Streit! escrita por keca way


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal, eu me inspirei em uma entrevista que vi do ano passado do Tokio para escrever essa fic, espero que gostem...
E obrigado Duda_ por ter betado minha fic te adorooo!



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Depois de muitos autógrafos, flashs e uma grande confusão do lado de fora do hotel, finalmente Bill, Tom, Gustav e Georg, conseguiram entrar no luxuoso saguão do “Innsbruck Hotel”.

Eles estavam muito cansados, a única coisa que queriam era dormir para se prepararem para a maratona de shows que teriam nos próximos dias. Até mesmo Bill, que sempre teve uma energia contagiante, não agüentava mais de tanto cansaço.

                   

Enquanto os garotos esperavam no saguão o Staff da banda foi à recepção pegar as chaves dos quartos, os quais ele já havia feito reserva a mais de uma semana.

“Georg, Gustav” – Disse entregando a chave dos respectivos quartos. – “Bill e Tom eu achei que vocês não se incomodariam de dormir no mesmo quarto durante os quatro dias que passaremos aqui!” – Entregando a chave para o moreno.

“Quatro dias!” – Tom disse calmo, mas logo em seguida respirou fundo. – “Agora que eu enlouqueço de vez...”

“Eu não acredito! Por que eu tenho que dividir um quarto com o Tom se o Georg e o Gustav têm um para cada?”

“Boa pergunta Bill! Não é por que somos gêmeos que somos a mesma pessoa!” – Tom cruzou seus braços junto ao peito, virando-se na direção contrária a de Bill.

Há muito tempo os gêmeos sempre dividiam o mesmo quarto de hotel durante suas turnês.

Aquilo estava ficando cada vez mais irritante, ainda mais por que Tom e Bill sempre tiveram estilos diferentes, não que não gostassem um do outro, apenas queriam um tempo sozinhos, já que passavam praticamente o dia inteiro colados.

“Garotos eu prometo que essa será a ultima vez que vocês vão ficar juntos, mas agora, por favor, vamos apenas relaxar e tentar descansar, eu já fiz a reserva e não tem mais como conseguir um quarto para cada, pois o hotel está lotado, por conta da nossa chegada...” – O staff da banda dizia calmo olhando a expressão de ódio dos garotos – “... E eu acho que não vai ser tão ruim assim...”

“Então por que você não divide o quarto com ele?” – Tom e Bill dizem ao mesmo tempo apontando um para o outro, fazendo Georg e Gustav rir.

Os dois rapazes mais velhos já estavam acostumados com as brigas bobas dos gêmeos, eles sempre riam e tentavam descontrair o ambiente, pois sabiam que os gêmeos não conseguiam ficar nem dois minutos bravo um com o outro, pois a ligação deles não era somente sanguínea, era praticamente como se eles fossem um só, tamanha a cumplicidade dos gêmeos.

Mesmo contrariados, os gêmeos se dirigiram para seu quarto com suas mochilas nos ombros, sem trocarem uma palavra sequer pelo caminho. O resto fora levado pelos empregados do hotel.

Assim que entrou Tom se jogou na cama perto da janela e ficou fitando o teto, enquanto cantarolava alguma coisa que Bill não entendia, sem nem mesmo prestar atenção no quarto.

“Nem quando morávamos com a mamãe tínhamos que dividir um quarto... Isso já esta me irritando”

“Pára de reclamar e relaxa Bill, eu não vou te matar...” – Disse Tom, rindo.

“Mas vai acabar me enlouquecendo...” – Falou Bill, entrando logo em seguida, parando para observar o quarto.

Bill ficou um pouco mais calmo ao ver que a suíte era grande, pelo menos não seriam aqueles quartos pequenos que nem tinham um banheiro descente. As camas eram bem afastadas, havia até uma pequena mesa com duas cadeiras no canto do quarto, muitos travesseiros e almofadas nas camas, estava tudo realmente perfeito. Dessa vez parecia que Tom não irritaria tanto, apenas iria tentar dormir e ignorar a presença do irmão.

