Nova Geração escrita por Paulinhadcc


Capítulo 3
Perdida com meu inimigo


Notas iniciais do capítulo

Eu ate postaria amanha, mas irei viajar =DBom gente espero que gostem desse capitulo...



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Se eu soubesse que essa excursão daria nisso com certeza nunca que teria vindo.

FLASHBCAK

Tudo começou logo pela manhã, alguns meses tinham se passado e agora já estávamos de férias, felizmente, e como presente a escola nos proporcionou uma excursão o que claro a turma toda aceitou ir afinal de contas só os populares tinham algo mais interessante para fazer, porem mesmo assim ate eles toparam em ir. Ignorei solenemente a minha impressão de estar sendo seguida e entrei no ônibus onde todos os meus colegas já estavam lá animados tocando e cantando uma música qualquer.

- O que houve amiga? – perguntei quando me sentei um pouco longe do povão que sentava mais para traz.

Já fazia um tempo que Thalia andava um pouco estranha como se estivesse preocupada com alguma coisa tentei por diversas maneiras saber o que era, mas ela tratava de disfarçar ou mudar de assunto como se não quisesse me preocupar, porem eu sentia que era algo relacionado a mim, já que uma vez flagrei ela e Luke falando sobre minha pessoa.

- Nada – respondeu olhando para traz onde Luke conversava animadamente com Perseu e outro garoto que nunca tinha visto antes – aquele é Grover melhor amigo de Percy – disse minha amiga e eu apenas assenti.

O garoto ao contrario do amigo dele parecia ser bastante alegre e simpático fazia piadinhas de tudo e pelo que pude reparar era ele que liderava a roda, enquanto os outros ficavam do seu lado só esperando que este falasse algo para poder rir, logo supus que era mais um popular, mas ao contrario dos outros esse sim parecia merecer o titulo que era dado a ele.

- E por que Luke esta a olhar para a gente? – perguntei.

- Não sei, talvez esteja te olhando – respondeu rindo, abri um leve sorriso, mesmo sabendo que era mentira.

Conhecia os garotos daquela escola e sabia que nenhum deles me achava bonita o suficiente para eles e Luke não era a exceção. Além do mais parecia que ele estivesse mais como se vigiasse cada passo da gente, não entendia me chamem de louca, mas desde pequena conseguia decifrar o que as pessoas estavam sentindo e consequentemente sabia o que elas pensavam, por mais que às vezes isso me confundia bastante.

Passei maior parte da viagem dormindo e estranhamente tive um sonho, não costumava ter sonhos, o que estranhei muito, mas esse em especial me fez sentir falta; dos momentos em que, não tinha sonho. O lugar era bastante escuro quase não se dava para ver quem ali se encontravam, algumas vozes se aglomeravam ao redor de uma pessoa que não parecia um humano.


“Senhor as Hidras foram mandadas para atacar o ônibus onde eles estão, mas para isso precisaremos distrair os humanos que estão presentes.”

“E deixe os mesmos com os celulares na mão, vai ser ótimo os idiotas chamando mais monstros”

Queria ter escutado mais, porem acordei assustada, Thalia não estava mais do meu lado agora se encontrava cantando I’do anything, uma musica do Simple Plan, enquanto Perseu tocava o violão, decidi me aproximar já que também gostava dessa banda. Quando cheguei ali, tentei ignorar a piadinha sem graça de alguns garotos ali presentes, confesso também que fiquei pensativa por um longo tempo, o sonho que tive fora bastante confuso.

- Algum problema? – perguntou Thalia vendo minha cara pensativa.

- Apenas um sonho ruim – respondi os olhos da mesma ficaram escuros, como se já esperasse por isso, mas ela não disse nada, apenas voltou para sua música.

- Vamos tocar agora algo mais animado sem nada de amor – propôs Luke- tipo Billionarie – sorriu maliciosamente.

Todos apenas assentiram começando os acordes da musica, senti o sorriso travesso de alguns garotos do lado de Luke e revirei os olhos: homens. Enquanto a música tocava, eu me peguei indo para o meu mundinho novamente, tentava lembrar-me do sonho e por uma estranha razão fiquei reparando no bolso de cada pessoa que ali estava presente, menos Thalia e Luke, que não tinham celular, todos estavam com seus celulares, senti um arrepio de repente, um mau pressentimento de tudo aquilo.

