Nova Geração escrita por Paulinhadcc


Capítulo 23
Visitando o Hades


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo só terminei hoje, nao esta como eu esperava, mas foi tudo que consegui para poder postar hoje. Espero que gostem. E proximo capitulo que vier aqui vai ser para me despedir de vocês.
Agora fiquem com o penultimo capitulo.



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- Filha você não precisa fazer isso, ninguém esta a obrigando a nada - minha mãe tentou intervir, mesmo com o olhar de Poseidon sobre ela.

- Então garota qual vai ser sua resposta, não tenho o tempo todo - pressionou o senhor dos mortos.

- Eu aceito - respondi sem delongas.

- Você é corajosa garota, não nega de quem é filha - o olhar do deus dos mortos se curvou para mim que se limitou a sorrir.

- Eu só estou fazendo isso porque estou apaixonada por Perseu- Pude ver o sorriso de Afrodite e me limitei a lança-la um olhar mortal- sei que no final irei me arrepender amargamente disso tudo, mas quero deixar bem claro que só estou fazendo isso por não achar justo e também por causa dessa droga de feitiço que Afrodite jogou em mim - expliquei e pude ver a deusa me olhar com uma cara intrigada.

- Mas eu não - ela ia falar algo, quando recebeu um olhar mortal de Poseidon- a claro, se você conseguir, o que com certeza vai - nessa parte pude ver uma indecisão da mesma-, tirar Percy do mundo inferior eu tirarei o feitiço que coloquei em vocês dois - disse sorrindo e eu me limitei a forçar um sorriso falso.

Percebi que todos os deuses me olhavam como se eu estivesse louca, mas não sabia distinguir se era porque estava indo ao mundo inferior ou se era pelo tal feitiço que Afrodite jogara em mim ou pela minha coragem de falar nesse tom com uma deusa, de qualquer maneira iria pensar nisso mais tarde, primeiro eu tinha que resgatar um cabeça-de-alga.

- Já que estamos todos entendidos, irei facilitar para você e nos transportaremos para o mundo inferior - antes que Hades pudesse terminar de falar, Poseidon se manifestou.

- Posso falar com a garota por um momento? - perguntou seriamente, o deus apenas assentiu.

Andamos ate uma parte do Olimpo, do qual não sabia que existia. Era perto de uma janela onde dava vista para a praia. O deus dos mares se sentou na janela e fez menção para que eu sentasse também. E assim o fiz.

- Então? - comecei ao ver o silencio tomando conta do ambiente.

- Só queria dizer que estou muito agradecido por estar fazendo tudo isso pelo meu filho - começou.

- Eu já disse por que estou fazendo tudo isso - respondi ceticamente, não tinha gostado nada do jeito que o mesmo tratara minha mãe.

- Sei disso - respondeu um pouco envergonhado- sabe menina, talvez hoje de noite eu durma na sala, sua mãe e eu bom, não temos paz no nosso relacionamento desde que decidimos ficar juntos, às vezes pensamos seriamente se isso tudo não foi um grande erro, pois nada no nosso casamento da certo, mas eu realmente amo sua mãe assim como ela me ama e talvez seja por isso que estejamos juntos ainda - falou.

- Então por que disse todas aquelas coisas? - perguntei.

- Nervoso. Ninguém gosta de ver o seu filho morrendo injustamente, ainda mais se é para salvar uma garota que o odeia - respondeu mirando meus olhos.

- Do que esta falando? - retruquei agora o mesmo tinha me confundido.

- Era para você morrer garota, não ele. O mesmo conseguiria sobreviver se deixasse você ali, preste a morrer como isca, que era o plano dos deuses afinal um filho dos três grandes vivo seria muito melhor que uma filha de Atena, mas ele quis desobedecer às ordens, ele queria te salvar mesmo que para isso custasse sua vida - explicou e eu arregalei meus olhos com tudo aquilo - só peço que o salve nem que tenha que dar sua vida para isso, como o mesmo fez por você - terminou dessa vez falando calmamente e percebi a tristeza que o mesmo possuía.

- Posso te assegurar que agora mais do que nunca irei devolver o favor que ele me fez - dei um meio sorriso saindo apressadamente dali - Hades vamos para o seu mundo - ele arregalou os olhos com a minha seriedade e num piscar de olhos estávamos em sua casa.

Se você acha que sua vida é preta, imagina estar no mundo inferior. O lugar era muito bonito, mas lembrava de aquelas casas dos vilões de desenho, a decoração vermelha e preta com uma lareira de fundo dava esse toque. Hades sorriu ao constatar meu olhar sobre sua decoração, depois se sentou em seu trono, que por curiosidade era bem grande e ficou no tamanho de um deus.

- Sabe menina, você é determinada e corajosa, gosto disso - murmurou pensativo- queria que fosse minha filha ou que meu filho tenha se apaixonado por você ao invés daquela filhinha de Zeus insuportável - ele revirou os olhos, provavelmente já tivera discutido com seu filho sobre aquilo.

- É, mas as coisas no setor amor não são como a gente quer que elas sejam - respondi com um sorriso sarcástico.

- Tem razão, por isso você esta aqui - ele completou com outro sorriso mais irônico ainda, ele ia continuar falando, mas eu o detive.

- Por que não terminamos logo com isso e me diga onde devo ir para buscar Percy - apressei o mesmo, já nervosa.