Bill sorriu ao ver que Tom estava largado na cama e, por incrível que pareça estava quieto. Ele abriu sua mochila e retirou alguns acessórios e logo em seguida se dirigiu para o luxuoso banheiro, surpreendendo-se com a qualidade daquele hotel.

Bill andava muito estressado por conta das viagens e shows, que eram espetaculares, mas ao mesmo tempo muito cansativos, por serem tantos em tão pouco tempo. Estavam fazendo uma turnê pela Europa, para divulgarem seu novo disco e assim que terminassem entrariam em um estúdio pra gravar seu próximo álbum, sem nem direito a férias.

Eles haviam acabado de chegar à Áustria e fariam quatro shows no país antes de se dirigirem para a França, onde fariam mais alguns shows e dariam entrevistas antes de voltarem para a Alemanha, para finalmente acabarem com essa turnê que estava se tornando longa e cansativa.

Bill estava lavando seu rosto quando começou a ouvir algumas batidas de Hip Hop vindo do quarto que de repente ficaram mais altas, e logo em seguida ele pode ouvir seu irmão começar a cantar junto com a música.

Tom só podia estar brincando, ele sabia muito bem que o mais novo não suportava o tipo de música que ele ouvia e pelo fato de estarem dividindo o mesmo quarto ele deveria ouvir em seu mp3, ao invés de colocar aquelas “porcarias” – como Bill descrevia - no rádio.

O moreno respirou fundo e saiu do banheiro fingindo não ligar para as provocações do loiro. Ele apenas se deitou na outra cama, que havia do outro lado do quarto, encostada na parede, e tentou relaxar.

Bill fechou seus olhos e tentou concentrar sua mente em algo qualquer. Como não conseguiu, tentou se desconcentrar de tudo, esvaziar sua mente, pensando que assim não ouviria mais a voz irritante do irmão e aquela música que estava enlouquecendo.

Depois de tentar por muito tempo ignorar tudo o que o outro fazia pra provocá-lo, Bill começou a contar calmamente até dez. Sempre dizem que isso ajuda.

“Eins, Zwei, Drei, Vier, Fünf... CHEGA!” – Bill gritou assustando Tom que se levantou da cama em um pulo, olhando para o irmão com um sorrisinho vitorioso nos lábios. – “Abaixe essa porcaria antes que eu quebre esse rádio!”

Tom apenas sorriu e disse calmo antes de recomeçar a cantar a música:

“Pode quebrar maninho! O rádio é do hotel... Fique a vontade, depois você se explica para os jornalistas...” – Tom cantarolou um pedaço da música e depois continuou sobre o olhar de ódio do moreno – “Vai ser engraçado: “Bill Kaulitz em um acesso de fúria quebra rádio de hotel...” Típico de um rock star”. – Tom começou a rir descontroladamente se jogando para trás, caindo novamente na cama.

Bill já não agüentava mais, mas dessa vez não iria ceder às provocações do irmão sem lhe dar o devido troco.

Ele se levantou bufando de tanto ódio e foi até o aparelho que ainda estava ligado quase no último volume. Ele simplesmente deu um puxão rápido no fio, fazendo-o sair da tomada.

Tom se levantou novamente da cama e ficou olhando para Bill.

“VOCÊ NÃO SE TOCA NÃO, MOLEQUE? O QUE VOCÊ ACHA QUE É? O DONO DO MUNDO?” – Bill gritou extremamente irritado.

“Por que você é tão egoísta?”

“Você não se toca que eu quero só um pouco de paz e sossego?”

“Por que você anda tão estressado?”

“EU NÃO ESTOU ESTRESSADO!”

“Nem um pouco!” – Tom dizia com um sorriso debochado o que fez Bill ferver de raiva.

O moreno nem pensou no que estava fazendo e de repente pegou uma das cadeiras que estava em sua frente, encostada em uma pequena mesa mais ao fundo do quarto, e sem hesitar jogou no irmão.

Por sorte a pontaria de Bill não era muito boa e a cadeira pegou na parede, bem próxima ao vidro, quase acertando-o.

“VOCÊ PIROU?” – Tom disse levantando-se, olhando para a cadeira que agora estava com uma das pernas quebradas tamanha a força com que Bill a arremessou.