- Thalia vem aqui rapidinho – chamei-a, alguns fofoqueiros ficaram olhando, mas eu ignorei.

- O que aconteceu? – perguntou.

- Nada eu só queria te perguntar uma coisa, lembra que uma vez você estava me contando sobre os semideuses? – ela apenas assentiu- Digamos que existam semideuses nos dias de hoje, seria possível um celular atrair monstros para eles? – perguntei.

A mesma me olhou com curiosidade tentando decifrar aonde eu queria chegar, nem eu sabia o porquê daquela pergunta, mas se tinha algo que eu aprendi nesses tempos a sempre me guiar pela minha intenção, ela sempre era a correta. Desde que conheci Thalia compartilhávamos muita coisa em comum dentre elas “mitologia grega”, assunto pelo qual eu amava, e ela me falava coisas que nem mesmo os livros conseguiam dizer.

- Sim os meios de comunicação ajudam os monstros perseguirem os semideuses, mas por que a pergunta? – retrucou me olhando com curiosidade.

Algo me dizia que ela achava que eu sabia de algo, o que não era totalmente mentira, mas parecia que ela criava a possibilidade de eu saber mais do que eu sei, confuso não? Infelizmente no momento só o que eu tinha era possibilidades mais nada.

Eu e minha amiga começamos a conversar, agora sobre assuntos banais, só que estávamos em pé no ônibus. Perseu fez menção em passar, minha amiga deu espaço, depois dele pedir com delicadeza, mas quando foi a minha vez o mesmo ficou parado esperando que eu saísse por conta própria, mas não fiz. Thalia soltou um risinho negando com a cabeça e tudo que Percy fez foi pular por entre os bancos para não dirigir a palavra para mim. Ele repetiu esse trajeto umas cinco vezes ate que por fim, cansado de ficar pulando pelos bancos como um macaco disse.

- Você não vai me dar passagem não? – perguntou.

- E você não vai pedir com educação? – retruquei com outra pergunta.

Não respondeu tudo que fez foi continuar fazendo suas “acrobacias” enquanto todos riam da nossa infantilidade, mas sinceramente eu não iria me dar por vencida tão cedo, se ele quisesse passar, teria que me pedir com educação. Na sétima vez que ele foi passar o mesmo parou na minha frente.

- Com licença gatinha? – falou sarcasticamente.

- Claro gatinho – respondi com a mesma fala sarcástica.

Passado algum tempo o ônibus decidiu parar em uma lanchonete antes de seguirmos caminho ate o local onde queríamos. Andava sozinha pelo lado de fora da lanchonete quando avistei o pessoal da minha turma num galpão olhando fixamente para algo, decidi ir ate lá para ver o que era, mas tinha um garoto na minha frente atrapalhando minha visão toquei o mesmo por traz e ele virou brutamente.

- Não toca em mim – disse.

- Desculpa, me esqueci de que você é intocável – ironizei o empurrando.

Fiquei olhando para as variedades de facas que tinham naquele galpão, uma em especial era coberta de ouro, bem bonita, fixei meu olhar sobre ela um bom tempo ate que a moça chegou perto de mim e perguntou se eu não queria comprar, disse que não tinha dinheiro, ela sorriu para mim entregando-a faca mesmo assim, dizendo que uma pessoa como eu saberia manejar uma faca muito bem e seria um orgulho que alguém como eu usasse, assenti pegando a faca e colocando na minha perna, onde a moça tinha me dado algo para prender a faca, agradeci a mesma, mesmo sem entender nada do porque ela ter dito aquilo, virei-me para ir pro ônibus, mas quando cheguei virei de novo para dar tchau a moça, mas não tinha visto mais nenhum balcão.

- O que aconteceu? – perguntou Thalia ao ver meu olhar distante.

- Nada – respondi meio desconcertada, não querendo que Thalia soubesse da pequena faca que tinha ganhado.

Fomos de novo lá para traz do ônibus, agora tinha menos pessoas ali e só foi Thalia chegar que todos decidiram fazer algo diferente, uma brincadeira começou a ser feita e era assim: cada pessoa dizia o que nunca tinha feito, quem tivesse feito era para tirar um dedo, a pessoa que menos tivesse feito às coisas ganharia.