- A nenhum lugar ele esta aqui - foi só o mesmo dizer isso que num estalar de dedos o mesmo apareceu para mim, mas quando fui abraça-lo, quase cai ao constatar que este só era um fantasma- sua missão é muito simples você devera sair do mundo inferior junto dele, porem não poderá olhar nem que seja uma vez para trás se sentir insegurança de olhar para ver se o mesmo ainda estiver contigo, não darei mais nenhuma chance Percy vai voltar para o Elísio e você saíra automaticamente do mundo inferior - explicou seriamente.

- Mas como saberei que você não esta mentindo ou que não tentara trapacear? - perguntei.

- Isso é um risco que você terá de correr se quiser ver seu amigo ai vivo - respondeu sorrindo maquiavelicamente. Ao invés de respondê-lo eu virei às costas e corri para fora do seu castelo, ainda ouvindo sua gargalhada ecoando de fundo.

Caminhava rapidamente pelo inferno, não sabia muito bem como andava por aquele lugar, mas tinha lido muito sobre os mitos e pesquisado sobre meio-sangues que passaram pelo Hades e Nico também tinha me falado como era logo eu tinha a noção do que fazer e de quais coisas tinha de ficar o mais longe possível.

Em vários momentos me sentia tentada a olhar para trás, pois não confia muito no deus dos mortos, ele poderia estar tramando algo, certo? Mas a outra parte de mim sabia que se eu não confiasse nele é que seria bem pior, pois não conseguiria salvar Percy e eu tinha feito uma promessa que conseguiria, e aquilo se tornara uma meta da qual se eu falhasse me odiaria pelo resto da vida, precisava retribuir o favor que ele me fez.

- Droga - pigarrei ao ver que tinha entrado nos campos de punição.

Aquilo era simplesmente a visão mais triste que tinha visto na minha vida, via tudo morto sem vida se é que poderia ter uma no mundo dos mortos. A questão era que possuía arvores mortas, pessoas se debatendo e brigando, algo realmente triste e ao mesmo tempo assustador, por isso passei reto sem olhar para os lados, já que qualquer distração poderia me custar muito caro.

- Nossa - dessa vez o lugar que tinha entrado era lindo, o Elísio.

O lugar era tão bonito que tive vontade ate mesmo de ficar, tudo era tão calmo e pacifico que pensava “assim que deveria ser o mundo”, varias arvores e plantas, junto com uma grande cidade para as almas viverem com os outros, sem brigas ou confusões. Fiz menção de ir procurar para ver se algum parente tinha vindo para cá, mas não pude, pois o tempo passava e precisava sair de lá agora mesmo.

- Cuidado - gritou uma voz atrás de mim, porem não pude me virar, logo tinha reparado que por pouco não caia no Tártaro.

Agradeci mentalmente a voz sem olhar para o grande buraco negro que possuía ali. E assim corri ate onde o barco de Caronte estava ele me olhou com a testa franzida fiz menção de entrar, mas o mesmo me impediu.

- Só mortos podem passar por aqui - ele disse.

- Mas estou numa missão necessito sair daqui - retruquei.

- Receio que não poderá - respondeu.

Bem que estava sendo fácil demais, e agora o que eu faria? Foi ai que uma ideia um tanto quanto chata me veio à cabeça, não era do meu costume fazer isso, porém era a única maneira de quem sabe ele me deixar passar.

- Que tal uma nota de cinquenta esta bom para você? - falei tirando cinquenta reais do bolso, ele apenas pegou a nota e a amassou rapidamente se desfazendo, tentei não ficar tão brava por ter perdido cinquenta tão fácil.

- Dinheiro humano para mim não é nada - ele respondeu.

- E isso você aceita para me levar ate a saída? - perguntei tirando umas dracmas da mão, eu não sabia ate então para que essas moedas me servissem, mas tinha lido que nos mitos eles a usavam muito para negociar com os outros, dracmas eram muito valiosas e quem as possuísse eram geralmente pessoas de grande poder.

- Pode passar - ele sorriu para mim pegando algumas dracmas, e assim me dando passagem para entrar o que o fiz com grande prazer.

O barco foi andando calmamente pelo rio Aqueronte, e pelo caminho via almas implorando por clemencia ou objetos, dinheiro, tudo passando pela minha visão. Fiquei um pouco nervosa vendo aquilo, mas logo entendi que eram “desejos” dos quais os humanos não conseguiam realizar em sua vida e acaba que quando estes morressem esses desejos ficavam perdidos no Hades.

- Muito obrigada - agradeci quando o barco chegou ao solo, agora só precisava subir pela direita que estaria fora do mundo inferior.

Caronte não me respondeu apenas saiu com o seu barco me deixando novamente sozinha. Eu comecei a andar rapidamente, tudo era tão fácil será que realmente Percy esta atrás de mim? Porque o deus dos mortos não facilitaria assim tão fácil, facilitaria? Ideias pipocavam na minha mente, ate que eu parei por alguns segundos, a porta de saída estava a minha frente, mas sabia que uma vez que estivesse fora, Hades não me deixaria voltar tão facilmente, ergui a cabeça e sai.

Quando sai a primeira coisa que fiz foi olhar para traz, meus olhos começaram a arder, lagrima brotarem ao reparar que o deus dos mortos tinha me enganado. Percy não estava comigo, eu chorava já amaldiçoando Hades, quando uma mão toca no meu ombro.

- Não sabia que sentia tanta falta de mim - uma voz ecoou atrás de mim eu sorri e nem dei tempo do mesmo reagir o abraçando.

- Cabeça-de-alga idiota, eu senti sua falta- foi só o que disse antes de ficar quieta o abraçando fortemente.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Indicação? Estao gostando?
Bom gente no ultimo capitulo eu vou ja postar o link da minha nova fanfic que vai se chamar Back to the Past =]