso do mondo, era a coisa mais romântica que já me fizeram em toda a minha vida, todo o mundo bateu os copos e beberam os seus vinhos, eu e Dimitri nos abraçamos forte, não podia explicar tamanha felicidade agora, as pessoas a volta começaram a gritar:

- Beija...! Beija…!! 

Sorri corando, Dimitri se aproximou e me deu um selinho, e logo um beijo a serio, segurando-me pela cintura e eu pelo pescoço, começaram a bater palmas e muitos assobios foram ouvidos, sorri de novo, hoje só podia ser o dia do sorriso pois só ficava sorrindo como uma boba, como é bom estar apaixonada. “Suspirei”

Voltamos a sentar e terminamos de comer, ficamos na conversa até que sinto Dimitri ficar, serio.

-Esta tudo bem? – Perguntei preocupada.

- Sim, tenho uma coisa para te dar Roza! – Contou.

- O quê? – Perguntei euforia, ele riu de mim.

- Sempre curiosa!

Ele começou a tirar algo do bolço uma caixinha de veludo grande, que ele fez questão de abrir, lá dentro encontrava-se uma conjunto de jóias lindas. Fiquei sem palavras. As jóias eram lindas.

- São lindas! – Admirei – devem ter costado uma fortuna! Não posso aceitar!

- Roza é claro que você vai aceitar! – Ralhou – só comprei o colar a pulseira e o anel, os brincos foi uma herança – comentou tirando o colar de lá de dentro, se levantando, indo para trás de mim, afastou o meu cabelo, deu um singelo beijo na minha nuca e colocou o colar, eu não tinha palavras – o anel, e um anel de compromisso, princesa! – Uma lágrima escorregou dos meus olhos, ele limpou-a com um beijo - Não chore amor, gosto de você sorrindo! 

- Eu estou chorando de felicidade! Eu nunca pensei que pudesse me apaixonar, mas ai você apareceu, como aquelas provocações todas para cima e mim, nosso primeiro beijo, e em como eu sempre queria mais, quando chegava perto de você meu coração batia mais forte e descompassado, quando estávamos longe, a ansiedade me dominava eu, queria sempre ver-te estar perto de você e sentir aquelas minhocas no estômago que logo se transformaram em borboletas, em amor, eu descobri que estava errada, até as mais fortes mulheres podem se apaixonar, eu me apaixonei, sou louca por você! – Ele sorriu deu-me um beijos suave, e voltou a sentar, acabamos de comer ele fez questão de pagar a conta, e fomos embora, chegando a casa.

- Você vai ficar comigo? – Perguntei com manha.

- Claro, princesa! – e entrou em minha casa.

Ficamos a ver TV até tarde, e acabei adormecendo agarrada a ele no sofá, o meu dia não podia ter sido melhor.