- Eu nunca fiquei com mais de dois garotos numa noite – confessei.

- Claro você é BV – respondeu como se aquilo fosse o obvio.

- E você queria ser o primeiro não é? – retruquei sarcasticamente.

- Prefiro ir morar no Hades a ter que ficar contigo.

- Estou começando a achar que vocês dois tão tendo um caso e ninguém aqui esta sabendo – comentou de repente, rindo Grover, eu e Perseu o olhamos reprovador.

A brincadeira continuou, por pouco não tinha vencido, mas infelizmente tinha feito mais coisa do que as pessoas pensavam e acabei não ficando. Fui sentar no ultimo banco do ônibus enquanto todos conversavam, não estava muito a fim de ficar ali, pensava muito ainda no meu sonho, quando me levantei para ir para o meu lugar normal esbarrei sem querer em Perseu.

- Não me toca eu já disse! - irritou-se Percy.

- E eu já falei que quero distancia de você?! – exaltei-me.

Encarávamo-nos nervosos, todos já nos olhavam tentando nos acalmar, mas era inútil, aquele garoto era quem para falar assim comigo? Confesso que o nojo e a repugnância que o mesmo sentia de mim às vezes me incomodava, mas aquilo tudo já estava indo longe demais.

- Você não quer que eu fique assim é – se aproximou de mim, mas com os pés ainda no mesmo lugar, foi nessa hora que o ônibus trombou em algo e fomos arremessados para o banheiro.

Quando entramos no banheiro, o ônibus capotou com a gente dentro dele ate que eu cai com Perseu em cima de mim e a porta fechada, minha respiração estava acelerada junto a dele que não sabia distinguir se era por medo ou simplesmente pelo susto, ficamos um tempo parados um em cima do outro quando voltei ao juízo.

- Precisamos sair daqui – disse num sussurro ele apenas assenti atordoado.

O mesmo foi se levantar quando o puxei de volta o colando mais para perto de mim ele sorriu maliciosamente, mas eu revirei os olhos colocando meu dedo perto da boca em sinal de silencio.

- Quem são elas? – perguntou.

- Não sei, mas estou com um mau pressentimento – respondi tentando escutar o que as mulheres estavam dizendo.

“Onde estão aqueles meio-sangues infelizes? Uma já teve o que fora merecida, aquele garoto bode também sumiu, será que ele conseguiu salva-los?”

“Acho que não ainda estou a sentir o cheiro deles”

Pude ouvir os passos das mulheres, vindo ate nós fechei meus olhos desesperada, já esperando o pior, estava sentindo medo, algo que nunca tinha sentido em toda minha vida, não sabia o que fazer, mas não foi preciso muito, pois quando a mulher fez menção em abrir a porta à privada jorrou uma grande quantidade de água quebrando a parte de cima do ônibus e nos levando junto de Perseu, que segurava minha cintura, para longe daquele lugar que por sorte conseguimos aterrissar na água.

- Nade o mais rápido que puder elas correrão atrás de nos – falou Perseu desesperado.

- Mas como você conseguiu fazer isso? E por que você esta com o cabelo seco? – reparei ele corou, como se não tivesse nem ao menos reparado nisso.

- Eu não faço ideia, eu simplesmente pensei, agora vamos eu acho que deve ter algum lugar para se esconder por ali – mirou algo no horizonte que não pude distinguir bem o que era, mas apenas nadei junto a ele, não era hora de perguntas, estava confusa demais para tudo aquilo.

Nadamos um longo percurso, mas finalmente conseguimos achar o tal local que Percy tinha dito, não conseguia entender como ele conseguia ter tantos domínios sobre a água e acho que nem ele entendia já que tinha um olhar arregalado nos olhos. Reparei no horizonte tínhamos despistado as mulheres, no entanto estávamos agora, perdidos.

- Ótimo estamos perdidos - falei sarcasticamente - tudo culpa sua.

- Minha culpa? - apontou com o dedo indicador sobre seu peito - Da próxima vez eu te deixo naquele ônibus com aquelas mulheres – irritou-se.

- Desculpa – sussurrei- eu só estou nervosa – disse.


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Notas finais do capítulo

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