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Georg e Gustav andavam pelo corredor do hotel, indo para seus respectivos quartos quando ouviram um barulho forte vindo do quarto dos Kaulitz.

Assim que se aproximaram ouviram alguns gritos e mais barulhos, parecia que eles estavam brigando e, pelos sons, parecia ser uma briga bem feia.

Eles correram até a porta e tentaram abri-la, mas foi em vão, pois estava trancada.

“BILL, TOM! O QUE ESTÁ ACONTECENDO? ABRAM ESSA PORTA...” – Gustav gritava preocupado, ainda tentando virar a maçaneta, na esperança de abri-la.

“VAI EMBORA GUSTAV!” – ele ouviu Bill gritar e logo em seguida ouviu uma pancada e um grito de dor do mesmo – “AIIIIIIII!” – Gustav olhou assustado para Georg que respirou fundo.

“Deixa pra lá, eles estão brigando de novo, daqui a pouco saem os dois machucados mas rindo que nem uns idiotas...”

Mesmo preocupados Georg e Gustav resolveram ir para seus quartos, porém, quando estavam saindo, ouviram barulho de vidro quebrar e mais gritos vindos dos dois garotos que estavam lá dentro.

“Eu acho melhor a gente pedir a chave extra na recepção!”

Gustav apenas concordou com Georg e, logo em seguida, os dois saíram correndo em direção à recepção.

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Depois de 10 minutos os dois estavam de volta à porta dos gêmeos, já não podia se ouvir mais barulho nenhum, o que deixou os dois mais preocupados ainda.

Assim que Gustav girou a chave e entrou no quarto, acompanhado de Georg, não conseguiram acreditar no que viram.

O quarto estava completamente destruído. Cortinas rasgadas, travesseiros destroçados, com espumas por todo o lado do cômodo, as cadeiras e uma pequena mesa, jogadas com pés quebrados. O espelho, que tinha em uma das paredes, estava quebrado, tinha caco de vidro pra todos os lados, as roupas dos gêmeos estavam espalhadas, as camas viradas, e nem mesmo o banheiro da suíte permaneceu intacto.

Bill estava sentado em um canto do quarto com seu nariz sangrando e Tom no canto oposto com a mão na boca que também sangrava, perto de seu piercing.

“Nossa pelo visto vocês brigaram feio dessa vez...” – Os gêmeos não disseram nada, apenas olharam para os dois, fuzilando-os.

“É... Agora que a gente viu que está tudo bem, acho melhor a gente ir embora...” – Gustav disse segurando um rizinho e, logo em seguida, puxou Georg para fora do quarto fechando a porta.

“Gustav a gente não pode deixá-los sozinhos. Eles quase se mataram...”

“Você conhece muito bem esses dois, logo eles estarão rindo de tudo isso... Afinal eles são irmãos... Gêmeos”

“Isso não foi uma briga foi praticamente uma devastação...” – Os dois começaram a rir do comentário de Georg e logo foram para seus respectivos quartos.

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Enquanto isso no quarto dos Kaulitz os dois ainda se mantinham calados apenas olhando um para o outro.

“Tom...” – Bill ia começar a falar, mas nem precisou, pois seu irmão entendeu perfeitamente o que ele iria dizer.

“Eu sei...” – Disse Tom, sorrindo.

“Você tem razão eu ando muito estressado...”

“Imagina a cara da mamãe se ela visse essa bagunça toda!”

“Imagina a bronca que a gente iria levar!”

“A gente vai levar uma bronca de qualquer jeito, Bill” – Tom disse ficando emburrado novamente.

“Tudo culpa sua!”

“Quem está estressadinho aqui não sou eu”

Bill jogou um travesseiro que ainda estava inteiro em Tom que apenas sorriu.

De repente os dois começaram a rir descontroladamente, olhando um para o outro, não conseguiam acreditar que eles eram tão bobos a ponto de destruir um quarto por causa de uma briguinha boba.

“Eu te amo Tom...”

“Eu também Bill”

Eles se levantaram e começaram a arrumar toda a bagunça que fizeram. Com certeza demorariam a noite inteira para arrumar pelo menos um terço de toda a confusão naquele quarto...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
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